Deus É Pai-Outro

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DEUS É PAI

“Pai nosso, que estás nos céus,


santificado seja o teu nome;
10 venha o teu Reino;

seja feita a tua vontade,


assim na terra como no céu;
11 o pão nosso de cada dia nos dá hoje;
12 e perdoa-nos as nossas dívidas,

assim como nós também perdoamos


aos nossos devedores;
13 e não nos deixes cair em tentação;

mas livra-nos do mal 1


Mt 6:9-13
O que o pai nosso ensina sobre a paternidade de Deus e como devemos nos
relacionar com ele como nosso pai.

INTRODUÇÃO
A. Todos nós quando entremos numa relação com Deus uma das primeiras
coisas que nos preocupa é como falar com Deus. De que maneira eu devo me
dirigir ao Pai? O que eu devo falar? Como eu devo falar? Deve-se pedir muito
ou pouco? Posso memorizar uma oração repeti-la toda vez que vou orar. Essa
é uma preocupação muito legítima. O pai nosso aparece em dois contextos
das escrituras: Lucas 11 e Mateus 6. Em Lucas 11:1, está escrito que estava Jesus
orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor,
ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos.
B. Noutro contexto, o de Mateus 6, que vamos apreciar a partir de hoje, Jesus
está censurando os fariseus pelo seu modo errado de orar, com exibição de
falsa espiritualidade, com vãs repetições de palavras, porque pensavam que
assim serão ouvidos por Deus. Então Jesus mostra a maneira correta de se
dirigir a Deus em oração, ensinando-os a oração modelo, o Pai Nosso. Foi
nesses dois contextos que Jesus ensinou a conhecida oração do Pai Nosso ou
também conhecida como a oração dominical que todos os cristãos conhecem
tão bem. Contudo, apesar de ser a oração mais repetida ela é, com certeza, a
menos compreendida.
C. Sobre as prioridades da oração do discípulo. A oração pode ser dividida em
três partes: invocação, 6 petições e uma adoração. Quanto às petições, há uma
perfeita harmonia entre a glória de Deus e as necessidades humanas. As três

1João Ferreira de Almeida, trans., Nova Almeida Atualizada, Edição Revista e Atualizada®, 3a
edição. (Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017), Mt 6.9–13.
primeiras petições enfatizam a glória de Deus “teu nome, teu reino, e tua
vontade”; e as três últimas enfatizam as necessidades humanas, “o pão nosso,
o perdão nosso, a proteção nossa”. O que Jesus quis dizer é que somente
quando se dá a Deus seu lugar próprio todo o resto passa a ocupar o lugar
que lhe corresponde. A oração nunca deve ser um intento de mudar a vontade
de Deus para adequá-la aos nossos desejos. A oração, quando é autêntica,
sempre é um intento de submeter nossa vontade à vontade de Deus. Robert
Law diz que “a oração é um instrumento poderoso não para realizar a vontade do
homem no céu, mas para realizar a vontade de Deus na terra (Lane, p.30).
D. Nessa oração Jesus nos ensina a colocar a totalidade do nosso ser: corpo, alma
e espírito, a totalidade do nosso tempo: presente, passado e futuro, no trono
da graça de Deus que se dá a nós totalmente como nosso Pai sustentador,
aquele que nos dá o pão nosso, como Filho perdoador, aquele que perdoas as
nossas dívidas e como o Espírito protetor, aquele que nos guarda do mal. Pai,
Filho e Espírito Santo trabalhando juntos no presente, passado e futuro para
nos abençoar corpo, alma e espírito.
E. “Pai nosso” Essa é uma maneira incomum de começar uma oração no V.T.,
mas preciosa a todos os crentes do N.T. Os judeus geralmente se referiam a
Deus como o Pai do Céu, sem o uso do pronome nosso. No AT Deus é
chamado de Pai somente 11 vezes, no NT 155 vezes! Jesus ensina a chama a
Deus de Pai, esta maneira de invocar a Deus e não segundo a maneira dos
gentios, porque somos um povo que está numa situação diferente em relação
a Deus.

O que o PAI NOSSO nos ensina sobre a PATERNIDADE DE DEUS e o como


devemos nos relacionar com Ele?

I. É UM PAI QUE DESEJA PROXIMIDADE, MAS REQUER REVERÊNCIA.


A. Ele é nosso pai. Quando oramos falamos com um Deus que é PAI. É assim
que devemos nos dirigir a Ele. Podemos estar seguros que o Deus a quem
oramos é um PAI. Talvez isso não signifique muito para nós hoje se tivermos
como modelo muitos pais de nossa geração. Mas Deus não é um pai qualquer,
ele é o verdadeiro pai.
a. Não é um tirano que só procurar nos castigar. Barclay diz que
concepção geral dos deuses entre os pagãos, pinta-os como seres
ciumentos, vingativos e egoístas; a última coisa que ocorreria a um deus
pagão seria ajudar os homens. O pagão se sente amedrontado por uma
multidão de deuses ciumentos e egoístas.
b. É um pai que permite proximidade. Ele está perto de todos os seus
filhos, infinitamente perto. Salmos 145:18 “Perto está o SENHOR de todos
os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade”. Ele quer seus filho
sempre juntos do trono. Hebreus 4:16 Acheguemo-nos, portanto,
confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e
acharmos graça para socorro em ocasião oportuna. Podemos ter confiança
para orar e fazer-lhe conhecidos nossas súplicas sem medo. Ele é um
Pai que sempre tem a mesa posta para nós em seu trono de graça;
c. É um pai que permite intimidade. Salmos 25:14 “A intimidade do
SENHOR é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança”.
d. É um pai sempre disposto a ouvira súplica de seus filhos. Pai nosso
indica o anseio de Deus em dar ouvidos aos louvores e às petições de
seus filhos. Ele não nos rejeita e nem nos censura. Antes mesmos que as
palavras venham à nossa boca ele já conhece tudo. A oração não é uma
necessidade de Deus, é uma necessidade nossa. Jeremias 29:13 “Buscar-
me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração”. Quando
falamos como um filho ao um Deus que é Pai. Não há razão para medo,
ele é Pai. Gl 3:26 Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo
Jesus.
B. A paternidade de Deus exige reverência.” “que estás nos céus”. Quando Jesus
usa a expressão “Pai nos céus” significa que estamos radicalmente impedidos
de transformar Deus Pai em nosso “paizão”. A expressão “Pai nos céus”
combina a bondade, que gera confiança, com a reverência mais sagrada.
Qualquer intimidade grotesca e falsa fica de antemão excluída. A confiança
no Pai jamais pode tornar-se uma familiaridade irreverente. Pois o Pai nos
céus é e permanece santo. Devemos nos aproximar de Deus com um espírito
humilde e reverente. Hendriks diz que a moderna camaradagem ou familiaridade
com Deus é antibíblica.
a. Seu nome deve ser santificado – “santificado seja o teu nome”. Este
Deus, a quem chamamos Pai, é o Deus a quem devemos nos aproximar
com reverência e adoração, com temor e admiração. Deus é nosso Pai
que está nos céus, e nele se combinam o amor e a santidade;
b. Seu Reino deve ser promovido – “venha o teu Reino” - A oração pelo
estabelecimento do reinado de Cristo nos corações humanos não
exclui a necessidade de esforço. Venha o teu reino” é claramente uma
oração para o progresso da atividade missionária.
c. Sua vontade deve ser feita na terra. “seja feita a tua vontade,
assim na terra como no céu”. Não obstante, o desejo do suplicante
não é só que esse reino venha extensivamente, mas que ele também
se estabeleça intensivamente, ou seja, que ele mesmo e todos
quantos já se converteram possam reconhecer de maneira crescente
Deus em Cristo como seu soberano Rei.
II. É UM PAI QUE CUIDA, MAS NÃO NOS INFANTILIZA.
A. A oração do pai nosso nos revela uma perfeita harmonia entre a glória de
Deus e as necessidades humanas. As três primeiras petições enfatizam a
glória de Deus “teu nome, teu reino, e tua vontade”; e as três últimas
enfatizam as necessidades humanas, “o pão nosso, o perdão nosso, a
proteção nossa”. O que Jesus quis dizer é que somente quando se dá a Deus
seu lugar próprio todo o resto passa a ocupar o lugar que lhe corresponde. A
oração nunca deve ser um intento de mudar a vontade de Deus para adequá-
la aos nossos desejos. A oração, quando é autêntica, sempre é um intento de
submeter nossa vontade à vontade de Deus. Robert Law diz que “a oração é
um instrumento poderoso não para realizar a vontade do homem no céu, mas
para realizar a vontade de Deus na terra(Lane, p.30). O lado humano – eu
peço. Deus que se interessa com e em tudo que acontece conosco. Ele nos vê
como gente. Humanos, carentes, dependentes e por isso, ele se interessa e se
importa conosco.
a) Deus é um pai que sustenta seus filhos – “o pão nosso”. “o pão nosso de
cada dia nos dá hoje”; “o trono de Deus é um grande depósito onde se
encontra o suprimento de todas as nossas necessidades. Vá até a cantina de
Deus irmão!
1. O pão nosso engloba todas as nossas necessidades materiais como:
comer, beber, vestir, morar, amar, trabalhar, estudar, passear etc.
2. Não ser trabalhólatra – idólatra do trabalho.
3. A grande fonte de lucro é a piedade.
Deus nos sustenta por graça, mas não nos exime de nossas
responsabilidades.
b) Deus é um pai que perdoa seus filhos - O perdão nosso – “e perdoa-nos as
nossas dívidas, assim como nós também perdoamos”. Necessidade
emocional – aceitação.
c) aos nossos devedores
1. sem culpa e sem amargura
2. livre para servir e amar, pois a culpa é uma escravidão.
3. Ele sabe que infelizmente erramos e precisamos de cura. 1 Jo 1.7-9
Deus nos perdoa por graça, mas exigem que perdoemos aqueles que
nos ofenderam. Somos perdoados para perdoar.

d) Deus é um pai que protege seus filhos - Proteção nossa – “e não nos deixes
cair em tentação; mas livra-nos do mal”.
1. A insegurança do mundo moderno
2. Há insegurança para o crente no reino espiritual?
3. Proteção contra:
a. O mundo; d. O diabo
b. O pecado e. E contra nós
c. A carne
f. mesmos.
Deus nos protege por graça, mas não permite dar sopa ao diabo.
“Estejam alertas e fiquem vigiando porque o inimigo de vocês, o Diabo, anda por
aí como um leão que ruge, procurando alguém para devorar”(1 Pedro 5:8). “Sede
sóbrios e vigilantes”.
Conclusão
A. O pai nosso, a mais magnífica das orações bíblicas, nos ensina inestimáveis
lições espirituais indispensáveis para o cristão que quer estreitar a sua relação
como Deus.
B. Você pode ver a diferença e sentir a diferença entre essas duas metades. As
três primeiras petições são sobre o nome de Deus, o reino de Deus, a vontade
de Deus. Os três últimos são da nossa comida, nosso perdão, nossa santidade.
As três primeiras chamam a nossa atenção para a grandeza de Deus. E as três
últimas chamam atenção para as nossas necessidades. As duas metades têm
um impacto muito sensação diferente.
C. Quando oramos dizendo Pai nosso que estás nos céus devemos sempre ter
presente a santidade de Deus, e sempre lembrar do seu poder que manifesta os
impulsos de seu amor, e seu amor, respaldado sempre pelo invencível poder de
Deus.

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