Contabilidade Publica
Contabilidade Publica
Contabilidade Publica
Contabilidade Pública
2010
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184, Parágrafos 1º ao 3º, sem prejuízo das sanções cíveis cabíveis à espécie.
Inclui bibliografia
Bacharelado em Administração Pública
ISBN: 978-85-7988-085-8
CDU: 657
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
Fernando Haddad
PRESIDENTE DA CAPES
Jorge Almeida Guimarães
Créditos da imagem da capa: extraída do banco de imagens Stock.xchng sob direitos livres para uso de imagem.
Prefácio
Apresentação........................................................................................................... 11
Orçamento Público.................................................................................................. 15
Instrumentos de Planejamento na Administração Pública Federal...................... 18
Esferas da Lei Orçamentária Anual (LOA)........................................................ 19
Plano Plurianual e Lei de Diretrizes Orçamentárias........................................... 19
Plano Plurianual (PPA).............................................................................. 20
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)...................................................... 20
Princípios Orçamentários.................................................................................. 21
Créditos Orçamentários e Adicionais................................................................ 23
Créditos Adicionais................................................................................... 23
Descentralização Orçamentária......................................................................... 25
Programação Financeira................................................................................... 26
Descentralização Financeira (Liberação).................................................... 28
Receitas................................................................................................................... 36
Ingressos Orçamentários (Receita Orçamentária)............................................... 38
Ingressos Extraorçamentários............................................................................ 38
Características dos Ingressos Financeiros........................................................... 39
Receitas Orçamentárias Efetivas e Não Efetivas................................................ 40
Classificações da Receita Orçamentária............................................................ 41
Classificação Econômica (ou Quanto à Natureza)...................................... 41
Etapas e Estágios da Receita Orçamentária....................................................... 43
Despesas................................................................................................................. 44
Dispêndios Orçamentários (Despesa Orçamentária).......................................... 45
Dispêndios Extraorçamentários......................................................................... 46
Classificações da Despesa Orçamentária........................................................... 47
Natureza da Despesa Orçamentária........................................................... 47
Estrutura da Natureza da Despesa Orçamentária................................ 48
Categoria Econômica......................................................................... 48
Etapas da Despesa Orçamentária...................................................................... 49
Planejamento............................................................................................ 49
Execução.................................................................................................. 50
Controle e Avaliação................................................................................. 50
Contabilidade Pública.............................................................................................. 58
Conceitos......................................................................................................... 60
Objetos............................................................................................................. 62
Regimes Orçamentário e Contábil..................................................................... 63
Exercício Financeiro......................................................................................... 64
Campo de Aplicação........................................................................................ 65
Avaliação de Itens Patrimoniais......................................................................... 66
Classificação dos Fatos Contábeis Públicos....................................................... 67
Variações Patrimoniais...................................................................................... 70
Variações Ativas e Passivas........................................................................ 72
Variações Orçamentárias e Extraorçamentárias.......................................... 72
Variações Orçamentárias.................................................................... 72
Variações Extraorçamentárias............................................................. 73
Mutações Ativas e Passivas................................................................. 74
Subsistemas de Contas............................................................................................ 78
Subsistema Financeiro...................................................................................... 80
Subsistema Patrimonial (ou Não Financeiro)..................................................... 81
Subsistemas de Compensação e Orçamentário................................................. 82
Subsistema de Custos....................................................................................... 84
Unidade 4 – Plano de Contas
Introdução............................................................................................................... 92
Conceito, objetivos e composição do Plano de Contas............................................. 94
Estrutura Básica do Plano de Contas do Governo Federal........................................ 95
Contas de Controle (ativo e passivo compensado)................................................... 97
Introdução............................................................................................................. 104
Balanço Patrimonial............................................................................................... 107
Estrutura do Balanço Patrimonial.................................................................... 108
Análise do Balanço Patrimonial...................................................................... 109
Balanço Orçamentário........................................................................................... 114
Estrutura do Balanço Orçamentário................................................................ 114
Análise do Balanço Orçamentário................................................................... 116
Balanço Financeiro................................................................................................ 120
Estrutura do Balanço Financeiro..................................................................... 121
Análise do Balanço Financeiro........................................................................ 122
Indicadores de Gestão.................................................................................... 123
Demonstração das Variações Patrimoniais.............................................................. 125
Estrutura da Demonstração das Variações Patrimoniais................................... 126
Análise da Demonstração das Variações Patrimoniais..................................... 129
Demonstração dos Fluxos de Caixa................................................................ 132
Demonstração do Resultado Econômico................................................................ 133
Demonstrativos Exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal................................ 134
Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO)................................. 134
Relatório de Gestão Fiscal.............................................................................. 136
Referências............................................................................................................ 144
Minicurrículo......................................................................................................... 148
Apresentação
Apresentação
Caro estudante!
Seja bem-vindo à disciplina Contabilidade Pública.
Você iniciou o estudo da Ciência Contábil no módulo de
Contabilidade Geral no semestre passado. Neste semestre, você
aprenderá que a Contabilidade Pública é um dos ramos da Ciência
Contábil.
Em Contabilidade Geral você aprendeu sobre o patrimônio,
sua composição, suas variações, conceitos contábeis, plano de
contas, registros contábeis dos fatos administrativos, demonstrações
contábeis e legislação básica.
Agora, você, futuro (ou já) Administrador Público, verá como
funciona a Contabilidade Aplicada à Administração Pública, dada
a necessidade de os entes da Federação coletarem, registrarem,
acompanharem e fiscalizarem todos os atos e fatos que envolvem o
patrimônio público.
Para entender melhor essa matéria, é necessário conhecimento
básico da contabilidade geral e noções sobre o orçamento público e
sua execução orçamentária e financeira.
Com relação ao Orçamento Público, neste módulo,
estudaremos alguns conceitos básicos apenas com a intenção de
nivelar a linguagem, visto que esta será uma matéria que você
estudará no módulo 6, quando será abordado todo o processo e
sistema de planejamento.
Você observará que a Contabilidade Pública está relacionada
ao controle do orçamento e do patrimônio público e, a esta disciplina,
cabe acompanhar todos os atos e fatos praticados pelo administrador,
tendo como papel principal contribuir para o processo decisório.
Módulo 3 11
UNIDADE 1
Conceitos Orçamentários
e Financeiros
Orçamento Público
Caro estudante,
Nesta Unidade, estudaremos o significado do orçamento
público, sua importância como instrumento do planejamento
governamental e sua vinculação com a contabilidade pública,
mostrando a legislação básica e atual que regem a matéria.
Apresentaremos alguns conceitos para facilitar a sua
compreensão sobre a contabilidade orçamentária, financeira e
patrimonial, que diferem em vários aspectos da contabilidade
geral, principalmente em relação aos lançamentos contábeis e
suas demonstrações.
Abordaremos os aspectos constitucionais do orçamento,
os princípios orçamentários, os créditos adicionais, o ciclo
orçamentário e as descentralizações orçamentária e financeira
que irão servir de base para assimilação das próximas
Unidades. Portanto, a finalidade desta Unidade é demonstrar
que a Contabilidade Aplicada ao Setor Público apresenta
particularidades, a começar pelos conceitos orçamentários
que ensejarão registros contábeis próprios possibilitando o
controle e a avaliação, sendo um importantíssimo instrumento
para a Administração Pública e a sociedade.
Módulo 3 15
Contabilidade Pública
v
necessidades da população.
A Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964, em seu artigo 2º,
tratou da lei orçamentária estabelecendo que:
Módulo 3 17
Contabilidade Pública
Instrumentos de Planejamento na
Administração Pública Federal
ff
O Plano Plurianual (PPA).
ff
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
ff
A Lei Orçamentária Anual (LOA).
1º ano de 1º ano de
Mandato do
mandato do mandato do
chefe do Poder 2º ano 3º ano 4º ano
atual Presidente
Executivo
Presidente seguinte
Execução
4º ano do PPA
Vigência do Elaborado pelo
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano
PPA Presidente
anterior
Figura 1: Execução do PPA
Fonte: Elaborada pelos autores
v
Você estudará com mais detalhes, na disciplina Orçamento
Público, que a Constituição da República Federativa de 1988 trata
dos orçamentos públicos anuais em seu artigo 165, parágrafo 5º,
inovando com a criação de três esferas de orçamento: fiscal, de
A Constituição da República
investimentos das empresas estatais e da seguridade social. Federativa do Brasil
As esferas orçamentárias fiscal e de seguridade social seguem encontra-se disponível
os ditames da Lei n. 4.320/64. Enquanto que a esfera que trata dos no endereço: <http://
www.planalto.gov.br/
investimentos das estatais obedece aos regulamentos voltados para
ccivil_03/constituicao/
a área privada. constitui%C3%A7ao.htm>.
O artigo 194 da CF/88 define que: Acesso em: 8 nov. 2010.
Módulo 3 19
Contabilidade Pública
ff
organizar os programas para melhor equilíbrio entre
custo, qualidade e prazo;
ff
assegurar compatibilidade com a orientação estratégica
e com os recursos disponíveis;
ff
proporcionar alocação de recursos nos orçamentos
compatibilizados com planos;
ff
melhorar o desempenho gerencial da Administração
Pública (custo/resultado);
ff
estimular parcerias internas e externas;
ff
permitir a avaliação do desempenho físico e atingimento
dos objetivos;
ff
criar condições para o aperfeiçoamento constante,
quanto à qualidade e produtividade;
ff
oferecer elementos para que os controles interno e
externo possam relacionar a execução física e financeira
com os resultados da atuação do governo;
ff
explicitar a distribuição regional das metas e gastos; e
ff
dar perfeita transparência à aplicação dos recursos e
aos resultados obtidos.
ff
compreender as metas e as prioridades da Administração
Pública Federal, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente;
ff
orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual;
ff
dispor sobre as alterações na legislação tributária; e
ff
estabelecer a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.
PPA
Planeja LDO LOA
Prioriza Quantifica e
aloca recursos
Figura 2: Elo entre os instrumentos de planejamento na Administração Pública
Federal
Fonte: Elaborada pelos autores
Princípios Orçamentários
Módulo 3 21
Contabilidade Pública
v
Esses princípios estão definidos na Constituição Federal, na
Lei n. 4.320/64 e na Lei Complementar n. 101, de 4 de maio de 2000.
Tratam-se de princípios considerados básicos para a elaboração, a
Esta é a chamada Lei de execução e o controle do orçamento público, válidos para todos os
Responsabilidade Fiscal. poderes e esferas governamentais. São eles:
Conheça mais sobre essa
lei no site: <http://www. ff
Unidade: o orçamento deve ser uno, ou seja, as três
planalto.gov.br/ccivil_03/ esferas do orçamento (fiscal, investimentos das estatais
Leis/LCP/Lcp101.htm>.
e seguridade social) farão parte da Lei Orçamentária
Acesso em: 8 nov. 2010.
Anual. Unidade de orientação política das leis
orçamentárias.
ff
Universalidade: todas as receitas e despesas constarão
na Lei Orçamentária. Permite o conhecimento e prévia
autorização para a realização da receita e despesa,
impedindo que o executivo realize qualquer operação
financeira sem autorização orçamentária.
ff
Anualidade: o orçamento deve ser elaborado e
autorizado com periodicidade anual, coincidindo o
exercício financeiro com o ano civil.
ff
Equilíbrio: limitação do endividamento; montante das
despesas fixadas não pode ser superior ao da receita
prevista. Utilização de mecanismo para limitação e
controle das despesas.
ff
Exclusividade: a lei orçamentária não conterá dispositivo
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa.
Exceção nos casos de autorização para abertura de
créditos suplementares e contratações de operações de
créditos ainda por antecipação da receita.
ff
Programação: vinculação necessária à ação governa-
mental planejada.
ff
Legalidade: subordinação da Administração Pública às
prescrições legais orçamentárias.
ff
Orçamento Bruto: as parcelas das receitas e das despesas
devem ser incluídas no orçamento pelos seus totais, sem
quaisquer deduções.
ff
Não afetação da Receita: veda a vinculação de receita
de impostos a órgãos, fundo ou despesa, ressalvadas
às exceções admitidas no artigo 167, parágrafo 4º da
Constituição Federal. Aplica-se apenas aos impostos e
não aos demais tributos.
ff
Especificação ou Especialização: preconiza a identi-
ficação detalhada da receita e da despesa para que não
figurem de forma global (BRASIL, 1988, 1964, 2000).
Créditos Adicionais
Módulo 3 23
Contabilidade Pública
Descentralização Orçamentária
Módulo 3 25
Contabilidade Pública
ff
Provisão ou descentralização interna de créditos:
quando envolve unidades gestoras de um mesmo órgão,
ministério ou entidade integrante dos orçamentos fiscal
e da seguridade social.
ff
Destaque ou descentralização externa de
créditos: quando envolve unidades gestoras de órgãos,
ministérios ou entidades de estruturas administrativas
diferentes (de um órgão para outro).
de recursos financeiros
de natureza
A programação
solicitação, orçamentária ou
financeira
aprovação extraorçamentária,
compreende os
e liberação/ como consequência da
procedimentos
recebimento aplicação do conceito
referentes à:
de caixa único
estabelecido:
ff
pelo artigo 56 da Lei n. 4.320/64: “O recolhimento
de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao
princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer
fragmentação para criação de caixas especiais”
(BRASIL, 1964, art. 56).
ff
pelo artigo 92 do Decreto-lei n. 200/67:
ff
pelo artigo 1º do Decreto n. 93.872/86: “A realização da
receita e da despesa da União far-se-á por via bancária,
em estrita observância ao princípio de unidade de
caixa” (BRASIL, 1986, art. 1º).
Módulo 3 27
Contabilidade Pública
v
orçamentários, entre as unidades que compõem o sistema de
programação financeira vistos anteriormente. Conforme Mota
(2009), esses recursos financeiros são liberados sob a forma de:
ff
Cota: é a primeira figura da descentralização de
Esta é a última etapa da
recursos financeiros caracterizada pela transferência
Programação Financeira.
desses recursos do órgão central de programação
financeira para os órgãos setoriais do sistema. Isto é,
ocorre quando a Secretaria do Tesouro Nacional (STN),
órgão específico do Ministério da Fazenda, libera
recursos financeiros vinculados ao orçamento para
qualquer ministério ou órgão. Essa movimentação está
condicionada, entre outros fatores, à efetiva arrecadação
de recursos financeiros pelo Tesouro Nacional e ao
montante dos compromissos financeiros assumidos
pelos órgãos;
ff
Repasse: é a descentralização dos recursos financeiros
vinculados ao orçamento, recebidos anteriormente sob
a forma de “cota” da STN/MF, sendo de competência
dos órgãos setoriais de programação financeira, que
os transfere para outro órgão ou ministério. O repasse
Módulo 3 29
Contabilidade Pública
Resumindo
Nesta Unidade, abordamos os conceitos básicos sobre o
orçamento e seu importante papel na Administração Pública.
Conhecemos os três instrumentos básicos do planeja-
mento: o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e
a Lei Orçamentária Anual.
Abordamos sobre os princípios orçamentários (Unidade,
Universalidade, Anualidade, Equilíbrio, Exclusividade, Progra-
mação, Legalidade, Orçamento Bruto, Não-Afetação da Receita
e Especificação ou Especialização) e a descentralização orça-
mentária e financeira para facilitar a compreensão das próxi-
mas Unidades, uma vez que na Contabilidade Aplicada ao Setor
Público os fatos são realizados de forma descentralizada, a
partir do momento em que recebem limites orçamentários e
financeiros.
Mencionamos as esferas do Orçamento: Fiscal, Seguri-
dade Social e Investimentos das Estatais, e as ações ligadas à
esfera da seguridade social: saúde, previdência e assistência
social.
Vimos que as características do Plano Plurianual são:
estabelecer diretrizes, objetivos e metas para despesas de
capital e outras delas decorrentes e as relativas aos programas
de duração continuada. Também vimos as características da
LDO que são: compreender as metas e prioridades da adminis-
tração federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
Módulo 3 31
Contabilidade Pública
Atividades de aprendizagem
Certifique-se de que você entendeu a discussão proposta para
esta Unidade, respondendo às atividades de aprendizagem
propostas a seguir:
Módulo 3 33
Unidade 2 – Receitas e Despesas Públicas
UNIDADE 2
Receitas e
Despesas Públicas
Módulo 3 35
Contabilidade Pública
Receitas
Caro estudante, você aprendeu na Unidade 1 que o orçamento
apresenta as receitas estimadas e as despesas nele fixadas. À
medida que as receitas vão sendo arrecadadas servirão para
financiar os gastos públicos em atendimento aos programas
que foram planejados. No setor público, as receitas têm várias
classificações que poderão facilitar sua compreensão. Vamos
então iniciar o nosso estudo com alguns conceitos. Bom
trabalho!
Módulo 3 37
Contabilidade Pública
Ingressos Extraorçamentários
v
Esses embolsos aumentam as disponibilidades dos órgãos
Na Unidade 3, veremos
públicos, mas, em compensação, também provocam o aumento do
mais sobre passivo e ativo passivo financeiro, já que não pertencem a eles. Portanto, por uma
financeiro. questão de prudência, esses embolsos representam obrigações a
pagar a terceiros.
v
Essa diminuta parcela de recursos financeiros extraorça-
mentários até poderá ter a possibilidade de se converter em
receita orçamentária, quando se verificar que não mais representa Observe que neste livro já
um compromisso a pagar. A partir desse momento, de fato e de estamos adotando a nova
ortografia, conforme o novo
direito, esse recurso financeiro passará à propriedade do governo,
acordo ortográfico, por isso,
necessitando ser incluído no orçamento para que possa ser aplicado
você encontrará a palavra
em despesa. “extraorçamentária” de duas
formas, uma com o prefixo
junto à palavra e outra
separada por hífen, pois em
Características dos Ingressos textos publicados em anos
anteriores manteremos a
Financeiros grafia utilizada no ano de
publicação desses textos.
Módulo 3 39
Contabilidade Pública
Módulo 3 41
Contabilidade Pública
v
constante atualização e melhor identificação dos ingressos aos
cofres públicos, o código identificador da natureza de receita é
desmembrado em níveis. Dessa forma, na elaboração do orçamento
público, a codificação econômica da receita orçamentária é composta
dos seguintes níveis:
Para conhecer mais sobre
esses níveis consulte o site:
<http://www.sefaz.al.gov.
ff
1º Nível – Categoria Econômica.
br/legislacao/Financeira/ ff
2º Nível – Origem.
federal/MANUAL_REC_
ff
3º Nível – Espécie.
NACIONAL.pdf>. Acesso
em: 8 nov. 2010. ff
4º Nível – Rubrica.
ff
5º Nível – Alínea.
ff
6º Nível – Subalínea.
ff
planejamento e contratação;
ff
execução; e
v
ff
controle e avaliação.
Módulo 3 43
Contabilidade Pública
Despesas
v
Complementando o estudo dos ingressos orçamentários, é
necessário agora salientarmos o outro aspecto relacionado a eles que
é a sua aplicação. Neste momento, nos interessa ressaltar a utilização,
Estudamos sobre isso
a destinação, a aplicação desses recursos financeiros de origem no início da Unidade.
orçamentária. A partir dessa aplicação surge a despesa orçamentária. Lembre-se de que receita
Módulo 3 45
Contabilidade Pública
Dispêndios Extraorçamentários
v
Destacamos que para cada uma das classificações aqui
estudadas há uma tabela exemplificativa no Manual Técnico de
Orçamento.
Para consultar essa
tabela, acesse o site:
Natureza da Despesa Orçamentária
<https://www.portalsof.
planejamento.gov.br/bib/
A classificação da despesa orçamentária, segundo a sua MTO/MTO2009_06.pdf>.
natureza, compõe-se de: Acesso em: 8 nov. 2010.
ff
Categoria Econômica.
ff
Grupo de Natureza da Despesa.
v
ff
Elemento de Despesa.
Sugerimos que você leia
Segundo a Portaria Interministerial STN/SOF 163, de 4 de
a Portaria Interministerial
maio de 2001, a natureza da despesa STN/SOF 163/2001,
disponível no site: <http://
Módulo 3 47
Contabilidade Pública
v
O conjunto de informações que constitui a natureza de despesa
orçamentária forma um código estruturado que agrega a categoria
econômica, o grupo, a modalidade de aplicação e o elemento.
Essa estrutura deve ser observada na execução orçamentária
de todas as esferas de governo.
Para conhecer as
modalidades de aplicação
descritas no Manual Categoria Econômica
Técnico de Orçamento
(MTO), acesse o link: A despesa orçamentária, assim como a receita orçamentária,
<https://www.portalsof. é classificada em duas categorias econômicas, com os seguintes
planejamento.gov.br/bib/ códigos:
MTO/MTO2009_06.pdf>.
Acesso em: 8 nov. 2010.
3 – Despesas Orçamentárias Correntes: classificam-se
nessa categoria todas as despesas que não contribuem,
diretamente, para a formação ou aquisição de um bem
de capital.
4 – Despesas Orçamentárias de Capital: classificam-se
nessa categoria aquelas despesas que contribuem, dire-
tamente, para a formação ou aquisição de um bem de
capital. (BRASIL, 2008, p. 51).
Planejamento
ff
Fixação: insere-se no processo de planejamento
e compreende a adoção de medidas em direção a
uma situação idealizada tendo em vista os recursos
disponíveis e observando as diretrizes e as prioridades
traçadas pelo governo.
ff
Descentralizações de créditos orçamentários:
ocorrem quando são efetuadas as movimentações
de parte do orçamento e mantidas as classificações
institucional, funcional, programática e econômica para
que outras unidades administrativas possam executar a
despesa orçamentária.
ff
Programação orçamentária e financeira: consiste
na compatibilização do fluxo dos pagamentos com
o fluxo dos recebimentos, buscando o ajuste da
despesa fixada às novas projeções de resultados e da
arrecadação.
Módulo 3 49
Contabilidade Pública
ff
Licitação: o processo de licitação compreende
um conjunto de procedimentos administrativos que
objetivam adquirir materiais, contratar obras e serviços,
alienar ou ceder bens a terceiros, bem como fazer
concessões de serviços públicos com as melhores
condições para o Estado.
Execução
ff
Empenho: segundo o artigo 58 da Lei n. 4.320/64,
é o ato emanado de autoridade competente que cria
para o Estado obrigação de pagamento pendente ou
não de implemento de condição. Consiste na reserva de
dotação orçamentária para um fim específico (BRASIL,
1964, art. 58).
ff
Liquidação: o artigo 63 da Lei n. 4.320/1964 dispõe
que a liquidação consiste na verificação do direito
adquirido pelo credor tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios do respectivo crédito
(BRASIL, 1964, art. 63).
ff
Pagamento: o pagamento consiste na entrega de
numerário ao credor, extinguindo a obrigação criada no
momento da liquidação da despesa.
Controle e Avaliação
ff
Avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano
Plurianual, a execução dos programas de governo e dos
orçamentos da União; e
ff
Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à
eficácia e à eficiência da gestão orçamentária, financeira
e patrimonial nos órgãos e entidades da Administração
Pública, bem como da aplicação de recursos públicos
por entidades de direito privado.
Módulo 3 51
Contabilidade Pública
Resumindo
Nesta Unidade, vimos a importância do estudo da receita
e da despesa, tendo em vista a relação delas com o orçamento,
que é um processo de planejamento no qual são demonstradas as
receitas e as despesas “previstas/fixadas”, o qual permite o acom-
panhamento quanto à execução de ambas.
Estudamos as receitas e as despesas e várias de suas classi-
ficações, vimos alguns conceitos, principalmente os definidos pelo
Manual da Receita Nacional e pelo Manual da Despesa Nacional
(Portaria Conjunta STN/SOF n. 3/2008).
Apresentamos os seguintes conceitos referentes à receita:
ff
Receita orçamentária: ingressos financeiros de
natureza orçamentária pertencentes ao Estado;
a serem aplicados em despesas públicas.
ff
Receita efetiva: ingresso financeiro de natureza
orçamentária que aumenta o patrimônio líquido (fato
modificativo aumentativo).
ff
Receita não-efetiva: ingresso financeiro de natureza
orçamentária que não aumenta o patrimônio líquido,
porque é oriundo de fatos permutativos.
ff
Ingresso extraorçamentário: ingresso financeiro
que não pode ser utilizado para financiar a despesa
pública, equivocadamente chamado de receita
extraorçamentária, porque sendo oriundo de fatos
permutativos não pode ter o título de receita.
ff
Receita tributária: impostos, taxas e contribuições
de melhoria.
ff
Receita de contribuições: para a seguridade social;
sindical; para a seguridade do servidor; para o SENAC,
SENAI, SESI, SESC, PIS/PASEP, PIN, PROTERRA; selo de
controle sobre competições hípicas, adicional sobre
tarifas aéreas etc.
ff
Receita patrimonial: aluguéis, arrendamentos, foros,
taxas de ocupação, juros de títulos de renda, dividendos.
ff
Despesa pública: aplicação de recursos financeiros na
aquisição de serviços e materiais para manutenção e
aperfeiçoamento dos serviços públicos.
ff
Despesa efetiva: desembolso financeiro ou assunção
de obrigação financeira que implica na redução
do Patrimônio Líquido, porque é oriundo de fatos
modificativos diminutivos.
ff
Despesa não-efetiva: desembolso financeiro ou
assunção de obrigação financeira que não reduz
o Patrimônio Líquido, porque é oriundo de fatos
permutativos.
ff
Desembolsos extraorçamentários: desembolso
financeiro que é oriundo de um ingresso
extraorçamentário, inadequadamente chamado de
despesa extraorçamentária, proveniente de fatos
permutativos.
Módulo 3 53
Contabilidade Pública
ff
Despesa corrente: aplicação de recursos públicos
na realização de gastos necessários à manutenção e
funcionamento de serviços públicos.
ff
Despesas de capital: aquelas que contribuem
diretamente para a formação ou aquisição de um bem
de capital.
ff
Empenho: reduz a dotação orçamentária, deve ser
prévio à realização da despesa e não pode exceder ao
limite da dotação.
ff
Liquidação: momento em que se verifica o recebimento
de bens e serviços e em que surgem, para fornecedores,
direitos a receber e, para os órgãos públicos, obrigações
a pagar.
ff
Pagamento: terceira e última etapa da execução da
despesa orçamentária, caracterizada pela extinção da
obrigação a pagar, devendo ser sempre precedida da
liquidação.
Atividades de aprendizagem
Se você realmente compreendeu o conteúdo, não terá
dificuldades para responder às questões a seguir. Se,
eventualmente, ao responder, sentir dificuldades, volte, releia
o material e procure discutir com seu tutor.
Módulo 3 55
Contabilidade Pública
UNIDADE 3
Contabilidade Pública e
Subsistemas de Contas
Módulo 3 57
Contabilidade Pública
Contabilidade Pública
Caro estudante,
Nesta Unidade, conheceremos os conceitos, os objetos, o
campo de aplicação e outras particularidades da Contabilidade
Pública, nosso principal foco de estudo. Conheceremos,
também, os Subsistemas de Contas: o subsistema financeiro,
o subsistema patrimonial, o subsistema de compensação, o
subsistema orçamentário e o subsistema de custos. A intenção
aqui é compreendermos como são realizadas as operações
que envolvem os atos de gestão orçamentária, financeira e
patrimonial. Lembre-se de fazer contato com o seu tutor em
caso de dúvidas. Bons estudos!
v
variadas operações contábeis típicas, envolvendo as áreas financeira,
orçamentária e patrimonial, principalmente. Algumas dessas
operações costumamos encontrar em nosso dia a dia: recebimento
de recursos financeiros próprios e de terceiros, pagamento
de pessoal e fornecedores, compra de materiais de consumo
Outras operações são
menos conhecidas, como: e bens permanentes etc.
inscrição de restos a pagar, Além de todas essas atividades, os órgãos e entidades públicas
cancelamento da dívida
praticam atos administrativos que têm a capacidade de provocar, no
ativa, dotação da despesa
futuro, alterações em elementos que compõem o seu patrimônio, ou
orçamentária, emissão de
empenho etc. seja, seus bens, direitos e obrigações, como é o caso de contratos de
serviços, convênios, concessão de avais e outros atos.
Dentre os atos administrativos os principais são aqueles
provenientes da Lei Orçamentária, em função desta ser a responsável
por quase todas as alterações patrimoniais.
Módulo 3 59
Contabilidade Pública
v
A Contabilidade Pública deverá adotar os princípios de
contabilidade (entidade, continuidade, competência, oportunidade
etc.); as técnicas de registro dos fatos contábeis por meio de partidas
É importante que você
dobradas; os critérios de levantamento de inventário; os métodos de
relembre os Princípios elaboração de balanços e outros demonstrativos contábeis.
Fundamentais de Muito do entendimento da escrituração dependerá do
Contabilidade (PFC),
conhecimento do conteúdo do próprio orçamento e da execução dele.
disponíveis no site:
<http://200.211.196.47:81/
ebook/libv000071.pdf>.
Acesso em: 8 nov. 2010.
Conceitos
Módulo 3 61
Contabilidade Pública
Objetos
O objeto da Ciência Contábil, em seu sentido amplo, é o
patrimônio constituído por bens, direitos e obrigações vinculados a
uma entidade (pessoa física ou jurídica). Dentro dessa ótica, podemos
definir o objeto da contabilidade praticada por entidades privadas,
como sendo o patrimônio privado, de propriedade de cada empresa.
Já na contabilidade pública, o patrimônio público é um dos seus
objetos, além dele, também podemos citar o orçamento público.
Assim entendido como a peça autorizativa para arrecadação de
recursos financeiros (receitas) e realização de gastos (despesas).
A preocupação da Lei orçamentária reside no montante
de recursos financeiros que poderão ingressar nos órgãos, sendo
representado pelo título de “receita”, identificando (prevendo) cada
uma de suas origens, bem como no montante de recursos que
deverão ser despendidos pelos órgãos, representado pelo título de
“despesas”, na realização de seus programas de trabalho (tarefas),
identificando (fixando) o montante de cada uma dessas aplicações.
Módulo 3 63
Contabilidade Pública
v
Contudo, a Contabilidade Aplicada ao Setor Público, assim
como qualquer outro ramo da Ciência Contábil, tem regras próprias.
Na questão orçamentária aplica-se a regra da competência em sua
integralidade, ou seja, tanto na receita quanto na despesa.
A aplicação da competência impõe reconhecer as transações
Atualmente, também
por força das regras
e os eventos na ocorrência dos respectivos fatos geradores,
estabelecidas nos Manuais independentemente do seu pagamento ou recebimento, que
de Receita e de Despesa devem ser aplicados integralmente ao setor público, cujos efeitos
Nacional da STN, o
devem ser evidenciados nas Demonstrações Contábeis do exercício
regime contábil é o de
correspondente.
competência para receitas
e despesas.
Exercício Financeiro
Campo de Aplicação
v
Público às Normas Internacionais de Contabilidade, o Conselho
Federal de Contabilidade editou 10 normas sobre o assunto:
da NBC T 16.1 à NBC T 16.10. A Norma Brasileira de Contabilidade
Aplicada ao Setor Público – a NBC T 16.1 – determina que o campo
de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange Saiba mais sobre as
todas as entidades do setor público. Normas Brasileiras de
As entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem Contabilidade aplicadas
ao Setor Público no
observar as normas e as técnicas próprias da Contabilidade Aplicada
site: <www.cfc.org.br>.
ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo: Acesso em: 8 nov. 2010.
Módulo 3 65
Contabilidade Pública
Módulo 3 67
Contabilidade Pública
ff
Exemplo de fato modificativo aumentativo: recebimento
de receita de serviços (em que há entrada de dinheiro
por obtenção de uma receita).
ff
Exemplo de fato modificativo diminutivo: pagamento
de despesa de serviços (em que há saída de dinheiro
pela execução de uma despesa).
v
Dessa forma, a que se considerar que os fatos contábeis
orçamentários podem se originar de um ato administrativo ou de um
fato administrativo. Fato contábil orçamentário é aquele que envolve
os passos relativos à receita orçamentária (registro da previsão, da
Lembre-se de que no
arrecadação/recolhimento etc.) e à despesa orçamentária (registro da ato administrativo não
dotação, descentralização, empenho, liquidação e pagamento etc.). estão envolvidos itens
patrimoniais. Já o fato
De outro lado, estão os fatos contábeis não orçamentários que
administrativo envolve
podem se originar também de um ato administrativo ou de um fato
um bem, um direito ou
administrativo, ambos independentes da lei orçamentária. uma obrigação.
Módulo 3 69
Contabilidade Pública
Variações Patrimoniais
Módulo 3 71
Contabilidade Pública
Variações Orçamentárias
As alterações patrimoniais decorrentes da execução do
orçamento tanto podem aumentar o valor do patrimônio, como reduzir
o seu valor. As variações oriundas do orçamento que provocam o
aumento do patrimônio líquido são chamadas de variações ativas
orçamentárias e as que têm como consequência reduzir o patrimônio
líquido recebem a denominação de variações passivas orçamentárias.
Variações Extraorçamentárias
Dentre as variações ativas extraorçamentárias, devemos
encontrar as alterações patrimoniais aumentativas do patrimônio
líquido que ocorrem independentes da execução orçamentária,
denominadas de superveniências do ativo e de insubsistências do
passivo, tais como: doação recebida de bens e inscrição da dívida
ativa (superveniências do ativo); cancelamento de restos a pagar
(insubsistência do passivo) etc.
Nas variações passivas extraorçamentárias encontramos
as alterações patrimoniais diminutivas do patrimônio líquido que
ocorrem independentes da execução do orçamento, denominadas de
insubsistências do ativo e de superveniências do passivo, tais como:
extravio de bens, consumo de bens e cancelamento da dívida ativa
(insubsistências do ativo); atualização monetária da dívida fundada
(superveniência do passivo) etc.
De acordo com Mota (2009), essas contas, que são oriundas
de fatos modificativos, representam as alterações ocorridas nos
bens, direitos e obrigações que modificaram o patrimônio líquido
independentes do orçamento.
Veja agora, com muita atenção, o texto a seguir:
A grande maioria dos renomados autores da área
pública, como Kohama (1999), Angélico (1995), Andrade
(2002) adotam o entendimento de que as insubsistências
do ativo devem ser denominadas de insubsistências ativas
e as insubsistências do passivo devem ser intituladas de
insubsistências passivas.
Além desses autores, muitos órgãos públicos oficiais (Secretaria
da Receita Federal do Ministério da Fazenda, Secretarias de Estado
de Fazenda, Secretarias Municipais de Finanças etc.) seguem
esse raciocínio.
Módulo 3 73
Contabilidade Pública
ff
as insubsistências do ativo são chamadas de
INSUBSISTÊNCIAS PASSIVAS; e
ff
as insubsistências do passivo são denominadas de
INSUBSISTÊNCIAS ATIVAS.
ff
as insubsistências do ativo são denominadas de
insubsistências passivas, porque representam variações
passivas; e
ff
as insubsistências do passivo são denominadas de
insubsistências ativas, porque representam variações
ativas.
Módulo 3 75
Contabilidade Pública
Módulo 3 77
Contabilidade Pública
Subsistemas de Contas
Módulo 3 79
Contabilidade Pública
Subsistema Financeiro
Subsistema Patrimonial
(ou Não Financeiro)
Módulo 3 81
Contabilidade Pública
Subsistemas de Compensação e
Orçamentário
Módulo 3 83
Contabilidade Pública
v
A partir da estrutura das contas de controle do Plano de Contas
da Administração Federal, podemos estabelecer uma regra para se
realizar o acompanhamento dos fatos administrativos de origem
orçamentária. No caso da realização da receita, o acompanhamento
Estudaremos sobre o Plano é feito utilizando-se somente contas do ativo. Já no caso do
de Contas da Administração
empenho, da liquidação e do pagamento da despesa orçamentária,
Federal mais adiante.
o acompanhamento é feito utilizando-se contas do passivo.
Podemos afirmar que o subsistema orçamentário existe com
a intenção de atender aos dispositivos dos artigos 29, 90 e 102 da
Lei n. 4.320/64, que atribuiu à contabilidade a tarefa de registrar o
orçamento aprovado e de acompanhar a sua execução.
Exemplo de lançamento no subsistema orçamentário:
Aprovação do orçamento da despesa
D – Fixação Inicial da Despesa
C – Crédito Disponível
Subsistema de Custos
Resumindo
Nesta Unidade, estudamos a Contabilidade Pública e
suas particularidades. Você pôde perceber as diferenças entre
a Contabilidade Geral e a Contabilidade Pública, dada a neces-
sidade de se registrar também os atos administrativos e não
apenas fatos administrativos, ou seja, fatos que envolvem bens,
direitos e obrigações efetivas.
Você teve noção do orçamento, sua aprovação e execu-
ção e o comportamento da receita e despesa prevista/realiza-
da. Abordamos os conceitos, o campo de aplicação e o regime
orçamentário e contábil para que você pudesse perceber como
são realizadas as operações que envolvem os atos de gestão
orçamentária, financeira e patrimonial.
Demonstramos como é feito o acompanhamento da
execução do orçamento com a utilização das técnicas contá-
beis, e, ainda, o enfoque orçamentário e patrimonial dos atos e
fatos praticados na Administração Pública.
Apresentamos os seguintes conceitos referentes à Conta-
bilidade Pública:
ff
Contabilidade Pública: ramo da ciência contábil que,
utilizando os princípios de contabilidade e levando em
conta as normas de direito financeiro, efetua as funções
de registro, controle, avaliação e demonstração do
patrimônio e do orçamento público.
Módulo 3 85
Contabilidade Pública
ff
Objeto: o patrimônio público de uso restrito,
não generalizado, o orçamento público e os atos
administrativos.
ff
Regime orçamentário: regime misto, sendo caixa para
as receitas e competência para as despesas. Desse
confronto surge o resultado orçamentário, no balanço
orçamentário.
ff
Regime contábil: regime competência para as receitas
e competência para as despesas. Esse regime é usado
para apurar o resultado patrimonial, na demonstração
das variações patrimoniais.
ff
Variações: quaisquer alterações no patrimônio público
que modifiquem a situação líquida.
ff
Variações ativas: alterações aumentativas de patrimônio
líquido (aumento do ativo ou redução do passivo).
ff
Variações passivas: alterações diminutivas de
patrimônio líquido (aumento do passivo ou redução do
ativo).
ff
Mutações: alterações ocorridas no patrimônio público
oriundas da execução do orçamento que envolvam
fatos permutativos.
ff
Subsistema Financeiro: registra a movimentação de
recebimento e de pagamento de recursos financeiros
orçamentários e extraorçamentários e o ativo e o
passivo financeiro, possibilitando o levantamento do
Módulo 3 87
Contabilidade Pública
Atividades de aprendizagem
Módulo 3 89
UNIDADE 4
Plano de Contas
Introdução
Caro estudante,
Nesta Unidade, conheceremos o conceito, o objetivo e a
estrutura básica do Plano de Contas para compreendermos o
funcionamento e a descrição delas. Apresentaremos as suas
classes e os seus desdobramentos e aprenderemos a identificar
o sistema de contas de cada conta. Em caso de dúvida quanto
ao que foi apresentado, volte e releia o conteúdo antes de
prosseguir ou faça contato com o seu tutor. Bom estudo!
v
Na área pública e, principalmente, no nível federal, em
razão da utilização de um sistema de informática para efetuação do
controle das contas do governo, denominado Sistema Integrado de
Para conhecer mais sobre Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), que tem como
o SIAFI, acesse o link:
uma de suas características principais a utilização da contabilidade
<http://www.tesouro.
fazenda.gov.br/siafi/index_ como base de informações financeiras, orçamentárias e patrimoniais;
conheca_siafi.asp>. Acesso o plano de contas tem importância fundamental.
em: 8 nov. 2010.
v
Seguindo essa linha de raciocínio, foi desenvolvida uma Leia mais sobre essa
estrutura orçamentária que adota os preceitos da Lei n. 4.320/64 e lei, que dispõe sobre
da Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e recentes alterações as Sociedades por
Ações. Acesse o site:
desta, para atender às necessidades de informação da Administração
<http://www.planalto.
Pública federal, considerando a diversidade das transações praticadas gov.br/ccivil_03/Leis/
por essas entidades, que envolve inclusive as áreas comercial, L6404consol.htm>.
v
industrial, agrícola, financeira etc. Acesso em: 8 nov. 2010.
v
informações relativas a atos e fatos administrativos
praticados pelos gestores públicos que podem ser
típicos da área pública. Mas, por outro lado, deve
também ser abrangente para registrar as transações
comerciais, industriais e financeiras de algumas Como contas com
denominações especiais,
entidades da administração indireta que praticam
tais como: restos a pagar,
atos bem peculiares da iniciativa privada: comprando dívida ativa, suprimento
e vendendo mercadorias, fabricando e produzindo de fundos, diversos
bens e serviços, construindo, ampliando e reformando responsáveis –
Módulo 3 93
Contabilidade Pública
ff
realçar o estado patrimonial e suas variações,
concentrando as contas típicas de controle nos grupos
de compensação, de forma a propiciar o conhecimento
mais adequado da situação econômico-financeira de
uma gestão administrativa;
ff
padronizar o nível de informação dos órgãos da
Administração Direta e Indireta com a finalidade de
auxiliar o processo de tomada de decisão, facilitando a
v
elaboração do Balanço Geral da União; e
ff
permitir, por meio da relação de contas e tabelas, a
manutenção de um sistema integrado de informações
orçamentárias, financeiras e patrimoniais na
Veja mais detalhes na
Instrução Normativa STN Administração Pública federal, com a extração de
n. 08/1996, disponível no relatórios necessários à análise gerencial, inclusive
site: <http://www.tesouro. balanços e demais demonstrações contábeis.
fazenda.gov.br/legislacao/
download/contabilidade/ Destacamos ainda que a maioria dos planos de contas de
in_8_96.pdf>. Acesso em: qualquer ramo da ciência contábil consiste apenas em uma relação
8 nov. 2010.
de contas e na descrição de sua função e de seu funcionamento.
Módulo 3 95
Contabilidade Pública
1) Ativo Compensado; e
2) Passivo Compensado.
3) Despesa;
4) Receita;
5) Resultado Diminutivo do Exercício; e
6) Resultado Aumentativo do Exercício.
Contas de Controle
(ativo e passivo compensado)
v
condição de órgão central do Sistema de Contabilidade Federal e com
base no inciso I do artigo 4º do Decreto n. 3.589, de 6 de setembro
de 2001, e no inciso I do artigo 17 da Lei n. 10.180, de 6 de fevereiro
de 2001, criou, por meio da Portaria n. 136, de 6 de março de 2007,
Para ler mais sobre o
o Grupo Técnico de Padronização de Procedimentos Contábeis, que,
Decreto n. 3.589/00,
dentre outras funções, possui a atribuição de consolidar as contas dos revogado pelo Decreto
entes da Federação de que trata o artigo 51 da Lei Complementar n. 6.976, de 2009, acesse
n. 101/00. o site: <http://www.stn.
fazenda.gov.br/legislacao/
A estrutura básica para o ano de 2009 do Plano de Contas
download/contabilidade/
único do Governo Federal em nível de classe e grupo consiste na Decreto3589_2000.PDF>.
seguinte disposição: Acesso em: 8 nov. 2010.
Módulo 3 97
Contabilidade Pública
1 Ativo 2 Passivo
1.1 Ativo Circulante 2.1 Passivo Circulante
1.2 Ativo Realizável a Longo Prazo 2.2 Passivo Exigível a Longo Prazo
1.4 Ativo Permanente 2.4 Patrimônio Líquido
1.9 Ativo Compensado 2.9 Passivo Compensado
3 Despesa 4 Receita
3.3 Despesas Correntes 4.1 Receitas Correntes
3.4 Despesas de Capital 4.2 Receitas de Capital
4.7 Receita Corrente Intraorçamentária
4.8 Receita de Capital Intraorçamentária
3.9 Reserva de Contingência 4.9 *Deduções da Receita
5 Resultado Diminutivo do Exercício 6 Resultado Aumentativo do Exercício
5.1 Resultado Orçamentário 6.1 Resultado Orçamentário
5.2 Resultado Extraorçamentário 6.2 Resultado Extraorçamentário
6.3 Resultado Apurado
v
Entretanto, estudos estão sendo realizados para padronizar
Veja a minuta da proposta nacionalmente o Plano de Contas, a partir da construção de uma
da nova estrutura para
nova estrutura.
o Plano de Contas,
disponível no site da STN: Finalmente, destacamos que a partir de 2011 entrará em vigor
<http://www.stn.fazenda. o novo plano de contas aplicável ao Setor Público.
gov.br/contabilidade_
governamental/
procedimentos_contabeis/
Minuta_pcasp.pdf>. Acesso
em: 8 nov. 2010.
Resumindo
Nesta Unidade, estudamos o funcionamento da Conta-
bilidade Pública e suas particularidades e a necessidade de se
efetuar os registros dos atos e fatos identificando os sistemas
de contas para facilitar a elaboração das Demonstrações Contá-
beis.
Apresentamos o Plano de Contas, do qual você conheceu
a estrutura, sendo abordadas semelhanças e diferenças com a
Contabilidade Geral.
Em síntese, conhecemos:
ff
Composição: relação das contas, descrição das contas,
tabela de eventos e tabela de contas correntes contábeis.
ff
Código: nove dígitos distribuídos em sete níveis de desdo-
bramento e ainda um código variável que é a conta-
corrente contábil.
ff
Classe: primeiro nível da estrutura do código das contas,
podendo assumir os números 1, 2, 3, 4, 5 e 6, que
representam, respectivamente, o ativo, o passivo, a
despesa, a receita, o resultado diminutivo e o resultado
aumentativo.
ff
Grupo: segundo nível da estrutura do código das contas
que desdobra, cada uma, seis classes.
ff
Contas de saldo devedor: ativo, despesa e resultado
diminutivo.
ff
Contas de saldo credor: passivo, receita e resultado
aumentativo.
Módulo 3 99
Contabilidade Pública
ff
Principais Grupos do Ativo: circulante, realizável a longo
prazo, permanente e compensado.
ff
Principais Grupos do Passivo: circulante, exigível a longo
prazo, patrimônio líquido e compensado.
ff
Principais Grupos da Despesa: correntes e de capital
(segue a categoria econômica).
ff
Principais Grupos da Receita: correntes e de capital (segue
a categoria econômica).
Atividades de aprendizagem
Módulo 3 101
Contabilidade Pública
Demonstrações Contábeis
Introdução
Caro estudante,
Nesta última Unidade conheceremos as demonstrações
contábeis utilizadas no Setor Público e o modo como elas se
estruturam bem como os três tipos de resultados gerais do
exercício, apurados e demonstrados no Balanço Orçamentário.
Veremos se é possível estabelecer uma estrutura padrão a ser
adotada para a apresentação das demonstrações contábeis.
Acreditamos que você irá adquirir os subsídios necessários
para reconhecer cada balanço e cada demonstração com seus
respectivos resultados. Bons estudos!
Módulo 3 105
Contabilidade Pública
Balanço Patrimonial
I - O Ativo Financeiro
II – O Ativo Permanente
III - O Passivo Financeiro
IV – O Passivo Permanente
V – O Saldo Patrimonial
VI - As Contas de Compensação
v
A Lei n. 4.320/64 cuidou de estabelecer de imediato esses
conceitos nos cinco parágrafos do artigo 105.
Módulo 3 107
Contabilidade Pública
v
A Lei n. 4.320/64, em seu anexo 14, estabeleceu com detalhes
a estrutura a ser seguida na apresentação do balanço patrimonial.
Lembre-se de que você
Veja atentamente o Quadro 4 que apresenta de modo sintético
encontra os anexos dessa a estrutura do balanço patrimonial:
Lei no site: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/
Leis/1950-1969/anexo/
ANL4320-64.pdf>. Acesso
em: 8 nov. 2010.
v
item financeiro porque se trata de um valor cujo
recebimento é incerto, em razão do regime de caixa
da receita. O princípio da prudência também pode
ser apontado como justificativa, tendo em vista que
nele estão representados créditos públicos junto a Se achar necessário,
inadimplentes (maus pagadores). leia sobre esse e os
demais princípios de
contabilidade, no site:
No ativo não financeiro (ativo permanente da Lei n. <http://200.211.196.47:81/
ebook/libv000071.pdf>.
4.320/64) devem estar demonstrados os bens, créditos e valores cuja
Acesso em: 8 nov. 2010.
mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa.
Módulo 3 109
Contabilidade Pública
ff
restos a pagar processados (fornecedores, pessoal a
pagar etc.);
ff
restos a pagar não processados; e
ff
serviços da dívida a pagar (amortização do principal a
pagar, juros a pagar etc.).
ff
consignações da folha de pagamento de pessoal;
ff
retenções nos pagamentos a terceiros; e
ff
outros casos, como os depósitos em dinheiro efetuados
por terceiros, que geram compromissos financeiros –
esses valores tiveram contrapartida no ativo financeiro
(disponível), quando de seu ingresso.
Módulo 3 111
Contabilidade Pública
v
Modernamente, o levantamento do balanço patrimonial
pelo SIAFI ou pelo SIAFEM apresenta algumas peculiaridades ou
inovações.
O ativo é composto de ativo financeiro e não financeiro.
O Sistema Integrado
de Administração
A soma do ativo financeiro com o ativo não financeiro resulta no
Financeira para Estados e ativo real. No ativo financeiro ficam as contas representativas de
Municípios (SIAFEM) é um valores realizáveis que compõem o sistema financeiro. No ativo
instrumento de informação
não financeiro ficam as demais contas chamadas patrimoniais
desenvolvido para apoiar
as funções gerenciais de
representativas de valores a receber e de bens. O ativo compensado
planejamento, tomada é destacado logo após o ativo real.
de decisão e controle O passivo é composto de passivo financeiro e não financeiro.
operacional, baseado no
A soma do passivo financeiro com o passivo não financeiro resulta
SIAFI.
no passivo real. No passivo financeiro ficam as contas representativas
de valores exigíveis que compõem o sistema financeiro. No passivo
não financeiro ficam as demais contas patrimoniais representativas
de valores a pagar. O passivo compensado é destacado logo após
o patrimônio líquido, que é apurado pela comparação dos totais
de ativo real e passivo real. A diferença, seja positiva ou negativa,
aparecerá no lado do passivo, à semelhança da estrutura do balanço
patrimonial definido pela Lei das Sociedades Anônimas.
Módulo 3 113
Contabilidade Pública
Balanço Orçamentário
v
econômica da despesa (correntes e de capital).
Segundo a Resolução CFC n. 1.133, de 21 de novembro de
2008, o Balanço Orçamentário evidencia as receitas e as despesas
orçamentárias, por categoria econômica, confrontando o orçamento
Essa resolução encontra-se
inicial e as suas alterações com a execução, demonstra o resultado
disponível no site: <http:// orçamentário e discrimina:
www.normaslegais.
com.br/legislacao/ ff
as receitas por fonte; e
resolucaocfc1133_2008. ff
as despesas por grupo de natureza.
htm>. Acesso em:
8 nov. 2010. O Balanço Orçamentário é acompanhado do anexo das
despesas por função e subfunção e, opcionalmente, por programa; e
é estruturado de forma a evidenciar a integração entre o planejamento
e a execução orçamentária.
Módulo 3 115
Contabilidade Pública
v
o “fechamento” do balanço.
Além de analisar o balanço orçamentário, relacionando-se
a primeira coluna da receita (previsão) com a primeira coluna da
despesa (fixação), também a segunda coluna da receita (execução)
deve ser comparada com a segunda coluna da receita (execução),
Se achar necessário, volte
quando apuraremos o resultado da execução orçamentária, podendo
ao Quadro 6 para visualizar
ocorrer superávit se a execução da receita for maior que a realização melhor o que está sendo
da despesa, ou déficit se ocorrer o inverso. apresentado.
ff
SUPERÁVIT: o superávit orçamentário é representado
pela diferença a maior entre a execução da receita e
a execução da despesa. Essa diferença deverá ser
adicionada ao montante da execução da despesa para
igualar com o total da execução da receita.
ff
DÉFICIT: o déficit orçamentário é representado pela
diferença a maior entre a execução da despesa e
a execução da receita. Essa diferença deverá ser
adicionada ao montante da execução da receita para
igualar com o total da execução da despesa.
ff
EQUILÍBRIO: o equilíbrio orçamentário ocorre quando
há igualdade entre os totais da execução da receita e da
execução da despesa.
Desse modo, ao compararmos a execução da receita com
a da despesa, as situações que encontramos podem ser
assim traduzidas:
ffreceita arrecadada maior que despesa realizada,
demonstrando que houve superávit orçamentário;
ffdespesa realizada maior que receita arrecadada,
demonstrando que houve déficit orçamentário; e
ffreceita arrecadada igual à despesa realizada,
demonstrando equilíbrio na execução orçamentária.
Módulo 3 117
Contabilidade Pública
ff
Superávit do orçamento corrente: quando o total da
receita corrente realizada superar o da despesa corrente
realizada.
ff
Déficit do orçamento corrente: quando o total da
despesa corrente realizada superar o da receita corrente
realizada.
ff
Superávit do orçamento de capital: quando o total da
receita de capital realizada superar o da despesa de
capital realizada.
ff
Déficit do orçamento de capital: quando o total da
despesa de capital realizada superar o da receita de
capital realizada.
ff
receita prevista maior que receita arrecadada,
demonstrando que houve INSUFICIÊNCIA DE
ARRECADAÇÃO; e
ff
receita prevista menor que receita arrecadada,
demonstrando que houve EXCESSO DE
ARRECADAÇÃO.
ff
Despesa fixada maior que despesa realizada,
demonstrando ECONOMIA DE DESPESAS; e
ff
Despesa fixada menor que despesa realizada,
demonstrando que houve EXCESSO DE DESPESAS.
ff
quando o montante da receita de operações de crédito
superar o da despesa de amortização da dívida, podemos
dizer que o endividamento está aumentando; e
ff
quando ocorrer o inverso, isto é, o montante da despesa
de amortização da dívida superar o montante da receita
de operações de crédito, podemos afirmar que o
endividamento está sendo reduzido.
Módulo 3 119
Contabilidade Pública
Balanço Financeiro
ff
a receita orçamentária realizada por destinação
de recurso;
ff
a despesa orçamentária executada por destinação
de recurso e o montante não pago como parcela
retificadora;
ff
os recebimentos e os pagamentos extraorçamentários;
ff
as transferências ativas e passivas decorrentes, ou não,
da execução orçamentária; e
ff
o saldo inicial e o saldo final das disponibilidades.
ff
Orçamentária;
ff
Extraorçamentária; e
ff
Saldo Disponível do Exercício Anterior.
ff
Orçamentária;
ff
Extraorçamentária; e
ff
Saldo Disponível para o Exercício Seguinte.
Módulo 3 121
Contabilidade Pública
ff
A receita orçamentária será computada pelos
valores efetivamente arrecadados.
ff
A despesa orçamentária será informada pelos
valores realizados, ou seja, incluindo a paga e
ainda aquela relativa à inscrição de restos a pagar
(o parâmetro é a despesa legalmente empenhada).
ff
disponível atual (DAt) menos disponível anterior (DAnt); ou
ff
ingressos orçamentários mais ingressos extraorça-
mentários menos dispêndios orçamentários menos
dispêndios extraorçamentários.
Indicadores de Gestão
Módulo 3 123
Contabilidade Pública
Módulo 3 125
Contabilidade Pública
ff
Resultantes da Execução Orçamentária: receitas e
despesas orçamentárias e mutações patrimoniais da
despesa (mutações ativas) e da receita (mutações
passivas);
ff
Independentes da Execução Orçamentária
(superveniências e insubsistências ativas e passivas); e
ff
Resultado Patrimonial (déficit ou superávit patrimonial).
v
De acordo com Mota (2009), deverão ser distinguidas as
variações ativas e passivas orçamentárias das extraorçamentárias, Esteja atento para
de modo a possibilitar o levantamento do resultado orçamentário não confundir esse
do exercício. resultado com o resultado
orçamentário apurado no
balanço orçamentário,
pois este não sofre a
influência das mutações
ativas e passivas e também
não inclui as contas de
interferências ativas e
passivas, ambas de origem
orçamentária.
Módulo 3 127
Contabilidade Pública
TOTAL TOTAL
Módulo 3 129
Contabilidade Pública
v
Atualmente, em decorrência da evolução ocorrida na
área pública, com a implementação de novos procedimentos e
conceitos, proporcionada pela utilização de sistemas de informação,
encontramos outros conteúdos na demonstração das variações
Conhecemos esses patrimoniais, que não foram previstos na Lei n. 4.320/64, os quais
sistemas nas Unidades 4 destaca Mota (2009):
e 5. São eles: o SIAFI e o
SIAFEM. VARIAÇÕES ATIVAS:
ff
Variações ativas orçamentárias:
Receitas orçamentárias, Interferências ativas
(transferências financeiras recebidas) e Mutações
ativas de bens, direitos e obrigações decorrentes da
despesa.
ff
Variações ativas extraorçamentárias:
Receitas extraorçamentárias, Interferências ativas
(transferências financeiras e patrimoniais
recebidas) e Acréscimos patrimoniais decorrentes de
incorporação de bens e direitos e desincorporação de
obrigações.
VARIAÇÕES PASSIVAS:
ff
Variações passivas orçamentárias:
Despesas orçamentárias, Interferências passivas
(transferências finan-ceiras concedidas) e
Mutações passivas de bens, direitos e obrigações
decorrentes da receita.
ff
Variações passivas extraorçamentárias:
Despesas extraorçamentárias, Interferências passi-
vas (transferências financeiras e patrimoniais
concedidas) e Decréscimos patrimoniais decorrentes
de desincorporação de bens e direitos e incorporação
de obrigações.
Módulo 3 131
Contabilidade Pública
ff
variações orçamentárias por categoria econômica; ou
ff
mutações e variações independentes da execução
orçamentária em grau de detalhamento compatível com
a estrutura do Plano de Contas.
ff
das operações;
ff
dos investimentos; e
ff
dos financiamentos.
Demonstração do
Resultado Econômico
ff
receita econômica dos serviços prestados e dos bens ou
dos produtos fornecidos;
ff
custos e despesas identificados com a execução da ação
pública; e
ff
resultado econômico apurado.
Módulo 3 133
Contabilidade Pública
Módulo 3 135
Contabilidade Pública
Módulo 3 137
Contabilidade Pública
Resumindo
Nesta Unidade, apresentamos as demonstrações contá-
beis existentes na Administração Pública, suas estruturas e
quais resultados poderão ser obtidos, sejam eles orçamentário,
financeiro, patrimonial ou econômico.
Vimos que as demonstrações diferem daquelas existen-
tes na Contabilidade Geral, principalmente em razão da neces-
sidade de registrar o orçamento e sua execução, bem como os
atos administrativos potenciais.
Apresentamos uma abordagem dos demonstrativos de
acordo com a Lei n. 4.320/64 e as inovações trazidas pelas
NBCTs e pela Secretaria do Tesouro Nacional, órgão central de
Contabilidade da União ao longo dos últimos anos.
Nesta Unidade, vimos os seguintes tópicos:
ff
Resultados Apurados: superávit (receita maior que
despesa ou variações ativas maiores que variações
passivas) ou déficit (despesa maior que receita ou
variações passivas maiores que variações ativas).
ff
Os resultados gerais do exercício são apurados
e demonstrados nos balanços orçamentário,
financeiro, patrimonial e na Demonstração das
Variações Patrimoniais.
ff
Nos balanços orçamentário, financeiro e na
Demonstração das Variações Patrimoniais
são apurados e demonstrados os resultados
orçamentário, financeiro e patrimonial/econômico.
ff
No balanço patrimonial apenas apresenta-se
o resultado patrimonial ou econômico e faz-se
a demonstração da posição dos bens, direitos,
obrigações e patrimônio líquido, e ainda do
compensado.
ff
O balanço orçamentário apresentará as receitas
previstas e as despesas fixadas em confronto
com as realizadas. A receita será apresentada por
categoria econômica e a despesa por tipo de crédito
(orçamentário ou adicional) e, depois, por categoria
econômica.
ff
A Demonstração das Variações Patrimoniais:
evidenciará as alterações ocorridas no patrimônio
durante o exercício financeiro, resultantes ou
independentes da execução orçamentária, e
indicará o resultado patrimonial.
ff
O código no Plano de Contas da Administração
Federal é 5.
ff
O balanço patrimonial demonstrará os ativos e
passivos financeiros e permanentes, as contas de
compensação e o saldo patrimonial.
ff
O balanço financeiro demonstrará os ingressos
e dispêndios de recursos financeiros a título de
receitas e despesas orçamentárias, bem como
os recebimentos e pagamentos de natureza
extraorçamentária, conjugados com os saldos de
disponibilidades do exercício anterior e com os que
passarão para o exercício seguinte.
Módulo 3 139
Contabilidade Pública
Atividades de aprendizagem
Chegamos ao final da Unidade 5, na qual estudamos sobre
as demonstrações contábeis. Esses conhecimentos são
importantes para reconhecer as demonstrações e seus
respectivos resultados. Caso tenha ficado alguma dúvida,
releia o material e, se necessário, entre em contato com seu
tutor para esclarecer.
Balanço Orçamentário
Módulo 3 141
Contabilidade Pública
Balanço Patrimonial
Balanço Financeiro
Demonstrações Contábeis
Módulo 3 143
Contabilidade Pública
Referências
ANGÉLICO, João. Contabilidade pública. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1995.
Minicurrículo
Rosaura Conceição Haddad