Cad 2022 Fund1 Historia Geografia 1bim 3ano Bimestral
Cad 2022 Fund1 Historia Geografia 1bim 3ano Bimestral
Cad 2022 Fund1 Historia Geografia 1bim 3ano Bimestral
Autoras:
Cláudia Regina dos Santos (Geografia)
Helena Maria de Castro Gonçalves Cruz (História)
Luiza Nazário dos Santos Carneiro (Geografia e História)
Maíra Campos dos Santos Portal Uvo (História)
Maria Elvira Pereira Alves (Geografia)
PROGRAMAÇÃO ANUAL
HISTÓRIA
Coordenadora: Prof.a Cláudia Regina dos Santos
N.O DE
ANO PROGRAMA
AULAS
Minha história, minhas memórias Tempo de brincar... Tempo de aprender...
• Minhas memórias • Brinquedos e brincadeiras de antigamente
• Famílias de todos os jeitos • Brincadeiras atuais
• Famílias de todos os lugares do mundo • Brincadeiras indígenas
1.o ANO
4.o BIMESTRE
2.o BIMESTRE
1 O trabalho de todos os jeitos
Convivência em todos os cantos e suas histórias
• É hora de trabalhar
• Convivência no dia a dia • As profissões de um tempo atrás
• Histórias de bairro • As profissões e a tecnologia
• Histórias em tempos e lugares diferentes • O trabalho e a natureza
• Dia do Indígena • Dia da Criança e Professor
• Festa Junina • Dia da Bandeira
• Natal
EF02HI01 / EF02HI02 / EF02HI03 / EF02HI04 / EF02HI05 / EF02HI06 / EF02HI07 / EF02HI08 / EF02HI09 / EF02HI10 / EF02HI11
–1
N.O DE
ANO PROGRAMA
AULAS
1.o BIMESTRE 3.o BIMESTRE
Eu e meus grupos de convivência O trabalho no campo e na cidade
• Grupos de convívio • Relação de trabalho ontem e hoje (na cidade e no campo)
• Lugares de convivência • O que mudou e o que permaneceu no espaço (cidade e campo)
• História de cidades • Trabalho infantil
• Patrimônio cultural • Conservação ambiental do espaço
3.o ANO
EF03HI01 / EF03HI02 / EF03HI03 / EF03HI04 / EF03HI05 / EF03HI06 / EF03HI07 / EF03HI08 / EF03HI09 / EF03HI10 / EF03HI11 / EF03HI12
EF04HI01 / EF04HI02 / EF04HI03 / EF04HI04 / EF04HI05 / EF04HI06 / EF04HI07 / EF04HI08 / EF04HI09 / EF04HI10 / EF04HI11
2–
N.O DE
ANO PROGRAMA
AULAS
1.o BIMESTRE 3.o BIMESTRE
Conhecendo terras e povos Registro da história: linguagens e culturas
• Como viviam os antepassados: caçadores-coletores • O surgimento da escrita
• Pintura rupestre • Da escrita à criação das leis
• Agricultores e domesticadores de animais • Regimes de governo: democracia e ditadura
• Os espaços geográficos das primeiras civilizações • Formas de governo: República e Monarquia
• Cidadania
2.o BIMESTRE
5.o ANO
EF05HI01 / EF05HI02 / EF05HI03 / EF05HI04 / EF05HI05 / EF05HI06 / EF05HI07 / EF05HI08 / EF05HI09 / EF05HI10
–3
HISTÓRIA – 3.o ANO
CAD. SEM. AULA PROGRAMA HABILIDADES CONTEMPLADAS (BNCC)
1 1 Unidade 1 – Meu lugar no mundo – Convivência EF03HI01
1 2 2 Gente de todos os jeitos e espaços comuns EF03HI01
3 3 Cidades e mais cidades EF03HI01
4 4 Toda cidade tem uma história para contar EF03HI04 / EF03HI05 / EF03HI06
5 5 Onde ficam guardadas todas essas histórias? EF03HI04 / EF03HI05 / EF03HI06
6 6 Patrimônio cultural EF03HI04 / EF03HI05 / EF03HI06
7 7 Produção de texto EF03HI01 / EF03HI04 / EF03HI05 / EF03HI06
8 8 Ajuste –
9 9 Unidade 2 – Modo de vida no campo e na cidade – O campo / A cidade EF03HI01 / EF03HI07
2 10 10 O modo de vida no campo EF03HI01
11 11 O modo de vida na cidade EF03HI01
12 12 O campo e a cidade: como era e como é nos dias atuais EF03HI02 / EF03HI07 / EF03HI08
13 13 Comparação entre o modo de vida urbano e o rural, do passado e do presente EF03HI02 / EF03HI07 / EF03HI08
14 14 Uso da tecnologia no campo e na cidade, passado e presente EF03HI02 / EF03HI08
15 15 Produção de texto – Sua criação EF03HI02 / EF03HI08 / EF03HI09
16 16 Ajuste –
17 17 Unidade 3 – O trabalho no campo e na cidade – Trabalho no campo e na cidade EF03HI12
3 18 18 O trabalho ao longo dos tempos EF03HI08 / EF03HI11 / EF03HI12
19 19 O trabalho ao longo dos tempos EF03HI08 / EF03HI11 / EF03HI12
20 20 O trabalho no campo EF03HI11 / EF03HI12
21 21 O trabalho atrai imigrantes EF03HI01 / EF03HI11 / EF03HI12
22 22 A tecnologia e o trabalho EF03HI12
23 23 Trabalho infantil – lazer EF03HI11
24 24 Sua criação EF03HI10 / EF03HI11
25 25 Unidade 4 – A formação do povo brasileiro EF03HI01 / EF03HI07
4 26 26 Povos indígenas: desafios sociais, culturais e ambientais EF03HI01 / EF03HI03 / EF03HI07
27 27 Os europeus chegam ao Brasil EF03HI01 / EF03HI03 / EF03HI07
28 28 Povos africanos: desafios sociais, culturais e ambientais EF03HI01 / EF03HI03 / EF03HI07
29 29 Migrações internas EF03HI01 / EF03HI02 / EF03HI03
30 30 Desafio final: este é o nosso povo EF03HI01 / EF03HI02 / EF03HI07
4–
PROGRAMAÇÃO ANUAL
GEOGRAFIA
Coordenadora: Prof.a Cláudia Regina dos Santos
N.O DE
ANO PROGRAMA
AULAS
EF01GE01 / EF01GE02 / EF01GE03 / EF01GE04 / EF01GE05 / EF01GE06 / EF01GE07 / EF01GE08 / EF01GE09 / EF01GE10 / EF01GE11
• O bairro
1 • Os bairros são diferentes 4.o BIMESTRE
• Os serviços do bairro O lugar, as pessoas e o trabalho
• Quem trabalha no meu bairro? • O campo (espaço rural)
• A cidade (espaço urbano)
• As relações com a natureza e suas consequências
EF02GE01 / EF02GE02 / EF02GE03 / EF02GE04 / EF02GE05 / EF02GE06 / EF02GE07 / EF02GE08 / EF02GE09 / EF02GE10 / EF02GE11
–5
N.O DE
ANO PROGRAMA
AULAS
EF03GE01 / EF03GE02 / EF03GE03 / EF03GE04 / EF03GE05 / EF03GE06 / EF03GE07 / EF03GE08 / EF03GE09 / EF03GE10 / EF03GE11
EF04GE01 / EF04GE02 / EF04GE03 / EF04GE04 / EF04GE05 / EF04GE06 / EF04GE07 / EF04GE08 / EF04GE09 / EF04GE10 / EF04GE11
6–
N.O DE
ANO PROGRAMA
AULAS
–7
GEOGRAFIA – 3.o ANO
CAD. SEM. AULA PROGRAMA HABILIDADES CONTEMPLADAS (BNCC)
1 1 Unidade 1 – Conhecendo paisagens – Diferentes paisagens: natural e antrópica EF03GE02 / EF03GE04
1 2 2 Paisagens e mais paisagens EF03GE02 / EF03GE04 / EF03GE11
3 3 Como ler uma paisagem em diferentes planos? EF03GE02 / EF03GE06
4 4 Como ler uma paisagem em diferentes planos? EF03GE02 / EF03GE06
5 5 Paisagens... Trabalho... Mudanças EF03GE02 / EF03GE06 / EF03GE11
6 6 Paisagem... mudanças e permanências EF03GE02 / EF03GE06 / EF03GE11
7 7 Sua criação EF03GE02 / EF03GE06 / EF03GE11
8 8 Ajuste –
9 9 Unidade 2 – Paisagens rurais – Paisagens das áreas do campo EF03GE01 / EF03GE02
2 10 10 As relações campo-cidade EF03GE01 / EF03GE02 / EF03GE05
11 11 Vida no campo EF03GE01 / EF03GE02 / EF03GE03 / EF03GE05
12 12 Vida no campo EF03GE02 / EF03GE03 / EF03GE11
13 13 Lembranças Dona Risoleta EF03GE01 / EF03GE02
14 14 Representando as áreas rurais EF03GE07
15 15 Sua criação EF03GE07
16 16 Ajuste –
17 17 Unidade 3 – Paisagens urbanas – O espaço urbano EF03GE01 / EF03GE02
3 18 18 Paisagens urbanas EF03GE01 / EF03GE02 / EF03GE03
19 19 Cidades planejadas e não planejadas EF03GE04 / EF03GE07
20 20 Qualidade de vida EF03GE11
21 21 O que se produz na cidade EF03GE02 / EF03GE05 / EF03GE11
22 22 Cartografando o espaço urbano EF03GE06 / EF03GE07
23 23 Sua criação – A cidade EF03GE06 / EF03GE07
24 24 Ajuste –
25 25 Unidade 4 – A natureza em foco – A natureza em questão EF03GE01 / EF03GE04
4 26 26 Problemas ambientais no meio rural EF03GE09 / EF03GE10 / EF03GE11
27 27 A natureza em questão – áreas urbanas EF03GE01 / EF03GE04
28 28 Os problemas ambientais nas zonas urbanas EF03GE08 / EF03GE09
29 29 Cartografando o ambiente urbano EF03GE06 / EF03GE07 / EF03GE11
30 30 Sua criação – Campanha “Cidadão” EF03GE08
8–
Subsídios teóricos
APRESENTAÇÃO E salienta que tais competências
A coleção didática do Sistema Objetivo de Ensino para o Ensino Fundamental é “[...] inter-relacionam-se e desdobram-se no tratamento didático proposto para
o resultado de uma sólida experiência na elaboração de materiais didáticos e em as três etapas da Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e
sua efetiva utilização. Os Cadernos do aluno e Livros do professor são elabora- Ensino Médio), articulando-se na construção de conhecimentos, no desenvolvi-
dos por coordenadores e professores de nossa equipe pedagógica, profissionais mento de habilidades e na formação de atitudes e valores, nos termos da LDB.”
com comprovada experiência na área educacional e atuantes em sala de aula. Considerando esses pressupostos, a BNCC apresenta as dez competências
Isso torna possível oferecer materiais didáticos com alto grau de aplicabilidade, gerais da educação básica para cujo desenvolvimento os diferentes compo-
na medida em que resultam de um profundo e intencional diálogo entre a teoria e nentes do currículo devem concorrer. São elas:
a prática no desenvolvimento das aulas e das propostas de atividades.
Além de oferecer as condições necessárias para a compreensão dos fenôme- 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o
nos envolvidos nas relações que se estabelecem durante a progressão dos mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade,
processos de aprendizagem, nosso objetivo central é garantir que as ações continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade
pedagógicas fundadoras de nossa proposta teórico-metodológica ocorram em justa, democrática e inclusiva.
contextos verdadeiramente significativos. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das
Partimos da concepção de que, nos dias atuais, não é mais possível conceber ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imagina-
o processo de ensino-aprendizagem apenas como mera transferência de infor- ção e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses,
mação. É preciso ir além, criando condições para que o aluno assuma um papel formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas)
ativo na construção do conhecimento e seja também um produtor do “saber”; com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
da mesma forma, é preciso garantir que o professor possa atuar como media-
dor desse processo, com capacidades aprimoradas de empoderar os alunos 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das lo-
em relação a aprender de maneira progressivamente autônoma, estimulando cais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da pro-
o pensamento reflexivo e a capacidade analítica dos objetos de conhecimento dução artístico-cultural.
vinculados a seus contextos de uso real. Assumimos, assim, nosso respeito ao 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras,
aluno, concebido como sujeito livre, competente, criativo e apto à realização de e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos
novas descobertas. das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e par-
Identificamos que tais princípios – seguramente comprometidos com a forma- tilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes con-
ção integral do aluno e amparados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais textos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
(PCNs) – estão alinhados às competências gerais da Educação Básica defini-
das pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular)*. Vale destacar que a noção 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comuni-
de competência é definida pelo documento como sendo cação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas
“[...] a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilida- sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar
des (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer pro-
demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do tagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
mundo do trabalho.” 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações
* A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define
o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciên-
assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que
preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). cia crítica e responsabilidade.
–9
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para Procurou-se organizar, nas diferentes áreas de conhecimento, sequências di-
formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns dáticas que favoreçam a reflexão, que estimulem a socialização de conheci-
que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioam- mentos prévios, o levantamento de hipóteses, que mobilizem recursos cogni-
biental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com tivos, saberes e informações a serem aplicados nas mais diversas situações
posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e de aprendizagem.
do planeta.
Partimos do pressuposto de que enfrentar desafios é parte essencial no pro-
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, com- cesso de aprendizagem. Assim, pensamos em situações didáticas que de-
preendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e sestabilizem o saber, para que, diante de desafios, os alunos reconheçam
as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. que aprender vai além da simples reprodução sucessiva daquilo que já sabe-
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, mos; aprender é uma constante sucessão de descobertas.
fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos hu- Alguns pressupostos teóricos constituem os pilares dos processos de desen-
manos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e volvimento e de aprendizagem e norteiam nossa prática pedagógica. São eles:
de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades,
sem preconceitos de qualquer natureza. a) Integração
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibili- Consideramos que os aspectos biológicos e sociais são indissociáveis
dade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princí- e exercem influência mútua nos processos de crescimento e aprendiza-
pios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. gem das crianças e adolescentes. Assim, ao interagir com o meio social
influenciamos e somos influenciados, vivenciamos experiências diversas,
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. transformamos e somos transformados. Por essa razão, o desenvolvi-
Brasília, DF, 2017. mento humano deve ser visto como uma ação conjunta e não individual,
principalmente se a relação estabelecida for afetiva, efetiva e significativa.
Para assegurar o desenvolvimento dessas competências, o documento apre- “(...) o homem é um ser essencialmente social, impossível, portanto, de ser
senta um conjunto de habilidades específicas norteadoras para cada área de pensado fora do contexto da sociedade em que nasce e vive. Em outras
conhecimento, que devem ser interpretadas à luz dos contextos específicos em palavras, o homem não social, o homem considerado como molécula isola-
que serão utilizadas. da do resto de seus semelhantes, o homem visto como independente das
Em nosso material serão fornecidos, progressivamente, os conteúdos neces- influências dos diversos grupos que frequenta, o homem visto como imune
sários para o desenvolvimento de tais habilidades, apresentados por meio de aos legados da história e da tradição, este homem simplesmente não existe.”
estratégias pedagógicas que permitirão ao professor integrar valores cognitivos, LA TAILLE, Yves de. O lugar da interação social na
socioemocionais, pragmáticos, culturais e éticos às suas práticas de sala de concepção de Jean Piaget. In: LA TAILLE, Yves de;
aula, observando o respeito às suas diferentes representações. OLIVEIRA, Marta Kohl de; DANTAS, Heloysa.
Reconhecemos a importância do uso eficaz e consciente das tecnologias que Teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, p. 11.
sustentam o acesso à cultura digital e, alinhados às orientações expressas pela Nossa intenção é evidenciar a atuação do grupo como espaço de dis-
BNCC, reforçamos e expandimos o tratamento transversal dado às tecnologias cussão e troca de ideias, fomentando o desenvolvimento intelectual e
digitais de informação e comunicação. Nossa expectativa é estimular o desen- a (re)organização de diferentes pontos de vista a partir da perspectiva
volvimento do pensamento crítico e favorecer a aprendizagem continuada de do coletivo.
habilidades numa perspectiva integrada e comprometida com a formação de
cidadãos ativos. b) Autonomia
1. Proposta didático-pedagógica No processo de formação de um aluno autônomo, são fundamentais as
A proposta didático-pedagógica desta coleção é dar suporte ao desenvolvi- vivências em situações de cooperação, liberdade de pesquisa, respeito
mento de um processo de ensino-aprendizagem em que haja o predomínio mútuo e também experiência de vida. É a partir dessas trocas que a crian-
da experimentação, da descoberta, do “fazer” e da coautoria na construção e ça desenvolve sua personalidade. Esse processo, no entanto, é longo:
produção do conhecimento. inicia-se antes mesmo de a criança completar um ano de idade, desde
10 –
que lhe sejam oferecidas condições para tal desenvolvimento, e vai se que certamente pode comprometer a plena participação em situações
constituindo mediante a necessidade de tomada de decisões ao longo de diversas de aprendizagem, tão importantes para o seu desenvolvimento
toda a vida. integral.
A conquista da autonomia ocorre, por exemplo, quando temos que esco-
e) Acesso à cultura
lher ou criar caminhos alternativos para a resolução de problemas, para
É inquestionável que a escola tem como uma de suas mais importantes
a organização de ideias, para apreender e utilizar o jogo argumentativo
nas situações do cotidiano, para justificar ao validar ou não descobertas. funções sociais aproximar as crianças da cultura – não transmissiva, mas
Sob essa perspectiva, os conflitos são, portanto, necessários e devem ser sim democrática –, o que pressupõe participação, tendo em vista movi-
vistos como oportunidades educacionais fundamentais para a aquisição mentos de cooperação em favor do desenvolvimento de processos de
da autonomia. aprendizagem de forma real e significativa.
Queremos contribuir para que os nossos alunos se tornem gradativamen- 2. A proposta pedagógica – Base metodológica
te autônomos, com o propósito de que saibam interagir nas mais diversas
Um dos principais aspectos que mobiliza o aluno e o conduz à aprendiza-
situações de comunicação com base em suas escolhas, eleitas a partir de
gem é a superação de obstáculos epistemológicos, provocada pelo desejo
seus sentimentos, necessidades e perspectivas.
de saber, de conhecer, de investigar para então expandir o conhecimento já
c) Identidade estruturado. Esse movimento se dá em múltiplos contextos e se materializa
Aprender a se conhecer é essencial para que o ser humano possa formar mediante interesses e/ou necessidades que se articulam para produzir e
um conceito sobre si mesmo, tendo em vista a construção de imagens criar o novo.
positivas, resultado de processos interligados e dependentes dos recur- Tal princípio se traduz nas propostas oferecidas em nosso material didático:
sos afetivos, cognitivos e sociais presentes em um indivíduo e que podem valoriza-se o saber prévio do aluno como alicerce para a construção do co-
ser ativados para favorecer relações mais saudáveis. A escola é um dos nhecimento; nesse contínuo, as novas informações e descobertas se articulam
espaços que privilegiam tal condição, desde que estabeleça um contato com o conhecimento preexistente e provocam a desestabilização, o que pos-
de respeito com a criança, no lugar de uma relação autoritária ou mesmo sibilita a construção de novos saberes, constituindo, progressivamente, uma
permissiva; o respeito pela diversidade de hábitos, preferências, religiões rede significativa e integrada de conhecimentos. Trata-se de adotar estratégias
e etnias, favorecendo a percepção e a vivência dessa heterogeneidade. para as quais é necessário e conveniente recorrer a procedimentos múltiplos,
Dessa forma, a escola será o meio eficaz para que se construa a noção de assumindo, progressivamente, a complexidade das questões em estudo.
identidade pessoal e o sentimento de pertinência em suas relações sociais.
Atentos a essa perspectiva, optamos por uma concepção de educação que
É necessário, assim, que o educador, em sua prática pedagógica, esta- fomente a reflexão, a livre expressão e a produção de novos saberes por
beleça sólidos vínculos afetivos com as crianças, observe, esteja atento meio de atividades contextualizadas, vinculadas a competências e habilida-
ao mundo particular de cada uma delas, valorize e incentive a diversidade des necessárias para formar indivíduos capazes de compreender o mundo
cultural, a livre expressão do pensamento, possibilitando que construam que os cerca e nele se situarem de forma crítica e responsável, sendo agen-
um conceito cada vez mais respeitoso, confiante e saudável de si mesmas tes de sua transformação.
e do outro.
3. Didática
d) Independência
A didática organiza e orienta a prática educativa, em favor do desenvolvimento
Assim como queremos que as crianças argumentem e saibam justificar e
do processo de ensino e aprendizagem como um todo.
validar suas ideias, coordenando diferentes pontos de vista no momento
Desse modo, é preciso considerar os aspectos descritos a seguir.
da tomada de decisão, também almejamos que nossos alunos materiali-
zem suas ideias com progressiva independência. a) Organização do tempo didático
Ao fazer pelos alunos, o desafio proposto deixa de ser enfrentado, ao O professor tem diferentes formas de organizar seu tempo didático. Isso
mesmo tempo em que se declara, implícita ou explicitamente, que eles envolve o ato de planejar a modalidade mais adequada para que ocorra
não têm as condições para organizar, criar, explicar, revisar e avaliar, o determinada situação de aprendizagem. Quando a organização do tempo
– 11
prevê períodos mais curtos ou de periodicidade constante, pode-se orga- c) Organização social dos grupos
nizar o trabalho didático prevendo, por exemplo: Podemos organizar o grupo de alunos de diferentes formas, sempre tendo
• atividades permanentes: são desenvolvidas semanal ou quinzenal- como objetivo facilitar a troca de experiências e do conhecimento, enri-
mente, com o propósito de criar hábitos de leitura e pesquisa, propor quecendo os processos de aprendizagem e/ou facilitando a superação de
jogos educativos etc.; dificuldades.
• atividades ocasionais: ocorrem quando o professor, ou mesmo um Para a definição das modalidades de agrupamento é fundamental a ob-
aluno, leva para a sala de aula algo que julgou interessante socializar servação atenta do professor para, a partir daí, construir critérios para a
com o grupo (uma notícia, impressão sobre filmes, livros etc.). Tais escolha de uma delas, sem desvinculá-la da atividade que será proposta.
atividades também podem ocorrer quando o professor, por exemplo, Assim, o agrupamento dos alunos pode compreender diversas modalida-
considere valioso compartilhar um livro com os alunos ou levar um des, como a grande roda, a meia-lua ou U, duplas, trios, quartetos, grupos
convidado especial para conversar com a turma, mesmo que não tenha fixos ou móveis.
relação direta com o conteúdo que está sendo trabalhado; Quando a questão é superar obstáculos cognitivos, não há nada mais
• sequência didática: procedimento com as etapas encadeadas, visa a eficaz que combinar as atividades com propostas de agrupamento vol-
tornar mais eficiente o processo de aprendizagem. Tem como principal tadas para envolver, fazer emergir conhecimentos e favorecer a troca de
característica o desenvolvimento de um trabalho organizado de maneira experiências para confirmá-los, refutá-los e reconstruí-los tendo em vista
sistemática, com o propósito de facilitar a compreensão gradativa criar para ampliar a cultura.
de um conceito, um gênero textual ou outro objeto, desvinculado da
simples memorização ou fixação por meio de exercícios repetitivos. No 4. Avaliação
conjunto dessas propostas estão previstas atividades de antecipação A avaliação é vista como importante ferramenta institucional. Por meio
ou levantamento de conhecimentos prévios, leituras diversas, dela é possível identificar avanços e/ou resultados nos vários processos
compreensão, interpretação, análise, síntese, sistematização e de aprendizagem, como também fazer um levantamento de novas
generalização, contemplando eixos que estruturam os planos de aula necessidades, planejar e executar ações, elevando o padrão de qualidade
nas diferentes áreas do conhecimento; do atendimento aos alunos.
• projeto: prevê um período mais longo de trabalho e oferece aos Um processo de avaliação deve apresentar-se organizado, intencional
alunos inúmeras oportunidades de estabelecerem relações de ordem e absolutamente coerente com os princípios eleitos que fundamentam o
prática e/ou conceitual. Ao pensarmos em projeto, a participação dos projeto educacional, buscando, contínua e permanentemente, a participação
alunos na escolha do objeto de estudo é fundamental. Essa estratégia ativa de todos na tentativa de estabelecer uma estreita ligação entre ele e
contribui para envolvê-los no tema e na busca efetiva pelas respostas suas implicações na determinação de novas metodologias de trabalho. Para
ao questionamento que originou a proposta. Este é um recurso didático alcançarmos esse objetivo, a avaliação não pode ser um ato mecânico, mas
que mobiliza a turma e sugere uma disposição para o trabalho em grupo sim uma ação reflexiva, voltada para identificar níveis de aprendizagem dos
que só se constrói sobre uma intensa e produtiva interação entre todos. conteúdos desenvolvidos durante o bimestre. Assim, defendemos o emprego
Os temas transversais podem ser aqui amplamente contemplados. da avaliação formativa ou processual como uma das possibilidades mais
indicadas, uma vez que ela leva em conta o processo de construção do
b) Organização do espaço conhecimento e de formação do sujeito.
A organização do espaço, para todas as faixas etárias, deve propiciar a in- Faz-se necessário, então, criar estratégias diferenciadas para avaliar os
tegração dos alunos por meio de espaços alternativos em sala de aula ou alunos periodicamente, além de ter em mãos instrumentos que possam
fora dela, tendo como objetivo instigar a curiosidade, possibilitar a cons- acolher dados passíveis de reflexão pelos professores, de forma que eles
trução e a desconstrução de ideias ou produtos, o desenvolvimento da tenham condições de reconhecer e destacar os avanços, retrocessos e
independência, a conquista da autonomia e da identidade, com foco em resultados apresentados pela turma no decorrer do cotidiano escolar.
relações mais saudáveis. Para tanto, ela deve prever a disponibilidade Esse modelo de avaliação dá aos professores e alunos o lugar de protagonistas
democrática do conhecimento, facilitando o acesso a materiais diversos que ousam negociar no processo de construção de conhecimento por meio da
selecionados e atrativamente distribuídos. necessária interação discursiva que pode ser estabelecida nesse momento.
12 –
5. O papel do professor alunos e as novas informações que a eles forem apresentadas em diferentes
Ao docente cabe mediar os processos de aprendizagem, gestando o conflito suportes (textos, experiências, leitura de mapas, desafios diversos) geram a
que se instaura quando um conteúdo é problematizado, acompanhando construção de novos saberes.
como os alunos enfrentam, discutem, decidem, procedem e justificam suas Por meio dessa exploração, os alunos têm a oportunidade de (res)significar
descobertas. conceitos, estabelecer outras relações com o objeto de estudo, como resul-
Nessa interação de ideias e saberes, o professor é definitivamente um tado imediato da desacomodação das informações prévias, presentes nos
personagem insubstituível, porque é ele quem vai instigar o processo de sistemas de representação interna que previamente possuem.
descoberta, provocar a expressão do pensamento, relacionando-o ao assunto
em foco.
Nesse contexto, a problematização, concebida como procedimento Ampliação dos saberes
metodológico, e a didática da situação-problema são duas estratégias
fundamentais para que o professor possa desempenhar o papel de mediador
e, assim, contribuir efetivamente para que a escola desempenhe sua função Garantindo o espaço da discussão e organização de novos saberes, as ati-
social, que é, e será ainda por muito tempo, a de oferecer condições para vidades desta seção propõem aos alunos o uso efetivo – em novos e diver-
que os alunos aprendam de forma processual, significativa e real. sos contextos – das descobertas feitas anteriormente. Aqui entram em jogo
habilidades complexas como análise, aplicação, síntese e sistematização,
6. Estrutura da coleção fundamentais para que se amplie significativamente a apreensão do conteú-
Apresentamos a seguir as seções estruturantes nas quais as atividades do do proposto.
Caderno do aluno estão organizadas.
Cabe salientar que destacamos neste momento apenas as seções centrais,
que orientam essa organização em todas as áreas do conhecimento. Cer-
Produção de texto
tamente, os desdobramentos específicos que atendem às necessidades de
cada disciplina serão abordados, de forma específica, nas próximas páginas.
Assim, temos: As situações de produção de texto expressas nesta coleção foram elaboradas
a partir das possibilidades sugeridas pelas diversas áreas do conhecimento.
As propostas oferecem oportunidades para que os alunos reconheçam a
Suas experiências expressão escrita como forma legítima de comunicação, de interlocução,
despertando o interesse para seu uso e desenvolvendo as habilidades
de uso adequado da modalidade escrita, considerando sua legibilidade e
O objetivo desta seção é apresentar atividades que intencionalmente pro- função social.
vocam antecipações e levantam conhecimentos prévios dos alunos sobre o
assunto que será abordado. O foco é estimular o confronto e a socialização
de ideias entre os participantes do grupo. Por meio das previsões e hipóteses
expressas e compartilhadas, criam-se também a expectativa e o interesse Sua criação (Desafio final)
para a apresentação de conteúdos diversos.
Sequência didática: apresentação e desenvolvimento do tema de forma meio, o mundo que o cerca, o outro e a cultura, que a aprendizagem se dá.
a permitir a passagem do conhecimento espontâneo da classe, explicitado no Espera-se que nossos alunos passem por um processo de conscientização
momento de sua apresentação, para a sistematização do conteúdo, levando e criticidade da realidade e do ambiente em que estão inseridos, em favor do
em conta a leitura do texto e de documentos, bem como a expressão da
respeito e da valorização da natureza e de seus recursos; que possam se
compreensão do aluno.
reconhecer e reconhecer seus pares pela diversidade cultural, compreender a
Linguagens: tanto a situação-problema quanto as sequências didáticas
miscigenação do nosso país, aprender a lidar com as diferenças, desenvolver
utilizam a linguagem escrita, a visual (leitura de imagens e produção de
o senso crítico e transformador em diferentes dimensões, adquirir um olhar
ilustração dos alunos) e elementos da linguagem (em entrevistas e registros
de história oral). indagador sobre o mundo e reconhecer que o estudo das sociedades possibilita
Desafio: propiciar condições e mediar/facilitar a construção do conhecimento a constituição da identidade coletiva na qual o cidadão comum está inserido,
necessário para o aluno entender esse mundo dinâmico e complexo, e desenvolver à medida que introduz o conhecimento sobre a dimensão do “outro”, de outra
aptidões que lhe permita transformar-se em alguém mais capaz e atuante. sociedade, outros valores e mitos, além de diferentes momentos históricos.
– 17
Pontos de partida
O ENSINO DE GEOGRAFIA
Nos últimos anos, a Geografia sofreu uma grande transformação
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO
conceitual: de uma ciência fundamentada na memorização dos fatos e
FUNDAMENTAL
conceitos e de um conhecimento enciclopédico descritivo, sem relação com a
1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação entre a realidade dos homens, passou a ser instrumento para desvendar as origens e
sociedade e a natureza, bem como exercitar o interesse e o espírito de os processos de evolução dos diferentes fenômenos que compõem o espaço
investigação e de resolução de problemas. geográfico, entendido como produto histórico-social, resultado do trabalho
humano que se apropria dos recursos da natureza, segundo o modo como
2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico,
reconhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das cada sociedade se organiza (MILTON SANTOS).
formas como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao Assim, o olhar geográfico busca entender e apreender a significação
longo da história. desse espaço construído e apropriado pelo homem, que se explicita em tudo
o que vemos, dando-nos condições para estabelecer relações, tendo em vista
3. Desenvolver autonomia e senso crítico para a compreensão e aplicação
do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do compreender os aspectos subjacentes a ela, como a história e o modo que
espaço, envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, aquela sociedade pensa e vive esse espaço.
distribuição, extensão, localização e ordem. Dessa forma, ao conhecer o espaço geográfico, conhecemos também a
4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas nós mesmos, quer dizer, é o nosso trabalho que o produz, são os nossos
e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a interesses que estão sendo desvendados, somos partícipes dessa construção
resolução de problemas que envolvam informações geográficas. e, portanto, responsáveis por ela. Essa responsabilidade estende-se em
várias escalas, desde o bairro, passando pelo país e, sobretudo, após a
5. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação
“revolução” produzida pela tecnologia, até a escala mundial.
para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio
técnico-científico e informacional; avaliar ações e propor perguntas O espaço geográfico entendido dessa forma é dinâmico, forjado nas
e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem mudanças que a sociedade faz historicamente, sobretudo nos avanços
conhecimentos científicos da Geografia. técnicos. Dessa forma, ele é visto como uma construção das sociedades,
da relação dos indivíduos, que são seus construtores e espelham no espaço
6. Construir argumentos com base em informações geográficas, debater e
seu trabalho, necessidades, ideias, cultura e acumulam nele a sua história.
defender ideias e pontos de vista que respeitem e promovam a consciência
socioambiental e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos Portanto, conhecer o espaço geográfico é reconhecer-se nele.
de qualquer natureza. Segundo Morin, ao abordarmos o conhecimento geográfico, precisamos
contar com o conhecimento das Ciências Naturais, da História, da Economia e
7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade
das novas tecnologias para desvendar o espaço geográfico. Além disso, essa
flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões
socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis realidade complexa, para ser (re)conhecida, está ligada à nossa realidade ativa
e solidários. com o mundo exterior, que é a nossa ação (MORIN, 2008).
O conhecimento geográfico também “acumula tempos” desde que se
Considerando esses pressupostos, e em articulação com as competências
gerais da BNCC e com as competências específicas da área de Ciências constituiu como uma ciência, a Geografia. Esta tem um olhar e um discurso que
Humanas, o componente curricular de Geografia também deve garantir aos a identifica em relação aos demais conhecimentos, e, para isso, utiliza alguns
alunos o desenvolvimento de competências específicas. princípios que definem o seu método de estudo, conforme a tabela a seguir.
18 –
DESCRIÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO RACIOCÍNIO GEOGRÁFICO Segundo a BNCC, ao utilizar os conceitos geográficos, os alunos podem
reconhecer a desigualdade dos usos dos recursos naturais pela população
Princípio Descrição mundial, em diferentes contextos rurais e urbanos. Desse modo, a aprendizagem
da Geografia favorece o reconhecimento da diversidade étnico-racial e das
Um fenômeno geográfico sempre é comparável a outros. diferenças dos grupos sociais, com base em princípios étnicos (respeito à
Analogia A identificação das semelhanças entre fenômenos diversidade e combate ao preconceito e à violência de qualquer natureza).
geográficos é o início da compreensão da unidade terrestre.
Nessa direção, a BNCC está organizada com base nos princípios da Geografia
Um fenômeno geográfico nunca acontece isoladamente, contemporânea, diferenciados por níveis de complexidade. Embora o ESPAÇO
Conexão mas sempre em interação com outros fenômenos seja o conceito mais amplo e complexo da Geografia, é necessário que os
próximos ou distantes. alunos dominem outros conceitos mais operacionais e que expressam aspectos
diferentes do espaço geográfico: território, lugar, região, natureza e paisagem.
É a variação dos fenômenos de interesse da Geografia
Diferenciação* pela superfície terrestre (por exemplo, o clima), resultando Ainda segundo a BNCC, o conceito de espaço é inseparável do conceito de
na diferença entre áreas. tempo e ambos precisam ser pensados articuladamente como processo, assim
como para a História, o tempo é, para a Geografia, uma construção social que
Distribuição Exprime como os objetos se repartem pelo espaço.
se associa à memória e à identidade sociais dos sujeitos. Do mesmo modo, os
Espaço finito e contínuo delimitado pela ocorrência do tempos da natureza não podem ser ignorados, pois marcam a memória da Terra e
Extensão fenômeno geográfico. as transformações naturais que explicam as atuais condições do meio físico natural.
Posição particular de um objeto na superfície terres- Para dar conta desse desafio, o componente de Geografia foi dividido em
tre. A localização pode ser absoluta (definida por um cinco unidades temáticas.
Localização sistema de coordenadas geográficas) ou relativa (ex-
pressa por meio de relações espaciais topológicas ou O Sujeito e seu lugar no mundo
por interações espaciais). Espera-se que os alunos percebam e compreendam a dinâmica de suas
relações sociais e étnico-raciais, identificando-se com a sua comunidade e
Ordem ou arranjo espacial é o princípio geográfico de
respeitando os diferentes contextos socioculturais. Ao tratar do conceito de espaço,
maior complexidade. Refere-se ao modo de estruturação
Ordem** estimula-se o desenvolvimento das relações espaciais topológicas, projetivas
do espaço de acordo com as regras da própria sociedade
que o produziu. e euclidianas, além do raciocínio geográfico, importantes para o processo de
alfabetização cartográfica e a aprendizagem com as várias linguagens (formas
Fontes: FERNANDES, José Alberto Rio; TRIGAL, Lourenzo López; SPOSITO, de representação e pensamento espacial). Além disso, pretende-se possibilitar
Eliseu Savério. Dicionário de Geografia aplicada. Porto: Porto Editora, 2016. que os estudantes construam sua identidade relacionando-se com o outro,
*MOREIRA, Ruy. A diferença e a Geografia: o ardil da identidade e a representação valorizem as suas memórias e marcas do passado, vivenciadas em diferentes
da diferença na geografia. GEOgraphia, Rio de Janeiro, ano 1, n. 1, p. 41-58, 1999. lugares, e à medida que se alfabetizam, ampliem a sua visão de mundo.
**MOREIRA, Ruy. Repensando a Geografia. In: SANTOS, Milton (Org.).
Novos rumos da Geografia brasileira. São Paulo: Hucitec, 1982, p. 35-49. Conexões e escalas
Os alunos precisam compreender as interações multiescalares existentes
Esta é a grande contribuição da Geografia aos alunos da Educação Básica:
entre sua vida familiar, seus grupos e espaços de convivência e as interações
desenvolver o pensamento espacial, estimulando o raciocínio geográfico para
espaciais mais complexas.
representar e interpretar o mundo em permanente transformação e relacionando
componentes da sociedade e da natureza. Para tanto, é necessário assegurar a Conexões e escalas explicam os arranjos das paisagens, a localização e a
apropriação de conceitos a fim de obter o domínio do conhecimento fatual (com distribuição de diferentes fenômenos e objetos técnicos, por exemplo.
destaque para os acontecimentos que podem ser observados e localizados no Dessa maneira, as crianças dos anos iniciais compreendem e estabelecem
tempo e no espaço) e para o exercício da cidadania. as interações entre sociedade e meio natural.
– 19
Mundo do trabalho A Geografia também desenvolveu linguagens próprias, como a Cartografia
Abordam-se as técnicas construtivas e o uso de diferentes materiais (especialmente a temática), que lhe permite identificar os fenômenos do espaço
produzidos pelas sociedades em diferentes tempos. São igualmente abordadas geográfico de forma a explicitá-los, por meio, por exemplo, da construção
as características e funções socioeconômicas das inúmeras atividades dos de gráficos e tabelas com dados que permitam comparações e relações, e,
setores da Economia, bem como dos processos produtivos agroindustriais sobretudo, a noção de escala, que embasará também nossa metodologia.
expressos em distintas cadeias produtivas. Hoje, uma sociedade que depende tanto da produção quanto da circulação de
mercadorias tem uma nova preocupação: a escassez de recursos naturais para
Formas de representação e pensamento espacial alimentar esse processo. A Geografia incorpora essa discussão com uma visão que
Espera-se que, no decorrer do Ensino Fundamental, os alunos tenham o pretende promover alternativas de sustentabilidade, sob uma visão socioambiental.
domínio da leitura e elaboração de mapas e gráficos, iniciando-se na alfabetização Cada sociedade produz uma Geografia de acordo com os seus objetivos.
cartográfica. Fotografias, mapas, esquemas, desenhos, imagens de satélites, É importante relacionar os lugares com as sociedades que os habitam, sempre
audiovisuais, gráficos, entre outras alternativas, são frequentemente utilizados tendo em mente a globalização, que integra cada vez mais a sociedade mundial,
no componente curricular. ainda que com diferentes poderes e direitos. Se nossos alunos puderem ter na
Para isso, nos anos iniciais, os alunos começam, por meio do exercício Geografia um instrumento útil de leitura do mundo, ajudaremos a construir não
de localização geográfica, a desenvolver o pensamento espacial, que só uma escola, como também uma sociedade mais crítica e indignada com
gradativamente passa a envolver outros princípios metodológicos, como os de toda e qualquer miséria humana.
localização, extensão, correlação e analogia espacial.
Proposta metodológica
Natureza, ambientes e qualidade de vida Para alcançar nossos objetivos, utilizamos uma metodologia centrada no aluno,
Nos anos iniciais, destacam-se as noções relativas à percepção do meio assim, nosso primeiro compromisso é o de pensar, com ele, o seu lugar, a sua história
físico natural e de seus recursos. Com isso, os alunos podem reconhecer de pessoal e familiar, os seus valores culturais, as suas habilidades trazidas e adquiridas.
que forma as diferentes comunidades transformam a natureza, tanto em relação Utilizando o conceito de escala ou níveis de conhecimento, partimos do que
às inúmeras possibilidades de uso ao transformá-la em recursos, quanto aos é mais próximo do aluno e, começando da reflexão sobre o que já é conhecido,
impactos socioambientais delas provenientes. vamos elaborando conjuntamente os conteúdos (fixados pelos Parâmetros
Em todas essas unidades, destacam-se aspectos relacionados ao exercício Curriculares Nacionais) e construindo as significações.
da cidadania e à aplicação de conhecimento da Geografia diante de situações Isso quer dizer que o professor tanto ensina como aprende, já que há
e problemas da vida cotidiana, tais como: estabelecer regras de convivência trocas e reelaborações do conhecimento tanto do professor quanto do aluno.
na escola e na comunidade, discutir propostas de ampliação de espaços Assim, a partir de um fato concreto e pontual, partimos da experimentação e,
públicos, propor ações de intervenção na realidade, tudo visando à melhoria da utilizando os princípios geográficos, vamos aprofundando a análise, utilizando
coletividade e do bem comum. a indução e a dedução, estabelecendo um quadro o mais completo possível
Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, as crianças devem ser desafiadas (deve-se considerar a idade e maturidade do aluno).
a reconhecer e comparar as realidades de diversos lugares de vivência, assim Esse aprofundamento ocorre como uma espiral que vai ampliando a
como suas semelhanças e diferenças socioespaciais, e a identificar a presença significação do fato e integrando-o cada vez mais a outros níveis de compreensão.
ou ausência de equipamentos públicos e serviços básicos essenciais (como As atividades propostas refletem essa metodologia: há experimentos com o
transporte, segurança, saúde e educação). cotidiano do aluno, notícias atuais, fotografias (que não são só ilustrações, mas
Para tanto, a abordagem dessas unidades temáticas deve ser realizada devem ser utilizadas como estratégia de observação), mapeamentos, leitura de
integradamente, uma vez que a situação geográfica não é apenas um pedaço gráficos e tabelas, atividades em que serão trabalhadas orientação, lateralidade,
do território, uma área contínua, mas um conjunto de relações. Em uma mesma alfabetização cartográfica (legenda, noções de escala, visão bi/tridimensional),
atividade a ser desenvolvida pelo professor, os alunos podem mobilizar, ao leitura da paisagem (física, social e econômica) e, sobretudo, interações com
mesmo tempo, diversas habilidades de diferentes unidades temáticas. as demais disciplinas.
20 –
Apesar dessa diferença no desenvolvimento de habilidades, nada impede trabalho morto. Quando a quantidade de técnica é grande sobre a natureza, o
que as estratégias sejam semelhantes em todos os anos, segundo a avaliação trabalho se dá sobre o trabalho. É o caso das cidades, sobretudo as grandes.
do professor. As casas, a rua, os rios canalizados, o metrô etc. são resultados do trabalho
Outro ponto importante é que, apesar do conhecimento ser individual, ele se corporificado em objetos culturais. Não faz mal repetir: suscetível a mudanças
forja no trabalho do grupo; isso significa que todas as atividades, sejam individuais irregulares ao longo do tempo, a paisagem é um conjunto de formas heterogêneas,
ou em grupos, deverão ser compartilhadas e socializadas com a classe. de idades diferentes, pedaços de tempos históricos representativos das diversas
maneiras de produzir as coisas, de construir o espaço.
DICAS PARA LER UMA PAISAGEM SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado.
Segundo Milton Santos: São Paulo: Hucitec, 1997.
[...] A paisagem não se cria de uma só vez, mas por acréscimos,
substituições; a lógica pela qual se fez um objeto no passado era a lógica LEITURA DA PAISAGEM
da produção daquele momento. Uma paisagem é uma escrita sobre a outra,
é um conjunto de objetos que têm idades diferentes, é uma herança de (Texto adaptado para fins didáticos)
muitos diferentes momentos. Daí vem a anarquia das cidades capitalistas. Ao olhar para o lugar onde vivemos, identificamos muitas imagens. São
Se juntos se mantêm elementos de idades diferentes, eles vão responder casas, ruas, praias, montanhas, automóveis, enfim, são diversas paisagens
diferentemente às demandas sociais. A cidade é essa heterogeneidade de em que o homem e a natureza estão presentes. Como um e outro interagem?
formas, mas subordinada a um movimento global. O que se chama desordem Como entender e explicar essa relação partindo daquilo que percebemos com
é apenas a ordem do possível, já que nada é desordenado. Somente uma parte o nosso olhar?
dos objetos geográficos não mais atende aos fins de quando foi construída. Ler a paisagem é compreender como interagimos com a natureza. A leitura da
Assim, a paisagem é uma herança de muitos momentos, já passados, o que paisagem nos leva à compreensão dos fatos e de sua relação com a nossa vida.
levou Lenin a dizer que a grande cidade é uma herança do capitalismo e veio
para ficar, devendo os planejadores do futuro levar em conta essa realidade. A paisagem é um conjunto no qual interagem dois tempos distintos: o
[...] Em cada momento histórico os modos de fazer são diferentes, tempo da sociedade e o tempo da natureza.
o trabalho humano vai tornando-se cada vez mais complexo, exigindo
O tempo da natureza define as formas de relevo, o clima, a vegetação, a
mudanças correspondentes às inovações. Através das novas técnicas vemos
distribuição de plantas e animais etc.
a substituição de uma forma de trabalho por outra, de uma configuração
territorial por outra. Por isso, o entendimento do fato geográfico depende O tempo da sociedade reflete decisões tomadas pelos homens em
diferentes épocas.
tanto do conhecimento dos sistemas técnicos.
A paisagem é produto da vida em sociedade, das ações de todos nós
O homem vai construindo novas maneiras de fazer coisas, novos modos
acumuladas historicamente. Para ler uma paisagem, é preciso desenvolver uma
de produção que reúnem sistemas de objetos e sistemas sociais. Cada
linguagem com a qual possamos decifrar formas, objetos, movimentos muitas
período se caracteriza por um dado conjunto de técnicas. Em cada período
vezes ocultos etc.
histórico temos um conjunto próprio de técnicas e de objetos correspondentes.
Num momento B, muitos elementos do momento A permanecem; e surgem Começando a leitura
novos. É a inovação triunfante que permite sair de um período e entrar em um Pode-se apresentar, de modo geral, vários aspectos da paisagem,
outro. A inovação traz a modificação da paisagem, que passa a ter objetos introduzindo questões que levem os alunos a compreenderem o que significa
dos momentos A e B. cada paisagem, assumindo responsabilidades em relação a como o mundo se
A paisagem não é dada para todo o sempre, é objeto de mudança. É um apresenta hoje e passando, então, a interagir de forma consciente.
resultado de adições e subtrações sucessivas. É uma espécie de marca da Alguns exemplos de questões:
história do trabalho, das técnicas. Por isso, ela própria é parcialmente trabalho • Ao observar os fatos visíveis nas paisagens, o que estamos vendo?
morto, já que é formada por elementos naturais e artificiais. A natureza natural • O que tentamos explicar ao procurarmos alguns fatos que não vemos
não é trabalho. Já o seu oposto, a natureza artificial, resulta de trabalho vivo sobre nas paisagens?
– 21
• A que conclusões chegamos após relacionarmos e compararmos os fatos? As paisagens mudam com o tempo
• Serão tais conclusões uma síntese do mundo em que vivemos? Uma paisagem pode mudar à medida que os fenômenos naturais e sociais
• O que podemos fazer diante do que compreendemos a respeito do mundo? se transformam. Descobrir as transformações e buscar entender como elas
• Professor, é importante apresentar essas questões numa linguagem aconteceram é fundamental na leitura de paisagem. Tais descobertas podem
adequada a cada faixa etária, porém sem perder de vista a fundamentação advir de entrevistas com antigos moradores de uma cidade, relatos escritos,
de cada uma.
fotos etc.
A importância da observação A localização de determinado lugar também pode ajudar a entender as
No estudo geográfico da paisagem é necessário procurar respeitar as noções transformações, desde que levantadas as características dessa localização.
de escala espacial de um fenômeno, assim como seu alcance temporal. Deve- Exemplificando: ao pensar na rua onde fica o seu local de trabalho, procure
se sempre compreendê-lo dentro de uma territorialidade. Para cada fenômeno, identificar se é alto ou baixo, se é ou não possível que seja atingido por
o observador necessita decodificar o que vê, compreendendo-o dentro de inundações e se há dificuldades para o acesso.
determinado contexto. Assim, por exemplo, ao estudarmos um fenômeno climático
Somente os lugares ainda não ocupados pela sociedade humana formam
– como as chuvas –, é preciso mostrar que, de acordo com o local (territorialidade)
de sua ocorrência, as consequências podem ser bem diferenciadas (exemplo: a paisagem natural. No entanto, por mais que o homem tenha ocupado quase
excesso de chuva pode favorecer a lavoura em algumas regiões, mas, em todo o planeta, a natureza prossegue seu trabalho por meio de chuvas, ventos,
contrapartida, pode provocar inundações em outros locais). rios, florestas etc.
Olhar para as diferenças pode ser o primeiro passo no processo de A paisagem é inteira – embora seja possível decifrá-la pelo estudo de suas
observação. Assim, algumas novas questões podem ser inseridas: partes, elas estão inter-relacionadas. Veja só:
• Por que existem regiões desérticas e outras de florestas? • Os rios fazem parte da hidrosfera.
• Por que algumas cidades sofrem com as enchentes? • A terra – com seu relevo – compõe a litosfera.
• Por que uma grande cidade difere de uma pequena vila?
• O ar e seus elementos, a atmosfera.
A explicação dos fatos dá-se, então, em decorrência de pesquisa, motivada
• Os seres vivos, a biosfera.
por perguntas feitas a partir da observação.
Pesquisar sobre o que se passa à nossa volta é o caminho para tentar À medida que fazemos essa análise, é possível ver como tais fatos se
compreender como o mundo e o lugar interagem de forma global, uma vez que, relacionam, um explicando o outro. Encontramos, então, algumas leis que não
quando estudamos paisagens, estamos estudando o mundo e um determinado lugar. estão evidentes, mas são importantes para a compreensão dos fenômenos.
Como podemos passar do estágio de observação ao estágio de explicação? Ao ver o todo novamente, com outros olhos, de quem, agora, sabe muito
Através do estabelecimento de relações entre um fato rotineiro, do dia a mais. Esse é o desafio.
dia, e outros fatos cotidianos. Como exemplo, voltemos ao estudo do fenômeno
Leia mais sobre esse assunto
climático “chuva”. Observe:
1. A chuva é um fenômeno da natureza. • Para onde vai o ensino de Geografia, de um grupo de autores. São Paulo:
Contexto, 1994.
2. Algumas cidades cresceram próximas a rios.
• Geografia, escola e construção de conhecimentos, de Lana de Souza
3. O ser humano constrói a cidade.
Cavalcanti. Campinas: Papirus, 1998.
4. Com a chuva, há transbordamento de rios.
• Pensando o espaço do homem, de Milton Santos. São Paulo: Hucitec, 1991.
5. Como consequência, outros fatos são desencadeados: congestionamentos
no trânsito, atraso dos trabalhadores para chegar a suas casas, entre outros. • O espaço e o cidadão, de Milton Santos. São Paulo: Hucitec, 1987.
Por esse caminho, é possível acumular elementos para entender e explicar • Cidades brasileiras – o passado e o presente. Coleção “Desafios”. São
o porquê dos acontecimentos. Paulo: Moderna.
22 –
aconteça é preciso desenvolver no aluno certas habilidades:
CARTOGRAFIA...
– a orientação espacial;
Ajudando a entender o mundo
– a percepção de forma e tamanho;
Professor e alunos devem entender que os mapas existem – a abstração de imagens tridimensionais para transformá-las em bidimensionais;
para ajudar e não para complicar. – o reconhecimento do sistema simbólico;
Nidelcoff – a confecção de maquetes.
A Geografia também desenvolve linguagens próprias, como a Cartografia, Como se vê, esse é um processo gradativo. Passo a passo, o aluno vai
que lhe permite identificar os fenômenos do espaço geográfico de forma superando dificuldades e conquistando a habilidade para a leitura de mapas.
a explicitá-los por meio da construção de gráficos, tabelas com dados que Devemos, então, refletir a respeito e não nos deixar levar pela prática
permitem comparações, relações e, sobretudo, a noção de escala, que tradicional do ensino cartográfico, que enfatiza a memorização de concei-
embasará também nossa metodologia. tos e o desenho de mapas.
A alfabetização cartográfica permitirá ao aluno um aprendizado
É do nosso conhecimento que as formas mais usuais de se trabalhar
mais concreto, possibilitando o ver, o compreender e o expressar-se,
com mapas nas escolas são situações em que os alunos desenham mapas,
contribuindo para a formação de um cidadão atuante e crítico e não um
copiam nomes de rios, de cidades e memorizam informações registradas. mero reprodutor de ideias preconceituosas e preconcebidas.
Dessa forma, as aulas se tornam desinteressantes, levando o aluno a
decorar informações.
Sugestões de atividades para trabalhar com o aluno a leitura cartográfica –
Culpa dos professores?
Orientação espacial
Nem sempre. Muitas vezes, sobrecarregados de tarefas, têm pouco tem-
po para preparar aulas interessantes e recorrem a antigos métodos, ou seja, Antes de iniciar qualquer trabalho com mapas, torna-se necessário obser-
aulas teóricas, questionários, cópias de mapas, entre outros. var como o aluno faz uso do espaço físico.
Afinal, que graça tem em decorar mapas? Primeiro, a criança descobre o próprio corpo. Depois, pouco a pouco, ela vai
O mapa é muito mais que um simples desenho; ele é um meio de percebendo o espaço exterior. A criança não distingue, nem consegue ocupar
informação e como tal deve ser utilizado, para que o aluno entenda a esse espaço. Para ela, o mundo exterior e sua representação encontram-se
mensagem transmitida por ele. misturados e sua tendência é reduzir o espaço a dimensões apreensíveis.
Assim, quando solicitada a organizar jogos que possibilitam a ocupação de
Para o aluno, é muito mais interessante poder ler um mapa por meio da
todo o pátio da escola, prefere realizá-los em espaços mais restritos; frente a
legenda, abrir o jornal e entender, por exemplo, a previsão do tempo, saber
uma folha de papel em branco, tem dificuldade em utilizá-la por inteiro.
ler a planta de um apartamento, orientar-se por meio de um guia de ruas etc.
A evolução das formas de percepção do espaço passa por três etapas
Aulas criativas e contextualizadas são necessárias para o bom
principais: o espaço vivido, o espaço percebido e o espaço concebido.
desempenho do aluno e inserir mapas e plantas no seu dia a dia é fundamental.
Primeiramente, a criança vive o espaço, isto é, entra em contato com ele.
Assim sendo, a escola deve criar oportunidades para que os alunos cons-
Para vivenciá-lo, recorre ao movimento: anda pela sala, corre pelo pátio etc.
truam conhecimentos sobre essa linguagem:
Começa, então, a perceber as distâncias que a separam dos objetos e a rela-
– como representantes e codificadores do espaço; ção entre estes e o seu próprio corpo: pode pegar as coisas que estão perto/
– como leitores de informações expressas por ela. longe, em cima/embaixo, acima/abaixo, fora/dentro. Essas noções são viven-
Essa metodologia, entretanto, requer do professor tempo e habilidade. ciadas pelo seu corpo em movimento: o que está perto é o que ela pode tocar,
Entender mapas não é nada fácil para as crianças e, sem o auxílio do o que está longe não pode ser tocado; o que está acima é o que ela pode alcan-
professor, em especial, elas terão dificuldade em relacionar esses “desenhos” çar saltando, o que está embaixo é o que pode ser atingido agachando-se etc.
a um espaço. Os mapas tornam-se apenas símbolos. Para que isso não As situações são sempre concretas e a criança participa diretamente delas.
– 23
Segundo Jean Piaget, a criança de cinco a oito anos só distingue o que
se encontra à direita e à esquerda de si mesma. Na maioria dos casos é
impossível para ela relacionar a sua direita com a de seu interlocutor. Dos
oito aos onze anos, já distingue a direita e a esquerda do interlocutor que se
encontra à frente. Finalmente, a partir dos onze ou doze anos, saberá situar
os objetos na sua relação recíproca, deixando de tomar o próprio corpo como
ponto de referência. No momento em que a noção de direita/esquerda estiver
incorporada, a criança poderá facilmente orientar-se nas ruas, distinguindo o
lado direito e o lado esquerdo.
26 –
Limite e posições
FAZER UM BAIRRO DE PAPEL ENSINA QUE O ESPAÇO É CONTÍNUO
Sugestões de atividades
O objetivo de montar a maquete de um bairro ou uma pequena cidade
é estender • Realizar jogos para determinar fronteiras. Dispor aros com diâmetros variados
no chão do pátio ou da sala de aula, tomando cuidado para que eles não se
os conceitos
aprendidos para toquem. Pedir aos alunos que se espalhem: alguns ficarão fora dos aros;
áreas maiores e outros, dentro de um aro isolado; outros, entre um aro grande e um pequeno.
ensinar que o Cada aro determina um limite no espaço. “É possível o aluno... visitar o aluno...
espaço é contínuo sem atravessar nenhum limite?”. Repetir a atividade, trocando os alunos.
(a sala está na • Os jogos constituem excelente recurso para desenvolver a orientação espacial
escola, que está na em Cartografia. Os jogos infantis, como amarelinha, esconde-esconde, coelho-
cidade, que está sai-da-toca, entre outros, favorecem o desenvolvimento de noções espaciais:
no país). A classe representação concreta ou imaginária, localização, orientação em termos de
inteira (da segunda direção e distância etc. Essas brincadeiras revelam preocupação em traçar
à quinta série) faz linhas, determinar pontos e delimitar áreas. Elas também determinam a
uma só maquete posição que os objetos e as pessoas ocupam no espaço.
e, com ela, uma • Sentar com os alunos no chão do pátio ou na sala de aula. Conversar com eles
planta baixa, sem sobre o espaço que seus corpos ocupam. Pedir que determinem esse espaço
escala. com um giz. Desse modo, as crianças adquirem a noção de espaço e de limite.
1 Peça que os alunos discutam como seria a cidade em que eles gostariam
de viver.
2 Eles listam os prédios que a cidade teria, como o hospital e a escola. Cada
um se encarrega da maquete de um prédio.
4 Eles discutem qual a melhor posição para cada prédio. Esse exercício
ajuda a desenvolver uma visão crítica da ocupação do espaço urbano. Tipos de mapas
5 A base pode ser uma cartolina, outro tipo de papel, ou o próprio chão.
Ajude as crianças a desenharem o contorno das quadras, levando sempre
em conta a distribuição dos prédios decidida antes.
Os primeiros materiais que as crianças devem manipular são as gravuras
e as fotografias, porque elas são seletivas, isto é, representam um único
aspecto da realidade, exigindo um grau menor de abstração.
7 Para fazer a planta baixa, peça para os alunos contornarem com giz ou
caneta a base dos prédios e demais objetos.
– 27
Quando a criança já domina a representação fotográfica em termos de distância, Existem, porém, coisas que só se podem desenhar se o seu tamanho for
direção e aspectos geográficos, é que devem ser introduzidos os mapas. aumentado ou diminuído.
A forma mais exata de representação da superfície da Terra é o globo. Ele
deve ser usado antes de se introduzirem os mapas murais e os mapas temáticos
planos. O globo pode ser usado como um ponto de referência para determinar
a localização, o tamanho, a distância, a direção e a relação entre dois ou mais
pontos da Terra.
Os globos devem ser empregados juntamente com os mapas, porque neles
é mais fácil de se perceberem as direções e as distâncias.
Ao iniciar o aluno no trabalho com mapas, procurar aqueles que são
mais simples, sem muitos detalhes. Os mais recomendados são os mapas O tamanho do inseto foi aumentado no desenho e o da casa, diminuído.
morfológicos, isto é, mapas de caráter descritivo. Neles, os aspectos do terreno Nos mapas não podemos aumentar ou diminuir o tamanho das cadeias
são representados por sinais e tem-se a impressão de se estar contemplando montanhosas, dos rios, das cidades, das estradas, sem obedecer a um critério
o local reproduzido. Os mapas ilustrados ou pictóricos, que usam imagens para previamente definido. É necessário que haja uma correspondência entre o real
e o representado, em termos de forma, dimensão, distância e localização. Para
representar vários tipos de informação, também são aconselháveis.
isso, usamos a escala.
Existem diferentes tipos de mapas:
A escala de um mapa é a relação entre um tamanho real e o que se representa
• Mapas físicos – representam os elementos naturais da paisagem. Eles no desenho. Ela indica o número de vezes que o objeto real está reduzido no plano.
podem ser geomorfológicos, isto é, com indicações do relevo: hidrográficos, Como determinar a escala?
com indicações de rios, lagos etc.; climáticos; de vegetação etc. Para orientar os alunos na representação de uma escala, deve-se verificar
• Mapas políticos – indicam países, estados, com seus limites, capitais, se eles conhecem o sistema métrico decimal e as quatro operações, para então
cidades importantes etc. iniciar a representação da escala.
10 cm
• Mapas econômicos – representam as riquezas agrícolas, pecuárias,
minerais, industriais de um país, estado, município etc.
• Mapas históricos – indicam os acontecimentos importantes da história.
• Mapas demográficos – representam a população de uma determinada área.
5 cm 5 cm
Interpretando mapas: escala
Escalas, percepção de formas e tamanho
A percepção de forma e tamanho prepara o aluno para o entendimento da escala.
10 cm
Por que usamos escala em um mapa?
Existem muitas coisas que podem ser desenhadas ou representadas no seu Em seguida, reduzir o tamanho do caderno, dividindo cada medida por 2.
tamanho real: 5 cm
2,5 cm 2,5 cm
fósforo feijão
5 cm
28 –
Explicar aos alunos que as dimensões do caderno foram diminuídas, Podemos também adotar símbolos segundo nosso critério pessoal.
obedecendo ao seguinte critério: cada centímetro do real foi reduzido à metade.
Para que todos entendam a redução feita, é necessário que se faça uma
indicação ou uma representação. Essa indicação pode ser feita de duas maneiras
e, por esse motivo, dizemos que há dois tipos de escala: a numérica e a gráfica.
Na escala numérica indicamos: desenhos cores hachuras
1:2 (ou 1/2). Lê-se: um por dois. As representações cartográficas costumam ser de difícil interpretação para
os alunos que estão se iniciando no trabalho com mapas. Por isso, os símbolos
De acordo com essa escala, as medidas de representação foram reduzidas pictóricos devem ser introduzidos antes dos não pictóricos. Quanto mais jovens
duas vezes, ou seja, 1 cm no papel equivale a 2 cm do objeto real. forem os alunos, mais concretos devem ser os símbolos a eles apresentados.
Na escala gráfica indicamos: Para treinar o sistema simbólico e empregar as convenções geográficas, tra-
balhar primeiramente com as maquetes e plantas simples. Antes de montá-las,
0 2 cm promover passeios, visitas e excursões que permitam o contato direto com a pai-
sagem que será representada simbolicamente.
De acordo com essa escala, 1 cm no papel equivale a 2 cm do objeto real.
Sugestão de atividade
Os mapas podem apresentar diferentes escalas.
Levar os alunos a um passeio pelo quarteirão da escola. Durante o percurso,
Legenda chamar a atenção para alguns pontos importantes: um jardim, uma padaria,
Os mapas não são simples desenhos, mas representações da realidade. uma igreja. Ao voltarem para a sala de aula, pedir-lhes que desenhem o que
Eles exigem execução precisa e correta. viram, destacando principalmente o ponto de partida e o de chegada e mais dois
O reconhecimento do sistema simbólico é uma habilidade importante, ou três lugares que foram apontados durante o passeio.
pois prepara o aluno para o entendimento do significado e da representação
das legendas.
Por que usamos símbolos em um mapa?
Não é possível desenhar um rio, uma serra, uma estrada em seu tamanho
natural. É preciso usar símbolos para representá-los.
Para indicar o significado dos símbolos usamos as legendas.
Os símbolos utilizados nos mapas são convenções estabelecidas
internacionalmente. Eles são chamados de convenções cartográficas.
Legendas
Orientação
O domínio do espaço segundo os conceitos acima/abaixo, na frente/atrás,
à direita/à esquerda etc. conduz o aluno a identificar, com mais facilidade, as
direções norte–sul e leste–oeste, isto é, os pontos cardeais.
A determinação dos pontos cardeais faz-se a partir de um ponto de
referência constante, o Sol. A direção da marcha aparente do Sol, tendo como
pontos fixos o lado em que ele aparece no horizonte e o lado em que ele
desaparece, permite determinar o eixo leste–oeste. A partir daí, determinar o
eixo no sentido norte–sul.
Sol Não é aconselhável usar os termos para cima e para baixo a fim de indicar
o norte e o sul. Comentar que para cima significa a direção contrária ao centro
da Terra e para baixo significa a direção desse centro.
Dessa forma, o domínio do espaço vivido prepara a criança para o
Norte
Leste entendimento do espaço percebido, que será trabalhado pela Geografia. Este
pode ser apresentado sob a forma de uma paisagem ou de um documento
impresso, como, por exemplo, o mapa.
Quando o aluno já domina o espaço percebido, torna-se apto para conceber
o espaço abstrato, o espaço das formas.
– 31
3.o ANO
História e Geograa E N S I N O F U N D A M E N TA L
1 .o bimestre
HISTÓRIA
Organização didática
Neste bimestre o tema é Convivência em diferentes grupos sociais e culturais e Cidade... seus espaços e suas histórias.
• Compreender que a boa • As pessoas e os grupos • O “eu”, o “outro” e os diferen- • (EF03HI01) Identificar os grupos populacionais que
convivência é fundamen- que compõem a cidade tes grupos sociais e étnicos formam a cidade, o município e a região, as relações
tal para a vida em peque- e o município. que compõem os munícipios: estabelecidas entre eles e os eventos que marcam a
nos ou grandes grupos.
• O lugar em que vive. os desafios sociais, culturais e formação da cidade, como fenômenos migratórios (vida
• Identificar cidades, suas ambientais do lugar onde vive. rural/vida urbana), desmatamentos, estabelecimento de
histórias e compreender grandes empresas etc.
• Os patrimônios históricos e cul-
que cuidar dos nossos
turais do município em que vive. • (EF03HI04) Identificar os patrimônios históricos
patrimônios é fundamental
e culturais de sua cidade ou região e discutir as
para a preservação da • A produção dos marcos da
razões culturais, sociais e políticas para que assim
nossa história. memória: os lugares de me-
sejam considerados.
moria (ruas, praças, escolas,
monumentos, museus etc.). • (EF03HI05) Identificar os marcos históricos do lugar em
que vive e compreender seus significados.
• (EF03HI06) Identificar os registros de memória
na cidade (nomes de ruas, monumentos, edifícios
etc.), discutindo os critérios que explicam a escolha
desses nomes.
32 –
• apresentar e destacar a tecnologia que permeia a realidade do aluno,
Unidade 1
EU E MEUS GRUPOS DE CONVIVÊNCIA fazendo-o perceber as diferenças entre os meios tecnológicos usufruídos
Aulas 1, 3, 5, 7, 9, 11 e 13
por ele e pelas sociedades humanas que viveram em outros tempos;
Objetivos no ensino de História? • permitir que seus alunos saibam perceber as influências das antigas
sociedades sobre as que hoje habitam o mesmo espaço;
Não se ensina História no Ensino Fundamental apenas por ser uma disciplina
• ajudar os alunos a aprenderem com as aulas que assistem, mas descobrirem
do currículo escolar e também não se ensina História porque professores dessa
a importância de sua complementação com a busca de outras fontes,
disciplina só podem ensinar História. Em outras palavras, o ensino da História
mediante a plena integração de diferentes pesquisas transformadas em
no Ensino Fundamental se fundamenta em objetivos claros que, se não trabalhos, apresentados individualmente ou em grupo.
concretizados, abrem insuperável lacuna na formação dos estudantes.
Experimente, apenas como exercício intelectual, ocupar-se por alguns
É por esse motivo que esses objetivos devem, não apenas ser bem minutos de um tema qualquer que irá trabalhar com os alunos. Você
conhecidos pelos professores, mas devem, sobretudo, constituir sua meta. perceberá que uma ação conjunta dos procedimentos descritos não é
Os objetivos devem estar presentes em todas as atividades e justificar complicada e, mais ainda, traz para a sala de aula um sentido mais objetivo,
toda a avaliação de aprendizagem essencial ao ensino. que não apenas informa, mas desenvolve a compreensão e a percepção do
É por essas razões que se ensina História, e é pelo alcance pleno das mesmas civismo em seus alunos.
que aplaudimos um excelente professor, diferenciando-o de um professor que A respeito do assunto a ser tratado nesta unidade “Convivência” citaremos
apenas cumpre tarefas de um currículo ou, pior ainda, que ministra aulas sem um texto de Mario Sergio Cortella, do livro Pensar bem nos faz bem!, volume 3.
nem mesmo conhecer os objetivos essenciais de sua ação. Respeito encarnado
Portanto, ensina-se História no Ensino Fundamental para que os alunos: “Há necessidade de formarmos as novas gerações e nos formarmos com
• descubram realidades históricas diferentes da sua, percebendo outros modos elas, na ideia central de que toda pessoa merece respeito, independentemente
de convívio, relações culturais e de transformação de ideias em obras; de condição econômica, de escolaridade, de religião, de orientação sexual,
• percebam a relação humana com a natureza e realizações sociais de de trabalho que desenvolve, de condição biológica.
trabalho em diferentes épocas e em diferentes realidades históricas; Gosto de lembrar uma frase – que muita gente atribui ao escritor
• possam refletir sobre as transformações tecnológicas e as modificações colombiano Gabriel García Márquez (1927-2014), especialmente nas redes
sociais – porque nos ajuda a entender o que é respeito recíproco.
impostas pelas mesmas, nas maneiras de trabalhar e viver de outras
A frase é: “Um homem só deve olhar outro homem de cima para baixo
sociedades humanas, em outros tempos;
quando for ajudá-lo a se levantar”.
• aprendam a localizar acontecimentos no tempo, compreendendo padrões de
Esta ideia foi muito bem encarnada, com o primeiro artigo da Declaração dos
medidas e dominando critérios de anterioridade, posterioridade e simultaneidade; Direitos do Homem e do Cidadão votada na Assembleia Nacional Constituinte
• tenham a iniciativa e autonomia de se utilizar de fontes históricas em seus francesa, em outubro de 1789: “Os homens nascem e permanecem livres e
trabalhos e pesquisas e para a realização de trabalhos individuais e em grupo. iguais em direitos”.
Embora a concretização desses objetivos em sala de aula não pareça muito Algo que agora é muito conhecido, mas, naquele momento, foi uma
fácil, essa missão não é complicada para o professor que, ao trabalhar um tema, inovação brutal.
mostre sempre cuidado em: Um momento da história humana em que se discutia que todo mundo
• ajudar os alunos a compararem o que descobrem com a realidade histórica de nasce livre, isto é, ninguém pode ser dono de outra pessoa e, ao mesmo tempo,
a condição de igualdade em direitos como sendo forte para a existência.”
seu tempo, mostrando sempre a natureza transformada pela ação humana;
– 33
C1_3oANO_EF_Historia_Gabriela_2022 09/09/2021 14:32 Página 155
Para vivermos em harmonia com diferentes grupos, é importante respeitar as diferenças entre
as pessoas que fazem parte do grupo.
– 35
C1_3oANO_EF_Historia_Gabriela-Carlos_2022 27/10/2021 08:28 Página 159
3. Leandro e Luciano são alunos novos do Colégio Objetivo e estão se preparando para
entrar pela primeira vez na sala de aula.
Para vivermos em harmonia com diferentes grupos é importante respeitar as diferenças entre
as pessoas que fazem parte do grupo.
Espera-se que o aluno responda que sim, pois, para que possamos conviver bem com outras
pessoas, é preciso levar em consideração o respeito, as gentilezas, a honestidade, a solidarie-
dade, entre outras práticas em destaque na imagem.
Resposta pessoal.
b) Se você fizesse parte desse grupo escolar, o que faria para recebê-los?
Resposta pessoal.
159
36 –
Troca de ideias Você sabia?
Peça para que os alunos analisem as imagens a seguir. Continue a leitura do texto, agora enfatizando a convivência no planeta
Elas foram escolhidas de modo que os alunos possam perceber a importância Terra. É preciso que os alunos entendam que também essa convivência
C1_3oANO_EF_Historia_Carlos_2021 13/10/2020 11:20 Página 161
do trabalho em equipe, pois a “União faz a força”. deve ser harmoniosa e respeitosa, pois ocupamos o mesmo espaço e temos
responsabilidades comuns no que diz respeito à limpeza das ruas, praças, rios,
Esse é um momento em que você pode conversar a respeito do trabalho em praias, mares, ao respeito com os animais, com as plantas que nos alimentam e
sala de aula proposto em: dupla, grupo, na roda. enfeitam nossas paisagens. É importante desenvolver nos alunos a compreensão
Importante que eles percebam que, quando o grupo ou as duplas são de que todos devem ser respeitados e valorizados, independentemente das
formados, os integrantes são diferentes em muitas coisas, mas essas diferenças diferenças e que todos, por conta disso, temos obrigações e deveres.
complementam outras e27/10/2021
C1_3oANO_EF_Historia_Gabriela-Carlos_2022 os grupos se160fortalecem.
08:28 Página Feito isso, proponha a leitura do texto e a troca de ideias.
Você sabia?
Troca de ideias
Nós moramos no planeta Terra, um “local
Observe as imagens: público” que tem, hoje, mais de 7 bilhões de
habitantes, e esse número não para de
crescer.
A Terra é um planeta único, mas seus
habitantes apresentam inúmeras dife-
renças: têm cores de pele diferentes, que
falam e escrevem de maneiras diversas,
apresentam diferentes hábitos alimentares,
tradições, costumes, religiões, times, hinos
pátrios, moedas e que comemoram suas
tradições de diversos jeito etc.
– 37
Exploração e descoberta – Hora do texto – Gente de todos os jeitos e
espaços comuns
O objetivo desta atividade, além de descrever a paisagem e características
de uma cidade, é também conversar com os alunos sobre a convivência num
espaço que apresenta inúmeros pontos de encontros. E como fazer para usar-
mos esses espaços comuns de maneira a criar hábitos saudáveis e respeitosos.
Proponha uma conversa sobre esse assunto, de modo que os alunos pos-
sam expressar suas opiniões e trocar ideias com seus colegas.
Leia, em seguida, o texto proposto e peça que, em duplas, os alunos res-
pondam às questões do diálogo com o texto.
38 –
C1_3oANO_EF_Historia_Carlos_2021 13/10/2020 11:20 Página 164
Os moradores das cidades têm muitos hábitos em comum: trabalhar; estudar; passear;
praticar esportes; alimentar-se em restaurantes, cantinas ou lanchonetes; frequentar
espaços abertos, como praças e parques, ou lugares fechados, como shoppings e galerias.
Além disso, usam os mesmos meios de transportes, frequentam as mesmas praças, os
mesmos shoppings e supermercados e andam pelas mesmas ruas.
Os muitos e diferentes espaços urbanos são frequentados por inúmeras pessoas, e, por
isso, regras de convivência são importantes.
Veja algumas delas: Respeitar os pais e os irmãos. Desobedecer aos pais, brigar
Contribuir para a organização da com irmãos, não ajudar em
casa, ajudar nas tarefas do dia a tarefas da casa.
dia etc.
Lição de Casa 2
164
– 39
Respostas pessoais.
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
40 –
C1_3oANO_EF_Historia_Gabriela-Carlos_2022 29/10/2021 12:25 Página 168 C1_3oANO_EF_Historia_Gabriela_2022 19/10/2021 18:29 Página 169
3. Além desses, você deve conviver com outros grupos sociais. Quais são eles? a) Escreva algumas regras que você acredita serem necessárias aos moradores de uma cidade
Resposta pessoal. para que consigam conviver, ou seja, dividir o mesmo espaço em harmonia:
Resposta pessoal.
4. As cidades podem ser grandes ou pequenas, mas a maioria delas apresenta um número
significativo de diferentes pessoas morando e transitando pelas ruas e pelos bairros.
Observe as imagens a seguir. Elas estão representando diferentes locais de uma mesma
cidade:
169
168
– 41
Ampliação dos saberes – Tem História na literatura
Nesta atividade focamos a convivência num ambiente indígena, por exemplo, a Suas conclusões...
do povo Munduruku, Guarani e Yawalapiti, para saber como se organizam em suas
aldeias. É interessante mostrar ao aluno outros modos de vida, em que a convivên- a) Você ficou conhecendo um pouquinho sobre a organização e convivência
cia também acontece, e como o respeito também é necessário nessas relações. de alguns povos indígenas.
Leia este trecho do livro “Histórias de índio” com os alunos e, se quiser, você
• A que conclusão você chegou?
pode ler outros interessantes também, abordando esse tema, por exemplo, no
C1_3oANO_EF_Historia_Gabriela_2022 09/09/2021 14:33 Página 170
(...) Para alguns povos nativos, as casas podem ser apenas um lugar onde se mora, mas
para outros podem ser também um lugar onde acontecem festas, reuniões e rituais.
(...) Para alguns povos indígenas, como os Munduruku, Guarani e Yawalapiti, a casa Troca de ideias
é construída pelos homens, mas nesse espaço quem manda são as mulheres.(...)
• Você acha que esses grupos têm uma boa convivência com os “não indígenas”?
Em uma casa pode morar apenas uma família: pai, mãe, e filhos ou várias famílias e Resposta pessoal.
outros parentes, como tios, primos e sogros. O número de pessoas que mora em uma casa
pode variar bastante. Seria interessante nesse momento, professor, uma rápida conversa com os alunos a respeito da
convivência ou não convivência do indígena com o não indígena, os problemas e dificuldades
O povo Yanomami constrói uma única aldeia-casa para todo o grupo de parentes.
de as diferentes culturas aceitarem-se, e mais uma vez a palavra respeito deve vir à tona.
A shabono, como eles chamam essas casas, abriga
normalmente de 65 a 85 pessoas. Estas casas, são divididas
de tal maneira que cada grupo tem seu espaço. Nesse
espaço montam sua residência e outras famílias nunca
entram sem permissão de seus donos nem tiram um único
objeto do lugar sem autorização. Todos os espaços são
respeitados (...)
170 171
42 –
Exploração e descoberta – Hora do texto – Cidades e mais cidades
Esta atividade visa trabalhar as habilidades de reflexão crítica e aplicação
do conhecimento. A proposta é que os alunos reflitam sobre o tipo de sociedade
C1_3oANO_EF_Historia_Carlos_2021 13/10/2020 11:21 Página 172
– 43
Os grupos humanos, conforme passaram a desenvolver a agricultura e domesticar animais,
permaneceram num mesmo lugar formando povoados e, na medida em que cresciam, deram
origem a aldeias. Estas, conforme foram se expandindo e organizaram melhor as atividades
internas, deram origem às cidades.
Porque as cidades possuem características diferentes, como, por exemplo, uma cidade pode
se destacar tanto por ser mais turística que outra como também por ser mais industrializada,
entre outros aspectos.
nômades
agricultura
animais
aldeias
cidades
44 –
C1_3oANO_EF_Historia_Carlos_2021 13/10/2020 11:21 Página 177
Ampliação de saberes – Hora do texto – Toda cidade tem uma história para contar
Professor, o objetivo desta atividade é fazer o aluno perceber que cada cidade Conheça um pouquinho desta história...
tem uma história, e que, ao longo dos anos, vai adquirindo características próprias.
A princípio todo o nosso país era habitado pelos indígenas. Mas não foram só eles que
Partimos do exemplo da cidade de São Paulo, por ser uma das maiores
cidades brasileiras, que nasceu de um colégio jesuíta, para acolher e ensinar contribuíram para a formação do povo brasileiro.
indígenas, e tornou-se, ao longo dos anos, uma megalópole. Com o decorrer dos anos, vieram para cá os portugueses, para colonizar o Brasil
Para contar sua história, algumas paredes dessa escola foram preservadas, e se fixar nele. Mais tarde, vieram os italianos, alemães, japoneses, africanos e
e o colégio reconstruído na forma de um museu. Daí enfatizar a importância da muitos outros povos. Assim, começaram a se formar os povoados, depois as vilas
preservação dessas construções antigas, pois são elas que, preservadas, nos e, mais tarde, as cidades.
contarão muitas histórias. Com toda essa diversidade, de povos, as vilas e, depois as cidades, foram tendo
Outros exemplos poderão se somar a esse, inclusive o de sua cidade. En- características e histórias próprias.
tão, faça a leitura do texto apresentado apenas para exemplificar, mas detenha- Assim como você tem sua história e, ao longo da vida, conhece seus antepassados e
-se na história da sua cidade. sua trajetória, todas as cidades e todos os bairros têm uma história para contar, inclusive,
a cidade e o bairro onde você mora ou onde fica sua escola.
Em nosso País encontramos cidades que ainda mantêm uma arquitetura antiga
convivendo com o que há de mais moderno. É na parte antiga da arquitetura da cidade
que podemos descobrir muitas histórias, não só as histórias das pessoas que nela viveram,
como também a da própria cidade.
177
– 45
C1_3oANO_EF_Historia_Carlos_2021 13/10/2020 11:21 Página 179
C1_3oANO_EF_Historia_Gabriela-Carlos_2022 27/10/2021 08:28 Página 178
178
179
46 –
C1_3oANO_EF_Historia_Carlos_2021 19/10/2020 10:29 Página 180
180
– 47
C1_3oANO_EF_Historia_Gabriela-Carlos_2022 27/10/2021 08:28 Página 182
turística
portuária
histórica
As cidades têm em comum um grande número de pessoas que as habitam, muitas construções,
• Agora, escolha duas das cidades citadas acima, identifique suas classificações e depois
edifícios, grandes avenidas, uma estrutura administrativa para organizá-las, prefeitos e seus
as compare.
Resposta pessoal do aluno, conforme as cidades escolhidas. secretários etc.
Cidades escolhidas
______________________________ ______________________________
Semelhanças Diferenças
Resposta pessoal.
182
48 –
Exploração e descoberta – Hora do texto – Onde ficam guardadas as histórias
das cidades?
Professor, você pode fazer a leitura do texto apresentado junto com seus alunos,
relacionando, identificando e diferenciando os tipos de fontes: documentos
escritos oficiais e não oficiais, e fontes históricas visuais, como esculturas,
pinturas e fotografias.
Colocamos, a seguir, alguns trechos do livro Aprender a ensinar História nos
Resposta pessoal. anos iniciais do Ensino Fundamental, de Ana Claudia Urban e Tereza Jussara
Luporini, citado anteriormente, no qual as autoras propõem algumas maneiras
para podermos trabalhar e diferenciar essas fontes em sala de aula.
“O que são fontes?
Hilary Cooper assim registra:
Fontes foram criadas com propósitos diferentes e, portanto, possuem di-
ferentes níveis de validade; frequentemente são incompletas. Por isso, os
historiadores fazem inferências sobre as fontes no sentido de saber como
foram feitas, usadas e o que podem ter significado para as pessoas que
as produziram e as utilizaram.
É possível considerar como fontes históricas as esculturas, os vídeos, os
desenhos, as pinturas, as histórias em quadrinhos, os cartazes, a arte rupestre,
os vestígios encontrados por pesquisadores, os objetos, as fotos, as roupas, as
canções, as construções, os relatos orais. Alguns textos escritos, como cartas,
poemas, receitas, diários, jornais, mapas, livros e documentos em diferentes
arquivos também são considerados fontes históricas.
Resposta pessoal.
O trabalho com fontes no ensino de História permite justamente o que foi
apontado na citação anterior: questionar e fazer perguntas sobre o passado.
Vale lembrar que, durante muito tempo, o trabalho com as fontes históricas era
assumido como atividade “exclusiva” do historiador que pesquisava os fatos históri-
cos. Sem dúvida, as fontes são fundamentais para o trabalho do historiador e tam-
bém nas aulas de História, seja na Educação Infantil, seja no Ensino Fundamental.
Ao realizar trabalhos com fontes históricas, é importante que os professores
levem em conta que a seleção de fontes deve estar relacionada a assuntos de
interesse dos alunos. Por isso é importante que as fontes levem as crianças a
se “conectarem com crianças de outros tempos e lugares” (Cooper, 2012).
Sugere-se que a presença das fontes nas aulas de História dos anos iniciais
do Ensino Fundamental seja planejada a partir das seguintes questões:
• Como tudo foi feito?
• Por quê? Por quem?
• De que forma foram usados? Como influenciou diretamente a vida das
pessoas envolvidas?
É importante destacar que o trabalho com as fontes contribui para que os
alunos entendam como ocorre o desenvolvimento de argumentos, a explicação
de um ponto de vista sobre a fonte. Também ajuda as crianças a ouvirem outros
pontos de vista e aceitarem que todos os argumentos podem ser válidos.
– 49
As fontes não são provas do passado, mas sim vestígios. Nelas, o historia- “Sobre a fotografia
dor identifica evidências sobre o passado, faz inferências e levanta hipóteses. Além dos documentos escritos, a fotografia é uma fonte bastante interes-
Quando questionam as fontes por meio das perguntas apresentadas anterior- sante no ensino da História.
mente, tanto os professores quanto os alunos estão fazendo inferências.”
Segundo a pesquisadora portuguesa Glória Solé (2009, p. 630):
(op. cit., p. 15 – 17)
O aparecimento da fotografia em meados do século XIX veio impor-se
“Sobre os documentos históricos como fonte indispensável para a história do final do século XIX e do sé-
Segundo as classificações clássicas e genéricas, o documento é qualquer culo XX. As crianças podem trazer de casa fotografias suas e da sua
elemento gráfico, iconográfico, plástico ou fônico pelo qual o homem se ex- família, descrevê-las, sequencializá-las, compará-las, identificar mudan-
pressa. É o livro, o artigo de revista ou jornal, o relatório, o processo, o dossiê, ças, deduzir sobre estados de espírito, realizar interferências, discutir so-
a correspondência, a legislação, as estampas, a tela, a escultura, a fotografia, bre quando foram tiradas, os motivos, o que elas nos mostram, o que
o filme, o disco, a fita magnética, o objeto utilitário etc., enfim, tudo que seja ficamos a saber através delas etc.
produzido por razões funcionais, jurídicas, científicas, culturais ou artísticas pela As fotografias podem ser utilizadas pelos professores no desenvolvimento
atividade humana (BELLOTTO, 2004).” de temas comuns aos alunos, como a família, a rua, o bairro e a cidade onde
(op. cit., p.19) moram, a profissão dos pais, os meios de transporte, entre outros.
“Sobre os documentos escritos Segundo Luporini (2002, p. 61),
Segundo as pesquisadoras Maria Auxiliadora Schmidt e Marlene Cainelli Não há como negar que a fotografia é resultado de algo que foi registrado
(2004, p. 108), o uso desse tipo de fonte em uma aula exige algumas etapas, e pode parecer aos desavisados uma mensagem imediata e verdadeira
relacionadas a seguir: que não exige conhecimento de uma linguagem própria. Entretanto, como
qualquer prova documental, não comporta imparcialmente a verdade; ela
1) Leitura de documento para os alunos, explicando-lhes o conteúdo do se estabelece como recurso de investigação. A câmera constrói repre-
texto e o significado das palavras desconhecidas. Explicar o conteúdo do texto sentação que se presta ao uso ideológico; deve-se encarar a fotografia
e identificar as palavras que possam ser desconhecidas. como construção da realidade e não como reprodução da realidade.
Resumir ideias principais do documento. Segundo Solé (2009), as crianças podem ser orientadas a analisar fotogra-
2) Análise do documento, com a identificação de informações relevantes fias por meio de alguns questionamentos:
(quem é o autor, qual o tipo de documento, como está estruturado, que tipo de • Há algo escrito no verso das fotos? Em caso afirmativo, a informação
material foi usado em sua confecção etc.). é relevante?
• Há alguma data escrita? Caso contrário, é possível identificar o período
3) Estabelecimento de um diálogo com os alunos, buscando uma relação em questão por meio de itens retratados, como vestuário das pessoas,
entre o conteúdo avaliado e os conhecimentos históricos. objetos ou edifícios que aparecem nas fotografias?
Emitir uma opinião pessoal, sistematizar ideias sobre como o documento se • É possível reconhecer as pessoas retratadas? Quem eram? O que faziam?
relaciona com a temática. • Em que local foi tirada a fotografia?
O trabalho com as fontes históricas nas aulas de História é um aspecto fun- Assim como o documento escrito, o uso das fotografias como fontes histó-
damental da metodologia do ensino dessa disciplina. No entanto, sua presença ricas precisa ser pensado cuidadosamente, pois isso pode remeter a criança à
e sua utilização exigem uma relação gradativa dos alunos com as diferentes ideia sobre a “verdade histórica”; ou seja, ela pode interpretar aquela imagem
fontes históricas. Inicialmente, a presença de fontes históricas pode contribuir como representação de uma espécie de verdade.”
para que as crianças desenvolvam a capacidade de selecionar, ler e interpretar
(op. cit., p. 24 – 26)
fontes escritas. Além disso, gradativamente, podem ser inseridos outros tipos
de fontes escritas, por exemplo, cartas, poemas, leis, artigos etc. “Sobre a pintura e o desenho
Embora cada vez menos comum nos dias atuais, a carta, que é um do- A utilização de pinturas e de desenhos envolve o conhecimento da época em
cumento escrito, pode ser utilizada nas aulas de História. Nesse momento, que as técnicas foram produzidas, abrindo possibilidades para várias interpretações.
podem-se apresentar aos alunos exemplos de cartas pessoais, de cartas publi- Por meio de ambas, é possível conhecer a vida cotidiana de povos que viveram
cadas em jornais, entre outras, constituindo-se o ponto de partida para a inter- no passado. As pinturas contribuem para uma melhor compreensão de determina-
pretação de experiências individuais e coletivas.” dos períodos históricos, bem como das sociedades ao longo dos tempos, com seus
(op. cit., p. 21 – 22) hábitos e costumes, seu vestuário, alimentação, habitação, mobiliário etc.
50 –
C1_3oANO_EF_Historia_Gabriela_2022 09/09/2021 14:33 Página 185
Para conhecer a história de uma cidade precisamos procurar informações que possam
servir como ponto de partida para saber sobre seus lugares, seus moradores, suas
construções, entre outros. Podemos usar, nessa nossa pesquisa: fotos; pinturas; jornais e
revistas; imagens e monumentos; relatos de moradores; objetos pessoais; entre outros.
São chamados de fontes.
BRUEGEL, Pieter (o Velho). Jogos infantis. 1560 É importante conservar as fontes produzidas pelo homem ao longo do tempo, pois elas
Óleo sobre tela, 116 x 161 cm.
guardam histórias. Também é preciso protegê-las contra a destruição causada pelo tempo
Com base nessa obra, é possível refletir com os alunos como o artista repre- e pelas pessoas, deixando-as acessíveis àqueles que se interessam em fazer pesquisas.
sentou as crianças de sua época.
A pintura histórica é uma forma de arte que, de alguma forma, registra algum Seguem alguns exemplos de fontes históricas:
conhecimento de determinada região ou país. Muitas vezes, as obras são fiéis à
realidade, mas representam os fatos sob o ponto de vista do pintor.” Fotos
(op. cit., p. 30 – 32) Por meio de fotografias, podemos identificar características de uma época, como
paisagens, vestimentas, meios de transporte, entre outros.
Obras citadas no livro de Ana Claudia Urban e Teresa Jussara Luporini
BELLOTTO, Heloísa Liberali. Arquivos permanentes: tratamento documental.
Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004. Figuras 5 a 7
Monumentos e construções
Representam e guardam muitas histórias e muitos acontecimentos do passado.
Figuras 10 e 11
na
eirantes”,
u m en to “Os band h o- O Forte dos Re
Mon 953). Um a is Magos, em
e d e Sã o Paulo (1 p ar tiram de Natal-RN, (159
cid ad qu e
ao s b an deirantes, itório bras
ileiro. 9). Uma
menagem a ex pandir o terr fortificação pa
ra proteger o
e ajudar am território
São Paulo
contra invasõ
es.
Relatos orais
São histórias da memória das pessoas, contadas dos mais velhos para os mais novos,
de geração para geração. Podem estar também registradas em livros.
187
52 –
C1_3oANO_EF_Historia_Gabriela_2022 09/09/2021 14:33 Página 188 C1_3oANO_EF_Historia_Gabriela_2022 09/09/2021 14:33 Página 189
Fotos, documentos, mapas, relatos orais ou escritos, jornais e revistas antigos, são • Sabendo-se que as fotografias e as pinturas são importantes registros históricos, o que essa
registros que, quando guardados e conservados, compõem o acervo histórico de um cena pode nos dizer sobre os costumes da família retratada há mais de cem anos?
determinado lugar, possibilitando manter viva a memória de fatos ou pessoas do passado que
Resposta pessoal. Referência ao professor:
foram compondo, ao longo do tempo, a identidade de um lugar, isto é, costumes e tradições
que os diferenciam dos demais lugares. O quadro apresenta uma composição familiar, onde a hierarquia mostra, em destaque no primeiro
plano, a importância do pai, acompanhado de seu cão, assim como o lugar dos meninos no plano
médio, e no plano de fundo a mãe, que passa os ensinamentos dos dotes femininos para a filha.
Diálogo com o texto Data ___ / ___ / ___
Cada pessoa da família está concentrada em sua ação e fazem isso em silêncio, dando-nos a
1. Qual é a importância dos registros históricos e da preservação de impressão de estarem fazendo várias ações em um mesmo espaço em harmonia.
monumentos e construções antigas de uma cidade? 189
Os registros históricos e a preservação de monumentos e construções antigas são importantes
porque guardam histórias de um determinado lugar.
Desta vez, as câmeras dos smartphones não irão mirar picassos, mon-
drians, tarsilas ou oiticicas, mas uma obra do artista brasileiro José Ferraz
de Almeida Júnior (1850-1899). Nascido em Itu (SP), Almeida Jr. é consi-
derado pelos críticos como um “pintor do nacional”. Isso porque suas telas
figuram os costumes, as cores e a luminosidade regional. Temas e elemen-
tos que se opõem à tradição eurocêntrica vigente na pintura acadêmica da
época. Uma obra, em especial, ganha atenção do público que visita o acervo
da Pinacoteca do Estado de São Paulo: Cena de Família de Adolfo Augusto
Pinto, de 1891. Popularizada em reproduções na forma de marcadores de
livro, ímãs de geladeira e quebra-cabeças, este óleo sobre tela ilustra uma
crônica da capital paulista do final do século 19.
Cena de família de 1. Enquanto duas crianças pequenas cuidam de um bebê, um garotinho exa-
Adolfo Augusto Pinto, mina o álbum de fotografias da família e a mãe parece cochichar algum
obra de Almeida Júnior.
segredo de costura para a filha.
Óleo sobre tela, 1891.
2. Os instrumentos musicais, os quadros na parede, o tapete, a manta, as
188 fotografias e o álbum revelam um interior onde os proprietários aspiram
gravitar em um bem viver “civilizado”, europeu. O ambiente revela as pre-
tensões do casal.
– 53
C1_3oANO_EF_Historia_Gabriela_2022 09/09/2021 14:33 Página 189
4. Adolfo Augusto Pinto, o pai desta família, lê a primeira página de um jornal Faça uma pesquisa juntamente com sua professora e conheça um pouco mais sobre
de engenharia. Ao seu pé, o cão de estimação. Na época, Augusto Pinto era esse lugar. Depois, pinte os retângulos que contêm as informações corretas.
reconhecido como um importante engenheiro na cidade de São Paulo. Con-
terrâneo de Almeida Jr., o ex-estudante de Medicina em Salvador, formado
engenheiro no Rio de Janeiro, trabalhou em alguns dos principais empreen-
dimentos de infraestrutura de uma crescente metrópole paulista. Mais do que
um engenheiro bem-sucedido, ele idealizava a capital paulista com potencial Fica em São Paulo. Fica no Rio de Janeiro. Fica em Brasília.
para centro econômico, cultural e simbólico do país.
https://www.sescsp.org.br/online/artigo/13968_CENA+DE+FAMILIA
Lição de Casa 3
189 190
54 –
C1_3oANO_EF_Historia_Carlos_2021 19/10/2020 10:29 Página 191
gião próxima de onde moram ou se reconhecem alguns deles e sabem onde Leia sobre a visita de Cecília, pela cidade em que mora, Belém, no Pará.
ficam, para que possamos saber o que conhecem sobre esse assunto.
Feito isso, podemos conceituar patrimônio cultural, que é o conjunto de
Ela andou muito, visitou e conheceu diversos lugares.
todos os bens, materiais e imateriais, que pelo seu valor histórico devem Mas o que mais lhe chamou a atenção foi o Monumento
ser preservados. à República, localizado no centro da cidade.
Nessa atividade, os alunos irão conceituar bens materiais e imateriais. Descobriu que nesse monumento, construído em
Do patrimônio cultural fazem parte bens materiais imóveis, como igrejas, homenagem à República do Brasil, estão representadas as
figuras de uma mulher, de um homem e de crianças e que
casas, praças, castelos, conjuntos urbanos e locais de valor histórico, a arqueo-
cada uma dessas figuras tem
logia e a ciência em geral, e móveis, como pinturas, esculturas e artesanato; e bens uma história e um significado.
imateriais, como costumes, linguagem, música, folclore e literatura. Para ela, o passeio pelo
Professor, seria pertinente, se possível, levar sua turma para conhecer mo- centro de Belém foi muito
interessante e incentivou-a a
numentos, locais preservados, museus, cidades ou bairros históricos.
conhecer um pouco mais sobre
Há também sites que nos levam a conhecer o interior de museus, cons- a história de sua cidade.
truções e locais preservados, proporcionando uma verdadeira viagem virtual.
Realizar pesquisa nesses sites disponibilizados para tal assunto enriquecerá
muito o estudo, ampliando os horizontes educacionais.
É comum encontrarmos pelos bairros e pelas cidades monumentos e estátuas que
Sugestões prestam homenagem a pessoas ou a acontecimentos do passado que representam fatos
importantes da nossa história.
http://www.ouropreto.org.br> Conheça alguns deles:
http://www.iphan.gov.br> 191
http://www.predioshistoricos.urfgs.br/>
– 55
C1_3oANO_EF_Historia_Carlos_2021 28/10/2020 15:21 Página 192 C1_3oANO_EF_Historia_Gabriela-Carlos_2022 27/10/2021 08:28 Página 193
Tudo aquilo que dá identidade a uma sociedade ou que revela o seu modo
No bairro do Ipiranga, em São de ser e viver é considerado Patrimônio.
Paulo, local onde ocorreu a declaração
da Independência do Brasil, está o Mas o que é Patrimônio
Monumento da Independência como Cultural?
registro desse fato histórico.
Figura 12
capixaba. símbolos da identidade brasileira, a capoeira
Monumento ao Imigrante, em Vitória.
é praticada em mais de 160 países. Reúne:
Os monumentos espalhados pelo Brasil e pelo Mundo foram construídos com a canto, toque dos instrumentos, dança,
finalidade de servirem como registros que destacam a importância de fatos ou pessoas na golpes, jogo, brincadeira, símbolos e rituais
história de um certo lugar. africanos. Surgiu no Brasil com a entrada de
Monumentos e construções antigas devem ser protegidos contra a destruição causada
africanos escravizados e desenvolveu-se
pelo tempo ou pelas pessoas por fazerem parte do Patrimônio Cultural de um povo.
como rito social.
192 193
56 –
C1_3oANO_EF_Historia_Carlos_2021 13/10/2020 11:21 Página 194 C1_3oANO_EF_Historia_Gabriela_2022 09/09/2021 14:33 Página 195
Você sabia
Figura 13
– 57
C1_3oANO_EF_Historia_Carlos_2021 13/10/2020 11:21 Página 197
3. Você sabia que, em Recife, há uma rua muito famosa, a rua do Bom Jesus, que, há
muitos anos, era conhecida como rua do Bode? Em 1636, passou a se chamar rua dos
Judeus, pois nela foi construída a primeira sinagoga brasileira. Em 1654, teve o nome
alterado para rua da Cruz e só em 1870 recebeu seu nome atual.
Observe abaixo duas imagens da rua do Bom Jesus, uma antiga e outra atual.
197
58 –
C1_3oANO_EF_Historia_Gabriela-Carlos_2022 27/10/2021 14:24 Página 198
199
203
– 61
C1_3oANO_EF_Historia_Carlos_2021 13/10/2020 11:21 Página 205
2 3
A escola é um importante local de convivência, onde diferentes pessoas com objetivos
Leia o texto a seguir em que o médico Draúzio Varella conta suas memórias de infância.
comuns convivem.
a) Escreva algumas regras e alguns combinados importantes para a boa convivência
do seu grupo escolar. Nas ruas do Brás
62 –
Resposta pessoal. Resposta pessoal. Resposta pessoal.
– 63
Ensino Fundamental (do 2.o ao 5.o ano)
Programa de Avaliação Contínua – PAC
Critérios a serem observados na aprendizagem do aluno – História
64 –
Bibliografia MAIA, Joseane. Herança quilombola maranhense: histórias e estórias. São
Paulo: Edições Paulinas, 2012.
História
MOREIRA, M. C.; MASINI, E. F. S. A. A aprendizagem significativa. São Paulo:
ANTUNES, Celso (Coord.). História e didática. Rio de Janeiro: Editora Vozes, Morais, 1982.
2010. (Como bem ensinar) NOVAES, Adauto. Tempo e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
BERGAMASCHI, M. A. O tempo histórico nas primeiras séries do ensino PIAGET, Jean. Para onde vai a Educação? São Paulo: José Olímpio, 1976.
fundamental. Disponível em: <http://mod.lk/tomphist>. Acesso em: 12 de ______. Psicologia e pedagogia. Tradução de Dirceu A. Lindoso; Rosa M. R. da
junho de 2014. Silva. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1970.
BEZERRA, Holien G. Ensino de História: conteúdos e conceitos básicos. In: PINSKY, Carla Bassanezi (Org.). Fontes históricas. São Paulo: Contexto, 2005.
KARNAL, Leandro (Org.). História na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2003. SCHAFFER, Neiva Otero. Ler e escrever: um compromisso de todas as áreas.
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e Porto Alegre, RS: Editora UFRGS, 1999.
métodos. São Paulo: Editora Cortez, 2009. VYGOTSKY, L. L. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
BUENO, Eduardo. Brasil: uma história. São Paulo: Leya Brasil, 2010.
Sites para consulta
BURKE, Peter. A escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: Editora
REVISTA HISTÓRICA. Disponível em <www.arquivoestado.sp.gov.br/site/publi-
Unesp, 2001. cacoes/revista_historica>
CARRETERO, Mario. Construir e ensinar as Ciências Sociais e a História. Porto INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Dispo-
Alegre: Artes Médicas, 1997. nível em <www.portal.iphan.gov.br>
CASTRO, Amélia Domingues. Piaget e a Didática: ensaios. São Paulo: MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Disponível em <www.mma.gov.br>
Saraiva, 1971.
Revistas para consulta
COLL, César et al. Ensino, aprendizagem e discurso em sala de aula. Porto
Alegre: Artes Médicas, 2001. CIÊNCIA HOJE DAS CRIANÇAS. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência.
CORTELLA, Mario Sergio. Não nascemos prontos. Rio de Janeiro: Vozes, 2006.
HISTÓRIA VIVA. São Paulo: Duetto.
DEL PRIORE, Mary (Org.). História das crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 1999.
NOVA ESCOLA. São Paulo: Abril.
GOMES, Laurentino. 1808. Rio de Janeiro: Ed. Planeta, 2007. PÁTIO – REVISTA PEDAGÓGICA. Porto Alegre: Grupo A Educação.
______. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.
______. 1889. São Paulo: Ed. Globo, 2013. Domínio público
KARNAL, Leandro (Org.). História na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2003. http://www.dominiopublico.gov.br (biblioteca digital)
– 65
GEOGRAFIA
Organização didática
Neste bimestre o objetivo é apresentar para os nossos alunos, em fotos, vídeos, documentários e/ou ao vivo, diferentes tipos de paisagens, para que aprendam
a olhá-las, diferenciá-las e a fazer uma leitura crítica quanto ao uso do solo geográfico.
Aprender a fazer a • O sujeito e seu lugar no • A cidade e o campo: aproximações • (EF05GE02) Identificar, em seus lugares de vivências, marcas
leitura da paisagem. mundo. e diferenças. de contribuição cultural e econômica de diferentes grupos.
• Conexões e escalas. • Paisagens naturais e antrópicas • (EF05GE04) Explicar como os processos naturais e históricos
em transformação. atuam na produção e na mudança das paisagens naturais e
• Formas de representação
antrópicas nos seus lugares de vivência, comparando-os a
e pensamento espacial. • Representações cartográficas.
outros lugares.
• Natureza, ambientes e • Impactos das atividades humanas.
• (EF05GE06) Identificar e interpretar imagens bidimensionais e
qualidade de vida.
tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica.
• (EF05GE11) Comparar impactos das atividades econômicas
urbanas e rurais sobre o ambiente físico natural, assim como
provenientes do uso de ferramentas e máquinas.
Figura 3
Observe as imagens:
Figura 4
Figura 5
213
– 69
70 –
C1_3oANO_EF_Geografia_GABRIELA_2022 09/09/2021 16:31 Página 217
Paisagem
árvores, rochas, montanhas, cachoeiras, oceanos etc.
natural
– 71
Paisagem rural.
Resposta pessoal.
Espera-se que o aluno registre que a paisagem foi transformada.
Resposta pessoal.
72 –
C1_3oANO_EF_Geografia_GABRIELA_2022 09/09/2021 16:31 Página 221
4. Escolha uma paisagem que você conhece. Pode ser de uma praia, do campo ou
próximo à sua casa.
a) Descreva essa paisagem.
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
– 73
Ampliação dos saberes – Hora do texto – Paisagens e mais paisagens
Professor, nesta atividade é importante destacar que a paisagem passa por
constantes modificações, as quais podem ser causadas por fatores naturais,
como fortes chuvas e ventos, enchentes provocadas por águas dos rios ou ma-
res, tsunamis, tempestades de areia, tufões, secas prolongadas, frio intenso,
nevascas, entre outros.
Muitas vezes essas transformações constroem paisagens incríveis, como
dunas, desertos de areia, cordilheiras, praias, icebergs, cânions, cachoeiras e
outras. Entretanto, podem causar destruição, mortes e muito sofrimento.
Analise com os alunos os detalhes das imagens do Caderno. Enriqueça
esse tema com fotos e vídeos sobre o assunto. Esse material você poderá en-
contrar em sites especializados. Com certeza sua aula ficará mais interessante.
74 –
Diálogo com o texto
Após a leitura, organize os alunos em duplas para que possam discutir
ideias acerca das informações trazidas no texto, atendo-se às questões propos-
tas na atividade. Assegure-se da compreensão geral do que é solicitado para
que possam dar andamento
C1_3oANO_EF_Geografia_GABRIELA_2022 09/09/2021 ao
16:31 trabalho.
Página 224
• Agora, responda: Ter consciência de que ações como essas prejudicam o meio ambiente e a própria população.
a) Qual dessas paisagens mais chamou sua atenção? Por quê?
Resposta pessoal.
224
– 75
Exploração e descoberta – Hora do texto – Como ler uma paisagem em
diferentes planos?
Professor, para a leitura de uma paisagem, podemos considerar duas situa-
ções: ler a paisagem ao vivo ou por meio de fotos, vídeos, textos, pinturas etc.
Podemos dividi-la em diferentes planos, o que facilitará o reconhecimento dos
elementos nela presentes.
Podemos fazer perguntas que auxiliam a ler e entender uma paisagem.
São elas:
• O quê? Para saber o que está sendo representado.
• Onde? Para saber o local onde essa paisagem está inserida.
• Quando? Pode se relacionar tanto ao tempo geográfico (período do ano
ou do dia) quanto ao histórico (paisagem antiga ou atual).
• Como? Para saber de que forma está sendo representada.
Aqui, apresentamos algumas fotos como sugestão, mas você poderá tra-
balhar com imagens do dia a dia da criança. Escolha sempre fotos simples, em
que seja fácil identificar os planos da paisagem.
Enchentes, estiagens, tempestades. Apresentamos, em nossa atividade, três planos, pois facilitam a observação
dos alunos. Pode-se trabalhar com mais planos, mas o grau de complexidade
será maior.
O objetivo de trabalhar com planos é ensinar o aluno a olhar e entender os
elementos que compõem uma paisagem e quem sabe, um dia, propor soluções.
76 –
C1_3oANO_EF_Geografia_GABRIELA_2022 09/09/2021 16:31 Página 228
Figura 31
mentos que aparecem nos diferentes planos.
• O que está mais próximo?
• O que vemos ao longe?
• Por que as árvores estão pequenas?
• Quantos planos temos na imagem?
O primeiro plano é o mais próximo de nós. Podemos ver os detalhes com facilidade.
O segundo plano é o que está um pouco mais distante. Os detalhes são menos visíveis.
Fica entre o primeiro e o terceiro planos.
O terceiro plano representa o horizonte.
Saiba mais!
O entendimento do que vemos em uma paisagem é possível também porque nossa
visão consegue alcançar profundidades diferentes daquilo que está sendo observado, o
que faz com que a imagem seja projetada em nossa mente como figuras maiores ou
menores, dependendo da distância em que o objeto se encontra.
Por exemplo, se você estiver numa praia e avistar um barco em alto-mar, ele lhe pare-
cerá pequeno. À medida que ele se aproximar, ficará cada vez maior, até que você possa
enxergá-lo em seu tamanho real.
228
– 77
C1_3oANO_EF_Geografia_Carlos_2021 22/10/2020 16:22 Página 231
andamento ao trabalho.
c) Identifique e demarque os planos nessa paisagem.
Diálogo com o texto Data ___ / ___ / ___ Coloque uma folha de papel transparente sobre a imagem e risque as linhas que os
separam.
1. Observe a paisagem e faça o que se pede:
Desenhe em cada plano os principais elementos dessa paisagem. Em seguida, cole-a no
espaço abaixo.
Ingimage / Fotoarena
2.o plano: vegetação e casa
3.o plano: morros
3
4.o plano: céu
78 –
C1_3oANO_EF_Geografia_Carlos_2021 28/10/2020 14:25 Página 233
C1_3oANO_EF_Geografia_GABRIELA_2022 16/09/2021 18:26 Página 232
morros
3o. plano: __________________________________________________________________
céu
4o. plano: __________________________________________________________________
e) De acordo com a imagem do quadro anterior, por que o bola nessa paisagem parece
maior que as montanhas?
Porque está no 1.o plano, mais próximo.
• Responda: Sua professora fará a leitura de um deles e você poderá copiá-lo no espaço abaixo.
232
233
– 79
C1_3oANO_EF_Geografia_Carlos_2021 13/10/2020 12:13 Página 235
Figuras 32 e 33
Johann Moritz Rugendas. A estrada entre (Benedito Calixto. Recanto de jardim, 1906.
(Santiago e Valparaíso da Encosta Prado, 1842.) Óleo s/ tela.)
Lição de Casa 2
235
80 –
Exploração e descoberta – Hora do texto – Paisagem... mudanças e
permanências...
Nesta atividade abordaremos a interferência do homem no meio ambiente.
Segundo Nilton Santos: “O homem nunca deixará de modificar o espaço em
que vive, mas precisa fazer isso de modo responsável”.
O ensino da leitura da paisagem tem como objetivo que o aluno aprenda
a olhar o espaço em que vive, a paisagem em geral, de modo a compreender
que não somos os únicos a ocupá-lo e que é preciso conscientização de que
nesse espaço vivem outros seres, como animais e plantas, e que ao modificá-lo
estaremos interferindo no seu habitat.
É preciso trabalhar também com eles as noções de permanências e
mudanças nas paisagens, identificando os motivos pelos quais a sociedade
transforma a paisagem e, muitas vezes, destrói patrimônios históricos em nome
do progresso e, com eles, a nossa memória histórica.
Peça que os alunos relatem se já tiverem presenciado situações de
mudanças que ocorreram na rua, bairro ou cidade em que moram.
É preciso que saibam que os diferentes trabalhos realizados pelos seres
humanos modificam paisagens tanto no campo (derrubam florestas para fazer
plantações, pastos etc.) como na cidade, e que essas transformações, quando
aleatórias, sem nenhum planejamento, podem prejudicar o meio ambiente e,
consequentemente, a qualidade de vida de seus habitantes.
– 81
Diálogo com o texto
Após a leitura, organize os alunos em duplas para que possam discutir
ideias acerca das informações trazidas no texto, e em seguida responder as
C1_3oANO_EF_Geografia_GABRIELA_2022 09/09/2021 16:31 Página 238
questões propostas.
Professor, peça que os alunos analisem bem as fotos em questão e respondam às perguntas:
O quê? Onde? Quando? e Como?
Então deverão identificar os elementos que permaneceram e os que desapareceram.
Em 1608, o futuro Largo da Carioca era apenas uma paisagem natural. Nota-se uma
lagoa, muito mato, poucas casinhas, uma capela. Ao fundo, vê-se o Corcovado.
238
82 –
C1_3oANO_EF_Geografia_Carlos_2021 13/10/2020 12:13 Página 240 C1_3oANO_EF_Geografia_Carlos_2021 22/10/2020 16:22 Página 241
240 241
– 83
Situação-problema Hora do texto – Tem literatura na Geografia
Professor, leia a proposta da atividade e proponha que os alunos apresen- Essa atividade vem com o propósito de arrematar o que foi trabalhado a
C1_3oANO_EF_Geografia_Carlos_2021 13/10/2020 12:13 Página 242
tem soluções para a situação. respeito de mudanças na paisagem e como isso também interfere no dia a dia
do homem.
Situação-problema Se você puder, tenha o livro à mão, e o coloque em evidência para que os
Muitas vezes, as paisagens são modificadas para as pessoas adequarem os lugares à
alunos possam manuseá-lo.
própria vida. Pensando nisso, observe a imagem abaixo e proponha soluções para a Trata-se de Era Urso, de Frank Tashlin.
situação apresentada. Inicie então a atividade lendo compartilhadamente, um trecho desse livro,
• O relevo de determinada região torna-se um obstáculo para a passagem de um lugar que se encontra no caderno do aluno, e depois proponha a seguinte questão
para outro. para debate:
“O ser humano sempre faz uso dos recursos que a natureza oferece de
Ingimage / Fotoarena
Leia um trecho da história do livro Era Urso?, de Frank Tashlin, e saiba o que aconteceu.
243
242
84 –
Sua criação – Desafio final
Era urso? Chegou a hora de o aluno aplicar o que foi trabalhado nesta unidade.
Era uma vez um urso que gostava muito de passear pela floresta. Um dia ele olhou
Ele deverá fazer no desenho modificações na paisagem em questão, de
para o céu e viu um bando de gansos voando para as zonas mais quentes.
As folhas das árvores haviam amarelecido e começavam a cair. acordo com o seu projeto. Poderá usar o recurso preferido. Finalizado o traba-
O urso sabia que o inverno estava chegando. Quando os gansos voavam naquela lho, deverá explicar como e por que fez essa proposta. (Espera-se do aluno que
direção e as folhas caíam das árvores, era sinal de vento e neve. Ele precisava arranjar uma tenha entendido, com o estudo do bimestre, que é necessário um planejamento,
toca para se esconder.
antes de se alterar uma paisagem, para que ela seja preservada.
E foi exatamente o que ele fez.
Dias depois, dezenas de homens entraram na floresta,
carregando mapas enormes, binóculos e estranhos
aparelhos. Andavam de um lado para o outro, faziam
cálculos e pareciam muito ocupados.
Data ___ / ___ / ___
Depois chegaram outros homens. Traziam imensas
pás, tratores e serras elétricas. Derrubaram árvores,
cavaram buracos e transportaram a terra retirada em
gigantescos caminhões.
Trabalharam bastante. Mudaram tudo de lugar. Quem
ali chegasse não reconheceria a antiga floresta.
Uma grande fábrica foi construída em cima da toca
onde o urso dormia.
243 Desafio final
C1_3oANO_EF_Geografia_Carlos_2021 13/10/2020 12:13 Página 244
Troca de ideias
Converse com seus colegas e responda:
• As transformações que ocorreram no espaço descrito nessa história trouxeram
mudanças úteis para a vida das pessoas? E para a vida dos animais?
244 244
– 85
C1_3oANO_EF_Geografia_Carlos_2021 13/10/2020 12:13 Página 245 C1_3oANO_EF_Geografia_Carlos_2021 13/10/2020 12:13 Página 246
T. Fernandes / Fotoarena
Foto 1 – Litoral de Ubatuba – SP.
86 –
C1_3oANO_EF_Geografia_Carlos_2021 13/10/2020 12:13 Página 247 C1_3oANO_EF_Geografia_Carlos_2021 13/10/2020 12:13 Página 248
Plantação de café.
c) De acordo com o seu registro, preencha o gráfico a seguir, pintando um quadradinho
para cada elemento citado.
• E no 2.o plano?
A fazenda, terreiro de secagem de café, carroça e outros.
Naturais
• E no 3.o plano?
Antrópicos Plantações.
247 248
– 87
C1_3oANO_EF_Geografia_Carlos_2021 13/10/2020 12:13 Página 249 C1_3oANO_EF_Geografia_Carlos_2021 13/10/2020 12:13 Página 250
Figura 31
Figura 2 Disponível em:<Yadid Levy/ Alamy/ Fotoarena>
Disponível em:<DEA / G. SOSIO/ Universal Images/ Fotoarena>
Figuras 32 e 33
Figura 3 Disponíveis em:<Album / sfgp/ Fotoarena; Art Collection
Disponível em:<Adrovando Claro/ Fotoarena> 3/Alamy/Latinstock>
Figuras 4 a 7 Figuras 34 e 35
Disponíveis em:<Vanessa Costa/ Fotoarena; Ingo Schulz/ Alamy/ Disponíveis em:<Michael Fritzen/ Alamy/ Fotoarena; Luiz Carlos
Fotoarena; Luiz Claudio Marigo / Tyba; Nereu Jr/ Fotoarena> Murauskas/Folhapress >
Figuras 8 a 11 Figura 36
Disponíveis em:<https://cdn.pixabay.com/photo/2016/02/12/23/37/
d) E os antrópicos? salvador-1197081_960_720.jpg; © Getty Images Brazil / Gabriel
Sperandio; ep stock/ Alamy/ Fotoarena ; Vitché Palacin/Folhapress>
Figuras 37 a 39
Casa, moinho etc. Disponíveis em:<Marmaduke St. John/ Alamy/ Fotoarena; Celso Pupo/
Figuras 11 a 16 Fotoarena; Ingimage/Fotoarena; Ingimage/Fotoarena>
Disponíveis em:<Delfim Martins / Tyba; Veetmano Prem/ Fotoarena;
https://www.google.com.br/maps/@-29.740838,-
50.2102096,3a,75y,90t/data=!3m6!1e1!3m4!1sHi-dJNhz0D3aXnF2-
Zy38A!2e0!7i13312!8i6656 ; André Horta/ Fotoarena; Jales Valquer/
Fotoarena>
Figuras 17 e 18
Disponíveis em:<Raffaele Meucci/ Alamy/ Fotoarena; Cro Magnon/
Alamy/ Fotoarena>
Figura 19
Disponível em:< Album / akg-images/ Fotoarena>
Figuras 20 a 22
Disponíveis em:<Ingimage/Fotoarena; Marcelo Rudini/ Alamy/ Fotoarena;
Ingimage/Fotoarena>
e) Essa paisagem foi representada tendo como ponto de observação a:
Figuras 23 a 27
Disponíveis em:<Mainichi Shimbun/Reuters/Latinstock; PICHI
CHUANG/Reuters/Latinstock; Nelson Antoine/ Fotoarena; Carlos
Quadros/ Fotoarena; David W. Hamilton/ Alamy/ Fotoarena>
visão frontal.
Figuras 28 e 29
Disponíveis em:<Ingimage/Fotoarena; Mainichi
Shimbun/Reuters/Latinstock>
visão oblíqua.
249 250
88 –
C1_3oANO_EF_Geografia_Carlos_2021 13/10/2020 12:13 Página 251
C1_3oANO_EF_Geografia_Carlos_2021 13/10/2020 12:13 Página 253
251 253
– 89
C1_3oANO_EF_Geografia_Carlos_2021 13/10/2020 12:13 Página 255
255
90 –
Ensino Fundamental (do 2.o ao 5.o ano)
Programa de Avaliação Contínua – PAC
Critérios a serem observados na aprendizagem do aluno – Geografia
– 91
Bibliografia indicada para o professor CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e práticas de ensino. Goiânia:
Alternativa, 2002.
ALMEIDA, Rosângela Doin de (Org.). Cartografia escolar. São Paulo: Contexto, 2007.
_______. Geografia, escola e construção do conhecimento. Campinas:
______. Novos rumos da cartografia escolar: currículo, linguagem e tecnologia. Papirus, 1998.
São Paulo: Contexto, 2011.
Coleção Como bem ensinar, Editora Vozes, 2010.
ALMEIDA, Rosângela Doin de. Do desenho ao mapa. São Paulo: Contexto, 2009.
FITZ, Paulo Roberto. Cartografia básica. São Paulo: Oficina de textos, 2008.
_______. PASSINI, Elza Yasuko. O espaço geográfico: ensino e representação,
São Paulo: Contexto, 2002. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa. 18. ed. São Paulo: Paz & Terra, 2001.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
nacionais. Brasília: MEC/ SEF, 1997. v. 1, 5, 8, 9 e10. GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas. Porto Alegre: Artmed, 1993.
HADJI, Charles. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001.
_______. Parâmetros curriculares nacionais: 5.a a 8.a série. Brasília: MEC/SEF, 1998.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-
_______. Referencial curricular nacional para as escolas indígenas. Brasília:
escola à universidade. 22. ed. Porto Alegre: Mediação, 2004.
MEC/SEF, 1998.
IBGE. Atlas geográfico escolar.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação. Parâmetros Curri-
culares Nacionais. Objetivos Gerais de Ciências Naturais para o Ensino Funda- JOLY, Fernand. A cartografia. Campinas: Papirus, 2003.
mental. Brasília: MEC, 1997. KAERCHER, Nestor André. Ler e escrever a Geografia para dizer a sua palavra e
CALLAl, Helena C.; CALLAI, Jaeme L. Grupo, espaço e tempo nas séries construir o seu espaço. In: NEVES, Iara Conceição B. et al. (Org.). Ler e escrever:
iniciais. Revista Espaços da escola, Ijuí (RS), v. 3, n. 11, p. 9-18, jan./mar. 1994. compromisso de todas as áreas. 8. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2007.
CALLAl, Helena C. Aprendendo a ler o Mundo: a Geografia nos anos iniciais do KOZEL, Salete; FILIZOLA, Roberto. Didática de Geografia: memórias da terra:
ensino fundamental. Cadernos Cedes, Campinas, v. 25, n. 66, 2005. Disponível o espaço vivido. São Paulo: FTD, 1996.
em: < http://mod.lk/callai>. Acesso em: 30 out. 2014. LEITE, Marcelo. Brasil, paisagens naturais. São Paulo: Ática, 2007.
CARLOS, Ana Fani A. (Org.). A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1998.
CARUSO, Francisco Silveira. Questões ambientais em tirinhas. São Paulo: Ed. LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.
Livraria da Física, 2005.
MARZANO, Robert J.; PICKERING, Debra J. Building academic vocabulary:
CHASSOT, Attico. Alfabetização científica: questões e desafios para a educa- teacher's manual> Alexandria (Virginia, USA): Association for Supervision and
ção. Ijuí: Unijuí, 2001. Curriculum Development, 2005.
CASTELLAR, Sonia M. V. A alfabetização em Geografia. Revista Espaços da MORIN, Edgard. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo:
escola, Ijuí (RS), v. 10 n. 37, p. 29-46, jul./set. 2000. Cortez, 2001.
_______. (Org.). Educação geográfica: teorias e práticas docentes. São Paulo: NEVES, Iara Conceição B. et al. (Orgs.). Ler e escrever: compromisso de todas
Contexto, 2006. as áreas. 8. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2007.
CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos et al (Orgs.). Geografia em sala de aula: OLIVEIRA, Ariovaldo U. et al. Para onde vai o ensino da Geografia? São Paulo:
práticas e reflexões. 3. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS/Associação dos Contexto, 1994.
Geógrafos Brasileiros – Seção Porto Alegre, 2001. PAGANELLI, Tomoko Iyda et al. Estudos gerais: teoria e prática. Rio de Janeiro:
Access, s/d.
CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos; COSTELLA, Roselane Zordan. Brincar e
cartografar com os diferentes mundos geográficos: a alfabetização espacial. PASSINI, Elza Yasuko. Alfabetização cartográfica e o livro didático: uma análise
Porto Alegre: EDIPUCRS, 2007. crítica. Belo Horizonte: Lê, 1994.
92 –
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
Artes Médicas Sul, 2000.
_______. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
PONTUSCHKA, Nídia Nacib; PAGANELLI, Tomoko lyda; CACETE, Núria
Hanglei. Para ensinar e aprender Geografia. São Paulo: Cortez, 2007. XAVIER, Maria Luisa Merino; DALLA ZEN, Maria Isabel (Orgs.). O ensino nas
séries iniciais: das concepções teóricas às metodologias. 4. ed. Porto Alegre:
POZO, Juan Ignácio; CRESPO, Miguel Angel Gomez. A aprendizagem e o en- Mediação, 2004.
sino de Ciências: do conhecimento cotidiano ao conhecimento científico. Tradu-
ção de Naila Freitas. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
RAMA, Ângela; VERGUEIRO, Waldomiro (Org.). Como usar as histórias em _______. (Org.). Como trabalhar os conteúdos procedimentais em aula. 2. ed.
quadrinhos na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2004. Trad. Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 1999.
REGO, Nelson et al. (Orgs.). Um pouco do mundo cabe nas mãos: geografizando
em educação o local e o global. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003. Sites para consulta
RETONDO, Carolina Godinho; FARIA, Pedro. Química das sensações. Campi- REVISTA HISTÓRICA. Disponível em <www.arquivoestado.sp.gov.br/site/
nas, SP: Ed. Átomo, 2008. publicacoes/revista_historica>
ROSS, Jurandyr L. Sanches (Org.). Geografia do Brasil. 5. ed. São Paulo:
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL.
Edusp, 2008.
Disponível em <www.portal. iphan.gov.br>
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4.
ed. São Paulo: Edusp, 2008. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Disponível em <www.mma.gov.br>
SANTOS, Renato Emerson dos (Org.). Diversidade, espaço e relações étnico- Sites indicados
raciais: o negro na Geografia do Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
www.dominiopublico.gov.br
_______. O espaço do cidadão. 7. ed. São Paulo: Edusp, 2007.
www.funai.gov.br
_______. Pensando o espaço do homem. 5. ed. São Paulo: Edusp, 2004.
www.museudoindio.org.br
_______. Metamorfoses do espaço habitado: fundamentos teóricos e metodo-
lógicos da Geografia. São Paulo: Hucitec, 1988. www.neab.ufpr.br
SANTOS, Milton et al. Território, Territórios: ensaio sobre o ordenamento
territorial. 3. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007. Domínio público
SILVA, Aracy L.; GRUPIONI, Luis D. B. (Org.). A temática indígena na escola: novos Funai
subsídios para professores de 1.o e 2.o graus. Brasília: MEC/Mari Unesco, 1995.
Museu do índio
SIMIELLI, Maria Elena. Primeiros mapas: como entender e construir. São Paulo:
NEAB – Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros
Editora Ática, 1998.
_______. O mapa como meio de comunicação e alfabetização cartográfica. São Revistas para consulta
Paulo: Contexto, 2007.
CIÊNCIA HOJE DAS CRIANÇAS. Rio de Janeiro, Sociedade Brasileira para o
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998.
Progresso da Ciência.
STRAFORINI, Rafael. Ensinar Geografia: o desafio da totalidade-mundo nas
HISTÓRIA VIVA. São Paulo, Dueto.
séries iniciais. 2. ed. São Paulo: Annablume, 2008.
NOVA ESCOLA. São Paulo, Abril.
SPOSITO, Eliseu S. Geografia e filosofia: contribuição para o ensino do
pensamento geográfico. São Paulo: Unesp, 2004. PÁTIO – REVISTA PEDAGÓGICA. Porto Alegre, Grupo A Educação.
– 93