(Texto) Conceitos Básicos Sobre o Encéfalo
(Texto) Conceitos Básicos Sobre o Encéfalo
(Texto) Conceitos Básicos Sobre o Encéfalo
1. Introdução
Nós, seres humanos, possuímos trilhões de células que formam nossos músculos e
ossos, que servem para nossa sustentação e nossa locomoção. Existem ainda outros bilhões
de células no encéfalo que guiam nossos comportamentos e nos permitem experienciar
emoções, tais como raiva, medo, desgosto, felicidade, surpresa e tristeza.
A ciência moderna conseguiu desvendar informações importantes sobre como o
encéfalo funciona. Uma das descobertas mais importantes é a de que o encéfalo controla o
comportamento e, por sua vez, o comportamento e a experiência modificam o funcionamento
do encéfalo. Você verá mais adiante, ao estudar neuroplasticidade, que o encéfalo está em
constante mudança. Um dos grandes desafios das neurociências é entender as maneiras pelas
quais o comportamento e a experiência podem modificar as estruturas e as funções do
encéfalo.
O encéfalo produziu toda a extensão do conhecimento humano, tudo que sabemos e
entendemos sobre o universo. Além disso, temos a capacidade de dedução através de pistas
contextuais e assim supor como foi a história de nossos antepassados. Somos capazes de
descrever, armazenar e passar adiante as informações deixando ensinamentos para outras
gerações, possibilitando a continuidade do conhecimento, inclusive em forma de arte.
Numericamente falando, o encéfalo apresenta 86 bilhões de células nervosas ou
neurônios (Herculano-Houzel, 2012). Cada neurônio se comunica com muitas outras células,
em regiões chamadas de sinapses. Os estudos das relações entre o encéfalo e o
comportamento contribuíram para o nascimento de outras duas áreas diferentes: a biologia e a
psicologia. Porém, apesar de serem diferentes, há uma intersecção entre elas formando, no
século XX, a Psicologia Biológica (ou ainda Psicobiologia), o campo de conhecimento que
relaciona o comportamento aos processos corporais. Esta intersecção tem como principal
objetivo entender a neurociência subjacente ao comportamento e à experiência. No que se
refere a profissionais envolvidos, temos mão de obra especializada oriundas de diversas áreas
atuando na neurociência comportamental. Para citar alguns exemplos, temos, dentre outros,
psicólogos, biólogos, engenheiros, neurologistas e psiquiatras.
4. Considerações gerais
Vale destacar que a neurociência é uma das disciplinas que mais crescem em toda a
ciência. Novas revelações aparecem quase diariamente, lançando luz sobre a base neural do
comportamento, do nível molecular ao comportamental, usando técnicas poderosas e
criativas. Descobertas e avanços neurocientíficos nos permitirão entender melhor os
mecanismos envolvidos e como esses mecanismos permitem habilidades cognitivas.
Em resumo, vimos que a neurociência comportamental busca explicar o
comportamento baseado em processos específicos do sistema nervoso. A neurociência
comportamental é multidisciplinar e baseia-se no conhecimento produzido em diversos
campos científicos, em um esforço para produzir descrições integradas da geração de
comportamento. Isso envolve o trabalho em vários níveis de análise, desde interações
moleculares até o comportamento dos organismos em seus ambientes naturais.
5. Referências bibliográficas