PPP Doc Principal 2017ipe
PPP Doc Principal 2017ipe
PPP Doc Principal 2017ipe
PROJETO PEDAGÓGICO
2017
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
I. IDENTIDADE DA ESCOLA
1. Declaração de Fé do IPE
2. Missão do IPE
3. Marco Filosófico do IPE
4. Objetivos Gerais do IPE
5. Histórico do IPE
6. Marco Situacional
(Edinei Pimenta)
Data de Fundação
28/10/1951
APRESENTAÇÃO
Ainda que alguns valores sejam permanentes para a nossa instituição de ensino,
sabemos que a cada ano a escola precisa renovar as suas metas e propostas pedagógicas a fim
de incluir novos desafios, perspectivas e conteúdos importantes para a formação dos seus
alunos.
Conduzir com excelência a formação de crianças e adolescentes hoje, visando o seu
pleno desenvolvimento, juntamente com uma sólida formação cristã, fundamentada no
respeito, é uma privilegiada missão assumida pela escola junto à família, porém, revestida de
grandes responsabilidades e desafios intra e extra-ambiente escolar.
Aos atuais desafios e responsabilidades, acrescenta-se a imperiosa e insana
relativização e banalização do ser humano no âmbito privado e social, bem como dos valores
e princípios da ética, da moral, da cidadania e da vida familiar, tudo isso intensificado pela
virtualização das relações sociais e da busca obsessiva dos direitos pessoais, em detrimento
do cumprimento dos deveres pessoais e sociais. Neste contexto, é preocupante o número de
famílias e escolas em nossa sociedade, incluindo as cristãs, que estão perdendo de vista uma
qualificada educação de seus filhos e a formação de seus alunos.
Diante disto, a tarefa de educar crianças e adolescentes, hoje, para a promoção de
jovens e adultos saudáveis e realizados na esfera, pessoal, social, emocional, profissional, etc.,
que engrandeçam primeiramente a Deus e consequentemente à sociedade em que estão
inseridos é um empreendimento que somente será exitoso se a família e a escola se alinharem
em prol de objetivos comuns, assumindo cada qual seu papel e tarefas, cooperando e
respeitando os limites de atuação de cada uma. Portanto, este é um desafio que nos propomos
a focar neste ano.
É nesta concepção e entendimento que nos limites da cosmovisão cristã e sempre
priorizando uma abordagem científica de caráter teórico-prático, que o IPE direciona a sua
programação anual, visando atender a quatro grandes e indispensáveis áreas que
fundamentam o trabalho desta instituição: formação cristã da equipe escolar, da família e do
aluno; educação e aprendizagem; a parceria da escola e da família e, atualização das práticas
pedagógicas, por meio de constante estudo e aprendizado de sua equipe pedagógica.
São estes os desafios propostos para mais um ano letivo, visando cumprir a nossa meta
maior: promover uma educação cristã e acadêmica de excelência.
I. IDENTIDADE DA ESCOLA
1. DECLARAÇÃO DE FÉ DO IPE
2. MISSÃO DO IPE
O IPE é uma escola de educação básica que existe para oferecer à comunidade uma
alternativa cristã diferenciada de ambiente escolar, comprometida com a excelência
acadêmica e um currículo norteado pelas verdades da Palavra de Deus, com a finalidade de
levar o aluno ao conhecimento pessoal de Cristo e ao desenvolvimento de um caráter
cristão, preparando-o assim para uma vida de serviço a Deus e à comunidade.
3. VISÃO DO IPE
Ser reconhecida pela sociedade como instituição confessional presbiteriana, de perfil
comunitário, que se dedica às ciências divinas e humanas; caracterizando-se pela busca
contínua da excelência em ensino, primando pela formação integral do ser humano, em
ambiente de fé cristã reformada.
4. VALORES DO IPE
✓ Na conduta pessoal: dignidade, caráter, integridade e espírito cristão;
✓ No relacionamento interpessoal: lealdade, respeito mútuo, compreensão, honestidade e
humildade;
✓ No exercício da atividade profissional: ética, competência, criatividade, disciplina,
dedicação e disposição para o trabalho voluntário;
✓ No relacionamento entre unidades e departamentos: cooperação, espírito de equipe,
profissionalismo e comunicação adequada;
✓ No relacionamento com outras instituições: responsabilidade, independência e
transparência;
✓ Na sociedade: participação e prestação de serviços à comunidade;
✓ E, em todas as circunstâncias, agir com amor que é o vínculo da perfeição.
5. MARCO FILOSÓFICO DO IPE
O IPE é uma entidade de confissão bíblico-cristã e de tradição evangélica reformada
mantida pela Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia. Nossa filosofia educacional é
primeiramente fundamentada no reconhecimento de que Deus é o Criador e o Sustentador
de todas as coisas (Gênesis 1 e 2; Salmo 8), assim como o único que pode trazer salvação à
sua verdadeira Igreja através de Seu Filho Jesus Cristo (João 1; Hebreus 1:1-4). Essa fé
baseia-se no fato de que este Deus, Criador, Sustentador e Salvador, fez conhecida a sua
vontade, revelando-se ao homem nas Escrituras, e, de maneira geral, na própria criação
(Salmo 19).
Tomando por base a revelação de Deus nas Escrituras, cremos que ao fazer o homem
à sua imagem e semelhança (Gênesis 2:26-30), Deus lhe outorgou o desenvolvimento de
uma cultura direcionada à sua glorificação, e lhe delegou o domínio da criação. Debaixo
do conhecimento de Deus, o homem, restaurado por Jesus Cristo, torna-se, habilitado pela
Verdade e capacitado a desenvolver este mandato cultural atuando como um agente de
transformação na sociedade.
Reconhecemos que por causa do pecado é necessário que o homem seja salvo de sua
condição de pecador, a fim de que sua vida tenha verdadeiro significado e propósito (João
10:10) e que suas ações e conquistas venham verdadeiramente, a glorificar a Deus.
Com base nestas proposições, consideramos a educação no IPE como um processo
sob orientação do Espírito Santo, que conduz o aluno a descobrir as verdades na revelação
natural de Deus – a ciência, a partir da realidade descrita na revelação especial – a Bíblia.
O educando, aplicando estas verdades em todas as áreas de sua vida, opera o seu o
desenvolvimento físico, mental, social e espiritual, tornando-se assim, um cidadão
comprometido com o seu Criador na sociedade na qual tem a oportunidade de servir e
conviver.
Cremos que ensinar só faz sentido se educarmos o nosso aluno para Cristo, pois,
tendo o Filho de Deus como modelo e referencial de vida, o aluno poderá desenvolver
todas as potencialidades humanas para as quais Deus o criou.
Estamos convictos que Deus estabeleceu a família e deu aos pais a responsabilidade
de educar seus filhos. O IPE não existe para substituir a família, assumindo a sua função,
mas para lhe dar suporte e lhe auxiliar na árdua tarefa da formação do caráter de seus
filhos.
Nesta parceria com a família, o IPE busca também a excelência acadêmica e a
integração de todas as disciplinas ou áreas do conhecimento com a fé cristã, dando ao
aluno uma sólida formação que será o referencial norteador de todos os seus
relacionamentos e esferas de sua vida.
Nosso desafio, portanto, é trabalhar como parceiros da família, na sublime tarefa de
educar a criança e o adolescente para que cumpram o mais glorioso propósito na vida, que
é honrar e glorificar a Deus.
• Orientar e incentivar o aluno cristão a desenvolver sua vida cristã rumo à maturidade
espiritual através de um compromisso profundo com a Bíblia e com a oração que o
habilitarão a uma vida de testemunho e serviço a Deus e à comunidade;
• Guiar o aluno não cristão a um relacionamento pessoal com Deus, através de Cristo,
nosso Salvador, Autor e Consumador da fé;
• Desenvolver no aluno uma consciência ecológica que promoverá a sua interação com
a criação de Deus numa relação de cuidado e preservação do meio ambiente.
• Auxiliá-la na formação cristã moral dos filhos para que estes tenham consciência dos
seus deveres e direitos e assumam as suas responsabilidades como cidadãos
comprometidos com a necessidade de transformação do seu contexto social;
7. HISTÓRICO DO IPE
IPE – Fruto de um sonho de três mulheres evangélicas (Presbiterianas),
professoras Gilda Machado Pimenta, Martha Rochael França e Sebastiana Rochael Machado
Pimenta, apoiadas pelo pastor da 1ª Igreja Presbiteriana de Goiânia Rev. Wilson de Castro
Ferreira, confiados em Provérbios 22.6 – “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ,
ainda quando for velho não se desviará dele” Foi escolhido como símbolo do INSTITUTO
PRESBITERIANO DE EDUCAÇÂO – IPE – o ipê, árvore nativa, símbolo nacional.
Em outubro de 1951, foi realizada a reunião de criação do IPE, registrada em
ata do Conselho da Mantenedora.
O registro oficial de sua fundação (no primeiro regimento interno) foi no dia 15
de março de 1952, na Avenida Santos Dumont (rua 68), nº 9 (nº95), Goiânia – Go, local onde
funciona hoje a Unidade l.
Já no início, o IPE era administrado pelo Conselho da Igreja, Conselho de
Educação e Direção da Escola. Eram 67 alunos e 4 professoras, de jardim, 1ª, 2ª e 3ª séries.
Os dois primeiros meses de aula foram ministrados no salão da Igreja, enquanto era concluído
o primeiro pavimento de seu edifício próprio. Ficou pronto em maio de 1952. O mesmo
aconteceu em 1953 para terminar o segundo pavimento.
O curso Primário consolidado, o mundo evoluindo e a educação também, mais
uma vez, mães e professoras evangélicas perceberam que era necessário criar algo mais. Era
preciso iniciar o antigo Ginásio para dar continuidade à formação das crianças e também dos
adolescentes. Em 1969, o Ginásio Presbiteriano do INSTITUTO PRESBITERIANO DE
EDUCAÇÂO é inaugurado com uma classe de 31 alunos. Registro junto à Secretaria de
Educação do Estado de Goiás e início de arquivo de dossiê dos alunos – Resolução do C.E.E.
nº 695, de 10 de dezembro de 1971. Aprovação de novo Regimento Interno, adequado às
novas exigências legais. (L.D.B. 5692/71).
Em virtude do crescimento da escola, o Ginásio funcionou em 1970 e 1971 nas
dependências da Igreja Presbiteriana da Vila Nova enquanto aguardava-se que o prédio da
Av. T1, Setor Bueno (hoje Unidade ll) fosse reformado. Neste local, funcionou o antigo
Ginásio Presbiteriano, terreno doado pelo Dr. Jerônimo Coimbra Bueno, intermediado pelo
presbítero José Arantes Costa. A construção do prédio foi feita com o dinheiro doado por um
grupo de senhoras Presbiterianas dos Estados Unidos, através da Missão Central do Brasil.
A partir de 1972, o Ginásio passa a funcionar naquele local, bairro novo, pouco
povoado e com famílias de baixo poder aquisitivo. Foi feito convênio com a secretaria de
Educação durante sete anos. Com a administração do IPE, professores e funcionários pagos
pelo Estado, foi possível dar continuidade à implantação de todas as séries do Ginásio e o
antigo Primário.
No final de 1978, foi possível cancelar o convênio, pois o Setor Bueno estava
se desenvolvendo vertiginosamente; o número de alunos cresceu bastante e os pais já podiam
pagar uma escola particular. Foram resolvidos os problemas surgidos naquele período,
principalmente o da contratação de novos professores e funcionários que se adequassem às
exigências da escola.
Para que um maior número de famílias pudesse usufruir do bom ensino do IPE,
durante alguns anos foi mantido convênio com o MEC, por intermédio de empresas estatais,
recebendo bolsas de estudos para alguns alunos.
Em 1978, tem início o Ginásio na Unidade l – Centro, com uma classe de 5ª série.
O funcionamento do Ensino Médio (na época Ensino de 2º Grau), começou em 1992,
com duas classes, 81 alunos, com professores qualificados e boa receptividade por parte dos
alunos, pais e comunidade, na Unidade ll – Bueno.
Muitas pessoas foram importantes na vida do IPE, além de seus professores e
funcionários: Presbítero Divino José de Oliveira, José Arantes Costa e Oscar Barbosa.Desde a
fundação, o IPE foi dirigido pelos diretores: Rev. Wilson de Castro Ferreira, Profª Gilda
Machado Pimenta, Profª Martha Rochael França; Rev.Moacir Jordão de Almeida, Profª
Laudelina, Profª Sebastiana Rochael Machado Pimenta, Profª Lyra Pimenta Machado de
Moraes, Profª Sônia Helena Costa Alves, Profª Ana Maria da Natividade, Profª Marcia
Gonçalves e Sr. Dulcimar Pessatto Filho, Profª Neli Maria de Freitas, Prof º Charlles Morais
Borges, Atualmente fazem parte da equipe diretiva do IPE as seguintes pessoas:
Atualmente, o IPE conta com 1230 alunos na unidade Bueno um corpo administrativo
e pedagógico com mais de 170 funcionários e docentes.
O IPE tem deixado marcas importantes na vida de muitos alunos e de suas famílias.
Atualmente estudam muitos filhos de ex – alunos e trabalham diversos professores e
funcionários que foram alunos da escola.
Direção, professores e funcionários continuam o trabalho, sonhando com o
futuro sem perder de vista o lema da escola: “Educar para Cristo”
8. MARCO SITUACIONAL
O MUNDO HOJE
Inicia-se o século XXI e com ele a expectativa de dias melhores, e a esperança
de que a tecnologia traria paz, segurança, educação, descoberta de cura para doenças
incuráveis, etc. O limite entre o passado e o futuro já não mais existe.
O avanço das tecnologias, concretamente, estabelece uma situação
inversamente proporcional à estrutura de VIDA dos indivíduos, ou seja, a informática convive
com índices absurdos de analfabetismo; a cura de várias doenças complexas coexiste ao lado
da tuberculose que volta à cena; a produção cada vez maior e qualitativa de grãos encontra
sempre a fome em seu caminho; o afastamento do poder público da gerência do político-
social nos torna menos cidadãos; os meios de comunicação evoluem numa velocidade
inimaginável, mas, paralelamente, observamos um grau considerável de libertinagem nas
informações, ora explícita, ora implicitamente e que acarreta distúrbios sem precedentes nas
gerações de jovens que iniciam o processo de compreensão consciente do mundo.
Ao lado deste turbilhão de acontecimentos, a família, que vem enfrentando
seriíssimos problemas de identidade, desestrutura-se a olhos vistos e o reflexo, nada positivo,
desencadeia uma desordem social preocupante.
Outro reflexo desta realidade é a depressão, a doença da alma, acometendo
milhões de pessoas em todo o mundo, e segundo a OMS será a segunda moléstia que mais
roubará anos de vida da população em 2020.
Pessimismo ou realidade? Cruza-se os braços? Aceita-se esta realidade nua e
crua? Pode-se reverter o quadro?
Estando a escola inserida neste contexto cabe a ela contribuir para minorar e
transformar esta realidade, lembrando que a sua missão não é a de oferecer somente a
formação acadêmica, mas também a de “levar o aluno ao conhecimento pessoal de Cristo e
prepará-lo para uma vida de serviço a Deus e à Comunidade.”
coletivas;
realidade sempre com postura crítica e reflexiva, buscando a transformação para o bem-
9. Incentivar atitudes de respeito mútuo para uma convivência social pacífica, considerando
A. Dimensão ético-política:
1. Priorizar a relação de dependência do ser humano ao Criador.
2. Garantir a democratização do ensino.
3. Favorecer a formação global dos alunos na perspectiva da cidadania
participativa, crítica, solidária.
4. Fomentar a prática da cidadania como forma de transformação humana
e social.
5. Humanizar o individual sem perder a perspectiva do social.
6. Criar condições para o exercício da dignidade, da autonomia, do
respeito a si mesmo, do respeito mútuo na pluralidade cultural,
religiosa, política, econômica, cognitiva, etc , ancorados nos princípios
da ética e da solidariedade.
B. Na dimensão psicológica
1. Estimular o desenvolvimento de potencialidades múltiplas do ser humano
criado à imagem e semelhança de Deus.
C. Na dimensão epistemológica:
1. Integrar a Fé Cristã ao conhecimento científico.
2. Incentivar a interação recíproca e dialética entre o sujeito e o objeto do
conhecimento.
3. Construir conhecimentos através da interação grupal, da auto-descoberta.
4. Edificar o conhecimento paralelamente á vida que se constrói na experiência
cotidiana, na escola.
5. Agir sobre o real transformando-o e redimensionando-o.
6. Considerar a linguagem e o conflito cognitivo a ser solucionado pelo aluno,
mediado pelo professor como principais variáveis mediadoras da construção
do conhecimento.
D. Na dimensão pedagógica:
1. Favorecer o desenvolvimento integral da pessoa, considerando que Deus
criou o ser humano espiritual, física, racional, emocional, social e
históricamente e seu amor abrange este ser na sua totalidade.
2. Promover a utilização de práticas educativas que estimulem: aprender a
aprender, aprender a ser, aprender a fazer e aprender a conviver, objetivando
a formação da autonomia e competência do educando no plano individual e
coletivo.
3. Ressignificar os conteúdos escolares, buscando a interdisciplinaridade para
proceder a análise dos mesmos.
4. Utilizar metodologias de ensino mais participantes e dialógicas pelo fato de
ser o educando construtor da sua aprendizagem, do seu desenvolvimento,
sem, contudo, amortecer a autoridade do professor.
5. Renovar continuamente o processo criativo de transmissão do conhecimento,
causa imediata da transformação do homem e da sociedade.
6. Estimular a apropriação de informações tecnológicas e dos meios de acessá-
las, visando à integração e adaptação do aluno às exigências do mercado
tecnológico, global e competitivo, sem, contudo, torná-lo mero acumulador
de dados.
7. Incentivar o ensino, a aprendizagem, o desenvolvimento através do ato de
pesquisar.
8. Viabilizar a integração e parceria escola-família para definição de papéis,
intercâmbio de idéias e apoio mútuo.
9. Utilizar recursos de avaliação da aprendizagem do aluno compatíveis com a
visão epistemológica de conhecimento segundo a qual cada sujeito
interpreta, significa uma realidade ao integrar-se com ela, mediada pela
ação do professor.
10. Utilizar como recurso para analisar a qualidade do processo de ensino e
aprendizagem, a avaliação que os alunos fazem acerca da dificuldade,
facilidade, adequação dos métodos técnicos de ensino e avaliação
elaborados e aplicados pelo professor.
11. Priorizar, na relação professor-aluno, a acolhida amiga, apoio, diálogo,
transparência, simplicidade nas relações, competência, integridade tanto
por parte do professor como do aluno.
1. Concepção de Avaliação
Quanto à concepção de avaliação, na perspectiva do projeto pedagógico do
IPE, esta é considerada uma das categorias mais importantes, pois inicia o processo educativo,
pedagógico e está presente em todos os momentos.
2. Características da Avaliação
• Uma avaliação comprometida com a melhoria e o aperfeiçoamento da
qualidade do processo pedagógico, com a qualidade e transformação social se
caracteriza por:
o não ter o objetivo de punir ou premiar, mas sim, favorecer o
crescimento e a formação do aluno e dos demais envolvidos no
processo educativo ipeano, pois todos serão avaliados.
o superá-las;
o estabelecer prioridades do ponto de vista docente, discente, curricular
etc;
o diagnosticar se a escola está cumprindo com as demandas da sociedade
(família, igreja, mercado de trabalho, etc.);
o evitar a reprovação do aluno
o rejeitar a discriminação e a exclusão de alunos e demais envolvidos no
processo pedagógico.
• Para concretizar o anteriormente apresentado, necessitamos elaborar projetos de
trabalho, de pesquisa, considerando, supostamente, a contribuição que cada
elemento da comunidade ipeana possa oferecer. Estes projetos não serão propostas
individuais ou vontade de uma parcela de indivíduos do IPE, uma vez que
almejamos um comportamento representativo do institucional.
• Para elaboração e desenvolvimento de tais projetos, contaremos com a assessoria
de especialistas em assuntos ligados à educação, e estaremos muito atentos para
firmar parcerias, sobretudo, com universidades.
• A avaliação se caracteriza também por ser sistemática, objetiva, global, qualitativa,
contínua, contextual, investigativa, diagnóstica, dinâmica, coletiva e uma vez mais
registramos, compartilhada.
• Utilizar instrumentos de avaliação e outros procedimentos que demonstrem
competência técnica dos educadores para elaborá-los, planejá-los, aplicá-los e
avaliá-los, e que tenham legitimidade ou reconhecimento por parte das pessoas que
integram a comunidade educativa do IPE, coerentes com os princípios do projeto
pedagógico desta escola.
• Todos os elementos têm um grau de comprometimento com o seu trabalho: aluno,
professor, equipe técnica, direção, pais etc, uma vez que todos estão
comprometidos com o projeto pedagógico.
• Valorizar mais o processo do que o produto.
• Enfatizar a função formativa da avaliação cuja finalidade é mediar o trabalho do
educando e do educador, possibilitando-lhes progredirem no caminho da gestão do
próprio conhecimento.
• Considerar, a avaliação diagnóstica ou inicial que objetiva coletar e mapear dados
para a compreensão do processo de ensino - aprendizagem.
• Considerar, também, a avaliação recapitulativa que visa a diagnosticar o nível de
alcance das metas traçadas a fim de coletar subsídios para replanejar o processo
pedagógico (ensino, aprendizagem, etc.) e estruturar novas metas e ações, enfim,
para apreender o que deve ser reformulado, o que pode ser mantido e o que deve
ser implementado.
3. Procedimentos:
Os procedimentos de avaliação devem ser diversificados, uma vez que a
construção de uma ação, da aprendizagem, implicam na utilização de processos cognitivos,
afetivos, interacionais muito variados e pessoais.
Os procedimentos de avaliação serão utilizados: ao longo do processo ensino –
aprendizagem, no contexto das atividades diárias, mediante a observação rotineira do
desempenho, com diferentes formas e mecanismos de registro dos procedimentos
desenvolvidos.
Estas atividades avaliativas favorecerão o exercício da reflexão sobre a
qualidade do processo pedagógico de avaliação.
1) Justificativa
1
Vasconcelos, Celso dos S., Disciplina: Construção da Disciplina Consciente e Interativa em Sala de Aula e na
Escola, p. 21.
os mesmos se envolvem em atos corruptos e descaso para com as necessidades básicas da
população, elas perdem o respeito e consideração pelos mesmos.
Quando também a escola se omite em resgatar os valores do respeito e disciplina não
estabelecendo limites, mas desistindo da luta e procurando um “bode expiatório” para o
problema, ela também se torna responsável em perpetuar a indisciplina o que poderá
comprometer gerações e gerações de jovens, que desnorteados não encontrarão respostas para
os seus problemas existenciais mais básicos.
Como uma escola cristã comprometida com a formação de cidadãos não apenas para a
dimensão do “aqui e agora”, mas para uma dimensão eterna, pois através da obra de Cristo
somos resgatados e recebemos uma cidadania espiritual, deixemos como sugere o autor Celso
Vasconcelos, “a caça aos culpados” e assumamos a nossa parte na tarefa de educar para
formar um cidadão disciplinado, não visando a disciplina como fim em si mesma, mas como
meio para a auto-realização e auto-desenvolvimento do educando.
Portanto, elaboramos este projeto na tentativa de resgatar em nossa escola os valores
da disciplina, respeito e honestidade que consideramos essencial para a formação de um
cidadão-cristão comprometido com Deus e com a sua comunidade.
2
Berry, Sharon R. , 100 Idéias que Funcionam: Disciplina na Sala de Aula, p. 2
3
Vasconcelos, p. 42
4
Vasconcelos, p. 57-105
valores básicos do respeito, honestidade, consideração e solidariedade o que por certo
resultará numa convivência rica, saudável e amorosa entre os membros da nossa comunidade
escolar.
Em resumo, a nossa meta é que a “regra áurea” de Jesus para os relacionamentos seja
praticada em nossas relações: “Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-io vós
também.” (Lucas 6:31)
a . Direção
1) Explicitar seu projeto pedagógico e disciplinar
2) Estabelecer uma linha comum de atuação disciplinar
3) Definir com clareza as normas disciplinares
4) Desenvolver um trabalho de parceria com a família
5) Ampliar as melhorias das condições de trabalho
a) Implicações salariais
b) Capacitação dos docentes
c) Número de alunos por sala
d) Instalações adequadas: som, ar , carteiras, espaços físicos, ambulatório,
laboratórios e etc
e) Equipamentos e material didático
6) Dar suporte teórico e prático para às coordenações nas questões disciplinares
7) Reestruturação futura da Codis
b. Coordenação disciplinar
1. Fazer cumprir as normas disciplinares estabelecidas.
2. Fazer um trabalho constante de disciplina preventiva com os alunos.
3. Dar suporte teórico e prático para o professor nas questões disciplinares.
4. Perceber os alunos com problemas específicos e trabalhar com os mesmos antes do
agravamento das dificuldades disciplinares.
5. Requerer dos professores os encaminhamentos para atendimentos.
6. Seguir rigorosamente os procedimentos relacionados à advertências, suspensão e
cancelamento de matrícula.
7. Aplicar as sanções imediatamente após os problemas ocorridos
8. Após montagem de processo solicitar à direção o cancelamento de matrícula de aluno
que depois de um trabalho contínuo não se adequarem à filosofia da escola
9. Desenvolver um trabalho com os pais para prevenir problemas disciplinares
10. Convocar seriamente os pais para se posicionarem quanto aos problemas
disciplinares dos filhos.
c. Professor
1. Ter clareza do seu papel de professor na sala de aula
2. Conquistar o respeito da turma
3. Estabelecer limites claros em sala de aula
4. Trabalhar conteúdos significativos para os alunos
5. Desenvolver uma metodologia apropriada, criativa e participativa para apresentação
de sua disciplina.
6. Despertar o interesse do aluno para o conteúdo das aulas.
7. Trabalhar para a construção da unidade da classe.
8. Conscientizar a classe que a disciplina é responsabilidade de todos.
9. Não “rotular” o aluno diante da classe ou mesmo dos colegas.
10. Dar atenção a todos os alunos sem distinção.
11. Estabelecer convivência com os alunos além da sala de aula estabelecendo vínculos
afetivos com os mesmos.
12. Construir coletivamente as “normas de convivência” da classe embasadas nas normas
disciplinares gerais
a) Fixá-las num lugar visível.
b) Desenvolver um projeto contínuo de conscientização das mesmas. Explicar
sempre o porquê das normas disciplinares
13. Ajudar os colegas que enfrentam problemas disciplinares em sala
14. Lutar por melhorias de condições objetivas de trabalho através de projetos
apresentados à direção ou coordenação
15. Enfrentar as situações de conflito com serenidade:
a) Agir com determinação no início de qualquer problema, aconselhando o
aluno, ou encaminhando o mesmo à Codis.
b) Posturas desejáveis:
1) Diálogo
2) Esgotar as possibilidades no âmbito de ação: entre aluno e aluno, professor e
aluno, coordenação, pais, direção, etc.
3) Firmeza nas decisões.
d. Aluno
1. Participar conscientemente e interativamente da construção do processo
disciplinar.
2. Respeitar colegas, professores e funcionários da escola.
3. Participar da elaboração das normas de convivência para a classe.
4. Avaliar as normas e refazê-las juntamente com o professor, se necessário.
5. Escolher representantes de classe.
6. Participar da organização de eventos na escola.
e. Família
1. Manter o diálogo com a escola.
2. Não acobertar os erros dos filhos.
3. Acreditar nas possibilidades dos filhos.
4. Estabelecer normas razoáveis.
5. Cumprir rigorosamente as normas estabelecidas.
6. Valorizar a escola diante do filho.
7. Acompanhar a vida escolar do filho.
8. Participar das atividades promovidas pela escola
9. Procurar a escola sempre em situações de dúvidas ou conflitos
Conclusão:
A Palavra do Senhor nos traz uma mensagem de ânimo para que possamos implantar e
prosseguir no trabalho do processo de formação dos valores em nossos alunos quando nos
exorta dizendo: “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não
desfalecermos.” (Gálatas 6:9)
Diante do contexto em que estão inseridos os nossos alunos este processo de disciplina
e formação de valores é realmente um desafio que somente pode ser vencido através de um
trabalho desenvolvido na completa dependência do Senhor, mas é sua Palavra que também
nos garante que “tudo podemos naquele que nos fortalece.” ( Filipenses 4: 13)
Portanto, prossigamos nesta batalha a fim de que possamos vencer mais este desafio,
pois não podemos nos esquecer de que nossa missão que assim definida: “O IPE é uma escola
de educação básica que existe para oferecer à comunidade uma alternativa diferenciada de
ambiente escolar, comprometido com a excelência acadêmica e um currículo norteado pelas
verdades da Palavra de Deus, com a finalidade de levar o aluno ao conhecimento pessoal de
Cristo e ao desenvolvimento do caráter cristão preparando-o assim para uma vida de serviço à
Deus e à comunidade.”
III. PROPOSTAS CURRICULARES - ANEXOS