Adilson de Sousa 2

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE ADMINISTRAÇÃO E HUMANAS

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE DIREITO

RELAÇÃO ENTRE A JUSTIÇA E A SEGURANÇA JURIDICA

Nome: Adilson de Sousa Gaspar


Sala: 1.1
Período: Noturno
Processo: 170168

Luanda

2023
Indice
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 1
1. JUSTIÇA E DIREITO ..................................................................................................................... 2
1.1. Segurança jurídica .................................................................................................................. 3
2. JURISDIÇÃO, AÇÃO E PROCESSO ................................................................................................ 3
2.1. Jurisdição ................................................................................................................................ 4
2.2. Ação ....................................................................................................................................... 4
2.2.1. Condições ............................................................................................................................ 5
2.2.2. Classificação ........................................................................................................................ 6
2.2.2.1. Ação de conhecimento ..................................................................................................... 6
CONCLUSÃO.............................................................................................................................. 7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 8
INTRODUÇÃO

No presente falaremos da relação existente entre a justiça e segurança jurídica uma que a
segurança jurídica é o princípio de previsibilidade e coerência na aplicação das leis sobre os
ambientes de negócios garantindo aos investidores e empresas um cenário mais previsível,
razoável e estável para maior segurança entre as relações de negócios.

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1. JUSTIÇA E DIREITO

Durante toda a História da Humanidade, tentou-se, em vão, conceituar justiça. Uma


idéia presente absolutamente em todos os seres humanos e que, paradoxalmente, a nenhum
foi possível dizer o que vem a ser.

Acerca de um tema demasiado subjetivo, chega-se, qual Immanuel Kant fê-lo, apenas
a perguntá-lo melhor...

À idéia em nós arraigada do que vem a ser correto, dá-se o nome de justiça; ao ideal
julgamento perfeito chama-se, igualmente, justiça; dar a cada um aquilo que é seu é fazer
justiça.

Com estas tentativas, entretanto, desloca-se apenas a premissa, vez que no primeiro
caso teríamos que entender o que é a idéia; no segundo com base em que se deu o julgamento
e no terceiro o que vem a ser seu. Conceitos deveras abstratos, sem os quais não se chega à
noção de justo.

Impregnada dos conceitos de Justiça, a escola do direito natural, no dizer de Hans


Kelsen, "afirma existir uma regulamentação absolutamente justa das relações humanas que
parte da natureza em geral ou da natureza do homem como ser dotado de razão".

Para Aristóteles, o direito natural seria o senso de justiça contido na idéia de cada um
e que tem validade universal, independente do lugar.

Já para Santo Tomás, o direito natural emanava diretamente de Deus, que estabeleceu
tanto as leis que regulam o movimento dos corpos, quanto as que determinavam as condutas
humanas.

Por fim, para Locke, "a lei natural é descoberta pela razão, depois de criada pela
vontade de Deus".

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Para os naturalistas, portanto, o direito natural seriam regras diretamente ligadas a
Deus ou alguma entidade imaginária, o que associa o conceito de justiça novamente a outros
abstratamente considerados.

1.1. Segurança jurídica

Indissociável do conceito de justiça, segue-se, em decorrência lógica do direito, o


princípio da segurança jurídica. Trata-se, pois, de um princípio consagrado no sistema
jurídico brasileiro. Souto Maior Borges afirma que a segurança jurídica transcende o próprio
direito positivo, posto estar tal princípio ligado à inspiração da própria criação da norma.

Quando, em seu art. 5º, a Constituição Federal do Brasil, consagra uma série de
direitos e garantias individuais, traduz, na norma, o princípio da segurança jurídica.

A possibilidade de os participantes da sociedade terem o sentimento de que a justiça


de sua conduta (quase) sempre estará em conformidade com o sistema jurídico positivo é
dada também pelo princípio da segurança jurídica.

2. JURISDIÇÃO, AÇÃO E PROCESSO

Assim nos diz o brocardo jurídico atribuído ao jurisconsulto Ulpiano: ubi homo ibi
societas; ubi societas, ibi jus (onde está o homem, está a sociedade; onde está a sociedade,
está o direito).

A evolução da sociedade demonstra que, com o passar dos tempos, os conflitos entre
os homens foram solucionados de diversas formas. Inicialmente, houve a fase da realização
da justiça com as próprias mãos, que gera a lei-da-selva, consistente na vitória inexorável
do mais forte.

Sempre houve necessidade social premente na criação de normas que regrassem as


condutas de seus participantes, aplicadas por um ente representante do justo interesse da
maioria. É necessário, para o estabelecimento da paz social, haver continuamente uma
prestação do serviço de justiça por parte do Estado.

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2.1. Jurisdição

Ao Estado-Legislador é dada a exclusiva prerrogativa de ditar e fixar a ordem


jurídica. Através de leis de sentido abstrato, o Poder Legislativo estabelece normas
imperativas, as quais devem ser aplicadas ao caso concreto, com o fito de que sejam
harmonizados os interesses e direitos.

Quando ocorre o choque entre interesses de indivíduos diferentes e estes, mediante


comum acordo, solucionam o conflito, dá-se o nome de autocomposição.

Pode ocorrer, entretanto de não haver, por parte dos indivíduos, o acertamento de
condições, ocasião a partir da qual decorre a necessidade (social, inclusive) da resolução
deste conflito.

Conforme lecionava Francesco Carnelutti em célebre assertiva, lide vem a ser "o
conflito (intersubjetivo) de interesses qualificado por uma pretensão contestada (discutida)".

Cabe, nestes casos, ao Estado, através do juiz a composição da lide. É a denominada


heterocomposição. Este monopólio-poder de dizer a quem assiste a razão deverá estar,
sempre, consubstanciado no ordenamento jurídico.

2.2. Ação

A lesão a um bem dá ao ofendido o direito de ação, reconhecido pelo Estado. O


tema ação está intimamente ligado à lesão de direito. Desta decorrem vários direitos ao
lesado. Um deles é o direito de ação.

A ação em seu sentido vernacular comporta o significado de atitude, ato.


Primitivamente, e neste sentido – realmente – operava-se a defesa de direito lesado.

O agere e actio do Direito Romano davam conta de que às violações de direito


correspondia um agir em autodefesa. Não se tratava, ainda, de um tempo em que se
requisitava a decisão de um ente dotado de supremacia de vontade.

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Hodiernamente, tem-se que o direito de ação possui lógica ligação com o Estado.
Seria, destarte, o meio, através do qual o indivíduo requisita a atuação do Estado, para uso
de sua força pública.

2.2.1. Condições

Existem, contudo, condições para existência da ação. Segundo classificação


doutrinária, pode-se falar em três condições da ação: possibilidade jurídica do pedido,
legitimidade das partes e interesse em agir.

Pela primeira condição da ação, pode-se deduzir que o autor deve fundamentar sua
pretensão em lei existente e pertinente àquela matéria. A obrigação do réu a uma prestação
deve estar contida na lei.

Pode-se também afirmar que a possibilidade jurídica seja a relação entre o fato e a
norma. Deve haver correlação estrita entre a mens legis e o fato concreto. O que levaria, por
raciocínio lógico, à conclusão de que o requisito primeiro para a ação seria a existência de
um direito subjetivo a ser defendido em juízo.

A legitimidade vem a ser a pertinência subjetiva das partes com as pessoas previstas
na lei como aptas a praticar determinados atos. Deve-se frisar que a legitimidade deve ser
ativa (quem pede) e passiva (em face de quem se pede).

Há que se concluir que não está possibilitada a qualquer pessoa a proposição de


qualquer demanda. Há de haver, pois, identidade entre a lei e o peticionário. Obviamente que
tal legitimação não significa a exata relação entre o comando legal e o pedido do autor, até
porque isto será o objeto final da análise pelo juiz.

Posto isto, "não é necessário ter, basta poder ter um direito" para demandá-lo em
juízo. Do contrário, na decisão do juiz que declarasse a parte legítima para a causa, estaria
contida a resolução de todo o mérito da causa, uma vez que a atividade judiciária constitui-
se exatamente na dicção do direito ao caso concreto.

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2.2.2. Classificação

A doutrina nacional e internacional classifica as ações, segundo natureza da tutela


que se pretende obter. Tem-se como predominante a classificação tricotômica das ações em
ações de conhecimento, execução e cautelar, as quais veremos uma a uma a seguir.

2.2.2.1. Ação de conhecimento

As ações de conhecimento figuram como a maioria das existentes. Neste tipo, o autor
visa ao conhecimento, por parte do Poder Judiciário, da lide, a qual é proposta perante o juiz,
com o intuito de que este, depois de apreciadas as alegações e colhidas as provas com que as
partes pretendam provar o seu direito, profira uma decisão sobre o mérito da questão.

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CONCLUSÃO

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://jus.com.br/artigos/7079/justica-x-seguranca-juridica/3

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