Universidade Federal Da Bahia Escola de Medicina Veterinária Departamento de Patologia E Clínicas
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SALVADOR-BA
2018
DERMATOPATIAS INFECCIOSAS EM SERPENTES
SALVADOR-BA
2018
Dedico este trabalho
a Maria de Fátima
Morais Ribeiro e a Alírio Nascimento.
AGRADECIMENTOS
À XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX.
Ao XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
RESUMO
O aumento da procura por serpentes, seja para animal de estimação ou para fins
conservacionistas, associados a erros de manejo e auto medicação sem prescrição,
gera uma maior casuística de enfermidades de ordem tegumentar por agentes
infecciosos. Tais ocorrências resultam em um aumento da procura por serviços
veterinários especializados.
A crescente preocupação com o bem-estar animal associado ao aumento da
criação de serpentes, seja para animais de estimação ou para fins
conservacionistas, gera uma maior casuística de enfermidades de ordem
tegumentar por agentes infecciosos. [ H1] Tais ocorrências resultam em um aumento
da procura por serviços veterinários especializados.
Essa revisão de literatura apresenta anatomofisiologia da pele associada às
principais afecções dermatológicas de cunho infeccioso, visando a descrição dos
agentes etiológicos, aspecto clínico, métodos de diagnósticos, tratamento e
prevenção das dermatopatias de serpentes de vida livre ou cativos.
2124380520 INTRODUÇÃO XX
2124380521 - DESCRIÇÃO DO LOCAL E DAS ATIVIDADES DE XX
ESTÁGIO
2124380521.2124380648 – LOCAL DE ESTÁGIO 1
2124380521.2124380648.2124376808 - DESCRIÇÃO DO LOCAL
1
2.1.2 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DO LOCAL 1
2.2 – LOCAL DE ESTÁGIO 2 ( SE HOUVER)
2.2.1 - DESCRIÇÃO DO LOCAL 2
2.2.2 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DO LOCAL 2
3 DESCRIÇÃO DETALHADA DE UM XX
CASO-PROCEDIMENTO-SITUAÇÃO ACOMPANHADO PELO
ESTAGIÁRIO DURANTE O PERÍODO DO ESTÁGIO (OPCIONAL)
XX
3.1 INTRODUÇÃO XX
3.3 DISCUSSÃO XX
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS XX
REFERÊNCIAS XX
APÊNDICE XX
ANEXO XX
1
SUMÁRIO – ELEMENTO PRÉ-TEXTUAL, OBRIGATÓRIO. Só devem constar no
sumário os elementos textuais e pós-textuais
1.Introdução
espécies ameaçadas:
2.2 Anatomofisiologia da pele
Como nos mamíferos, a pele das serpentes serve como uma barreira
protetora celular contra microorganismos e parasitos, além de resistir abrasões,
proteger o meio interno das injúrias do ambiente externo, manter tecidos e órgãos
no lugar, e é responsável pelo movimento e crescimento. A pele também é
responsável por outras funções como regulação fisiológica, detecção sensorial,
respiração e coloração (BALLARD, 2017; HOLTHAUS, 2017).
A aparência e a condição da pele de um organismo vivo são indicadores
precisos do bem-estar geral das serpente, sendo o padrão de ecdise um guia útil
para avaliar a saúde das mesmas (JACOBSON, 2007; HARKEWICZ, 2001).
2.3.1 Bactérias
2.3.1.3 Mycobacterium
O gênero Mycobacterium também é descrito como agente causador de lesões
dermatológicas em serpentes, sendo as espécies Mycobacterium chelonei e
Mycobacterium kansasii descritas como causadora de lesões abscedativa ao nível
de subcutâneo de indivíduos imunossuprimidos. O Mycobacterium chelonae tem
sido frequentemente isolado de tartarugas e tartarugas com ulcerações
pós-operatórias, lesões da mucosa cutânea e oral (REAVILL, 2012 ;
QUESENBERRY, 1986(2); EBANI, 2005).
Todas as micobactérias podem se espalhar pela via hematogênica com
envolvimento de pulmão, fígado, baço, rim, coração, ossos, gônadas, sistema
nervoso e articulações. Existem várias espécies ambientais de micobactérias
presentes na água e no solo, portanto os animais de sangue frio teria uma maior
facilidade de contrair esses agentes. No entanto, os répteis possuem uma
resistência natural às micobactérias, ocorrendo patologias quando o animal é
imunocomprometido ou um grande número de organismos é introduzido (FRYE,
1991).
O diagnóstico de Mycobacterium em répteis pode ser subestimado devido a
dificuldade de crescimento do agente nos meios de cultura comuns, por se tratarem
de bacilos ácido-álcool resistentes, com isso não corados pelo método de Gran
(REAVILL, 2012 ; QUESENBERRY, 1986(2)).
Dentre as espécies de serpentes acometidas, as sintomatologias descritas
sobre essa infecção, cursa com múltiplos granulomas heterofílicos e histiocítico
subcutâneos facilmente ulcerados, estomatites, anorexia, histórico de regurgitação, e
pneumonia ligada a aspiração do conteúdo inflamatório decorrente das estomatites.
No exame necroscópico se torna visível o acometimento difuso dos nódulos em
pulmão, fígado, baço, rins, cavidade oral, coração e tecido subcutaneo (REAVILL,
2012 ; QUESENBERRY, 1986(2); MITCHELL, 2011; TROIANO, 2018).
Mycobacterium chelonae e M. fortuitum, micobactérias de crescimento rápido,
causam principalmente doença pulmonar, mas também infecções cutâneas locais,
osteomielite, infecções articulares, lesões disseminadas da pele e dos tecidos moles.
O Mycobacterium kansasii, induz uma doença pulmonar crônica semelhante à
tuberculose pulmonar; pode se espalhar do lado local e causar linfadenite e
disseminar doenças. O Mycobacterium haemophilum, causa infecções cutâneas,
articulares, ósseas e pulmonares em pacientes imunocomprometidos e linfadenite
em crianças. O Mycobacterium marinum, é encontrado em água doce e salgada. A
infecção por M. marinum ocorre após trauma de pele e geralmente se apresenta
como granuloma ou linfangite localizada. A infecção pode resultar em ulceração
persistente, drenagem dos seios da face, artrite séptica e osteomielite ( TROIANO,
2018; REAVILL, 2012; EBANI, 2005).
2.3.1.5
2.3.2 Fungos
2.3.3.2 Retroviridae
A família retroviridae, pode causar doenças em viperídeos (Vipera ruselli) e
colubrídeos (Elaphe gutatta e Lampropeltis gettulus) e também está relacionada a
presença de tumores como mixofibromas pericárdicos, rabdomiossarcomas
embrionários e até de linfomas, com isolamento do tipo C do vírus (TROIANO,
2018).
Serpentes da família Boidae, principalmente Jibóias, e da família Pythonidae,
podem ser acometidas pela doença do corpúsculo de inclusão (IBD) que acomete
especificamente os indivíduos dessas famílias. Este arenavírus é transmitido pelo
ácaro Ophionyssus natricis e apresenta como sintoma inicial regurgitação
acompanhado de sintomas neurológicos como tremores, opistótonos e dificuldade
para se posicionar corretamente quando posta em decúbito dorsal. Ao decorrer da
doença ocorrem estomatites, dermatites, pneumonia e o animal pode vir a óbito por
inanição (TROIANO, 2018).
Sintomatologia cutânea da doença do corpúsculo de inclusão engloba
ulcerações multifocais por conta da hemorragia subcutânea generalizada induzida
por conta da necrose dos vasos endoteliais repletos do corpúsculo de inclusão
,gerado através da invasão do vírus, observando dermatite necrosante ulcerativa na
região acometida (ROCCABIANCA, 2017).
Na necropsia encontram-se corpúsculos de inclusão intracitoplasmáticos
eosinofílicos nas células epiteliais dos rins, pâncreas e cérebro, sendo esses
corpúsculos sinais patognomônicos da doença quando encontrados nos linfócitos
(TROIANO, 2018).
ABSCESSOS
Nos répteis os abscessos são encontrados como massas caseosas, não
apretando reação inflamatória local e ao realizar corte transversal é observado
estrutura laminar facilmente removível cirurgicamente. Apresentam localização
diversa e distinta entre as espécies.
2.4. Apresentação clínica
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2
APÊNDICE – ELEMENTO PÓS-TEXTUAL, OPCIONAL. Definição - Texto ou
documento elaborado pelo autor, a fim de complementar sua argumentação, sem
prejuízo da unidade nuclear do trabalho.
ANEXO A