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Dentes Inclusos

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Dentes Inclusos: Terceiros Molares

Inferiores
Definição: é todo dente, que chegada a sua época normal de erupção
não irrompeu na cavidade oral.

Classificação:

 Fisiológica: É quando o dente encontra-se incluso, porém dentro


de sua época normal de irrompimento.
 Patológica: É quando um dente encontra-se incluso após
passados 12 meses de sua época normal de irrompimento.

Generalidades:

 Os terceiros molares, apresentam uma grande variedade de


situações e condições, o que dificulta estabelecermos uma
técnica padrão isto é uma técnica cirúrgica uniforme para todos
os casos. Porém os princípios em que se baseiam as
intervenções são idênticas em todos os casos: Incisão da
mucosa, osteotomia ( Trepanação óssea ).

Fatores que orientam a intervenção:

 Posição da coroa.
 Desenvolvimento e posição da raiz.
 Natureza e quantidade de tecido ósseo que rodeia o dente.
 Relação entre o terceiro molar inferior incluso e o segundo molar
irrompido.

Princípios básicos das cirurgias de dentes inclusos:

 Menor traumatismo possível.


 Trabalhar pela via de menor resistência.
 Controle das forças empregadas.

Necessidade e oportunidade da extração:

Graziani: Todo dente incluso deve ser extraido, pois ele é um cisto em
potencial.

Mead: Todo dente incluso deve ser extraido, desde que os benefícios
sejam maiores que os malefícios.
Exame clínico: Este deve ser minucioso, iniciando-se pelos lábios e
termi-nando pelos dentes. É atravéz deste minucioso exame clínico
que iremos detectar a presença de uma pericoronarite de lesões
benígnas e de lesões hiperplásicas.

Exame radiográfico: Este é imprescindível. Ele nos dará todos os


dados exigidos para planejamento e execução da operação (cirúrgica)
do dente incluso.

Localização topográfica:

Consiste em aliar-se a um cuidadoso exame clínico, através de três ou


mais radiografias que irão situar o dente incluso em relação a três
dimensões de volume: altura, largura e comprimento.

 Tipos de radiografias empregadas:

A)Periapical:

 Nos dará uma visão ântero-posterior,


 Relação dos dentes no sentido transversal.
 fornece elementos úteis na condução da técnica a ser seguida.
 Conhecimento da forma e posição do dente.

B)Oclusal:

Técnica de Donavam. É realizada com radiografias periapicais. A


incidência do raio central deverá ser perpendicular a película e
paralelo ao longo eixo dos dentes.

C)Perfil:

Esta nos orientará quanto a altura do dente incluso, suas relações e


variações no sentido vertical e localização no sentido horizontal, suas
relações com dentes e estruturas adjacentes.

D)Panorâmica:

É muito importante, pois nos dará uma visão total do dente incluso e
de suas relações com o segundo molar irrompido e estruturas
adjacentes.

Indicações:

 Falta de espaço.
 Má posição do incluso ( sem pos-sibilidade de correção ).
 pericoronarites recorrentes.
 reabsorções ou cáries ( no 2º m.i. irrompido ).
 Indicações protéticas ou ortodônticas.
 Pocessos patológicos ( Trismo, abscesso, cisto dentígero, etc ).
 Sintomas de etiologia indeterminadas ( dor na atm, na cabeça,
etc ).

Contra-indicações:

 Má condição geral do paciente.


 Iatrogenias ( Ex.: acidentes anatômicos importantes ).
 Possibilidade de tratamento conservador.
 Pacientes idosos.
 Extrações precoces.
 Processos infecciosos agudos.

Planejamento:

Este depende dos exames clínicos e radiográficos (minuciosos).

No exame clínico ( Visual e digital ) cuidadoso iremos:

 Verificar os tecidos moles e duros que rodeiam o sítio da


intervenção.

No estudo radiográfico cuidadoso iremos:

 Determinar ( verificar ) se as radiografias mostram o tamanho


exato e completo e a forma do dente ( da coroa, o número, o
tamanho e a forma das raízes com os dentes adjacentes ou
estruturas vitais.
 A relação vestíbulo lingual do dente atravéz do estudo da
radiografia oclusal.
 A posição das raízes em relação ao canal mandibular.

No planejamento devemos:

Decidir se o dente incluso será extraido por:

 Odonto-secção.
 Osteotomia.
 Osteotomia mais odonto-secção.
 Estimar a quantidade de de tecido ósseo que pode ser removido
para proporcionar uma exposição e criar um espaço adequado
para extração do dente incluso.
 Determinar o melhor metodo e os melhores instrumentos para a
eliminação do osso:
 Através de brocas ( somente em alta ou baixa rotação ).
 Através de cinzel e martelo.
 Broca, cinzel e martelo.
 Remoção de tecido ósseo mais odonto-secção.
 Determinar a melhor direção e os intrumentos necessários para
elevar o dente incluso com o mínimo trauma.

Fatores que complicam a técnica operatória.

 Curvatura anormal das raízes.


 Hipercementose.
 Proximidade com o canal mandibular.
 Grande densidade óssea (idosos).
 Espaço folicular coberto de osso ( em pacientes com mais de 25
anos ).
 Dentes inclusos ( coroas ) com reabsorções em idosos, o que
leva a uma anquilose ( união entre dente e osso ).
 Músculo orbicular pequeno.
 Imcapacidade de abrir a boca.
 Língua grande incontrolável.

Classificação de Winter:
Baseia-se na posição do longo eixo do 2º molar inferior irrompido em
relação ao longo eixo do 3º molar inferior incluso (Fig.1).

Classe I – Vertical Classe II – Horizontal


Classe III - Mésio-Angular Classe IV - Disto-Angular

Classe V - Invertido Classe VI - Vestíbulo-Angular

Classe VII - Linguo-Angular Classe VIII - Exepcionais

Figura-1: Classificação de Winter

Classificação de Pell e Gregory:


 Baseia-se na na relação do dente ( 3º m.i. incluso ) com o ramo
ascendente da mandíbula e a distal do 2º molar inferior
irrompido.
 Quanto a profundidade relativa do 3º m.i. incluso no osso.
 Quanto a relação do 3º m.i. incluso com o arco dental.

Com relação do 3º m.i. incluso com o ramo ascendente da mandíbula


e a distal do 2º m.i. irrompido a classificação é a seguinte (Fig.1):

 Classe I
 Classe II
 Classe III

 Classe I: Há espaço suficiente entre o ramo ascendente da


mandíbuila e o segundo molar para acomodação do 3º molar
(incluso) (Fig.2).
 Classe II: Há pouco espaço, isto é, o espaço entre o ramo
ascendente e a distal do segundo molar é menor que o diâmetro
mesio-distal do 3º m.i. incluso (Fig.2).
 Classe III: Não há espaço, isto é, o 3º m.i. está quase que ou
totalmente incluso no ramo ascendente da mandíbula (Fig.2).

Classe I________Classe II________Classe III

Figura-2: Classificação de Pell e Gregory, com relação do 3º m.i. incluso


com o ramo ascendente da mandíbula e a distal do 2º M.I.irrompido.

Quanto a profundidade relativa do 3º m.i. incluso no osso (Fig.3).

 Posição A.
 Posição B.
 Posição C.

 Posição A: Posição mais alta do dente incluso encontra-se


acima do plano oclusal ou na mesma linha do segundo molar.
 Posição B: Posição mais alta do dente incluso encontra-se
abaixo do plano oclusal e acima da linha cervical do segundo
molar inferior.
 Posição C: A posição mais alta do dente incluso encontra-se
abaixo da linha cervical do segundo molar.

Posição A Posição B Posição C

Figura 3: Classificação de Pell e Gregory, quanto a profundidade relativa


do 3º m.i. incluso no osso.

Quanto a relação do 3º m.i. incluso com o arco dental (Fig.4).

 Normal.
 Projeção vestibular.
 Projeção lingual.

Normal Projeção vestibular Projeção lingual

Figura 4: Classificação de Pell e Gregory, quanto a relação do 3º m.i.


incluso com o arco dental.

Técnica Cirúrgica:
1-Incisão: Dentados

 Winter
 Angulada
 Centeno
 Incisão:Desdentados
 Linear sobre orebordo
2-Descolamento do ratalho

 3-Osteotomia
 Brocas (Esf. e t. cônicas)
 Cinzel e martelo
 Brocas, Cinzel e martelo

4-Tecnica Cirúrgica:

 Operação propriamente dita com ou sem odontosecção.


 Tratamento da cavidade óssea.
 Sutura.

5-Pós operatório:

 Instruções ao paciente.
 Medicação.
 Curativos e observações.
 Remoção de suturas após 7º ou 8º dia.
 Alta para o paciente.

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