A Teoria Das Habilidades Cognitivas e o
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A Teoria Das Habilidades Cognitivas e o
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Resumo:
Esta pesquisa se desenvolveu na perspectiva da Psicologia da Educação Matemática e
buscando investigar as ideias e postulados sobre habilidades cognitivas e seus componentes
para a aprendizagem em Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A
investigação foi ancorada numa abordagem qualitativa com pesquisa bibliográfica, com
percurso pela meta-analise apoiado nos escritos dos estudiosos como: Wielewski (2005),
Giorgion (2010), García (1995) dentre outros, fundamentados na obra do psicologo russo
Vadim Andreevich Krutetskii (1917-1989), traduzida para o inglês sob o título “The
Psychology of Mathematical Abilities in Schoolchildren”. Constatou-se que na pesquisa
que o processo de atividade cognitiva, aprendizagem é individual é que originam a
particularidade com que são desenvolvidas as habilidades em matemáticas, uma vez que
os sujeitos possuem diferentes potenciais para desenvolverem atividades em Matemática.
Abstract:
This research was developed from the perspective of Psychology of Mathematics
Education and seeking to investigate the ideas and postulates about cognitive skills and
their components for learning in Mathematics in the early years of elementary school. The
investigation was based on a qualitative approach with bibliographic research, with a path
through meta-analysis supported by the writings of scholars such as: Wielewski (2005),
Giorgion (2010), García (1995) among others, based on the work of Russian psychologist
Vadim Andreevich Krutetskii (1917-1989), translated into English under the title “The
Psychology of Mathematical Abilities in Schoolchildren”. It was found that in the research
that the process of cognitive activity, learning is individual, it is that they originate the
particularity with which skills in mathematics are developed, since subjects have different
potentials to develop activities in Mathematic.
1
Doutor. Universidade Federal de Uberlândia.
2 Doutor. Professor da Universidade Federal de Uberlândia.
3 Especialista. Prefeitura Municipal de Uberlândia.
4 Doutoranda. Universidade Federal de Uberlândia.
1. Introdução
A Psicologia da Educação Matemática tem como o foco de análise a atividade
matemática, proporcionando contribuições especificas referentes aos processos de
desenvolvimento e aprendizagem, desencadeando uma abordagem do indivíduo humano
sobre habilidades e processos mentais que se dispõe a aprender Matemática com a
finalidade de comprovar como ocorrem os mecanismos do pensamento. Em relação a
aspectos que compõem a habilidade matemática e tem promovido diversas contribuições
relacionadas à identificação e caracterização sobre o processo de aprendizagem em
Matemática e como esses conhecimentos são apropriados.
Nos últimos anos tem crescido a preocupação da Educação Matemática com os
processos de ensino e aprendizagem, no que se refere às discussões de "como se aprende"
e de "como se ensina" Matemática. Diversas propostas e teorias surgem como forma de
possibilitar melhorias nos processos de ensino e aprendizagem. Desde a primeira metade
do século XX, o campo da Psicologia com estudos vem fornecendo resultados consistentes
sobre o desenvolvimento cognitivo individual, em relação à aprendizagem e de princípios.
Entretanto, a psicologia da Educação Matemática é campo do conhecimento que faz
a interseção da psicologia, da educação e da matemática com importantes contribuições
científicas de sustentação consistentes no sentido de explicitar fatores psicológicos –
cognitivos, afetivos e comportamentais - que influenciam o desenvolvimento do indivíduo
e sua conseqüente na psicologia educacional e no campo fértil da didática e metodologias
de ensino em Matemática para melhor se conhecer o ensinar/aprender matemática voltando
para os processos psicológicos, uma vez que a Psicologia é a ciência capaz de explicar e
fundamentar constructos, referente a habilidade matemática.
Com base nesses aspectos, o corpus da pesquisa vislumbra os referenciais de Vadim
Andreevich Krutetskii (1917-1989), psicólogo russo na década de 1950 e suas
contribuições, não só para a psicologia, mas também para a Educação Matemática.
As ideias desenvolvidas por Vadim Andreevich Krutetskii, presentes no ensino e
aprendizagem de Matemática, desencadearam as questões norteadoras: o que são
habilidades matemáticas? Como se desenvolvem, organizam-se e se estruturam estas
habilidades?
Como mecanismo de investigação adotou-se a abordagem da meta-análise, o que
para Pereira et al. (2019, p. 5), de acordo com Schmidt e Hunter (2014, p. 85), é uma técnica
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[...] os trabalhos dos alemães Marx (1955 e 1956) e Engels (1956) que
tratavam da natureza sócioistórica da habilidade humana. Psicólogos
soviéticos defendiam a posição de que uma parte decisiva no
desenvolvimento de habilidades está vinculada aos princípios
sócioistóricos. Como conseqüência dessa posição, determinaram que o
estudo de habilidades deveria ser efetivado pela observação da atividade
do sujeito (WIELEWSKI, 2005, p.29).
indivíduo”.
Nessa conjectura Giorgion (2010, p. 29), aponta que a “Teoria de Krutetskii
evidencia o fato das habilidades serem aspectos de diversidades individuais, uma vez que
os sujeitos possuem diferentes potenciais para desenvolverem atividades”. Ainda segundo
Giorgion (2010, p. 29) cita em seu trabalho acadêmico que Krutetskii acreditava que “[...]
os sujeitos eram capazes de realizar tarefas, mas as capacidades envolvidas ocorriam em
níveis diferentes. Logo entende-se pelas prerrogativas de Giorgion (2010, p. 29) que os
sujeitos em diferentes faixas etárias e contextos sociais apresentavam maior ou menor
capacidade para diferentes atividades.
Considerando-se os pressupostos de Giorgion (2010) e Wielewski (2005), baseados
na obra de Krutetskii, se as habilidades estiverem relacionadas às diversidades individuais
de cada sujeito, elas podem ser analisadas de acordo com as diferenças individuais
identificadas em determinada atividade e comparando aqueles que apresentam um
desempenho satisfatório em uma atividade (denominados capazes) com aqueles que
apresentam um desempenho insatisfatório na mesma atividade (denominados incapazes ou
menos capazes).
Na pesquisa de García (1995), confirmam que,
[...] o estudo de Krutetskii está na crença da existência de diferenças
individuais geradas pela presença de pré-condições inatas, fator que
destoava das demais pesquisas soviéticas da época. Assim, mesmo em
condições sócio-históricas semelhantes, os indivíduos apresentavam
diferenças qualitativas e quantitativas na realização de atividades
específicas (GARCÍA, 1995, p.227).
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psicológicos complexos.
Por sua vez, Alvarenga (2017, p.54) em sua pesquisa conceitua habilidades com
base na obra de Krutetskii (1976, p.60), "[...] as habilidades são sempre o resultado de
desenvolvimento. São formadas e desenvolvidas em vida, durante atividade, ensino e
treino". Ainda Alvarenga (2017, p.54), que cita Krutetskii (1976, p.60), todos os alunos
têm habilidades de resolver problemas, embora alguns sejam mais desenvolvidos do que
outros. Segundo o psicólogo russo, são características psicológicas individuais que
capacitam os sujeitos para desempenhar uma tarefa rapidamente e bem.
Melo e Silva (2014, p.01-02) mencionam que Krutetskii (1976) concluiu em suas
pesquisas que “[...] as habilidades não nascem com os indivíduos, ao contrário, as mesmas
são desenvolvidas durante a sua vida e, mais ainda, as habilidades apresentadas pelo
indivíduo não possuem o mesmo nível e, se isso ocorresse, não teria sentido discutir
habilidades.” Ou seja, na obra de krutetskii (1976), que é citada por Spaletta (1998, p.07),
“[...] as habilidades, estão intimamente ligados as diferenças individuais, sendo algo
particular”.
Nos escritos de Georgion (2010), Meira (2016), Wielewski (2005), que analisaram
a obra de Krutetskii (1976) afirmam que “[...] uma atividade em Matemática bem sucedida
em Matemática não depende de uma unica habilidade, ou isolada ou fragmentada”. O
conjugado de habilidades especificas para a aprendizagem em Matemática, ou seja,
conjunto de funções cognitivas que são coordenadas pela parte frontal do cérebro, o córtex
pré-frontal, constituindo-se assim o funcionamento do sistema cognitivo.
Para Wielewski (2005, p. 17), assevera que nas pesquisas e observações de
Krutetskii, que há “diferenças cognitivas em em cada sujeito, o que passa a ser priorizado
é o estudo da estrutura e formação de habilidades matemáticas, observando estudantes
considerados matematicamente talentosos”. O que podem indicar dados qualitativos
referente aos diferentes componentes de habilidades e de como eles se interagem no
processo de ensino e aprendizagem, logo colaborando com pedagogos e pesquisadores da
Educação Matemática a repensarem a sua confiança em testes como indicadores de
habilidade, prática pedagógica, buscando alternativas metodológicas mais eficientes para
avaliar processos de pensamentos matemáticos.
Reiteramos que as funções executivas são habilidades cognitivas. São competências
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e aptidões essenciais para o individuo realizar uma atividade em Matemática atingindo seu
objetivo. Dessa forma Wielewski (2005, p. 17) complementa que “[...] as funções
executivas são responsáveis pelo planejamento, tomadas de decisão, monitoramento,
manipulação e execução de uma tarefa, possibilitando ao indivíduo encontrar respostas para
um problema a partir de conhecimentos e experiências armazenadas na memória”.
Nesse estudo destaca-se também a importância de reflexões sobre o que professor
que ensina Matemática entende sobre o conhecimento matemático, linguagem matemática,
alfabetização matemática, sobre o ensinar e o aprender matemática, a didática e
metodologias em matemática, no que faz referência diretamente e indiretamente às
habilidades matemáticas, tomando como base a teoria de Krutetskii e as habilidades
matemáticas durante o percurso escolar do estudante que envolvem a percepção, atenção,
memória, imaginação e pensamento, relacionando-os integralmente aos fatores sensoriais,
cognitivos e motores, que promovem a aprendizagem.
De acordo com Krutetskii (1976, p. 75), citado na pesquisa de Dobarro (2007),
no qual estabelece as habilidade para aprender Matemática como aspectos psicológicos
individuais, relevando, primeiramente, a característica da atividade mental respondendo
aos quesitos das atividades matemáticas escolares e que a influencia,
[...] sendo todas as outras condições equivalentes, o sucesso no domínio
criativo da Matemática como um assunto escolar – em particular, uma
relativa rapidez, facilidade e domínio profundo do conhecimento,
destrezas e hábitos em Matemática (DOBARRO, 2007, p. 09).
Diante das observações e notas de Krutetskii (1976), houve uma extensão evolutiva
para definição de habilidade matemática que foram fatores decisivos para determinar a
estrutura ou as várias categorias de estruturas, ou seja, que as habilidades devem ser
tratadas como estruturas complexas da mente, que inserem diversos aspectos
desenvolvidos durante a realização de uma atividade em Matemática.
A compreensão que ora apresenta para o desenvolvimento e apropriação de
habilidades Matemáticas, devem ser consideradas as características individuais que
possibilitam cada estudante realizar determinada tarefa/atividade, isto é, não há um
estudante igual ao outro, mesmo com a mesma idade cronológica e na mesma série/ciclo
escolar. As habilidades individuais são distintas, o que significa também que cada estudante
avança em seu próprio ritmo e estilo de aprendizagem.
Conforme explica Brito (2001), mesmo com todas as pesquisas desde o início do
século XX até o início do século XXI, não há um consenso entre os psicólogos soviéticos
e americanos sobre quais seriam as habilidades matemáticas básicas entre as diversas
propostas apresentadas, sendo a mais aceita pelos educadores matemáticos e descrita nos
trabalhos acadêmicos pesquisados, tem como referência a Teoria de Krutetskii.
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De forma bastante clara Alves (1999) e Cazorla (2002) que conformam com
(Krutetskii, 1976)
[...] a estrutura complexa de componentes relacionados aos
estágios da atividade mental em idade escolar, durante a
solução de um determinado problema matemático, requer,
para tanto, diversos processos cognitivos para que o
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(2010) e Wielewski (2010), reiteram que todos os estudantes em uma determinada sala de
aula, com mesma faixa etária, série/ano, podem possuir habilidades, mas cada um em uma
determinada área e em um nível diferenciado do outro. Pode acontecer, entretanto que "[...]
a relativa falta de uma habilidade pode ser compensada por outra habilidade, e assim, o
desempenho próspero da atividade não é descartado pela incapacidade em uma habilidade
específica” (GIORGION, 2010, p. 22).
Ao buscar aprofundamentos na pesquisa, convencionou-se a situação muito
peculiar no contexto escolar, estudantes com deficiências ou distúrbios de aprendizagem,
situações que podem ser contextualizadas, pois dependendo do grau de comprometimento,
especialidade e outros fatores que estão imbricados em um diagnóstico pedagógico,
psicopedagógico e clínico, eles não terão processos mentais cognitivos suficientes para o
desenvolvimento de habilidades em Matemática.
Em se tratando de habilidades e competências cognitivas, os estudantes com
deficiência terão, por via de regra, dificuldades com a linguagem e expressar, memória de
curto prazo, pois não conseguem raciocinar com clareza e agilidade para o
desenvolvimento das habilidades em matemática, o que possivelmente não favorecerá a
compensação de uma habilidade por outra.
Em face aos argumentos dos estudiosos Giorgion (2010, p.59) e Wielewski (2010,
p.12), e Maia et al. (2017, p. 188), fundamentados na obra de Krutetskii (1976, p. 350), em
relação ausência de condições psíquicas do individuo, irá incidir-se-á diretamente nos
estágios que correspondem a uma ou várias habilidades matemáticas já citadas como:
Percepção, Generalização, Lógica e Raciocínio, Flexibilidade, Pensamento Reversível,
Analítico-Sintético, Memória matemática e Conceitos Espaciais, não ocorrendo, portanto,
a aprendizagem em Matemática.
A presença ou ausencia de habilidades em Matemática podem ser percebidas
através de diversas atividades e diagnósticos clinicos e pedagógicos que apresentem
características do pensamento matemático, por exemplo: pensamento aritmético,
pensamento geométrico, pensamento algébrico, pensamento estatístico e uma série de
mecanismos ou processos mentais durante a realização de atividades. Na mesma sequência
Dobarro (2007, p.09), que cita Krutetskii (1976, p.75), completa que podem “[...]ser
identificadas as destrezas, os hábitos, e conhecimentos prévios”.
De acordo com esses fatores, a abordagem da escuta, o olhar, o diagnóstico
requerem que o professor que ensina Matemática de analisarem não só de pré-requisitos de
série/idade, mas também as condições, o conjugado de características cognitivas que
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conceitos, princípios (regras, normas padronizadas axiomas) com sequências tipo passo a
passo para resolver problemas, envolvendo conceitos, não sendo altamente suficientes para
que os estudantes se apropriem de conhecimentos matemáticos, pois precisam raciocinar
com precisão e usar suas estruturas mentais relativas à aprendizagem para alcançarem um
bom desempenho em suas atividades.
Para a apropriação de um conceito, Brito (1996, p. 74), leciona que a discussão e
planejamento pedagógico são amplos, pois devem envolver a aquisição de diferentes níveis
desse conceito a ser trabalho e essa aprendizagem. Assim a autora, evidencia alguns
elementos básicos que o professor que ensina matemática deve nortear para iniciar uma
abordagem com conceitos:
1) o padrão de maturidade do aluno;
2) as características do conceito a ser ensinado e aprendido em situação de
aprendizagem escolar;
3) a realidade em que o aluno e o conceito se inserem.
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de solucionar os problemas propostos”. Para Alves (1999, p.4), esse modelo de ensino ou
ensinagem em Matemática “[...] pode propiciar aos estudantes a aquisição de alguns
hábitos, treinamentos e conhecimentos relacionados aos conceitos e princípios abordados,
pode ao mesmo tempo dificultar o desenvolvimento das habilidades matemáticas”. Os
estudantes correm o risco de apropriar-se de significados ineficientes em sua realidade de
vida. Logo, percebe-se pelos autores citados no corpus da pesquisa que o desenvolvimento
das habilidades matemáticas que influenciam diretamente na aprendizagem .
Ainda é muito comum na educação básica na prática pedagógica de professores e
diversas pesquisas empiricas no campo da Educação Matemática, indicam em seus
resultados que norteiam a ideia de que o melhor estudante é o que reproduz na integra o
que o professor ou livro didático apresentam em sala de aula. Sob esse aspecto percebe-se
que não há desenvolvimento de habilidades em Matemática, ou melhor, constata-se que
está desenvolvendo apenas uma habilidade, que é de repetir e reproduir e não de raciocionar
matematicamente e produzir conhecimentos matemáticos. Outro exemplo a constatar é o
objeto de aprendizagem trabalhado em sala de aula seguindo a chamada “habilidade de
repetir ou repetição”, passado alguns meses ou bimestres, o estudante não sabe mais o que
é ou qual é objeto de aprendizagem e nem o que o vincula a outro objeto de aprendizagem,
havendo assim um esquecimento.
A prática de repetição ou reprodução de objetos de aprendizagem, para o limiar do
século XXI não serve mais, para pensar, raciocinar matemataticamente, e clareza, rigor
epistemológico e metodológico. Essas mudanças implicam em mudar relacionamentos
entre concepçoes de professores em relação ao ensino e aprendizagem em Matemática, em
especifico ao desenvolvimento de habilidades e competências, em relação saber cientifico,
motivação, criatividade incluindo também as relações, entre professores e estudantes na
mediação desse conhecimento.
A Psicologia da Educação Matemática, bem como as diversas teorias das bases
neurológicas e cognitivas, do desenvolvimento e aprendizagem evidenciam que o ensino
de Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental deve propiciar ao estudante o
desenvolvimento do pensamento e raciocínio matemático, estabelecendo relações entre os
conhecimentos matemáticos e situações cotidianas, sendo essencial que os elementos que
influenciam o sucesso da atividade matemática sejam desenvolvidos.
Assim, compreende-se que as metodologias de ensino devem ter a clareza do objeto
e conhecimento matemático, de certa forma, podem até serem consideradas abstratas e,
como tal, pode ser desenvolvida entre quatro paredes, até mesmo em uma contação de
histórias com crianças em idade escolar, sem necesidade de manipulação de objetos. Nessa
perspectiva a Psicologia da Educação Matemática, didática e metodologias de ensino de
Matemática, em seus desdobramentos enfatizam que para se chegar à abstração, o caminho
mais adequado é partir do concreto, “[...] pois não adianta falar em metro quadrado, se a
criança não entender o que é e não tiver uma noção concreta do que se está falando”
(KUMMER, 2016, p. 104).
A escola precisa oportunizar ao estudante o conhecimento matemático de maneira
integral, e o professor que ensina Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental
deve ter conhecimento matemático, com apropriação de procedimentos didáticos e
metodológicos capazes de potencializar em sua prática pedagógica as habilidades
matemáticas, sobretudo em cursos de licenciatura em Pedagogia, uma vez que é o professor
responsavel pela apresentação da Matemática aos estudantes desse nível escolar.
4. Considerações Finais
No corpus da pesquisa de forma expressiva, foi apresentada ideias, teorias, que
reportam a Psicologia da Educação Matemática, como a representação dessa inter-relação,
com contribuições significativas para a ampliação do conhecimento dos processos de
ensino e aprendizagem de Matemática e, sobretudo, como aportes teóricos aos professores
que ensinam Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
A pesquisa em tela considerou-se as dimensões teóricas de Krustestki e ideias de
diferentes estudiosos sobre habilidades em Matemática, coletadas por meio de uma
abordagem qualitativa utilizando a meta-analise apoiada em diversos e pesquisadores, que
se apoiam ao tema.
No interior da pesquisa ancorada na meta-analise foi possivel organizar um sistema
categorizado de habilidades matemáticas em conformidade com os fundamentos da obra
de Krutetskii (1976), traduzida do russo para o inglês e denominada The Psychology of
Mathematical Abilities in Schoolchildren, e da aproximação da Teoria Histórico Cultural e
seus colaboradores, na ´perspectiva do conceito de atividade, que identifica e caracteriza
as habilidades em Matemática, as estrutura das habilidades em Matemática, em especifico,
pelas habilidades para coletar, processar e reter na memória as informações fornecidas pelo
problema ou determinada atividade em Matemática.
Diante da perspectiva do objeto de estudo há um consenso entre os pesquisadores e
os fundamentos da teoria Krutetskii, baseado nos testes aplicados e resultados da
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aprendizagem, que nas estruturas das habilidades em Matemática, cada estudante é unico e
apresentam caracteristicas cognitivas pessoais diferentes, ou seja, as habilidades e estrutura
das habilidades de percepção, percepção espacial, representação mental e flexibilidade,
habilidade de reversibilidade de pensamento, sofrem variações de individuo para individuo.
Logo, registra-se que esse estudo não teve a pretensão de obter resultados
conclusivos nas variáveis investigadas, e sim de reflexões significativas, para a Educação
Matemática, para o desenvolvimento do pensamento matemático, o ensino e aprendizagem
de Matemática e para os professores que ensinam Matemática nos anos iniciais do Ensino
Fundamental.
REFERÊNCIAS
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https://www.upf.br/_uploads/Conteudo/cepeac/textos-discussao/texto-02-2019.pdf
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SCHMIDT, F. L., & HUNTER, J. E. Methods of meta-analysis: Correcting error and bias in
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