Dna Morango B

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E BIOFÍSICA
BIOQUÍMICA APLICADA À NUTRIÇÃO I - ICS067

Aline Silva dos Santos


Lays Ferreira
George Heinrich Noronha Oliveira
Milena Nascimento

CARACTERIZAÇÃO DOS ÁCIDOS NUCLEICOS

EXPERIMENTO DA EXTRAÇÃO DO DNA DE MORANGO CASEIRO

Salvador

2022
Aline Silva dos Santos
Lays Ferreira
George Heinrich Noronha Oliveira
Milena Nascimento

CARACTERIZAÇÃO DOS ÁCIDOS NUCLEICOS

EXPERIMENTO DA EXTRAÇÃO DO DNA DE MORANGO CASEIRO

Experiência prática apresentada ao Curso de


Nutrição, UFBA, como requisito parcial avaliativo
da disciplina Bioquímica Aplicada à Nutrição I para
maior compreensão sobre a caracterização dos
ácidos nucleicos.
Docente: Aline Miranda Mascarenhas e Ravena
Nascimento.

Salvador

2022
1. INTRODUÇÃO
A vida depende da capacidade das células em armazenar, recuperar e traduzir as
instruções genéticas necessárias para produzir e manter o organismo vivo. Essa
informação hereditária é passada da célula-mãe para as células-filhas durante a
divisão celular e de geração em geração nos organismos multicelulares por meio
das células reprodutoras, óvulos e espermatozoides. Essas instruções são
armazenadas no interior de cada célula viva em seus genes – os elementos que
contêm as informações que determinam as características de uma espécie como um
todo e de cada indivíduo. (ALBERTS, 2011)

O século XX foi marcado por um grande avanço na ciência, fora evidenciado a


estrutura tridimensional da molécula de DNA (a dupla hélice) em 1953, por Francis
Crick, James Watson e Maurice Wilkins, quando trabalhavam em Cambridge, no
Reino Unido, essa descoberta abriu uma nova era para ciência, dando origem a
disciplinas completamente novas e influenciou o rumo de muitas já estabelecidas,
também abriu caminhos para a moderna biologia molecular.

Um nucleotídeo é constituído por uma base nitrogenada (purina ou pirimidina), um


açúcar pentose e um ou mais grupos fosfato. Os ácidos nucléicos são polímeros de
nucleotídeos, unidos por ligações fosfodiéster entre o grupo 5’-hidroxila de uma
pentose e o grupo 3’-hidroxila da próxima pentose. Existem dois tipos de ácidos
nucleicos: RNA e DNA. Os nucleotídeos no RNA contêm ribose e as bases
pirimídicas comuns são a uracila e a citosina. No DNA, os nucleotídeos contêm 2’-
desoxirribose e as bases pirimídicas comuns são a timina e a citosina. As purinas
primárias são adenina e guanina tanto no RNA quanto no DNA.

(LEHNINGER, 2014)

OBJETIVOS

2.1 Extrair os ácidos nucleicos presentes nas células de morango/banana


utilizando para tal, materiais de baixo custo e técnicas simples que podem ser
realizadas com o mínimo de recursos.
2. MATERIAL E MÉTODOS

 2 ou 3 morangos maduros/ ½ banana


 1 Sacos plástico de cozinha para maceração dos morangos
 1 Colher de sopa
 1 Colher de chá
 Sal de cozinha (NaCl)
 Detergente neutro (sem cor) de lavar louça
 Álcool comercial 70% ou 98% gelado (abaixo de 4° C)
 1 Copo contendo 150 mL de água filtrada
 Peneiras ou coadores de café
 2 copos limpos vazios
 1 bastão de madeira ou colher para misturar delicadamente
 1 Funil

3. PROCEDIMENTO (METODOLOGIA)

 Selecionar 3 morangos e tirar os seus cabinhos verdes.


 Colocar os morangos dentro de um saco plástico e comece a macerá-los
pressionando os morangos com os dedos até formar uma pasta.
 Em um copo, misturar 150 ml de água, uma colher (sopa) de detergente e
uma colher (chá) de sal de cozinha. Mexer bem com uma colher, porém
devagar para não fazer espuma.
 Colocar cerca de 1/3 da mistura de água, sal e detergente sobre o
macerado de morango. Misturar levemente e despejar em outro copo.
 Incubar em temperatura ambiente por 30 minutos. Mexer de vez em
quando.
 Colocar uma peneira sobre um copo limpo e passar a mistura pela peneira
para retirar os pedaços de morango que restaram.
 Colocar metade do líquido peneirado em outro copo. Colocar apenas cerca
de 3 dedos no fundo do copo.
 Despejar d e l i c a d a m e n t e n o copo (pela parede do mesmo), sobre a
solução, dois volumes de álcool 70% ou 98% gelado. Não misturar o
álcool com a solução. Aguardar cerca de 3 minutos para o DNA começar
a precipitar na interface. Você irá observar uns filamentos esbranquiçados.
 Passo opcional. Usar um palito, plástico ou madeira para enrolar as
moléculas de DNA. Gire o palito na interface entre a solução e o álcool. até
obter uma pasta quase homogênea. Transferir a pasta de morango para um
copo.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Figura 1. Imagens do experimento da extração do DNA do morango.

1. Por que utilizamos o detergente na reação?

R- O detergente são moléculas anfipáticas, pois, possuem uma extremidade polar


e outra apolar, então por meio desta característica em meio aquoso formam
micelas, de modo que as extremidades apolares ficam voltadas para dentro e a
extremidade polar fica em contato com à água, o que por vez favorece uma
diminuição na tensão superficial da água. Temos que na solução o detergente
serviu para formar uma emulsão devido a formação de micelas onde os
compostos hidrofóbicos dos componentes lipídicos das células do morango estão
em contato com a extremidade apolar do detergente, ao passo que a extremidade
polar do detergente cobre a superfície das micelas e permanece em contato com
as moléculas de água.
Então o detergente serviu para romper as interações hidrofóbicas, de modo a
suspender esses componentes em micelas desestabilizando a bicamada lipídica
das células do morango, e consequentemente dissolvendo a bicamada lipídica
das membranas celulares e dispersar todo o conteúdo celular, incluindo o DNA
na solução.

2. Qual o papel do álcool gelado na reação?

R- O álcool etílico gelado promove uma desidratação do DNA e a formação de


uma mistura heterogênea de duas fases, fazendo com que o DNA suba para a
fase superior (a fase do álcool) e se torne visível mais facilmente a olho nu, isso
deve-se ao fato do DNA possuir menor densidade em relação aos demais
componentes presentes na solução, e devido ao DNA não ser solúvel em álcool,
permite as moléculas do DNA agrupar-se na superfície do recipiente. E quanto
mais gelado o álcool, menor é o movimento das moléculas do DNA e por vez
menos solúvel nesta fase composta pelo álcool.

3. Qual a função do sal na reação?

R- O cloreto de sódio serviu pata solubilizar as proteínas na solução aquosa,


pois, os íons carregados resultante da dissociação do sal passam a interagir com
as moléculas proteicas, ocasionando uma alteração nas cargas líquidas das
proteínas, o que influi em uma diminuição na interação entre as próprias
moléculas de proteínas, e assim aumenta a solubilidade do componente proteico
no meio aquoso, um fenômeno do tipo salting-in, e consequentemente mantém
as proteínas na parte líquida da solução extraída.
Ocorre que a dissociação do cloreto de sódio resulta na liberação de íons cátions
Na+ e ânions Cl- que promove uma alteração na carga líquida das proteínas que
atuam na compactação do DNA, que influi na precipitação do DNA e das
proteínas na solução aquosa.
REFERÊNCIAS

1. LEHNINGER, T. M., NELSON, D. L. & COX, M. M. Princípios de


Bioquímica. 6ª Edição, 2014. Ed. Artmed.
2. ALBERTS, B., BRAY, D., HOPKIN, K., JOHNSON, A., LEWIS, J., RAFF,
M., ROBERTS, K. & WALTER, P. Fundamentos da biologia celular. Porto
Alegre: Artmed, 2011.
3. https://sites.usp.br/cdcc/wp-content/uploads/sites/512/2019/08/extra
%C3%A7%C3%A3o-professor.pdf Acessado em 16 de junho de 2022, às 15:30.

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