04 - Neuropsicopedagogia e Aprendizagem
04 - Neuropsicopedagogia e Aprendizagem
04 - Neuropsicopedagogia e Aprendizagem
Modalidade de Curso
Curso Livre de Capacitação Profissional
Novo século, novas mudanças, novos desafios, não se pode olhar mais a
educação com uma perspectiva de educação inclusiva, pois ela já está inserida
neste contexto. Nossos olhares devem se voltar em como atender melhor a todos os
indivíduos dentro do ambiente escolar, através de práticas de ensino que melhor se
adequam a cada um. Ter a clareza que os conteúdos são comuns a todos, mas a
metodologia de trabalho deve estar pautada em práticas que contemplem o
indivíduo como seres únicos, capazes de aprender independente de suas limitações.
A educação, mesmo que num primeiro olhar não pareça, sempre está ligada a
mudanças, a reorganizações, a reaprendizagens, a novos olhares. Na mesma
proporção que o mundo vem se transformando, a educação também se encontra em
constantes buscas. Os cursos voltados à área educacional têm significativos
avanços; profissionais da área buscam, na medida do possível, constantes
atualizações. A educação continuada destes indivíduos cada vez mais tem se
intensificando, pois não basta apenas ter o conhecimento, se faz necessário
profissionais que saibam interagir com o mesmo.
1. NEUROCIÊNCIAS
pelo qual as pessoas faziam orifícios no crânio de outras. Bear (2008) menciona que
estes crânios não apresentavam sinais de cura, então esse procedimento era
realizado em sujeitos vivos e não era considerado um ritual de morte, pois em
alguns casos os indivíduos sobreviviam. Não havia registro do motivo destas
cirurgias, mas existem especulações que tal procedimento poderia ter sido utilizado
para tratar dores de cabeça ou transtornos mentais.
Através disso Luria constatou que o cérebro humano é composto por três
unidades funcionais básicas, sendo estas, necessárias para qualquer tipo de
atividade mental.
Assim como cada ser humano tem impressões digitais diferentes, também
possui sinapses cerebrais diferentes, pois cada um tem suas vivências, o seu
aprender do mundo e com o mundo. E nesse sentido Ventura (2010, p.123), ao
retratar sobre a neurociência e comportamento no Brasil, enfatiza que a mesma
possui uma importante interface com a Psicologia e a define do seguinte modo:
NEUROPSICOPEDAGOGIA
Uma das áreas que vem abrindo espaço dentro âmbito de conhecimento é a
Neuropsicopedagogia. Sua primeira descrição no campo científico se deu através de
Jennifer Delgado Suárez, no artigo intitulado “Desmistificacion de la
neuropsicopedagogía” onde apresentou uma composição histórica da trajetória
neuropsicopedagógica e ressaltou sua importância para o contexto educativo.
O espaço educativo deve estar aberto para novos profissionais que venham a
somatizar a equipe multidisciplinar que atendem o educando, por isso
neuropsicopedagogos além de ter uma visão de como ocorre a aprendizagem do
educando, também possuem vistas para a metodologia de ensino do professor,
pautados nos estudos descritos acima, possuem competência para orientar de que
forma a aprendizagem pode se tornar mais significativa tanto na metodologia do
professor quanto no processo de aprendizagem do aluno.
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Também, cabe aqui ressaltar, o enunciado feito por Hennemann (2012, p.11)
descrevendo as práticas neuropsicopedagógicas, atribuídas a estes profissionais...
PESQUISA NEUROPSICOPEDAGÓGICA
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Uma das perguntas iniciais foi a idade dos participantes, sendo que o maior
índice (figura 1) estava na faixa etária dos 41 aos 50 anos.
A profissão que maior teve destaque na terceira questão foi professor, porém
os psicopedagogos também tiveram um número bastante significativo (figura 3).
Numa breve análise desta primeira etapa pode se constatar que no universo
educativo, ainda existe a predominância feminina; contudo, também se pode afirmar
que através dos dados obtidos, os profissionais tem buscado sua qualificação
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“Já ouvi falar, mas não com uma definição formal. Pela formação da palavra
concluo que seja uma abordagem neurológica aplicada à aprendizagem, e como
essa é um processo que tem a participação de processos psicológicos e da
pedagogia envolvida no ensino-estimulação, daí explica-se o porquê do
psicopedagógico. Já vi que essa abordagem associa os conhecimentos de
neurologia com os estudos de psicologia do desenvolvimento (Piaget, Vygotsky,
Wallon).”
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"Com base em tudo que foi falado, fica clara a importância deste profissional
no contexto educativo, pois o neuropsicopedagogo é um profissional que oferece um
grande potencial para nortear a pesquisa educacional e futura aplicação em sala de
aula se constituindo hoje, como um grande aliado do professor, diante deste cenário
tão diverso com a qual iremos nos deparar.”
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
REFERÊNCIAS:
BEAR, Mark F..CONNORS, Barry W. Neurociências: Desvendando o Sistema Nervoso. 3 ed. Porto
Alegre: Artmed, 2008.
GAZZANIGA, Michel S.; IVRY, Richard B.; MANGUN, George R. Neurociência Cognitiva. A Biologia
da Mente. 2 ed. Trad. Angelica Rosat Consiglio et all. Porto Alegre: Artmed, 2006.
Tozoni-Reis, Marília Freitas de Campos. Metodologia da Pesquisa. Curitiba: IESDE S. A., 2008.
ZARO, Milton A…[et all]. Emergência da Neuroeducação: a hora e a vez da neurociência para
agregar valor à pesquisa educacional. Revista Eletrônica Ciências & Cognição, Vol 15, 2010.
Disponível online em http://www.cienciasecognicao.org acesso em 15.08.2012.
[1] Frenologia é o estudo da estrutura do crânio de modo a determinar o carácter das pessoas e a sua
capacidade mental. Esta pseudociência baseia-se na falsa assunção de que as faculdades mentais
estão localizadas em "órgãos" cerebrais na superfície deste que podem ser detectados por inspeção
visual do crânio. O físico vienense Franz-Joseph Gall (1758-1828) afirmou existirem 26 "órgãos" na
superfície do cérebro que afetam o contorno do crânio, incluindo um "órgão da morte" presente em
assassinos. Gall era advogado do principio "use-o ou deixe-o". Os órgãos do cérebro que eram
usados tornavam-se maiores e os não usados encolhiam, fazendo o crânio subir ou descer com o
desenvolvimento do órgão. Estes altos e baixos refletiam, de acordo com Gall, áreas especificas do
cérebro que determinam as funções emocionais e intelectuais de uma pessoa. Gall chamou a este
estudo "cranioscopia." (in:http://skepdic.com/brazil/frenologia.html)