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Miniplanetário do Planisfério

Celeste Sul para ensino de Astronomia no


ensino médio
Alexander dos Reis Gomes apresenta o presente material construído a partir do
Planisfério Celeste Rotativo para o Hemisfério Sul com o intuito de estimular o
envolvimento do estudante do ensino médio em Astronomia com situações concretas,
de pesquisas contextualizadas, aprendizagem colaborativa e construções coletivas
entre os próprios estudantes e respectivos tutores – docentes preparados para
incentivar o desenvolvimento do senso investigativo dos alunos.

O que é o Planisfério Celeste Rotativo para o Hemisfério Sul?


O Miniplanetário do Planisfério Celeste para o hemisfério Sul é inspirado no
Planisfério Celeste rotativo para o hemisfério Sul, desenvolvido pelos professores Jair
Barroso, Pâmela Marjorie C. Coelho e João Batista G. Canalle.
O Planisfério trata-se uma esfera celeste planificada que deixa à mostra apenas
a parte do céu que é visível ao longo do ano em uma determinada região da Terra.
A aparência do céu visível em um determinado lugar depende da hora do dia,
da época do ano e da latitude do lugar. Uma carta celeste simples não consegue
mostrar, ao mesmo tempo, todas essas combinações, sendo necessárias várias
cartas para incluir todas as possibilidades. O planisfério combina em um único
dispositivo as cartas celestes de um ano inteiro para uma determinada latitude.
Consiste de um mapa do céu inteiro, coberto por uma máscara que deixa à mostra
apenas o céu visível de um determinado lugar, em uma determinada hora e época do
ano. Girando a cobertura, podemos ver como varia a aparência do céu visível nesse
lugar com o passar do tempo. Esse instrumento é de grande utilidade como auxiliar
na localização dos astros.
O Planisfério utilizado para inspiração do Miniplanetário Celeste Sul é referente
ao hemisfério Sul, ou seja, para constelações visíveis por pessoas que se encontram
em regiões do planeta abaixo da linha do equador.

Figura 1: Planisfério Celeste rotativo para o hemisfério Sul


Motivo de transformar o Planetário Celeste Rotativo para o Hemisfério Sul em
um Miniplanetário.
O Miniplanetário fornece uma projeção do céu noturno em uma determinada
hora do dia e do mês. Ele foi inspirado no Planisfério Celeste Rotativo para o
Hemisfério Sul.
Com o intuito de transformar o funcionamento do Planisfério Celeste Rotativo
para o hemisfério Sul numa projeção luminosa, como ocorre em um Planetário, surgiu
a ideia da construção de um Miniplanetário. Um projeto de baixo custo para ser
aplicado, nas turmas de primeiro ano do ensino médio, nas aulas de Astronomia
básica, onde não seria necessário um Planisfério para cada aluno ou grupo de alunos,
pois numa projeção alcança um grupo de alunos do porte de uma turma.

Figura 2: Exemplo de projeção do Miniplanetário Celeste Sul

Fonte: O Autor (2016)

Material utilizado no Miniplanetário:


- Papelão Paraná nº 30 de 1,50 mm
- Papelão Paraná nº 20 de 2,00 mm

- Tesoura
- Estilete
- Agulha
- Led (sugestão do modelo: Super Power Led Star 5 Watts branco)
- Uma fonte de energia elétrica de 6 volts
- Cola branca
OBS.: O LED pode ser substituído por uma lanterna de celular
Prévia da montagem do Miniplanetário Celeste Sul

Neste roteiro apresento gabaritos para a construção do Miniplanetário para uma


região de latitude de 23,5° ou proximidades, como é o caso do Rio de Janeiro com
uma latitude de 22,5°. Caso alguém do Rio Grande do Sul, por exemplo, queira utilizar
esse Miniplanetário, terá a necessidade de mudar o gabarito da cúpula interna1, ou
seja, Usar um gabarito para 10° de latitude. Na mesma situação se encontrará um
usuário do Norte. Este deverá utilizar um gabarito da cúpula interna para 30° de
latitude. Este projeto só disponibiliza os gomos em escala real para 23,5° de latitude,
nos anexos.
Figura 3: Gomos da Cúpula interna para 23,5º de latitude (Fora de escala)

Fonte: O autor (2016)

A cúpula externa consiste de um gabarito de doze gomos da carta celeste do


Hemisfério Sul Celeste para ser perfurada e montada, como mostra a figura a seguir.

Figura 4: Gabarito dos gomos da cúpula externa rotativa (Fora de escala)

Fonte: O autor (2016)

__________________________
1
O Miniplanetário é composto por duas cúpulas. Uma interna, que é fixa e outra externa rotativa, onde são perfuradas as
constelações.
Figura 5: Exemplos de duas cúpulas externas montadas

Fonte: O autor (2016)

Figura 2: Planetário montado (cúpula interna colada na base, cúpulas externas ao lado e o Led dentro
da base)

Fonte: O autor (2016)

Acima podemos ver as imagens de como ficará o Miniplanetário de Planisfério


Celeste Sul. A partir de agora será descrito o passo a passo dessa construção. Ao
final do roteiro encontram-se os gabaritos em tamanho real para serem impressos e
montados.
Construção do Miniplanetário do Planisfério Celeste Sul

Construção das Cúpulas


1- Imprima e recorte o gabarito dos gomos internos e externos. Recorte o
contorno do gabarito e cole num papelão Paraná nº 30 de 1,50 mm e recorte o molde.

Figura 7: Colagem do gabarito no papelão Paraná nº 30

Figuras 8 e 9: Recortando o contorno do gabarito colado no papelão paraná

2 – Perfure com uma agulha os pontos referentes às estrelas pertencentes às


constelações.
Figura 10: Perfurando os pontos nas constelações
Obs.: Uma sugestão é não perfurar todas as constelações em uma mesma
cúpula, pois senão poderá ocorrer uma poluição visual na projeção e dificuldade na
identificação destas constelações. Faça cúpulas diferentes com conjuntos de
constelações diferentes.

3 - Logo após perfurar os pontos nas constelações, comece a montagem das


cúpulas unindo as abas destinadas à colagem dos gomos, como mostram as figuras
11 e 12.
Figuras 11 e 12: Colagem dos gomos para montagem da cúpula

4 - Após a montagem da cúpula externa, faça um aro com aproximadamente


10 mm de espessura (figura 13) com Papelão Paraná nº 20 de 2,00 mm e com 865,00
mm de diâmetro (diâmetro da cúpula externa). Cole o aro na base da cúpula para
servir de apoio. Como mostra as figuras 14 e 15.

Figura 13: representação do aro a ser recortado (fora de escala)

Figuras 14 e 15: Detalhe dos aros colados na base da cúpula externa


5 – Após a colagem do aro na borda da cúpula recorte as faixa das horas e a
faixa dos dias/meses. Cole no papelão paraná nº 20 de 2,00 mm. Figura 16

Figura 16: Recortando a faixa dos dias/meses

A faixa dos dias/meses deverá ser colada na borda da cúpula externa, como
mostra a figura 17.
Figura 17: Faixa dos dias/meses colada na borda da cúpula externa

Construção da base

1 – Para construir a base deverá ser impresso o gabarito que se encontra no


anexo em escala real e colado no papel paraná nº 30 de 2,00 mm. A figura 18 mostra
o modelo deste gabarito (fora de escala).

Figura 18: Representação fora de escala do gabarito da base do Miniplanetário

Lado 1 Lado 2

Na montagem
da base, utilizando o
gabarito em escala real
que se encontra no
anexo, basta colar o
lado 1 no lado 2.
Para montar esta base do planetário, faça um cilindro com uma inclinação de
23,5° na base (ângulo entre a Eclíptica e o Equador Celeste) com um perímetro de
800,00 mm, utilizando papel panamá nº 20 de 2,00 mm, como sugerido no parágrafo
anterior. Sugiro fazer um reforço do tipo papel marche na estrutura da base.
Obs.: Para fazer um papel marche, basta fazer diluir cola branca com um pouco
de água e mergulhar pedaços de papéis finos nessa solução e colá-lo em volta da
base. Quando a cola secar, a estrutura estará mais resistente.
A estrutura da base ficará aproximadamente parecida como na figura 19.

Figura 19: Representação em 3D da forma que ficará a base assim que o gabarito da figura 19 for
fechado.

OBS.: Esse fundo deverá ser colado no funda da parte cilíndrica para que o
LED seja fixado, como indica a figura 19 acima.

Com a base pronta, cole a cúpula interna na borda da caixa. A figura 20 a seguir
mostra como deve ficar.
Figura 20: A base pronta com o led aceso e a cúpula fixa presa na extremidade

Cúpula interna

Régua das horas

Obs.: Observe a régua das horas colada na borda da base.


Cole a régua das horas na borda da base do Miniplanetário.
Faça a instalação do Led (Super Power Led Star 5 Watts branco) utilizando
uma fonte de 6 volts.

Algumas observações da montagem:


- A régua de messes e dias deverá ser colada observando o mês de cada gomo;
- A parte aberta da cúpula interna é apontada para a marcação Norte e a parte
fechada fica no lado da marcação Sul do Miniplanetário.
- Ao colar a régua das horas, deverá ser observado que a parte das 12 h terá
que ser colada na direção da marcação Norte.
- As marcações Norte e Sul encontram-se nos anexos em escala real.
- A inclinação de 23,5° é direcionada para o lado Sul.
- A perfuração dos gomos devem ser feitas antes de montar a cúpula e use um
pedaço de madeira macia papelão grosso para apoiar por baixo.

Organização da metodologia

Para um detalhamento mais claro do trabalho que foi desenvolvido com


o Miniplanetário, pode-se separar as atividades realizadas em 4 etapas:

Etapa1- Aplicação do Pré-teste (Diagnóstico de Astronomia) erros


conceituais dos alunos.

Etapa 2- Abordagem da Astronomia (Aula introdutória).

Etapa 3- Sessão do Miniplanetário.

Etapa 4- Aplicação do teste posterior e importância do Miniplanetário na


visão dos alunos.
Etapa 1- Aplicação do Pré-teste (Diagnóstico de Astronomia) para verificação
de erros conceituais dos alunos

A primeira atividade da metodologia é desenvolvida com um Teste


Prévio (Apêndice A) aplicado durante um tempo de aula de 50 minutos. O objetivo
deste Teste Prévio é identificar o conhecimento dos alunos em relação a alguns
aspectos importantes de Astronomia, como: movimento celeste, constelações, pontos
cardeais a partir da constelação do Cruzeiro do Sul, movimento aparente das estrelas,
longitude, Identificação do polo Sul Celeste, precessão e nutação. As perguntas que
constituíam este pré-teste eram em sua maioria de múltipla escolha (11 questões),
com a intenção de conhecer a diversidade de pensamentos dos estudantes.

Questionário sobre Astronomia (Pré-teste)

Esse questionário é para obter um diagnóstico sobre seu conhecimento em


Astronomia.

Nome do aluno

_______________________________________________________________

Idade

( ) Até 10 anos
( ) De 10 a 20 anos
( ) acima de 20 anos

Ano do ensino médio.

( ) 1º ano
( ) 2º ano
( ) 3º ano
1. O que significa a latitude?

a - É o ângulo formado a partir do Equador até esse ponto, ao longo do Meridiano do


lugar.
b - É o ângulo medido sobre o Equador a partir de um meridiano de referência
(Greenwich) até o meridiano do lugar.
c - É o ponto imaginário no céu exatamente acima de nossa cabeça.

2. Qual a latitude aproximada do estado do Rio de Janeiro?

a - 28°.
b - 22,5°.
c -15,5°.

3. As constelações são

a - conjunto de planetas.
b - conjunto de estrelas e planetas.
c - conjunto de estrelas brilhantes conectadas por linhas imaginárias configurando
desenhos.

4. Por que os planetas e o Sol não aparecem no planisfério Celeste?

a - Porque o Sol emite muita luminosidade e o os planetas luminosidade imperceptível.


b - Porque suas posições variam, em relação às Estrelas, ao longo do ano no céu.
c - Pelo fato do tamanho desses astros serem bem inferior às demais estrelas.

5. As estrelas mantêm suas posições ao longo de anos, porém, após milhares de


anos, suas posições modificarão. O movimento responsável por essa modificação
chama-se.

a - Precessão.
b - Nutação.
c - Translação.
6. O nome da linha imaginária por onde o Sol e os planetas descrevem seus
movimentos no céu chama-se.

a - Equador celeste.
b - Zênite.
c - Eclíptica.

7. O nome dado na data do encontro do Equador celeste com a Eclíptica chama-se.

a - Equinócio.
b - Solstício.
c - Nutação.

8. Por que não conseguimos ver às constelações de Órion e Escorpião ao mesmo


tempo no céu?

a - Porque a luminosidade de uma ofusca a visibilidade da outra.


b - Porque uma se encontra no hemisfério Sul e a outra se encontra no hemisfério
Norte.
c - Porque, devido a distância de uma para a outra no mapa celeste, quando uma
surge ao Leste a outra está se pondo à Oeste.

9. Uma das formas corretas de identificarmos o polo Sul celeste é.

a - direcionarmos o braço direito para onde o Sol nasce e o braço esquerdo para onde
o Sol se põe. O Sul fica às nossas costas.
b - direcionarmos o braço esquerdo para onde o Sol nasce e o braço direito para onde
o Sol se põe. O Sul fica às nossas costas.
c - a partir da haste maior do Cruzeiro do Sul prolongarmos imaginariamente quatro
vezes e meia, a partir de Alfa do Cruzeiro em direção ao sul.

Responda a questão 10 de acordo com o texto e a figura abaixo


A figura abaixo mostra uma parte do céu ao redor do Polo Celeste Sul (PCS),
conforme visto da cidade do Rio de Janeiro dia 09/03/15 às 19h30min. Sobre a Terra
temos os meridianos e os paralelos. Envolvendo a Terra temos uma esfera imaginária
chamada Esfera Celeste. Sobre ela também temos meridianos celestes e paralelos.
Os eixos de rotação da Terra e da Esfera Celeste são coincidentes. O centro da figura
abaixo é o PCS (local onde o eixo de rotação da Terra, se prolongado, “furaria” a
esfera Celeste). As linhas “radiais” são partes dos meridianos celestes indo do PCS
para o Polo Celeste Norte (PCN) (não visível na figura). As linhas circulares são alguns
dos círculos paralelos ao Equador Celeste. A distância entre o PCS e a direção cardeal
Sul é proporcional à latitude do local, o Rio de Janeiro.

10. (OBA 2015) Com base na figura acima, podemos afirmar que o Cruzeiro do Sul se
encontrará, doze horas depois, na posição

a - A.
b - B.
c - C.

11. Qual a diferença entre Astronomia e Astrologia? Elas são Ciências?

a - Ambas são Ciências. A Astronomia estuda a origem, evolução, composição,


classificação e dinâmica dos corpos celestes e a Astrologia dá ênfase apenas a um
certo grupo de astros. Ela busca identificar uma relação entre suas posições e
deslocamentos no céu e o destino e a conduta moral dos seres humanos.
b - A Astronomia é Ciência, já a Astrologia não é. A Astronomia estuda a origem,
evolução, composição, classificação e dinâmica dos corpos celestes e a Astrologia dá
ênfase apenas a um certo grupo de astros. Ela busca identificar uma relação entre
suas posições e deslocamentos no céu e o destino e a conduta moral dos seres
humanos.
c - A Astronomia é Ciência, já a Astrologia não é. A Astrologia estuda a origem,
evolução, composição, classificação e dinâmica dos corpos celestes e a Astronomia
dá ênfase apenas a um certo grupo de astros. Ela busca identificar uma relação entre
suas posições e deslocamentos no céu e o destino e a conduta moral dos seres
humanos.
Etapa 2 – Aulas introdutórias sobre Astronomia

A segunda atividade da metodologia foi realizada através de uma aula,


com dois tempos para esta etapa (50 minutos cada tempo) (Figuras 21 e 22).

Durante a aula, com auxílio dos slides e do Miniplanetário, foi realizada


uma metodologia em que o estudante não tem que descobrir tudo (Constelações,
época do ano, etc.) por si só, mas orientado a resolver questões para as quais ele que
não sabe, previamente, a solução (DEBOER, 2006). O aluno recebe um mapa celeste
do hemisfério sul (Apêndice C), impresso e, em seguida é feita a projeção por meio
do planetário. Com a formação da imagem projetada e o mapa a sua mão, o aluno
poderá testar sua habilidade de identificar as constelações visíveis. A proposta
oferece a ideia de projetar cúpulas de diferentes modelos com constelações mais
comuns em destaque, de modo a, inicialmente, facilitar a visualização da projeção e
a melhor identificação por parte dos alunos. Desta forma, com as devidas orientações,
os educandos poderão ser testados em sua capacidade de percepção e identificação.

Figura: 21 Aula introdutória

Fonte: O autor (2016)


Figura: 22 Aula introdutória

Fonte: O autor (2016)

Sugestões de assuntos a serem abordados na aula introdutória


As figuras 23, 24, 25 e 26 são sugestões de temas a serem abordados na aula
introdutória e que poderão ser demonstrados na etapa posterior com a utilização do
Miniplanetário.
Figura: 23

Fonte: O autor (2016)


Figura: 24

Fonte: O autor (2016)

Figura: 25

Fonte: O autor (2016)


Figura: 26

Fonte: O autor (2016)

Nestas aulas introdutórias também poderão ser feitas abordagens de outros


conceitos básicos de Astronomia, tais como:
- As diferenças de distâncias das estrelas de uma mesma constelação para a
Terra, pois, olhando daqui elas parecem ter a mesma distância;
- Movimento de Precessão e Nutação, pois esse movimento vai fazer mudar a
carta Celeste após alguns milhares de anos;
- A esfera Celeste;
- Equador Celeste;
- Zênite;
- Latitude e Longitude;
Etapa 3- Sessão do Miniplanetário

Antes começar a utilização do Miniplanetário, faça a orientação dos polos Norte


e Sul Celeste utilizando o método de guia pela constelação do Cruzeiro do Sul (figura
27), por um aplicativo (Google Sky Map, por exemplo) ou pela marcação feita da
sombra do Sol ao longo do dia (figura 28).

Figura 27: Orientação do Polo Sul Celeste pelo Cruzeiro do Sul


Figura 28: Definição do Polos por meio do deslocamento da sombra do Sol ao longo do dia.

Logo após, conceda a explicação do funcionamento do Miniplanetário que é


igual ao funcionamento do Planisfério Celeste Rotativo para o Hemisfério Sul.

OBS.: Para quem desconhece o funcionamento do Planisfério Celeste


Rotativo para o Hemisfério Sul, sugiro que assista ao vídeo explicativo da
Olímpiada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) com o Prof. João B.
G. Canalle em: https://www.youtube.com/watch?v=YkxIeJKV7p0. Neste vídeos
ele dá todas as informações de como usar o Planisfério Celeste Sul.

A quarta atividade da metodologia foi através de uma aula, com dois


tempos de aula (50 minutos cada tempo). Com o uso do Miniplanetário, que foi
montado no auditório da escola, tendo em vista a sua estrutura, pois o mesmo é bem
escuro, o que favoreceu a projeção das imagens.

Após acomodar os alunos no local escuro para a projeção do


Miniplanetário, desligue a luz, deixando o ambiente completamente sem iluminação e
peça-os que fechem os olhos por um minuto e depois ligue o Miniplanetário

Durante a utilização do Miniplanetário questionei a respeito das


identificações das constelações projetadas. Também foi discutido a respeito dos
conceitos de latitude e longitude, aproveitando o formato semiesférico da cúpula.
Outro abordagem feita foi a respeito do movimento aparente das constelações,
associado ao movimento de rotação do planeta Terra, assim como a inclinação de,
aproximadamente, 23,5° do eixo terrestre em relação ao plano formado pela linha da
trajetória do Sol (Eclíptica).

OBS.: É bom que cada aluno possua uma cópia da carta Celeste do
Hemisférios Sul que se encontra no anexo.

Coloque o Miniplanetário a uma distância média de 1,50 m da área


a ser projetada para se obter uma melhor definição das constelações.

As Figuras 29 e 30 ilustram a sequência da sessão Miniplanetário.

Figura 29: Manipulação do Miniplanetário


Figura 30: Observação e análise das constelações projetadas

A figura 31 mostra uma das projeções feitas pelo Miniplanetário do Planisfério


Celeste Sul.

Figura 31: Projeção de algumas constelações feita pelo Miniplanetário


Etapa 4- Aplicação do teste posterior e importância do Miniplanetário na
visão dos alunos

Após a sessão do Miniplanetário, foi feito um Teste Posterior abordando as


mesmas questões que o Pré-teste abordou e ainda três questões de avaliação da
utilização e da importância do planetário do planisfério Celeste Sul. O teste posterior
foi organizado à fim de obter resultados da aplicação do Miniplanetário do Planisfério
Celeste Sul.

Teste Posterior à sessão do Miniplanetário

Questionário sobre a aula do Planetário do Planisfério Celeste Sul

Esse questionário é para obter resultados da aplicação do planetário do Planisfério


celeste Sul.

Nome do aluno

_____________________________________________________

Idade

( ) Até 10 anos
( ) De 10 a 20 anos
( ) acima de 20 anos

Ano do ensino médio.

( ) 1º ano
( ) 2º ano
( ) 3º ano
1. O que significa a latitude?

a - É o ângulo formado a partir do Equador até esse ponto, ao longo do Meridiano do


lugar.
b - É o ângulo medido sobre o Equador a partir de um meridiano de referência
(Greenwich) até o meridiano do lugar.
c - É o ponto imaginário no céu exatamente acima de nossa cabeça.
2. Qual a latitude aproximada do estado do Rio de Janeiro?

a - 28°.
b - 22,5°.
c -15,5°.
3. As constelações são

a - conjunto de planetas.
b - conjunto de estrelas e planetas.
c - conjunto de estrelas brilhantes conectadas por linhas imaginárias configurando
desenhos.

4. Por que os planetas e o Sol não aparecem no planisfério Celeste?

a - Porque o Sol emite muita luminosidade e o os planetas luminosidade imperceptível.


b - Porque suas posições variam, em relação às Estrelas, ao longo do ano no céu.
c - Pelo fato do tamanho desses astros serem bem inferior às demais estrelas.

5. As estrelas mantêm suas posições ao longo de anos, porém, após milhares de


anos, suas posições modificarão. O movimento responsável por essa modificação
chama-se.

a - Precessão.
b - Nutação.
c - Translação.
6. O nome da linha imaginária por onde o Sol e os planetas descrevem seus
movimentos no céu chama-se.

a - Equador celeste.
b - Zênite.
c - Eclíptica.
7. O nome dado na data do encontro do Equador celeste com a Eclíptica chama-se.

a - Equinócio.
b - Solstício.
c - Nutação.

8. Por que não conseguimos ver às constelações de Órion e Escorpião ao mesmo


tempo no céu?

a - Porque a luminosidade de uma ofusca a visibilidade da outra.


b - Porque uma se encontra no hemisfério Sul e a outra se encontra no hemisfério
Norte.
c - Porque, devido a distância de uma para a outra no mapa celeste, quando uma
surge ao Leste a outra está se pondo à Oeste.

9. Para que possamos representar a forma natural do movimento das Estrelas no céu,
precisamos girar a cúpula do Planetário celeste Sul

a - no sentido anti-horário.
b - no sentido horário.
c - ambos os lado, pois não faz diferença.

10. Uma das formas corretas de identificarmos o polo Sul celeste é.

a - direcionarmos o braço direito para onde o Sol nasce e o braço esquerdo para onde
o Sol se põe. O Sul fica às nossas costas.
b - direcionarmos o braço esquerdo para onde o Sol nasce e o braço direito para onde
o Sol se põe. O Sul fica às nossas costas.
c - a partir da haste maior do Cruzeiro do Sul prolongarmos imaginariamente quatro
vezes e meia, a partir de Alfa do Cruzeiro em direção ao sul.
Responda a questão 11 de acordo com o texto e a figura abaixo

A figura abaixo mostra uma parte do céu ao redor do Polo Celeste Sul (PCS),
conforme visto da cidade do Rio de Janeiro dia 09/03/15 às 19h30min. Sobre a Terra
temos os meridianos e os paralelos. Envolvendo a Terra temos uma esfera imaginária
chamada Esfera Celeste. Sobre ela também temos meridianos celestes e paralelos.
Os eixos de rotação da Terra e da Esfera Celeste são coincidentes. O centro da figura
abaixo é o PCS (local onde o eixo de rotação da Terra, se prolongado, “furaria” a
esfera Celeste). As linhas “radiais” são partes dos meridianos celestes indo do PCS
para o Polo Celeste Norte (PCN) (não visível na figura). As linhas circulares são alguns
dos círculos paralelos ao Equador Celeste. A distância entre o PCS e a direção cardeal
Sul é proporcional à latitude do local, o Rio de Janeiro.

11. (OBA 2015) Com base na figura acima, podemos afirmar que o Cruzeiro do Sul se
encontrará, doze horas depois, na posição

a - A.
b - B.
c - C.

12. Qual a diferença entre Astronomia e Astrologia? Elas são Ciências?

a - Ambas são Ciências. A Astronomia estuda a origem, evolução, composição,


classificação e dinâmica dos corpos celestes e a Astrologia dá ênfase apenas a um
certo grupo de astros. Ela busca identificar uma relação entre suas posições e
deslocamentos no céu e o destino e a conduta moral dos seres humanos.
b - A Astronomia é Ciência, já a Astrologia não é. A Astronomia estuda a origem,
evolução, composição, classificação e dinâmica dos corpos celestes e a Astrologia dá
ênfase apenas a um certo grupo de astros. Ela busca identificar uma relação entre
suas posições e deslocamentos no céu e o destino e a conduta moral dos seres
humanos.
c - A Astronomia é Ciência, já a Astrologia não é. A Astrologia estuda a origem,
evolução, composição, classificação e dinâmica dos corpos celestes e a Astronomia
dá ênfase apenas a um certo grupo de astros. Ela busca identificar uma relação entre
suas posições e deslocamentos no céu e o destino e a conduta moral dos seres
humanos.

Avaliação da utilização e da importância do planetário do planisfério Celeste Sul

13. Na sua opinião, o planetário serviu para que o conteúdo fosse transmitido de forma
mais lúdica, facilitando o aprendizado?

a - Sim, é um novo instrumento que ajudará nas aulas de Astronomia.


b - Não fez diferença.
c - Outro:

14. Que nota, de 0 a 10, você daria para a importância do planetário na aula de
Astronomia?

________________

15. Você teria alguma sugestão para uma possível melhora na aplicação do
planetário?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Por fim, após a sequência de todo roteiro de utilização do


Miniplanetário, deixe que os alunos, em grupos pequenos, “divirtam-
se”, explorando o Miniplanetário de Planisfério Celeste Sul. Os
questionamentos e as curiosidades surgirão naturalmente.
Anexos: Sequência dos gabaritos em
escala real

- Indicadores Sul e Norte (pág. 28)


- Régua dos dias/Meses (pág. 29)
- Régua das horas (pág. 30)
- Identificação das constelações pelas cores (pág. 31 a 34)
- Gomos da cúpula externa (pág. 35 a 38)
- Gomos da cúpula interna (pág. 39 a 42)
- Carta Celeste do Hemisfério Sul Celeste (pág. 43)
- Imagem geral das partes da base que se encontram nas páginas seguintes
(pág. 44)
- 18 Partes da base do Miniplanetário para ser montada (pág. 45 a 62)
- Imagem geral das partes do fundo da base (pág. 63)
- 6 partes do fundo da base do Miniplanetário para ser montado (pág. 64 a
67)
REFERÊNCIAS
Identificação das constelações

Gomo 1 (janeiro)
Constelação de Flecha
Constelação de Águia
Constelação de Capricórnio
Constelação de Sagitário
Constelação de Índio
Constelação do Pavão
Constelação do Oitante

Gomo 2 (fevereiro)
Constelação de Pégassus
Constelação de Aquário
Constelação do Capricórnio
Constelação do Peixe Austral
Constelação do Grou
Constelação do Índio
Constelação do Tucano
Constelação do Pavão
Constelação do Oitante

Gomo 3 (março)
Constelação de Pégassus
Constelação de Peixes
Constelação de Aquário
Constelação de Áries
Constelação do Peixe Austral
Constelação do Grou
Constelação da Fênix
Constelação do Tucano
Gomo 4 (abril)
Constelação de Peixes
Constelação de Áries
Constelação de Fênix
Constelação de Eridano
Constelação de Cobra Macho

Gomo 5 (maio)
Constelação de Touro
Constelação de Áries
Constelação de Eridano
Constelação de Dourado
Constelação de Cobra Macho

Gomo 6 (junho)
Constelação de Touro
Constelação de Órion
Constelação da Lebre
Constelação da Pomba
Constelação de Dourado

Gomo 7 (julho)
Constelação de Gêmeos
Constelação do Cão menor
Constelações de Popa, Quilha e da Vela
Constelação do Peixe Voador
Gomo 8 (agosto)
Constelação de Leão
Constelação da Hidra
Constelação da Bússola
Constelações da Vela e da Quilha
Constelação do Camaleão

Gomo 9 (setembro)
Constelação do Leão
Constelação de Virgem
Constelação da Taça
Constelação do Corvo
Constelação da Hidra
Constelação do Centauro
Constelação do Cruzeiro do Sul
Constelação da Mosca

Gomo 10 (outubro)
Constelação de Boeiro
Constelação de Virgem
Constelação da Hidra
Constelação do Centauro
Constelação do Cruzeiro do Sul
Constelação da Mosca
Gomo 11 (novembro)
Constelação de Hércules
Constelações da Serpente e de Ofiuco
Constelação de Virgem
Constelação de Libra
Constelação de Escorpião
Constelação do Lobo
Constelação do Compasso
Constelação do Triângulo
Constelação Austral
Constelação do oitante

Gomo 12 (dezembro)
Constelação de Hércules
Constelação de Ofiuco
Constelação de Sagitário
Constelação de Escorpião
Constelação do Altar
Constelação do Pavão
Constelação do Oitante
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO
ABRIL MAIO JUNHO
JULHO AGOSTO SETEMBRO
OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO
S

2 4 6
8 10 12
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