Estudo Laboratorial de Comportamento
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LRBORATÓRIODE PAVIMENTAÇÃO
E S C O L A BE E U G E N H A R I A - UFRGS
Porto Alegre
dezembro de 2008
2 RNISAO DA LITERATURA ..................................................................................
N
6
2.1 MISlURAS ASFALTICAS MORNAS ................................................................6
2.1.1 Histórico de Misturas Mornas..................................................................
6
26
3.3.2.5 Sedimentação .......................
. .....
... . . ... ..
..............2 7
3.3.2.6 Desemulsibilidade............. .
......
...
. 28
3.3.2.7 Cobrimento .............................................................................. 29
Adesividade
41
4.2 PR03ETO DA MISTüRA COM EMULSÃO.......................................................... 43
4.3 PROJE~ODA M I ~ R ACOM Z E Ó L ~ ............................................................
A 46
4.4 AVALILAÇÃO DA VIDA DE FADIGA .................................................................. 49
4.5 RESIS~ÊNCIA As DEFORMAÇ~ESPERMANENTES..........................................5 1
4.6 CONCLU~&S .................................................................................................. 52
5 CONSIDERAÇOES FINAIS .................................................................................
w
53
O termo zeólita (zein + lithos) vem do grego e significa "pedra que ferve". São
alumino silicatos hidratados altamente cristalino contendo metais alcalinos ou
alcalinos terrosos, são compostos de uma rede tridimensional de tetraedros de A104
e Si04 ligados entre si nos vértices pelo átomos de oxigênio, originando assim uma
Projeto de Pesquisa CONCEPA - LAPAV
estrutura microporosa do tipo TO4 (T = Si, AI, etc), compensada eletronicamente por
outros cations como por exemplo, Na, K, Ca, Mg.
onde:
M: cátion de valência n;
) ~ _ ~,SI
( N ~ , K , C ~&(AI 636.t 2 H20
)2sii
Na Si13 0%.14 H20
CK,Na,Ca)l,2 ( S i h l )-~Ora .a H20
IK2,ca,Na& A4 SI14 038 - 15 H20
IK2,Ca 15 g o Si26 OPS .3O.H20
(Na2 Ca) Ai2 S14 O12. 8 H20
Ca AI2 Si4 0 1 2 . 8 H20
Na2Ai2 Si3 0 1 ~ ) . H20
2
Na Ca2 A5 Si5 ~ 3 .6 2 H20
~
I C ~ . M ~ ~ , KSi10
Z Y$4-~ 7 H20
Ca 4 2 Síe OI6, 5 H20
Ma, AI Si2O$.H20
(Na.C-a)2-3 Ais {AI,Si);1Si 13 63s , 12 H20
Fonte: Luz, 1895
As principais propriedades decorrentes das estruturas das zeólitas são: alto grau de
hidratação; baixa densidade; grande volume de espaços vazios quando desidratadas;
alta estabilidade da estrutura cristalina, mesmo quando desidratada; propriedades de
troca catiônica; canais de dimensões uniformes nos cristais desidratados;
propriedades cataliticas; adsorção seletiva de gases e vapores (Luz, 1995; Filho,
2006).
Outro tipo de classiftcação das tecnologias WMA é o uso de água, de algum aditivo
orgânico ou cera, ou uso de aditivos químicos ou surfactantes. Os processos que
adicionam pequenas quantidades de água ao asfalto a quente, tanto pelo processo
de criação de espuma ou material hidrofílico como a zeólita, ou agregado Úmido, são
baseados no fato de que quando um certo volume de água se transforma em vapor
a pressão atmosférica, ele sofre expansão. Quando dispersa na mistura asfáltica
quente ocorre uma expansão do ligante resultando em redução da viscosidade.
Dentre as principais tecnologias para misturas mornas utilizadas nos EUA podemos
citar processos utilizando aditivos químicos como o EVOMERMTM, o
REDISHTMWMX e o REVIXTM; processos com aditivos orgânicos como o SASOBiTB
e processos baseados na expansão volumetrica do ligante pela formação de vapor de
água como LEA (Low Energy Asphalt), WAM FOAM, e a zeólita sintética.
Segundo D'Angelo et al (2008), ate o final do ano de 2007 mais de 17 mil toneladas
de material asfaltico produzido com adição de EvothermlM foram aplicadas em obras
de pavimentação.
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Projeto de Pesquisa CONCEPA IAPAV
Os parâmetros de produção - temperatura de aquecimento do agregado graúdo,
temperatura da mistura final e teor de água - são definidos em função do projeto da
mistura, das condições climáticas e do teor de água presente na fração areia dos
agregados. O sistema pode ser utilizado em usinas tradicionais, contínuas ou
descontínuas. O processo funciona com todos os tipos de ligantes utilizados
tradicionalmente e permite a reciclagem de misturas asfalticas.
Na França, uma usina asfaltica no entorno de Paris foi adaptada para a produção de
misturas asfálticas tipo LEA, desde 2005 cerca de 15.000 t deste material foram
aplicadas em obras viárias. Algumas pesquisas relacionadas a este procedimento
estão em andamento nos Estados Unidos (Brosseaud, 2006). Espanha e Itália
também têm avaliado a técnica (D'Angelo etal. ,2008).
Até 2007, ao menos 8 projetos totalizando mais 38.000 toneladas de mistura morna
segundo o processo LEA foram realizados nos EUA. Em todo o mundo já foram
empregadas mais de 100.000 toneladas (NAPA, 2007).
.
I
Figura 2.4: Duas formas de SASOBiTB (NAPA, 2007)
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2.1.3.4 WAM Foam
O processo WAM Foam@ (Warm Asphalt Mix Foam) de produção de mistura asfáltica
"morna" resultou de uma parceria entre a Shell International Petroleum Company
Ltd., Reino Unido e a empresa norueguesa Kolo-Veidekke (Shell Bitume, 2006). O
processo WAM Foam usa a adição de dois ligantes asfálticos com características
diferentes, um ligante com baixa viscosidade e outro com maior rigidez. A mistura
resultante dos dois ligantes é selecionada para produzir o PG (Performance Grade)
desejado. O ligante de menor rigidez representa cerca de 20 a 30% do total de
ligante, está porcentagem é necessária para garantir o cobrimento do agregado
graiido e para satisfazer a demanda de asfalto para absorção pelo agregado graúdo.
Até 2007, mais de 300.000 toneladas com zeólitas foram produzidas em todo o
mundo, inicialmente na França, Alemanha e EUA.
3.3.1.1 Penetração
3.3.2.1 Densidade
DI = Densidade da EA
Para cada tipo de EA existem valores mínimos de asfalto residual recomendados por
norma. Para as emulsões para utilização em misturas mornas o residuo mínimo deve
ser 90% de CAP.
3.3-2.4 Peneiração
Durante o ensaio, 1000 ml de emulsão são passados pela peneira de 0,841 mm.
Logo após, é determinada a percentagem, em peso, retida na peneira. Este ensaio é
normalizado pelo DNER ME 005/94 Emulsões Asfálticas - Determinação da
peneiração. A percentagem máxima admitida de material retido na peneira 4 de
0,10%.
Onde:
3.3.2.5 Sedimentação
Neste ensaio, utiliza-se duas provetas graduadas contendo 500 ml de emulsão, como
mostra a Figura 3.2. Após um período de cinco dias a temperatura ambiente, retira-
se amostras de 50 g do topo e do fundo de cada proveta. Estas amostras devem ser
agitadas vigorosamente. Levam-se os resíduos, 6 estufa por duas horas, para que a
água total contida na emulsão evapore. Ao fim deste processo, mede-se somente o
peso de CAP. Com estes valores é calculado, pela diferença entre topo e base, o
resíduo por sedimentação.
Onde:
Desemulsibilidade
Equação 3.4
Onde:
D = Desemulsibilidade (%)
3.3.2.7 Cobrimento
Este ensaio e aplicável para emulsões que serão utilizadas em misturas asfálticas a
frio. Este teste, portanto, não e aplicável para emulsões do tipo RR, utitizadas
principalmente para serviços de tratamentos.
3.3.2.8 Adesividade
i) separação dos agregados: cada uma das frações de agregado utilizada (brita 3/4",
brita 3/8", pó-de-pedra) é seca em estufa i 60°C e separada em frações
granulométricas; em seguida cada fração é lavada na respectiva peneira e então
ii) pesagem e mistura: a partir do ajuste granulométrico, feito com auxilio de uma
planilha eletrônica, o material pétreo é pesado em bandejas metálicas, e então
levado a estufa para aquecimento; a determinação das temperaturas de mistura e
compactação são determinadas atravgs da relação temperatura v e m viscosidade.
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Projeto de Pesquisa CONCEPA MPAV
Equação 3.5
Onde:
@ ensãa y ma
3. Piriiãn
4. Amostra
5. Suporte LVDT
6.Sensor de dmlocarnento
tipo LYDS
Equação 3.6
Onde:
P: carga aplicada;
h: altura do corpo-de-prova; e
p: coeficiente de Poisson.
São produzidos dois subgrupos com três corpos-de-prova cada, que são
compactados para atingirem um teor de vazios entre 6 e 8 %. Um subgrupo é
condicionado pela saturação a vácuo. Em seguida, aplicam-se cicios de
congelamento e imersão em banhos de igua. Todos os corpos deprova são avaliados
em termos de resistência i tração indireta. Misturas não suscetíveis a umidade
apresentam a proporção entre resistência à tração de amostras condicionadas e não
condicionadas maior que 70 %.
3.3.3.5 Fadiga
4.1.1 Agregados
o, 1 1 10
Diametm dos Gtãos (mm)
---------.-*-*-----
-.-*-*-.-.-*-*----- .-.-.---------.-.-.----
.-*---------------*+---
y = 9, ME+
1I X ' ~ ~ ~ ~
= 0,996
.- -
I I 1 I
140 160
Temperatura (OC)
90 - -- -Fak C
80 -
x Superpaw
50:
3 40:
t! 30-
20-
10
o 1
-
0,010
x
0,100
- . ..
1,000 Io,000
' I00
100,000
Diametro dos Grãos (m)
Para o projeto da mistura asfaltica foi determinado o teor de emulsão que resultaria
em igual teor de ligante asfáltico de projeto (5,5%) em função do residuo asfáltico
da emulsão.
o
EBE 8 Emulsão REF (TRÇ) REF (IAPAV)
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47
- - .Amostragem 1
L
+Amostragem 2
I I 1 1 1 1 1 1 1 1 I 1 1 1 1 1 1 ! 1 I 1 1 1 1 1 1 1 1
A vida de fadiga das misturas estudadas nesta pesquisa foi avaliada empregando
ensaios de fadiga i tensão controlada a 25°C; o critério de ruptura neste tipo de
ensaio é o trincamento completo do material. As Figuras 4.8 e 4.9 apresentam as
curvas de fadiga para a mistura estudada em função da tensão de tração e da
diferença de tensões, cada ponto na cunra representa um ensaio. A curva que
representa a vida de fadiga de uma mistura asfáltica em função da solicitação
aplicada segue modelo da seguinte equação:
Cabe ressaltar que as duas técnicas são promissoras visto que as baixas
temperaturas podem aumentar a distância de transporte entre a usina e o local de
execução, além de permitir o trabalho em condições climáticas mais adversas que as
misturas asfalticas a quente convencionais. A diferença entre as temperaturas de
mistura e compactação (entre 25 e 35°C) é comparável às temperaturas para
misturas à quente demonstrando ser períeitamente executável. No entanto, não
deve ser descartado um teste de usinagem e aplicação em verdadeira grandeza.