ABNT NBR 6502-2022 - Rocha e Solos
ABNT NBR 6502-2022 - Rocha e Solos
ABNT NBR 6502-2022 - Rocha e Solos
473-07]
Número de referência
ABNT NBR 6502:2022
40 páginas
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Sumário Página
Prefácio................................................................................................................................................iv
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Termos e definições............................................................................................................1
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Prefácio
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A ABNT NBR 6502:2022 cancela e substitui a ABNT NBR 6502:1995, a qual foi tecnicamente revisada.
Scope
This Standard defines terms related to Earth crust materials, soils and rocks, for geotechnical
engineering purposes.
1 Escopo
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Esta Norma define os termos relativos aos materiais da crosta terrestre, rochas e solos, para fins de
engenharia geotécnica.
2 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
Para rochas, adota-se a seguinte sequência como forma de agrupamento dos termos:
a) definição;
b) origem;
d) coloração;
e) textura;
g) estrutura;
i) propriedades.
2.1.1
rocha
material sólido, consolidado e constituído por um ou mais minerais, com características físicas e
mecânicas específicas para cada tipo
2.1.2 Origem
2.1.2.1
ígnea
magmática
qualquer tipo de rocha que provém de solidificação de materiais em fusão denominados magmas
NOTA As rochas ígneas ou magmáticas são classificadas quanto à profundidade de origem em:
a) plutônica: rocha ígnea formada em grandes profundidades, com textura grossa a média. Por exemplo:
diorito, gabro, sienito;
b) extrusiva ou vulcânica: rocha ígnea formada pelo extravasamento do magma na superfície terrestre. Por
exemplo: basalto, riólito, tufo;
c) hipoabissal: rocha ígnea originada em profundidades intermediárias entre as plutônicas e as vulcânicas,
podendo ser em forma tabular (dique), em camada (sill ou soleira) ou filonar. Por exemplo: aplito, diabásio,
pegmatito.
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2.1.2.2
metamórfica
rocha proveniente de transformações sofridas por qualquer tipo de rocha preexistente que tenha sido
submetida à ação de processos termodinâmicos de origem endógena, os quais produziram novas
texturas e novos minerais, que geralmente se apresentam orientados.
2.1.2.3
sedimentar
rocha originada pela consolidação de detritos de outras rochas que foram transportados, depositados
e acumulados ou produtos de atividade orgânica, atividade bioquímica ou precipitação química por
evaporação
NOTA 1 As rochas sedimentares originadas pela consolidação de detritos de outras rochas são denominadas
detríticas ou clásticas.
2.1.3.1
estratificada
rocha em que seus componentes se dispõem em estratos ou camadas, devido à diferença de textura,
cor, resistência, composição etc., sendo esta uma característica das rochas sedimentares
2.1.3.1.1
camada
estrato
rocha sedimentar de ocorrência contínua (ou quase), com certa constância em suas propriedades,
fornecida pelas condições de deposição e limitada nas partes superior e inferior por rochas diferentes
NOTA O termo “camada ou estrato” aplica-se também aos solos. Caso a espessura seja inferior a 1 cm,
recebe o nome de lâmina.
2.1.3.1.2
lente
corpo de rocha ou solo sem continuidade lateral, possuindo variação de espessura e situado no seio
de outra(s) camada(s)
2.1.3.2
derrame
fluxo de magma extrusivo proveniente do escoamento pela superfície do terreno, originado pela saída
do magma de vulcões e geofraturas, formando camadas sucessivas de lava solidificada
2.1.3.3
intrusiva
rocha de origem ígnea, cujo corpo está encaixado em outras rochas
2.1.3.3.1
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dique
corpo tabular de uma rocha ígnea hipoabissal que se aloja discordantemente em relação à orientação
das estruturas principais da rocha encaixante
2.1.3.3.2
sill (soleira)
corpo de uma rocha ígnea hipoabissal que se aloja paralelamente às estruturas principais da rocha
encaixante, geralmente com o aspecto de camada
2.1.3.4
maciço rochoso
porção definida de uma ou mais formações geológicas, caracterizada por suas rochas e descontinuidades
2.1.4 Coloração
2.1.4.1
cor
coloração dada pela cor predominante dos minerais da rocha
2.1.4.2
índice de cor
relação, em termos quantitativos, entre os minerais claros (sálicos ou félsicos) e os escuros
ferromagnesianos (máficos) que compõem a rocha
2.1.4.2.1
leucocrática
clara
rocha com predominância de minerais claros
EXEMPLO Granito.
2.1.4.2.2
mesocrática
cinzenta
rocha com minerais claros e escuros presentes na mesma proporção
EXEMPLO Diorito
2.1.4.2.3
melanocrática
escura
rocha com predominância de minerais escuros
EXEMPLO basalto.
2.1.5
textura
aparência da rocha, quando se consideram, em conjunto, o tamanho, forma, arranjo e o modo pelo
qual os minerais que a compõem se acham unidos
2.1.5.1
equigranular
rocha com componentes mineralógicos aproximadamente do mesmo tamanho, independentemente
de suas formas
2.1.5.2
fina
afanítica
textura com granulação inferior a 0,05 mm
2.1.5.3
média
textura com granulação compreendida entre 0,05 mm e 1 mm
2.1.5.4
grossa
textura com granulação entre 1 mm e 5 mm
2.1.5.5
matriz
material, em geral granular fino, que envolve megacristais nas rochas ígneas porfiríticas
NOTA No caso de rochas sedimentares, a matriz é o material de granulação fina que envolve ou preenche
os interstícios entre grãos maiores.
2.1.5.6
cimento
material natural que preenche os poros das rochas sedimentares e promove a junção entre os
fragmentos ou detritos, consolidando-os
NOTA O cimento pode ser argiloso, silicoso, calcífero, ferruginoso etc., influenciando de forma definitiva
no comportamento mecânico da rocha.
2.1.5.7
maciça compacta
densa
massa da rocha ou da matriz que não evidencia a presença macroscópica de vazios
2.1.5.8
porfirítica
rocha com cristais maiores envolvidos em uma massa ou matriz de grãos menores
2.1.5.9
vesicular
rocha que possui vesículas ou vazios, disseminados em sua massa, provenientes do escape de gases
2.1.5.10
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amigdaloide
amigdaloidal
rocha que possui vesículas, disseminadas em sua matriz, preenchidas com materiais de composição
diferente do material da matriz
2.1.5.11
vítrea
rocha com ausência de granulação, possuindo brilho vítreo ou resinoso, e fratura conchoidal
NOTA A textura vítrea corresponde às rochas ígneas extrusivas que sofreram resfriamento brusco, (por
exemplo, vidros naturais).
2.1.5.12
brechoide
rocha composta por frag6mentos angulosos de duas ou mais rochas diferentes entre si, ou por
fragmentos de uma só rocha, aglutinados por matriz cimentante
2.1.5.13
gnáissica
rocha com aspecto laminado decorrente da disposição de um ou mais minerais constituintes
2.1.5.14
xistosa
rocha com aspecto apresentado pelas rochas metamórficas, que consiste no alinhamento dos minerais
componentes, como se fossem estratos finos
2.1.5.15
foliado
qualquer estrutura planar de uma rocha, reconhecível a olho nu
2.1.6.1
alcalina
composição química em que o conteúdo de álcalis (K2O + Na2O) suplanta o da sílica ou alumina,
que tem como característica a presença de feldspatoides
2.1.6.2
ultrabásica
composição química em que a porcentagem de sílica é inferior a 45 %
NOTA 1 Estas rochas caracterizam-se essencialmente pela presença de minerais escuros (por exemplo,
piroxenito).
2.1.6.3
básica
composição química em que a porcentagem de sílica está compreendida entre 45 % e 52 %
NOTA Este termo geral é aplicado às rochas ígneas com predominância de minerais escuros (máficos)
(por exemplo, basalto).
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2.1.6.4
intermediária
neutra
composição química em que a porcentagem de sílica está compreendida entre 52 % e 65 %
NOTA Este termo geral é aplicado às rochas ígneas (por exemplo, granodiorito).
2.1.6.5
ácida
composição química em que a porcentagem de sílica é superior a 65 %
NOTA Este termo geral é aplicado às rochas ígneas, que têm como característica a cor clara e a presença
de quartzo (por exemplo, granito).
2.1.7
estrutura
feições maiores adquiridas pelo maciço rochoso durante ou após sua formação, como xistosidade,
dobras, diáclases e falhas etc.
2.1.7.1
compartimentação
estruturação dos maciços rochosos que se apresentam constituídos por blocos sólidos separados
por planos de descontinuidades
2.1.7.2
descontinuidade
estrutura geológica que interrompe a continuidade física dos maciços rochosos
NOTA O termo “descontinuidade” engloba todas as estruturas, como falhas, juntas, fissuras, contato
entre duas rochas etc. A caracterização das descontinuidades de um maciço rochoso considera o descrito
em 2.1.7.2.1 a 2.1.7.2.9.
2.1.7.2.1
atitude
conjunto de valores (direção e mergulho) que definem a posição geométrica no espaço (referida
a coordenadas geográficas) de uma camada ou descontinuidade geológica
a) atitude da descontinuidade: é dada pela direção da descontinuidade ou da maior inclinação da camada,
acrescida do quadrante para onde mergulha a camada (por exemplo, N40°E/30°SE);
b) atitude do mergulho: é dada pela direção da linha de maior inclinação, medida a partir do norte verdadeiro,
no sentido anti-horário ou do ângulo que essa linha faz com a horizontal (por exemplo, 320°/30°).
2.1.7.2.2
espaçamento
distância medida entre duas descontinuidades adjacentes de uma mesma família, na direção
perpendicular entre si
2.1.7.2.3
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frequência
número de descontinuidades por metro ou por um determinado comprimento
2.1.7.2.4
extensão
comprimento da descontinuidade em tamanhos variados, podendo ter alguns centímetros até centenas
de metro
2.1.7.2.5
forma
aspecto geométrico da descontinuidade
2.1.7.2.6
característica do plano
presença em conjunto ou não das seguintes feições: abertura, preenchimento, rugosidade, estrias de
cisalhamento etc.
2.1.7.2.7
preenchimento
presença de material com natureza e composição diferentes da rocha ou não, alojado na descontinuidade
NOTA Este material pode ser argiloso, carbonático, silicoso, ferruginoso, bem como decomposto da
própria rocha etc.
2.1.7.2.8
abertura
espessura
distância perpendicular entre as paredes adjacentes de uma descontinuidade, cujos espaços contêm
água ou ar
2.1.7.2.9
largura
distância perpendicular entre as paredes adjacentes de uma descontinuidade, cujos espaços estão
preenchidos
2.1.7.2.10
largura
〈direção〉 ângulo entre a interseção do plano da descontinuidade com um plano horizontal e o norte
geográfico
2.1.7.2.11
largura
〈mergulho〉 ângulo máximo de inclinação do plano da descontinuidade e correspondente direção
referida aos quadrantes geográficos
2.1.7.3
fratura
junta
diáclase
superfície de ruptura sem movimento relativo entre as suas faces
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2.1.7.4
família de juntas
grupo de juntas que ocorrem em um arranjo paralelo ou quase paralelo, de mesma gênese
2.1.7.5
sistema de juntas
conjunto de duas ou mais famílias de juntas existentes
2.1.7.6
falha
plano ou superfície de ruptura com deslocamento relativo dos lados paralelos à fratura
2.1.7.6.1
linha de falha
interseção do plano de falha com a superfície do terreno
2.1.7.6.2
plano de falha
plano ao longo do qual ocorre o movimento, podendo apresentar-se estriado e polido
2.1.7.6.3
rejeito
medida em qualquer direção do deslocamento entre dois lados de uma falha, podendo ser centimétrica
até centenas de metros
2.1.7.7
dobra
curvatura ou flexão produzida nas rochas, devido principalmente ao tectonismo
2.1.7.7.1
anticlinal
forma adquirida pela dobra, quando as camadas mais antigas estão mais próximas do eixo do
encurvamento
2.1.7.7.2
sinclinal
forma adquirida pela dobra, quando as camadas mais jovens estão mais próximas do eixo do
encurvamento
2.1.8.1
aplito
rocha com composição granítica e textura fina, ocorrendo sempre em forma de dique
2.1.8.2
ardósia
rocha metamórfica de baixo grau de metamorfismo, contendo, em sua massa, material argiloso, bem
como mica em estado incipiente de crescimento
2.1.8.3
arenito
rocha sedimentar com granulometria de areia, cujos grãos são ligados entre si por um cimento
NOTA O tipo de cimento determina as propriedades de resistência, podendo ser silicoso, argiloso,
calcífero, ferruginoso etc.
2.1.8.4
argilito
rocha sedimentar constituída essencialmente por partículas argilosas, sem estratificação e com
aspecto maciço e homogêneo
2.1.8.5
basalto
rocha vulcânica escura, normalmente de granulação fina e com textura que pode ser maciça, vesicular
ou amigdaloide
2.1.8.6
brecha
rocha formada por fragmentos angulosos de outras rochas, aglutinados ou não por um cimento
2.1.8.7
calcário
rocha sedimentar de origem química, orgânica ou clástica, constituída principalmente por carbonato
de cálcio
2.1.8.8
conglomerado
rocha sedimentar formada por fragmentos arredondados de outras rochas (normalmente seixos),
aglutinados por cimento
2.1.8.9
diabásio
rocha ígnea intrusiva, de granulação média a fina, que ocorre em forma de diques e sills
2.1.8.10
dolomito
rocha sedimentar composta por carbonato de magnésio e cálcio
2.1.8.11
filito
rocha metamórfica caracterizada por forte xistosidade, composta quase que exclusivamente por micas
2.1.8.12
folhelho
rocha sedimentar bem estratificada, laminar e detrítica, cujos componentes apresentam granulometria
de siltes e argilas
2.1.8.13
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gnaisse
rocha metamórfica de alto grau de metamorfismo, grosseiramente bandada, devido à composição
mineralógica predominante de quartzo e feldspato sobre os minerais micáceos
2.1.8.14
granito
rocha plutônica granular, formada essencialmente por quartzo e feldspato, e acessoriamente por biotita
e moscovita
2.1.8.15
laterita (o)
canga
rocha com textura vacuolar, ferruginosa, de cor geralmente avermelhada, muitas vezes matizada,
constituída por uma mistura de óxidos de ferro e alumínio, e por outros minerais, que ocorre
habitualmente em zonas tropicais, em decorrência do fenômeno de laterização (ver 2.2.141)
2.1.8.16
mármore
rocha metamórfica derivada de calcários ou de outras rochas sedimentares constituídas por carbonato
de cálcio ou de magnésio
2.1.8.17
migmatito
rocha metamórfica de alto grau, do tipo gnaisse, e que apresenta segregações de material ígneo
quartzo-feldspático
2.1.8.18
milonito
rocha metamórfica de grãos finos provenientes do esmagamento ou da trituração de rocha preexistente,
devido ao falhamento
2.1.8.19
pegmatito
rocha ígnea composta predominantemente por cristais de grande tamanho de quartzo, feldspato e
mica, ocorrendo em forma de veios ou em diques irregulares
2.1.8.20
quartzito
rocha metamórfica composta principalmente por grãos de quartzo do tamanho de areia e fortemente
cimentados
2.1.8.21
silexito
rocha sedimentar silicosa constituída por quartzo ou outras formas de sílica, com fratura conchoidal
ou lascas, que ocorre em nódulos, concreções irregulares e estratos, sendo normalmente associada
a manifestações hidrotermais, de origem química ou bioquímica
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2.1.8.22
siltito
rocha sedimentar proveniente de litificação de sedimentos com granulometria de silte
2.1.8.23
xisto
rocha metamórfica bem laminada, composta quase que exclusivamente por micas e quartzo em menor
proporção
2.1.9 Propriedades
2.1.9.1
alterabilidade
facilidade relativa que uma rocha possui de sofrer alteração de seus constituintes, que depende de
características internas (composição mineralógica, microfissuras, porosidade, planos de fraquezas
intrínsecas etc.) e da intensidade e do tempo de duração de agentes naturais externos e/ou internos
e artificiais
2.1.9.2
grau de alteração de rocha
identificação do estágio em que se encontram os constituintes minerais modificados e transformados
pela ação de agentes externos e/ou internos
NOTA A caracterização do grau de alteração de rocha tem sido aplicada a todos os tipos de rocha, sendo
correlacionada às suas propriedades mecânicas. De acordo com o grau ou intensidade dessa modificação,
tem-se as rochas descritas em 2.1.9.2.1 a 2.1.9.2.5.
2.1.9.2.1
rocha sã
rocha quase sã
rocha com componentes mineralógicos originais intactos, sem apresentar indícios de decomposição
com juntas ligeiramente oxidadas e sem sofrer perda de sua resistência mecânica
2.1.9.2.2
rocha pouco alterada
rocha com alteração incipiente ao longo das fraturas e com alguns componentes mineralógicos
originais muito pouco transformados
2.1.9.2.3
rocha medianamente alterada
rocha com alguns componentes originais apenas parcialmente, onde 1/3 da espessura do corpo da
rocha está alterada
2.1.9.2.4
rocha muito alterada
rocha que apresenta uma decomposição não uniforme de matriz, com 2/3 do corpo da rocha
apresentando alteração
superfícies das descontinuidades apresentam os efeitos nítidos do intemperismo, com intensa decomposição.
Este tipo de rocha desagrega-se parcialmente na presença de água e se quebra facilmente com choque
mecânico.
2.1.9.2.5
rocha extremamente alterada
saprolito
saprólito
rocha em que todos os componentes mineralógicos iniciais são, com exceção do quartzo, quando
presente, transformados total ou parcialmente pelo intemperismo químico, apresentando-se com
a estrutura da rocha matriz totalmente friável, nem sempre se desagregando na presença de água
NOTA Do ponto de vista geomecânico, esta rocha constitui material de transição entre rocha e solo.
2.1.9.3
ângulo de atrito interno
ângulo formado pelo eixo das tensões normais pela tangente, em um determinado ponto da curva
envoltória de Mohr, representativa das resistências ao cisalhamento da rocha, sob diferentes tensões
normais
2.1.9.4
coesão
resistência aos esforços de cisalhamento que depende fundamentalmente da natureza e da composição
da rocha, ou seja, não depende das tensões aplicadas
2.1.9.5
competência
rochas com elevadas resistência e coesão, possuindo comportamento elastofrágil
NOTA 1 Não se inclui nesta definição o papel das descontinuidades, apenas o comportamento da matriz.
NOTA 2 Este termo é usado também para rochas que, em escavações subterrâneas, dispensam o uso
de suportes.
2.1.9.6
condutividade hidráulica
propriedade das rochas e dos maciços rochosos que indica a maior ou menor velocidade de percolação
da água por seus poros, interstícios, fraturas, canalículos etc.
2.1.9.7
consistência
propriedade das rochas que possuem elevada dureza, tenacidade e resistência ao desgaste, bem
como ao risco, havendo vários graus de consistência, sendo consequentemente considerado um
índice de qualidade
2.1.9.7.1
rocha muito consistente
rocha com som metálico, a qual se quebra com dificuldade ao impacto do martelo, sendo sua superfície
dificilmente riscada pela lâmina de um canivete
2.1.9.7.2
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rocha consistente
rocha que possui um som fraco, a qual se quebra com relativa facilidade ao impacto do martelo, sendo
sua superfície riscável pela lâmina de um canivete
2.1.9.7.3
rocha medianamente consistente
rocha cujas bordas do seu fragmento se quebram com dificuldade sob a pressão dos dedos,
deixando-se riscar facilmente pela lâmina de um canivete
2.1.9.7.4
rocha pouco consistente
rocha quebradiça
rocha cujas bordas do seu fragmento se quebram sob a pressão dos dedos, deixando-se sulcar
facilmente pela lâmina de um canivete
2.1.9.7.5
rocha sem consistência
rocha friável
rocha que se esfarela com o golpe de um martelo
NOTA A rocha sem consistência desagrega-se com a pressão dos dedos e pode ser riscada com a unha.
2.1.9.8
designação qualitativa de rocha
classificação da qualidade de um trecho do maciço rochoso, que se baseia no cálculo do quociente
entre a soma dos comprimentos de testemunhos de sondagem com tamanho superior a 10 cm e do
comprimento total perfurado da manobra
2.1.9.9
expansibilidade
propriedade das rochas cujos componentes argilosos, quer de estratos, quer preenchendo
descontinuidades, expandem na presença de água, provocando a desagregação total ou parcial da
rocha, devido à pressão de expansão
2.1.9.10
grau de fraturamento
índice de qualidade das rochas, comumente aplicado à classificação básica de maciços rochosos,
determinado pela simples contagem de fraturas ao longo de uma determinada direção, utilizando o
número de fraturas por metro nos testemunhos de sondagem ou contando diretamente na superfície
de afloramentos rochosos
2.1.9.10.1
rocha ocasionalmente fraturada
rocha ocasionalmente maciça
maciço rochoso com até uma fratura por metro de extensão
2.1.9.10.2
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2.1.9.10.3
rocha medianamente fraturada
maciço rochoso com cinco a dez fraturas por metro de extensão
2.1.9.10.4
rocha muito fraturada
maciço rochoso com 10 a 20 fraturas por metro de extensão
2.1.9.10.5
rocha extremamente fraturada
maciço que possui mais de 20 fraturas por metro de extensão
2.1.9.11
índice de velocidade
quadrado da relação entre a velocidade de propagação de ondas sísmicas obtidas em laboratório pela
velocidade de propagação dessas ondas in situ
NOTA Esta relação se aproxima de 1 à medida que o fraturamento do maciço rochoso diminui.
2.1.9.12
perda de água específica
resultado do ensaio de perda de água sob pressão, que corresponde à absorção pelo substrato
rochoso de determinado volume de água, durante um determinado tempo, quando se ensaia um
determinado trecho de rocha, sob uma determinada pressão
2.1.9.13
sanidade
ver 2.1.9.1
2.1.9.14
sanidade dinâmica
relação entre o módulo de deformabilidade (módulo de Young) dinâmico determinado in situ em um
maciço rochoso e o módulo de deformabilidade dinâmico obtido em amostras da rocha correspondente
2.1.9.15
solubilidade
propriedade que a rocha possui, quando sob a ação da água e do gás carbônico natural da atmosfera,
de sofrer dissolução total ou parcial, originando feições específicas quer em superfície, quer em
profundidade, denominadas cárticas
2.1.9.16
tensão residual
tensão interna
grandeza da diferença entre os valores das tensões in situ em um ponto do interior de um maciço
rochoso e os valores calculados em função apenas do peso próprio dos terrenos sobrejacentes
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2.1.9.17
tensão virgem
estado de tensão em um ponto não perturbado do interior de um maciço, causado pela ação do peso
das rochas sobrejacentes, coluna d’água e esforços tectônicos e térmicos
2.2.1
adensamento
redução progressiva, ao longo do tempo, do volume de uma massa de solo, resultante da diminuição
do seu volume de vazios, devido à expulsão de ar ou água, causada por efeito do peso próprio ou pelo
acréscimo de tensão externa
2.2.1.1
adensamento inicial
redução relativamente rápida do volume de uma massa de solo, que ocorre entre a aplicação dos
esforços de compressão e o início do desenvolvimento do adensamento primário
NOTA O adensamento inicial é resultado, principalmente, da expulsão do ar contido nos vazios de solo
não totalmente saturado.
2.2.1.2
adensamento primário
redução progressiva do volume de uma massa de solo sob o efeito da aplicação dos esforços de
compressão
NOTA Esta redução é devida, principalmente, à expulsão de água dos vazios do solo, acompanhada de
uma transferência da pressão suportada pela água intersticial para o esqueleto sólido.
2.2.1.3
adensamento secundário
redução progressiva do volume de uma massa de solo sob o efeito da aplicação de esforços de
compressão
NOTA Esta redução é devida ao ajustamento da estrutura interna da massa de solo, depois que todo
o esforço de compressão tenha sido transferido da água intersticial para o esqueleto sólido.
2.2.2
aderência
ver 2.2.3
2.2.3
adesão
resistência ao cisalhamento entre um solo e um outro material qualquer, sem que haja atuação de
pressão externa
2.2.4
água absorvida
água mantida mecanicamente dentro de uma massa de solo e submetida apenas à ação da gravidade
NOTA As propriedades físicas desta água são praticamente iguais às da água corrente, nas mesmas
condições de temperatura e pressão.
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2.2.5
água adsorvida
água mantida na superfície dos grãos de um solo por esforços de atração molecular, sendo que
os dipolos H2O orientam-se perpendicularmente à superfície dos grãos
NOTA As propriedades físicas desta água são sensivelmente diferentes da água “absorvida ou livre”,
nas mesmas condições de temperatura e pressão.
2.2.6
água capilar
água, nos vazios do solo, submetida à ação da capilaridade
2.2.7
água gravitacional
ver 2.2.4
2.2.8
água livre
ver 2.2.4
2.2.9
altura de ascensão capilar
altura acima do nível freático, à qual a água pode subir por capilaridade
2.2.10
aluvião
depósito sedimentar constituído por material transportado pela água corrente
2.2.11
alúvio
ver 2.2.10
2.2.12
amolgamento
quebra da estrutura de um solo sem variação do seu teor de umidade
2.2.13
amostra amolgada
amostra de solo que teve a sua estrutura natural modificada pelo amolgamento (ver 2.2.14)
2.2.14
amostra deformada
amostra de solo que não mantém todas as características verificadas in situ
2.2.15
amostra indeformada
amostra de solo obtida de modo a preservar as características verificadas in situ
NOTA Esse tipo de amostra é obtido com amostradores especiais em furos de sondagem ou pela extração
em poços de investigação.
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2.2.16
amostra intacta
ver 2.2.15
2.2.17
amostra representativa
amostra de solo que conserva as características de textura e teor de umidade in situ
2.2.18
ângulo de atrito de interface
ângulo correspondente à inclinação da tangente à curva envoltória, que representa a relação entre
a resistência ao cisalhamento e a tensão normal atuante na superfície de contato de um solo com
um outro tipo de material
2.2.19
ângulo de atrito externo
ver 2.2.18
2.2.20
ângulo de atrito interno efetivo
parâmetro da envoltória de resistência efetiva de Mohr-Coulomb, correspondente ao ângulo que esta
envoltória, admitida como linha reta, faz com o eixo das tensões normais efetivas
2.2.21
ângulo de atrito solo-parede
ver 2.2.18
2.2.22
ângulo de atrito no repouso
máximo ângulo entre a horizontal e a face do talude externo que um solo granular, em estado seco,
atinge a estabilidade (repouso)
2.2.23
areia
partículas não coesivas e não plásticas formadas por minerais e rochas com diâmetros equivalentes
compreendidos entre 0,06 mm e 2,0 mm
2.2.23.1
areia fina
areia com grãos de diâmetros compreendidos entre 0,06 mm e 0,20 mm
2.2.23.2
areia média
areia com grãos de diâmetros compreendidos entre 0,20 mm e 0,60 mm
2.2.23.3
areia grossa
areia com grãos de diâmetros compreendidos entre 0,60 mm e 2,0 mm
2.2.24
areia movediça
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NOTA A areia movediça não é um tipo de material, mas representa uma condição provocada por fluxo
d’água ascendente e tem, praticamente, as propriedades de um líquido.
2.2.25
argila
partículas com dimensões menores que 0,002 mm, apresentando coesão e plasticidade
2.2.26
argila dispersiva
argila com preponderância de cátions monovalentes de sódio dissolvidos na água intersticial, enquanto
a argila não dispersiva tem preponderância de cátions divalentes de cálcio e magnésio
NOTA A argila dispersiva é facilmente erodível pela água, em um processo de dispersão ou defloculação,
quando as forças elétricas repulsivas atuantes entre as partículas argilosas são maiores que as forças de
atração (Van Der Waals). Não é possível que esta argila seja identificada pelos ensaios de caracterização
comuns, mas por ensaios químicos ou por ensaios geotécnicos, assim como pelo ensaio de dispersão rápido,
ensaio sedimentométrico comparativo SCS e ensaio de furo de agulha.
2.2.27
argila sensível
argila cuja resistência no estado natural é maior que no estado amolgado
2.2.28
argilomineral
silicatos de alumínio, podendo conter quantidades variáveis de ferro, magnésio, potássio, sódio, lítio etc.
NOTA 1 Os argilominerais são geralmente formados por lamelas constituídas por estratos ou lâminas de
tetraedros de SiO4 e octaedros de Al (OH)6, possuindo cristalinidade variável.
NOTA 2 Os argilominerais se formam por alteração de minerais primários das rochas ígneas e metamórficas,
como feldspatos, piroxênios e anfibólios, ou são constituintes de rochas sedimentares. Eles possuem
a propriedade de absorver quantidades variáveis de água e íons para as superfícies de suas partículas.
Os principais grupos de argilominerais são: caulinita, ilita e montmorilonita.
2.2.29
argilização
processo pelo qual uma rocha é convertida em agregado de minerais argilosos sob a ação de soluções
hidrotermais
2.2.30
arqueamento
〈solos〉 transferência de tensões tangenciais da porção de solo com maior deformação para a porção
adjacente com menor deformação, que serve de elemento de suporte
2.2.31
aterro
depósito artificial de qualquer tipo de solo ou de outros materiais
2.2.32
atividade coloidal
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2.2.33
atrito interno
parcela da resistência ao cisalhamento de um solo, correspondente à força de atrito desenvolvida no
deslizamento entre os grãos e/ou entre as partículas desse solo
NOTA Geralmente o atrito interno é indicado pelo termo “ σ tan φ ”, na equação de Mohr-Coulomb,
“ τ = c + σ tan φ ”.
2.2.34
bentonita
argila com alto teor de mineral montmorilonita, caracterizada por sua alta expansibilidade, quando
umedecida
2.2.35
bloco de rocha
fragmento de rocha, transportado ou não, com diâmetro superior a 1 m
2.2.36
caulim
material (minério) argiloso constituído por elevada porcentagem de caulinita
2.2.37
caulinita
aluminossilicato hidratado pertencente ao grupo das canditas, caracterizado por estrutura lamelar
formada pelo empilhamento regular de camadas constituídas por uma folha tetraédrica de sílica e por
uma folha octaédrica de alumina
2.2.38
capacidade de troca catiônica
soma de cátions que um solo pode adsorver (expressa em mg/100 g de material seco em estufa)
NOTA A capacidade de troca catiônica é também designada pela capacidade de troca de bases ou pela
capacidade de adsorção de cátions.
2.2.39
capilaridade
ascensão ou movimento da água nos interstícios de um solo, devido às forças capilares originadas
por tensão superficial
2.2.40
classificação geológica
classificação de natureza genética, de acordo com os seus processos de formação e evolução, tendo
por base os princípios da geologia
2.2.41
classificação geotécnica
classificação de solos, de acordo com as propriedades e características de seus elementos constituintes,
tendo por base os princípios da mecânica dos solos
2.2.42
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classificação granulométrica
classificação de solos de acordo com as dimensões dos seus grãos ou partículas e suas diferentes
porcentagens de ocorrência
2.2.43
classificação pedológica
classificação de solos e suas subdivisões, de acordo com os seguintes critérios:
a) morfologia
2.2.44
coeficiente de adensamento
cv
coeficiente utilizado na teoria de adensamento, contendo as propriedades físicas de um solo que
podem influenciar a velocidade de variação de seu volume
NOTA Este coeficiente é igual ao quociente do coeficiente de permeabilidade pelo produto do coeficiente
de compressibilidade volumétrica com o peso específico da água.
2.2.45
coeficiente de compressibilidade
av
relação entre a variação do índice de vazios e o acréscimo de tensão correspondente
2.2.46
coeficiente de compressibilidade volumétrica
mv
coeficiente correspondente à redução do volume de uma camada de solo confinada lateralmente em
relação ao volume inicial, sob o efeito da aplicação de um acréscimo unitário de tensão
2.2.47
coeficiente de curvatura
CC
relação entre os diâmetros equivalentes de grãos D30 elevado ao quadrado e o produto de D10 e D60
NOTA D10, D30 e D60 são os diâmetros equivalentes de grão correspondentes, respectivamente, aos 10 %,
30 % e 60 % mais finos na curva de distribuição granulométrica. Quanto maior o CC, o material tende a ser
mais uniforme na sua parte central da curva de distribuição granulométrica.
2.2.48
coeficiente de empuxo de terra
relação entre as tensões principais efetivas atuantes em um certo ponto de uma massa de solo
2.2.48.1
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2.2.48.2
coeficiente de empuxo de terra em repouso
K0
relação entre a tensão principal menor e a tensão principal maior, aplicável nos casos em que o solo
se encontra no seu estado natural, sem ser submetido à compressão ou sem ser permitida qualquer
deformação
2.2.48.3
coeficiente de empuxo passivo de terra
Kp
relação máxima entre a tensão principal efetiva maior e a tensão principal efetiva menor, aplicável nos
casos em que o solo é suficientemente comprimido para desenvolver o valor-limite superior da tensão
principal efetiva maior
2.2.49
coeficiente de permeabilidade
k20
coeficiente expresso com base na lei experimental de Darcy, de acordo com a qual ele é igual à
velocidade média aparente de escoamento da água, pela área total (sólidos e vazios) da seção transversal
do solo ao fluxo, sob um gradiente hidráulico unitário, corrigido à temperatura da água de 20 °C
2.2.50
coeficiente de recalque
coeficiente correspondente à relação entre a tensão sobre uma determinada superfície de uma massa
de solo e o deslocamento produzido
NOTA O coeficiente de recalque varia com a superfície e o tipo de solicitação (estática ou dinâmica).
2.2.51
coeficiente de uniformidade
CU
coeficiente de não uniformidade
CNU
relação entre os diâmetros equivalentes de grãos D60 e D10 de um solo
NOTA 1 D60 é o diâmetro equivalente de grão correspondente aos 60 % mais finos na curva de distribuição
granulométrica e D10 é o diâmetro equivalente de grão correspondente aos 10 % nesta curva de distribuição
granulométrica.
2.2.52
coeficiente de variação volumétrica
ver 2.2.46
2.2.53
coesão
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2.2.54
coesão aparente
parcela da resistência ao cisalhamento de um solo granular úmido não saturado, devido à tensão
capilar da água que atrai as partículas, desaparecendo quando o solo é saturado ou totalmente seco
2.2.55
colúvio
coluvião
depósitos de solos predominantemente originados pela ação da gravidade
2.2.56
compacidade
estado de maior ou menor concentração de grãos ou partículas de um solo não coesivo (por exemplo,
areias e siltes arenosos) em um dado volume
2.2.57
compacidade relativa
CR
densidade relativa
DR
parâmetro que permite quantificar o estado de compacidade de solos arenosos ou siltosos,
comparando-se o índice de vazios natural (in situ) com os índices de vazios máximo (estado fofo) e
mínimo (estado compacto)
NOTA A compacidade relativa é igual ao quociente da diferença entre os índices de vazios máximo e real
e da diferença entre os índices de vazios máximo e mínimo.
2.2.58
compactação
processo artificial de aumento da massa específica de um solo, por redução do seu volume de vazios,
por meio de aplicação de energia mecânica
2.2.59
compressão inicial
ver 2.2.1.1
2.2.60
compressão primária
ver 2.2.1.2
2.2.61
compressão secundária
ver 2.2.1.3
2.2.62
compressibilidade
propriedade de um solo relativa à sua suscetibilidade de diminuir de volume sob efeito da aplicação de
uma carga, que pode ser externa ou interna
2.2.63
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concreção
material formado por precipitação química a partir de solução aquosa, com forma de nódulos ou
crostas, com composição diferente do solo ou da rocha encaixante
NOTA A concreção pode ser composta por concentração de agentes cimentantes, como sílica, óxido de
ferro, óxido de cálcio etc.
2.2.64
concreção laterítica
concreção de origem fluvial
concreções originadas pela acumulação relativa (ou eluviação) de sesquióxidos de ferro e alumínio,
em condições de clima tropical, formadas à custa de lixiviação dos componentes mais solúveis,
inclusive sílica
2.2.65
concreção ferruginosa
concreção de origem iluvial
concreções originadas pela acumulação absoluta (ou iluviação) de óxido de ferro (principalmente) e
alumina, depositadas pela água no terreno ou lençol freático, sendo comum em áreas ricas em ferro
ou contendo minérios de ferro
2.2.66
condutividade hidráulica
propriedade dos solos que traduz a maior ou menor facilidade com que a água passa por seus vazios
2.2.67
consistência
propriedade de um solo coesivo ser menos ou mais deformável
2.2.68
consolidação
ver 2.2.1
2.2.69
curva de adensamento
curva que relaciona a evolução do adensamento (porcentagem do adensamento) com o tempo
decorrido, após a aplicação de um dado incremento de carga
2.2.70
curva de compactação
curva que mostra a relação entre a massa específica aparente seca e o teor de umidade de um solo
para uma dada energia de compactação
2.2.71
curva de compressão virgem
trecho, geralmente reto, do gráfico de índice de vazios em função do logaritmo da tensão efetiva, que
corresponde às tensões aplicadas superiores à máxima tensão efetiva anteriormente suportada por
este solo argiloso
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2.2.72
curva de índice de vazios-tensão efetiva
curva que representa a relação entre o índice de vazios de um solo e a tensão efetiva, obtida pelo
ensaio de adensamento
NOTA Esta curva é geralmente traçada em gráfico semilogarítmico, com a tensão efetiva na escala
logarítmica.
2.2.73
curva granulométrica
representação gráfica da distribuição granulométrica de um solo, onde a abscissa é o tamanho das
partículas, crescente para a direita, em escala logarítmica, e a ordenada é a porcentagem acumulada
do solo seco em relação à massa total seca, com diâmetro menor que o tamanho correspondente
2.2.74
diâmetro efetivo
De ou D10
diâmetro correspondente a 10 % do material passante da curva granulométrica
2.2.75
dilatância
Ψ
propriedade que certos solos granulares apresentam de aumentarem de volume, quando submetidos
a tensões de cisalhamento
2.2.76
dispersibilidade
propriedade que certos solos argilosos apresentam de permitirem que suas partículas sejam
desagregadas, quando em presença de água
2.2.77
drenagem
conjunto de processos ou métodos destinados a coletar, retirar e conduzir a água de percolação de
um maciço
2.2.78
dreno
camada ou combinação de camadas de materiais permeáveis, projetada e colocada de maneira
a garantir a drenagem
2.2.79
eluvião
depósito detrítico resultante da desintegração da rocha matriz, que permanece in situ
2.2.80
elúvio
ver 2.2.79
2.2.81
eluviação
movimento de soluções ou de coloides em suspensão da superfície para o interior do maciço (horizontes
superficiais para subsuperficiais), mais notadamente quando a precipitação é superior à evaporação
2.2.82
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NOTA Este ensaio visa à determinação direta das propriedades de compressibilidade do solo.
2.2.83
ensaio de adensamento radial
ensaio de adensamento em que, além da drenagem vertical, é permitida também uma drenagem
radial pela colocação de um dreno vertical na zona central do corpo de prova
NOTA Existem outros tipos de ensaio com drenagem externa, sem drenagem vertical etc.
2.2.84
ensaio de adensamento anisotrópico
ensaio de adensamento de um corpo de prova de um solo dentro de uma câmara de compressão
triaxial pela aplicação de uma pressão confinante correspondente à pressão axial multiplicada por um
determinado coeficiente
2.2.85
ensaio de cisalhamento direto
ensaio de laboratório em que um corpo de prova submetido a uma tensão normal é solicitado até
a ruptura pelo deslocamento de uma porção da amostra em relação à outra, de acordo com um plano
de cisalhamento predefinido
NOTA Este ensaio destina-se à determinação dos parâmetros de resistência ao cisalhamento do solo.
2.2.86
ensaio de compactação
ensaio para determinar a relação entre o teor de umidade e a massa específica seca de solos, quando
compactados de acordo com processos especificados
2.2.87
ensaio de compressão simples
ensaio não confinado
ensaio de laboratório em que um corpo de prova de solo, de forma prismática ou cilíndrica, é submetido
a acréscimos de tensão axial até a sua ruptura
2.2.88
ensaio de compressão triaxial
ensaio de laboratório em que um corpo de prova de solo, de forma cilíndrica, envolvido em uma
membrana impermeável, é submetido a uma pressão confinante e, em seguida, nessas condições, é
submetido a acréscimos da tensão axial até a sua ruptura
2.2.89
ensaio de compressão triaxial não adensado e não drenado
ensaio de laboratório em que o corpo de prova de solo é submetido à pressão confinante e, em
seguida, a acréscimos de tensão axial até a ruptura, sem ser permitida a drenagem
NOTA 1 Este ensaio determina os parâmetros de resistência ao cisalhamento de um solo não adensado
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2.2.90
ensaio de compressão triaxial adensado e não drenado
ensaio de laboratório em que o corpo de prova de solo é adensado isotrópica ou anisotropicamente e,
em seguida, é submetido a acréscimos de tensão axial até a ruptura, sem drenagem
2.2.91
ensaio de compressão triaxial adensado drenado
ensaio de laboratório em que o corpo de prova de solo é adensado isotrópica ou anisotropicamente e,
em seguida, em condições de drenagem permanente, é submetido a acréscimos de tensão axial até
a ruptura, a uma velocidade de aplicação lenta de tensão que permita a total dissipação da pressão
intersticial
NOTA 1 Este ensaio visa à determinação dos parâmetros de deformação e de resistência ao cisalhamento
de um solo em termos de tensões efetivas.
2.2.92
ensaio de furo de agulha
ensaio de laboratório destinado à identificação de argila dispersiva, no qual água destilada é percolada
sob gradiente hidráulico determinado por meio de um furo de 1 mm de diâmetro, aberto dentro de um
corpo de prova compactado em um pequeno cilindro
NOTA 1 A resistência à erosão da argila é estimada pelo diâmetro final do furo, pela coloração da água e
pela vazão de percolação.
2.2.93
ensaio de peneiramento
ensaio de laboratório que visa à classificação granulométrica de solos granulares e que consiste
na separação dos grãos de vários tamanhos, com o uso de uma série de peneiras padronizadas
NOTA Na prática corrente, este ensaio permite a classificação das partículas de tamanho maior que
0,075 mm.
2.2.94
ensaio de sedimentação
operação que visa determinar a distribuição granulométrica de solos finos (ver 2.2.116), por meio da
velocidade de queda das partículas do solo em um meio líquido, tomando como base a lei de Stokes,
que correlaciona a velocidade de queda das partículas esféricas com o seu diâmetro
2.2.95
entubamento
ver 2.2.97
2.2.96
erosão
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remoção de partículas da crosta terrestre, causada por um ou vários fatores de natureza física, química
ou biológica, responsável pelo modelado do relevo terrestre
2.2.97
erosão interna (piping)
erosão regressiva
movimento das partículas de uma massa de solo, carreadas por percolação d’água, sendo que
o fenômeno provoca a formação progressiva de canais dentro do maciço de solo em sentido contrário
ao fluxo d’água
2.2.98
esmectita
grupo de argilominerais formados por lamelas constituídas por um estrato de octaedros de alumínio
entre dois estratos de tetraedros de silício
NOTA Este grupo é formado pela montmorilonita (principal argilomineral do grupo), montronita, beidelita
etc. Este grupo possui a capacidade de admitir H2O interlamelar, o que propicia uma elevada expansão.
2.2.99
estabilização
tratamento físico-químico ou mecânico de um solo, executado com o objetivo de manter ou melhorar
as suas características geotécnicas
2.2.100
estado de equilíbrio elástico
estado de tensões dentro de uma massa de solo, quando a resistência interna dessa massa não é
totalmente mobilizada
2.2.101
estado de equilíbrio plástico
estado de tensões dentro de uma massa de solo que sofreu solicitações tais que a sua resistência
ao cisalhamento-limite foi mobilizada
2.2.102
estado de equilíbrio plástico ativo
estado de equilíbrio plástico atingido por uma expansão da massa de um solo
2.2.103
estado de equilíbrio plástico passivo
estado de equilíbrio plástico atingido por uma compressão de massa de um solo
2.2.104
estratificação
estrutura produzida pela deposição de sedimentos em camadas (estratos), lâminas, lentes e outras
unidades essencialmente tabulares
2.2.105
estrutura
organização das partículas primárias (areia, silte e argila) do solo
NOTA A estrutura é descrita conforme o tipo (forma), classe (tamanho) e grau (nível de organização) do solo.
2.2.106
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estrutura alveolar
estrutura de um solo de granulação fina em que cada grão ou partícula está apenas em contato
com poucos grãos ou partículas vizinhas, e cuja estabilidade é assegurada pelo fato de as forças de
adesão ou de tração intermolecular predominarem sobre a força da gravidade
2.2.107
estrutura floculada
estrutura de um solo constituída por flóculos de partículas agrupadas e mantidas em contato por
forças de atração intermolecular
NOTA Este tipo de estrutura pode ser formado por sedimentação em meio aquoso com presença de
eletrólito. O grau de floculação depende do tipo e da concentração das partículas argilosas e do eletrólito.
2.2.108
expansibilidade
propriedade que certos solos apresentam de aumentarem de volume, quando em contato com a água
2.2.109
fator tempo
fator adimensional utilizado na teoria do fenômeno de adensamento, contendo as constantes físicas
da camada de solo que têm influência sobre a velocidade de adensamento
NOTA O fator tempo é igual ao produto do coeficiente de adensamento pelo tempo necessário para
o adensamento da camada, dividido pelo quadrado da espessura da camada (por face de drenagem).
2.2.110
filtro
camada ou combinação de camadas de materiais permeáveis, projetada e colocada de maneira
a evitar o carreamento de partículas de solo sob o efeito de percolação d’água
2.2.111
filtro de proteção
ver 2.2.114
2.2.112
finos
partículas de solo que passam pela peneira-padrão nº 200, isto é, partículas com dimensões inferiores
a 0,075 mm
2.2.113
fluxo
ver 2.2.162
2.2.114
fração areia
parcela de um solo cujas partículas ou grãos possuem diâmetros dentro da faixa granulométrica fixada
para a areia
2.2.115
fração argila
parcela de um solo cujas partículas possuem diâmetros equivalentes dentro da faixa granulométrica
fixada para a argila
2.2.116
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fração silte
parcela de um solo cujas partículas possuem diâmetros equivalentes dentro da faixa granulométrica
fixada para o silte
2.2.117
friabilidade
propriedade dos solos de se romperem com baixas deformações específicas, quando submetidos
a um esforço mecânico
2.2.118
gradiente hidráulico
relação adimensional entre a perda de carga e o comprimento de percolação
2.2.119
gradiente hidráulico crítico
gradiente hidráulico em que a tensão efetiva dentro de uma massa de solo granular é reduzida a zero
por um movimento de percolação ascensional de água, provocando o fenômeno da areia movediça
2.2.120
granulometria
representação de um solo pelas dimensões de suas partículas e suas respectivas porcentagens
em massa
2.2.121
grau de saturação
relação entre o volume de água nos vazios de um solo e o volume total destes vazios
2.2.122
ilita
argilomineral do grupo das micas hidratadas, formadas por lamelas que são constituídas por dois
estratos de tetraedros de silício e por um de octaedro de alumínio
NOTA A estrutura da ilita é mais estável que a das esmectitas, impedindo a admissão de água interlamelar.
A ilita origina-se das micas por degradação (perda de K e ganho de H2O), sem modificações estruturais, e
possui capacidade de troca catiônica de média a baixa expansão.
2.2.123
ilúvio
iluviação
processo de migração de argila do horizonte superficial para o subsuperficial
2.2.124
índice de compressão
coeficiente angular do trecho considerado linear da curva de índice de vazios, em função do logaritmo
da tensão efetiva
2.2.125
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índice de consistência
parâmetro definido como a relação entre a diferença do limite de liquidez e do teor de umidade natural
e o índice de plasticidade
2.2.126
índice de liquidez
relação da diferença entre o teor de umidade natural e o limite de plasticidade e o índice de plasticidade
2.2.127
índice de plasticidade
parâmetro definido como a diferença entre o limite de liquidez e o limite de plasticidade
2.2.128
índice de sensibilidade
ver 2.2.152
2.2.129
índice de vazios
relação entre o volume de vazios e o volume de sólidos de uma determinada porção de solo
2.2.130
índice de vazios crítico
índice de vazios de uma massa de solo, correspondendo a um estado de compacidade (chamado
crítico) para o qual não ocorre variação de volume, quando esta massa é submetida a deformações
sob solicitações cisalhantes
NOTA O índice de vazios crítico não é uma constante do material, pois depende da tensão normal entre
os grãos.
2.2.131
intemperismo
conjunto de processos que ocasionam a desintegração e a decomposição das rochas e dos minerais
submetidos à ação dos agentes atmosféricos e biológicos
2.2.132
isócrona
curva que indica a distribuição, ao longo da espessura de uma camada argilosa, das sobrepressões
hidrostáticas em um certo instante, durante o processo de adensamento
2.2.133
laterização
processo de formação de solos típicos de climas quentes e úmidos, que se caracteriza pela concentração
eluvial de óxidos e hidróxidos, principalmente de alumínio e ferro
NOTA A concentração eluvial aumenta em função da lixiviação da sílica ou da adição destes óxidos e
hidróxidos.
2.2.134
latossolo
classe de solo cuja gênese é comandada pelo processo de laterização
2.2.135
limite de contração
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teor de umidade da fração de solo que passa pela peneira-padrão nº 40 (isto é, partículas com
dimensões inferiores a 0,42 mm), correspondente ao estado de consistência limite entre os estados
semissólido e sólido
NOTA Abaixo do limite de contração não há mais diminuição de volume do solo por secagem.
2.2.136
limite de liquidez
teor de umidade da fração de solo que passa pela peneira-padrão nº 40 (isto é, partículas com
dimensões inferiores a 0,42 mm), correspondente ao estado de consistência limite entre os estados
líquido e plástico
2.2.137
limite de plasticidade
teor de umidade da fração de solo que passa pela peneira-padrão nº 40 (isto é, partículas com
dimensões inferiores a 0,42 mm), correspondente ao estado de consistência limite entre os estados
plástico e semissólido
2.2.138
limites de consistência
limites de Atterberg
teores de umidade entre os vários estados de consistência da fração de solo que passa pela
peneira-padrão nº 40 (isto é, partículas com dimensões inferiores a 0,42 mm)
2.2.139
linha de fluxo
trajetória de uma partícula de água em um meio poroso, percolando em condições de regime laminar
2.2.140
linha equipotencial
linha que une os pontos com carga total da água de percolação igual
2.2.141
linha freática
linha de percolação que limita superiormente o fluxo, por meio de um maciço, e em que a pressão é
igual à pressão atmosférica
2.2.142
liquefação
redução repentina da resistência ao cisalhamento de um solo, devido a um acréscimo rápido da
pressão intersticial, passando o solo a comportar-se como um líquido
2.2.143
lixiviação
remoção das partículas solúveis e/ou coloidais de um meio pela percolação de água
2.2.144
massa específica da água
ρw
relação entre a massa e o volume total da água
2.2.145
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2.2.146
massa específica aparente seca máxima
ρd,max
valor correspondente à ordenada máxima da curva de compactação
2.2.147
massa específica dos sólidos (grãos)
ρs
relação entre a massa das partículas sólidas de um solo (massa seca) e o volume destas partículas
2.2.148
massa específica natural
ρnat
relação entre a massa total de um solo em seu estado natural (fases sólida, líquida e gasosa) e
o volume total
2.2.149
matacão
fragmento de rocha, transportado ou não, comumente arredondado por intemperismo ou abrasão,
com uma dimensão compreendida entre 200 mm e 1 m
2.2.150
matéria orgânica
conjunto de compostos químicos formados por moléculas orgânicas encontradas em ambientes
naturais
NOTA A matéria orgânica é geralmente heterogênea e composta por restos de animais e vegetais e de
seus resíduos lançados no ambiente.
2.2.151
montmorilonita
ver 2.2.98
2.2.152
pedra de mão
fragmento de rocha com diâmetro compreendido entre 60 mm e 200 mm
2.2.153
pedregulho
solos formados por minerais ou partículas de rocha, com diâmetro compreendido entre 2 mm e 60 mm
2.2.153.1
pedregulho fino
pedregulho com grãos compreendidos entre 2 mm e 6 mm
2.2.153.2
pedregulho médio
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2.2.153.3
pedregulho grosso
pedregulho com grãos compreendidos entre 20 mm e 60 mm
2.2.154
percolação
movimento da água livre por um solo ou maciço rochoso
2.2.155
permeabilidade
ver 2.2.66
2.2.156
peso específico da água
γw
relação entre o peso e o volume total da água
2.2.157
peso específico aparente seco
γd
relação entre o peso seco das partículas sólidas (grãos) do solo e o volume total
2.2.158
peso específico aparente seco máximo
γd,max
valor correspondente à ordenada máxima da curva de compactação
2.2.159
peso específico dos sólidos (grãos)
γs
relação entre o peso das partículas sólidas de um solo e o volume destas partículas
2.2.160
peso específico natural
γnat
relação entre o peso total de um solo em seu estado natural (fases sólida, líquida e gasosa) e o volume
total
2.2.161
peso específico saturado
γsat
peso específico de um solo cujos vazios estão completamente preenchidos por água (SR = 100 %)
2.2.162
peso específico submerso
γsub
relação entre o peso dos sólidos (grãos) de uma massa de solo, diminuído do peso da água deslocada
por estes sólidos, e o volume total desta massa
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NOTA O peso específico submerso é igual ao peso específico saturado, subtraindo o peso específico
da água.
2.2.163
plasticidade
propriedade que um solo apresenta, em determinadas condições de umidade, de poder sofrer grandes
deformações permanentes, sem sofrer ruptura, fissuramento ou variação de volume apreciável
2.2.164
porcentagem de adensamento
relação entre o adensamento parcial sofrido por um elemento de solo, após determinado tempo, e
o adensamento total a advir sob o efeito de uma determinada pressão
2.2.165
porcentagem de recalque
ver 2.2.133
2.2.166
poro
espaço dentro de uma massa de solo, não ocupado por matéria mineral sólida
NOTA Este espaço pode ser ocupado por uma fase gasosa e/ou por uma fase líquida.
2.2.167
poropressão
pressão intersticial nos poros do solo
2.2.168
porosidade
n
relação entre o volume de vazios e o volume total de um solo
2.2.169
pressão neutra
ver 2.2.136
2.2.170
rede de fluxo
representação gráfica das linhas de fluxo e das linhas equipotenciais
2.2.171
rede de percolação
ver 2.2.139
2.2.172
resistência à compressão simples
carga por área unitária sob a qual um corpo de prova de solo, prismático ou cilíndrico, rompe no ensaio
de compressão simples
2.2.173
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resistência ao cisalhamento
máxima tensão de cisalhamento que o solo pode suportar sem sofrer ruptura
2.2.174
resistência de pico
resistência ao cisalhamento máxima que pode ser mobilizada dentro de uma massa de solo, no plano
de ruptura, de acordo com um critério de ruptura adotado
2.2.175
resistência residual
resistência ao cisalhamento, de acordo com um critério de ruptura adotado, que pode ser mobilizada
dentro de uma massa de solo para deformações superiores à deformação correspondente à resistência
de pico
NOTA A resistência pode ser mantida por uma massa de solo, mesmo quando submetida a grandes
deformações.
2.2.176
saprolito
saprólito
material proveniente da alteração da rocha, que se encontra em um estágio avançado de desintegração
e que possui a estrutura original da rocha e a ela se assemelha em todos os aspectos visuais
perceptíveis, com exceção da coloração
2.2.177
sedimento
material sólido, mineral ou orgânico, transportado e depositado sobre a superfície terrestre
2.2.178
sensibilidade
propriedade que os solos argilosos apresentam de perderem consistência por amolgamento,
independentemente da natureza física das causas de mudança de estado
NOTA A sensibilidade de uma argila é quantificada pela relação entre as resistências à compressão
simples, quando indeformada e quando amolgada, sendo indicada conforme a seguir:
d) sensíveis: 4 a 8;
2.2.179
silte
partículas com dimensões compreendidas entre 0,002 mm e 0,06 mm, apresentando baixa ou
nenhuma plasticidade
2.2.180
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solo
sistema trifásico (sólido, líquido e gasoso) formado pela interação entre o clima, material de origem,
relevo e organismos ao longo do tempo
NOTA O solo possui partículas primárias (areia, silte, argila) agrupadas em agregados e distribuídas em
horizontes com diferentes características físicas e químicas.
2.2.181
solo aluvionar
solo formado pela sedimentação de partículas que tenham sido transportadas em suspensão pela
ação das águas
2.2.182
solo coluvionar
solo formado pela deposição de partículas transportadas pela ação da gravidade
2.2.183
solo de alteração
ver 2.2.145
2.2.184
solo colapsível
solo não saturado, com estrutura porosa ou instável, com partículas interligadas por argila, óxido de
ferro, alumínio ou carbonatos
NOTA O solo colapsível apresenta uma compressão considerável e rápida quando submetido a um
aumento de umidade sem que varie a tensão total a que esteja submetido.
2.2.185
solo eólico
solo formado pela deposição de partículas transportadas pela ação dos ventos
2.2.186
solo fino
solo formado por partículas com diâmetros equivalentes inferiores a 0,075 mm
2.2.187
solo glacial
solo formado pela deposição, sem estratificação, de partículas com dimensões variadas, transportadas
pela ação de geleiras
2.2.188
solo laterítico
solo cuja gênese é comandada pelo processo de laterização
2.2.189
solo normalmente adensado
solo em que o processo de adensamento é completado, estando ainda atuantes os mecanismos que
o provocaram
2.2.190
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solo orgânico
solo formado pela mistura homogênea de matéria orgânica decomposta e de elementos de origem
mineral, apresentando geralmente cor preta ou cinza-escuro
2.2.191
solo parcialmente adensado
solo que ainda não está totalmente adensado sob o carregamento ou peso próprio que age atualmente
sobre ele
2.2.192
solo poroso
solo que possui elevado índice de vazios, apresentando poros visíveis a olho nu
2.2.193
solo pré-adensado
solo que apresenta comportamento mecânico como se adensado sob carga superior à carga que age
no momento sobre ele
2.2.194
solo residual
solo formado in situ pela decomposição da rocha matriz, quando sujeita à ação de intemperismos
físicos e químicos
2.2.195
solo residual jovem
solo residual com decomposição parcial ou incompleta da rocha matriz, que apresenta vestígios de
estrutura da rocha
2.2.196
solo residual maduro
solo residual com total decomposição da rocha matriz, que não apresenta vestígios de estrutura
da rocha.
2.2.197
solo saprolítico
ver 2.2.145
2.2.198
solo saturado
solo com vazios totalmente preenchidos com água
2.2.199
solo sedimentar
solo transportado do local de sua formação, por água, vento, gravidade ou gelo
2.2.200
solo sobreadensado
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ver 2.2.167
2.2.201
solo subadensado
ver 2.2.165
2.2.202
solo transportado
ver 2.2.173
2.2.203
solo não uniforme
solo bem graduado
solo cuja curva granulométrica apresenta uma graduação dos grãos variável, desde as frações finais
até as frações grossas, não havendo predomínio de fração alguma (ver 2.2.51)
2.2.204
solo uniforme
solo cuja curva granulométrica apresenta uma graduação uniforme dos grãos, isto é, todos os grãos
são praticamente do mesmo tamanho (ver 2.2.51 )
2.2.205
subpressão
pressão ascendente de água sobre uma estrutura ou sobre camadas relativamente menos permeáveis
de uma massa de solo ou rocha
2.2.206
tensão de pré-adensamento
máxima tensão efetiva vertical a que um solo já esteve submetido na sua história geológica
2.2.207
tensão de terra
tensão exercida por uma massa de solo sobre uma determinada superfície
2.2.208
tensão ativa de terra
valor mínimo de tensão efetiva de terra que pode existir quando se permite que uma massa de solo
expanda suficientemente para mobilizar completamente a sua resistência ao cisalhamento, ao longo
de uma superfície crítica de ruptura
2.2.209
tensão passiva de terra
valor máximo da tensão efetiva de terra que pode existir quando se comprime uma massa de solo
suficientemente para mobilizar completamente a sua resistência ao cisalhamento, ao longo de uma
superfície crítica de ruptura
2.2.210
tensão em repouso de terra
valor da tensão efetiva de terra que existe quando uma massa de solo está em seu estado natural
2.2.211
talus
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depósito inconsolidado que ocorre na base de anfiteatros naturais ou na base de elevações abruptas,
por efeito da gravidade, possuindo contorno definido, espessura variável, constituição granulométrica
muito variável (de argila a blocos) e disposição caótica
2.2.212
tensão efetiva
soma dos componentes verticais das forças desenvolvidas nos pontos de contato das partículas de
solo por área transversal seccional específica da massa de solo, que controla as variações de volume
e as características de resistência ao cisalhamento de um solo
2.2.213
tensão total
soma da poropressão e da tensão efetiva
2.2.214
teor de umidade
relação entre a massa de água contida nos vazios de um solo e a massa das partículas sólidas (grãos)
2.2.215
teor de umidade higroscópica
teor de umidade de um solo após secagem por simples exposição ao ar
2.2.216
teor de umidade ótima
teor de umidade em que um solo pode ser compactado para atingir uma massa específica seca
máxima, para uma determinada energia de compactação
2.2.217
textura
conjunto de características com forma e dimensão dos elementos mineralógicos constituintes de um
solo
2.2.218
tixotropia
propriedade de um material que o torna capaz de enrijecer em um tempo relativamente curto, quando
deixado em repouso, e de perder essa consistência até se tornar um líquido viscoso, quando submetido
à agitação ou manipulação, sendo o processo completamente reversível
2.2.219
turfa
material com grande porcentagem de partículas fibrosas e de matéria orgânica no estado coloidal,
com coloração marrom-escuro a preta
NOTA A turfa é um material mole, altamente compressível, não plástico, combustível e com odor
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2.2.220
umidade ótima
ver 2.2.183
2.2.221
vazio
volume dentro de uma massa de solo não ocupado por sólidos
NOTA Este espaço pode ser ocupado por gases ou líquidos (ver 2.2.135).
2.2.222
voçoroca
forma erosiva em estágio avançado, trabalhada pela erosão superficial e pelo solapamento provocado
pela erosão subterrânea
NOTA A voçoroca pode originar cavidades de paredes abruptas de dezenas de metros de largura e
comprimento.
2.2.223
volume de vazios
parcela do volume de um solo ocupado por gases ou líquidos
2.2.224
volume total
volume ocupado pelas fases sólida, líquida e gasosa