Psicodiagnóstico - Ferramenta de Intervenção Psicológica
Psicodiagnóstico - Ferramenta de Intervenção Psicológica
Psicodiagnóstico - Ferramenta de Intervenção Psicológica
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OLIVEIRA, Micheli Viera de ; MELLO, Lauren Machado ; OLIVEIRA, Vânia Fortes³.
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Trabalho de Pesquisa _UNIFRA
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Psicólogas graduadas pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil
3 Orientadora e Professora do Curso de Psicologia do Centro Universitário Franciscano, (UNIFRA),
Santa Maria, RS, Brasil
E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected].
1. INTRODUÇÃO
No mundo atual, em que cada vez mais as pessoas tem sido compreendidas de uma
forma global e não mais dentro da dicotomia corpo/mente, fica difícil para o psicólogo a
tarefa de chegar a um diagnóstico que, muitas vezes, pode ser rotulante e avassalador para
quem o recebe. A questão é que as exigências de convênios de saúde, locais de trabalho e
instituições de ensino nos levam à obrigatoriedade de apresentar um diagnostico fechado
(MARQUES, 1989).
O psicodiagnóstico é um estudo profundo da personalidade, do ponto de vista
fundamental clinico. É pouco mais que uma coleta de dados sobre a qual se organiza um
raciocínio clinico que vai orientar o processo psicoterápico. Costuma ser um momento de
transição, passaporte para o atendimento posterior, este sim considerado significativo no
qual o cliente encontrará acolhida para suas dúvidas e/ou sofrimento. É um dos mais
importantes diferenças do trabalho do psicólogo em relação a outros profissionais. Pois
quando bem realizado, pode ser tão terapêutico e esclarecedor para o paciente quanto o
próprio processo psicoterápico.
Dessa forma, esse trabalho objetiva descrever o funcionamento do processo
psicodiagnóstico clínico, relatando as etapas do atendimento. Assim, salienta-se a
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importância do mesmo para compreender de modo global a personalidade do paciente, para
que sejam realizadas possiveis intervenções e encaminhamento conforme o caso.
2. DESENVOLVIMENTO
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Dessa forma, tratando-se do psicodiagnóstico de crianças, relacionado a avaliação,
a técnica utilizada é o brincar. Roza (1999), comenta que a brincadeira é uma maneira de
comportamento própria da infância, e pertence a um conjunto de atividades que compõe a
noção do jogo, relacionada a desenhos, e outras atividades que são projetadas no ato,
como forma de expressar seus sentimentos, pensamentos e conflitos.
3. METODOLOGIA
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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ser utilizados, a questão do sigilo e essencialmente, o motivo pelo qual o paciente ou seus
responsáveis buscam ajuda.
Também ocorre no psicodiagnóstico as entrevistas de anamnese onde são
realizadas com o próprio paciente ou com aqueles que puderem trazer mais informações
sobre sua historia de vida. Dentro do psicodiagnóstico todas as entrevistas podem ser
consideradas de alguma forma anamnese. Isto acontece porque os dados referentes à
história de vida do paciente são coletados desde a entrevista inicial até a entrevista de
devolução.
Em casos de atendimento com crianças e adolescentes, antes de buscar
informações sobre a historia individual do paciente, é necessário conhecermos a história da
união dos pais, pois essas informações revelam o clima familiar à época de seu nascimento
e que irão refletir em seu desenvolvimento biopsicossicial.
Depois desse processo, deve-se a refletir sobre o material colhido anteriormente e
sobre nossas hipóteses iniciais para planejar os passos a serem seguidos e os instrumentos
diagnósticos a serem realizados: hora do jogo individual com crianças e púberes, entrevistas
familiares diagnosticas, testes gráficos, verbais, lúdicos, etc. Em alguns casos é deve-se
incluir entrevistas com os membros que podem estar implicados na patologia do grupo
familiar (LOPEZ, 2002).
Após estuda-se o material colhido para obter um quadro mais claro possível sobre o
caso em questão. Assim, Arzeno (1995), comenta que é necessário buscar recorrência e
convergências dentro do material, encontrar o significado de pontos obscuros ou produções
estranhas, correlacionar os diferentes instrumentos utilizados, entre si e com a história do
indivíduo e da família.
Após todo o processo, ocorre a entrevista de devolução de informação, que pode
ocorrer em uma ou várias sessões. Arzeno (1995) comenta que essa geralmente
geralmente é feita de forma separada: uma com o indivíduo que foi trazido como
protagonista principal da consulta e outra com os pais e o restante da família. Se a consulta
foi iniciada como família, a devolução e nossas conclusões também será feita a toda a
família.
Lopez (2002) refere que essa ultima entrevista está impregnada pela ansiedade do
paciente, da sua família e, por que não dizê-lo, muitas vezes também pela nossa,
especialmente nos casos mais complexos.
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Ao fim do processo o psicólogo deve ter a sensibilidade para determinar o que pode
e o que não pode ser dito. Acreditamos que o profissional deve devolver tudo o que é
possível aos pacientes que se submeteram ao psicodiagnóstico,bem como a seus
responsáveis, quando for o caso e que venha em benefício deles. Para que a entrevista de
devolução seja bem sucedida, é imprescindível que tenhamos um conhecimento profundo
do caso, uma vez que, sendo está a ultima entrevista do processo, devemos ter as
respostas para as perguntas iniciais (MACEDO e CARRASCO, 2005).
É preciso ter em mente que, no decorrer de todo o processo, somos depositários de
tudo o que o paciente trouxer, tanto no que diz respeito à palavra quanto a observação e
resultados de testes, quando estes forem utilizados.
5. CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.