Dez Motivos para Não Se Ignorar o Terceiro Molar
Dez Motivos para Não Se Ignorar o Terceiro Molar
Dez Motivos para Não Se Ignorar o Terceiro Molar
INSIGHT ORTODÔNTICO
https://doi.org/10.1590/2177-6709.26.1.e21ins1
Alberto CONSOLARO1
https://orcid.org/0000-0002-5902-5646
Omar HADAYA2
https://orcid.org/0000-0002-5973-2543
Como citar: Consolaro A, Hadaya O. Ten reasons to not ignore the third molar. Dental Press J Orthod. 2021
Jan-Feb;26(1):e21ins1.
(1) Professor Titular da FOB-USP (Bauru/SP) e da pós-graduação na FORP-USP (Ribeirão Preto/SP). (2) Imaginologista
da Digital Center Radiologia (Maringá/PR).
RESUMO
INTRODUÇÃO
Não é raro examinarmos apenas o dente responsável pela
queixa principal, como sensibilidade dolorosa, recessão gengi-
val e/ou alteração estética, podendo ser, ainda, uma fratura de
esmalte e/ou a desadaptação de uma restauração.
Figura 4: Hiperplásicos, os
opérculos gengivais, ou capu-
A
zes hiperplásicos, nos tercei-
ros molares criam uma inter-
face que protege os biofilmes
microbianos, aumentando
os riscos de pericoronarite e
cisto paradentário. Na radio-
grafia panorâmica, a posição
horizontalizada e mesioangu-
lada dos terceiros molares in-
feriores revela risco de reab-
sorções radiculares externas
B nos segundos molares.
A B
C D
E F
A B
C D
A B
C D
Figura 10: Reabsorções externas inflamatórias na face distal das raízes dos segundos mo-
lares inferiores direitos, por ação direta dos tecidos foliculares pericoronários dos terceiros
molares inferiores, que comprimiram os vasos e causaram a morte dos cementoblastos. Esse
processo reabsortivo pode ser acelerado pela inflamação associada à entrada de bactérias via
sulco gengival distal do segundo molar e pela exposição parcial da coroa no meio bucal (seta).
Destaca-se dois pacientes (A e B) que receberam alta do tratamento ortodôntico.
Figura 11: Reabsorções externas inflamatórias na face distal das raízes dos segundos molares
inferiores direitos, por ação direta dos tecidos foliculares pericoronários dos terceiros mola-
res inferiores, que comprimiram os vasos e causaram a morte dos cementoblastos. Esse pro-
cesso reabsortivo pode ser acelerado pela inflamação associada à entrada de bactérias via
sulco gengival distal do segundo molar e pela exposição parcial da coroa ao meio bucal (seta).
Destacam-se dois pacientes (A e B) que receberam alta do tratamento ortodôntico.
A B C
Figura 12: Reabsorção cervical externa no segundo molar, associada à exposição da junção
amelocementária aos tecidos foliculares do terceiro molar parcialmente irrompido. (Recon-
trução 3D em B e C, e cortes coronais em D).
A B C
D E F
Figura 13: Concrescência do terceiro molar superior com o segundo molar em tomografia
através de reconstruções panorâmica (A), axiais (E e F) e 3D (B, C e D) com vistas vestibular/
palatina e axial.
Figura 14: Cistos dentígeros, do espaço pericoronário normal ao aumento gradativo de sua
espessura, instalando-se na cavidade cística (setas) por um processo decorrente do processo
eruptivo sem contaminação microbiana, colecionando líquido entre o epitélio folicular peri-
coronário e o esmalte, sem processo inflamatório. Destaca-se, em B, o paciente que recebeu
alta do tratamento ortodôntico.
Figura 15: Queratocistos odontogênicos que imitam o cisto dentígero e até mesmo o ame-
loblastoma, e se originam dos restos da lâmina dentária do folículo pericoronário. A região
onde ocorre o queratocisto odontogênico é a posterior da mandíbula, especialmente associa-
da aos terceiros molares.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Não se deve dar alta a um paciente odontológico sem que tenha-
mos segurança de que ele não é portador de uma doença nos seus
maxilares. Por essa razão, devemos, em qualquer planejamento,
desde uma simples restauração, ter em mãos uma radiografia
panorâmica e radiografias periapicais das arcadas dentárias.
REFERÊNCIAS