Emergências Resumo
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Emergências Resumo
Emergências Hipertensivas
Consideramos UH quando há elevação acentuada da PA sintomática, sem lesão aguda ou disfunção iminente de órgão-alvo. Em
contraste, as EH tipicamente têm elevação acentuada da PA (PA sistólica [PAS] > 180 mmHg e PA diastólica [PAD] > 120 mmHg),
com lesão aguda ou piora de lesão crônica de órgão-alvo, com risco iminente de morte.
Incidência: maior em homens, pacientes mal aderentes, obesos e com DRC, além de maior incidência com o aumento da idade.
Os pacientes com uma emergência hipertensiva devem ter sua pressão arterial aferida nos dois braços e eventualmente nos
quatro membros, de preferência em um ambiente calmo e repetidas vezes, até a estabilização (no mínimo três medidas). Deve -
se rapidamente coletar informações sobre a PA usual do paciente e sobre situações que possam desencadear o seu aumento
(ansiedade, dor, sal, comorbidades, uso de fármacos anti-hipertensivos – dosagem e adesão) ou que possam aumentar a PA
(anti-inflamatórios, corticoides, simpaticomiméticos, álcool). O uso de drogas ilícitas é um fator de risco para crises
hipertensivas, devendo ser questionado ativamente, principalmente no tocante ao uso de drogas adrenérgicas, como a cocaína.
No exame neurológico, devem-se buscar alterações do nível de consciência, como agitação e sonolência, déficit de força ou
sensibilidade e rigidez de nuca, que pode ser um indicativo de hemorragia subaracnóidea. Deve-se também testar os reflexos
em mulheres grávidas ou no puerpério, sendo a hiper-reflexia um dos sinais de eclâmpsia. A assimetria de pulso ou de PA, assim
como um novo sopro aórtico e abdominal, pode indicar uma dissecção de aorta. Sinais de congestão pulmonar, dispneia e tosse
com expectoração rósea podem ser indicativos de edema pulmonar.
Etiologia:
As causas mais frequentes no PS, das neurológicas são: AVCi, AVCh, e encefalopatia hipertensiva em último lugar. Já nas causas
cardíacas, a mais frequente é EAP (isquêmico e hipertensivo), seguido de SCA e dissecção de aorta, mais rara.
Avaliação inicial:
A história e exame físico devem ser sucintos e direcionados para órgão acometido.
Anamnese:
Exame físico:
Sinais de IC: estase jugular, edema de MMII, refluxo hepato-jugular, estertores, galope, B3, cianose
Sinais de dissecção de aorta: dor intensa, diferença de PA nos MSS, sopro em região epigástrica
Sinais de lesão neurológica: anisocoria, nível de consciência baixo, déficit focal, desvio de rima, sinais meníngeos (rigidez nucal),
alteração papilar e babinsky +)
Exames complementares
-HMG
-Glicemia
-Eletrólitos
-Eletrocardiograma: deve ser solicitado em paciente com dor torácica e suspeita de edema agudo de pulmão; pode apresentar
alterações do segmento ST ou sinais de sobrecarga ventricular.
-Radiografia de tórax: deve ser solicitada em paciente com dor torácica e suspeita de edema agudo de pulmão; o alargamento
de mediastino pode ser indicativo de dissecção aguda de aorta. Também pode mostrar sinais de congestão pulmonar.
-Tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) de crânio: deve ser solicitada em paciente com sintomas
neurológicos e suspeita de acidente vascular encefálico (AVE); pode ser normal em AVE isquêmico ou indicar sangue em AVE
hemorrágico e hemorragia subaracnóidea. Também pode mostrar edema cerebral difuso na encefalopatia hipertensiva. Realizar
em até 30min de entrada.
-US point of care: faz o diagnóstico de hipertensão intracraniana, pode visualizar dissecção de aorta e possibilita avaliação da
função cardíaca e de congestão pulmonar.
-Pseudocrises hipertensivas: achados de PA alta associados a queixa de dor, tontura, mal estar, estresse psicológico agudo e
síndrome do pânico -> devem ser tratados com repouso, analgésicos e tranquilizantes, e não com anti-hipertensivos.
Sistema cardiovascular:
Tratamento UH:
Após excluir LOA, deve-se checar se o paciente faz acompanhamento médico e verificar adesão ao tratamento. Na maioria dos
pacientes, não é necessário fazer controle da PA no pronto atendimento. Uma terapia anti-hipertensiva rápida e agressiva pode
causar isquemia cerebral e miocárdica ou injuria renal aguda, caso os níveis pressóricos caiam abaixo do limite da
autorregulação de perfusão.
Em pacientes com diagnóstico prévio e tratamento de hipertensão, devem-se retomar as medicações de uso ambulatorial e
reforçar a importância da adesão a medicamentos e dietética, além de, se necessário, aumentar a dose das medicações ou
adicionar uma nova classe. Em pacientes sem diagnóstico prévio, pode-se iniciar o tratamento no DE, devendo-se encaminhá-los
para o acompanhamento ambulatorial.
Em algumas situações, devemos reduzir a PA dos pacientes em UH em horas. Pacientes com alto risco de eventos
cardiovasculares iminentes, como aqueles com doenças da aorta ou aneurismas cerebrais, beneficiam-se de um controle de PA
em horas. Nessa situação, devem-se utilizar medicamentos por via oral e com meia-vida curta. Entre as opções estão captopril,
clonidina e hidralazina.
Tratamento EH:
Depende da sua causa, que vai ser diferenciada de acordo com a lesão, cada órgão-alvo lesionado leva um tratamento. Seu
manejo deve ser feito com uso de anti-hipertensivos parenterais, garantindo uma atuação imediata para regularização dos
níveis pressóricos, não necessariamente a 120x80mmHg. O importante no tratamento não são os valores pressóricos e sim o
nível causador de LOA.
O tratamento visa redução de 25% nos níveis pressóricos nas 2 primeiras horas. Após a estabilização do quadro, o paciente
passa a receber a terapia oral. Não se utiliza medicação anti-hipertensiva EV por tempo prolongado.
Medicações:
-Deve-se iniciar em baixas doses e observar necessidade de administração de doses mais altas
-Tem inicio de ação em menos de 1 minuto, em 5 minutos ocorre pico de atuação.
-Tomar cuidado com roubo coronariano: paciente com suspeita de insuficiência coronariana: medicamento vasodilata as
coronárias. Não é utilizado nas isquemias, pois piora a vasodilatação em áreas isquemiadas, aumentando a isquemia.
2. Nitroglicerina (tridil)
-Venodilatador
-É contraindicado em pacientes que fazem uso de drogas para disfunção erétil -> pressão pode cair significativamente e paciente
chocar. Deve-se questionar se paciente fez uso nos últimos 2-3 dias.
3. Metoprolol
-BB
-É contraindicado em BAV2/3grau, IC grave e asma. Evitar em pacientes com mais de 12h de história ou histórias longas, pois a
área isquêmica pode ser muito grande.
-Sua principal indicação é a dissecção aguda de aorta: situação em que a diminuição da FC é mais importante que a regularização
da PA
4. Hidralazina:
-Vasodilatador arterial
5. Nifedipino
Acúmulo de líquido extravasado dos capilares no interstício pulmonar, levando a uma dificuldade para o acontecimento das
trocas gasosas, pode levar a uma insuficiência respiratória aguda hipoxêmica.
Aumento da pós carga do VE -> IC com retenção de líquido na circulação pulmonar -> extravasamento
Sintomas:
-Dispneia: desde quando? Aguda? Progressiva? -> diagnóstico diferencial de TEP e DPOC (agudo x crônico)
-Ansiedade
-Sudorese
-Má perfusão periférica -> tempo de enchimento capilar aumentado
-Cianose
-Estertores crepitantes
Atendimento:
-Ventilação não invasiva para alívio da dispneia, triagem infecciosa (RX torácico, urina e hmg), coleta de troponinas e realização
de ECG (supra de ST- SCA/ FA aguda e FA de alta resposta)
-OBS: situações que levam a uma descompensação com aumento da congestão pulmonar: má aderência ao tratamento,
processos infecciosos (mal funcionamento renal)
A presença de congestão pulmonar em todos os campos pulmonares e hipertensão estabelece o diagnóstico de EAP
hipertensivo. O diagnóstico é clínico, não se devendo aguardar exames de imagem para iniciar o tratamento. Em casos de dúvida
diagnóstica, os exames de imagem como radiografia de tórax e US point of care servem como auxílio.
Exames complementares:
-ECG
-RX tórax
-Gasometria arterial
-BNP: < 100 – IC improvável, entre 100-400 o diagnóstico é incerto e maior que 400 é diagnóstico provável de IC
Tratamento:
O marco do EAP hipertensivo é o aumento da pós -carga cardíaca devido à hipertensão e à congestão pulmonar. Deve-se tratar a
PA com o objetivo de reduzi-la em 25% nas primeiras horas. Para isso, podemos utilizar o nitroprussiato ou a nitroglicerina –
ambas as drogas levam à diminuição da pós-carga, reduzindo o trabalho do ventrículo esquerdo, e à diminuição da PA. Além
disso, é indicada a utilização de diurético de alça (furosemida) para a redução da volemia, o que leva à melhora da congestão.
Em pacientes em insuficiência respiratória, o uso de ventilação não invasiva (VNI) é benéfico, com redução de mortalidade e de
necessidade de intubação, a VNI diminui o retorno venoso devido à pressão positiva intratorácica, reduzindo a pré-carga e
otimizando a contratilidade cardíaca. Além disso, também diminui a quantidade de líquido nos alvéolos.
-Furosemida: venodilatação em 15 min diminui a pré carga. Caso não responda aos diuréticos -> encaminhar paciente para
diálise.
-Morfina: melhora a pré-carga-> reduz dispneia, deve ser administrada em baixas doses
-Nitratos: aliviam a congestão pulmonar e a perfusão coronariana, reduzindo a pré carga por seu efeito venodilatador
-Nitroprussiato: vasodilatador arterial, deve ser usado se o quadro for apenas hipertensivo, sem sinais de isquemia
-VNI: CPAP
Sintomas:
-Dor torácica lancinante de início agudo, podendo irradiar para dorso e abdome
-Alargamento de mediastino no RX
OBS: pode ser do tipo A: envolve a aorta ascendente (cirúrgico imediato), tipo B: não envolve a ascendente (HAS), cirúrgico mas
com maior lacuna de tempo para estabilização do paciente.
Fatores de risco:
-Trauma torácico (local mais comum de acometimento é o -PAS com diferença > 30mmHg em MMSS
istmo aórtico, seguido pela aorta ascendente)
-Massa palpável
-Aneurisma aórtico conhecido
-Sopro de regurgitação aórtica
-Cirurgia aórtica prévia
Exames complementares:
-Uso de cocaína, crack ou anfetaminas
-Gerais, ECG, RX tórax e d-dímero.
-Doenças aórticas prévias (marfan, coarctação, vasculite)
Tratamento:
-MOV
-Redução da PA para menor nível tolerado (avaliar pela diurese e sintomas), principal alvo é PAS abaixo de 110.
OBS: redução de PA e FC deve ser feita de forma rápida e abrupta, por meio de medicação EV. O nitroprussiato apenas é
utilizado caso a PA não fique nos valores desejados após a administração do betabloqueador -> medida contra a ativação reflexa
do simpático, aumentando contratilidade cardíaca e estresse na parede aórtica.
-Morfina: opioides devem ser usados para controle da dor e consequente menor descarga adrenérgica.
Encefalopatia hipertensiva:
Síndrome cerebral orgânica aguda que ocorre como resultado da falência do limite superior da autorregulação vascular cerebral.
Encefalopatia hipertensiva é o termo utilizado quando temos sinais e sintomas de edema cerebral devido a aumento súbito ou
elevações súbitas da PA. É um diagnóstico de exclusão, sendo feito após descarte de outras disfunções do sistema nervoso
central. O que marca essa condição é a melhora importante do quadro após a redução de 10 a 15% da pressão arterial média
(PAM).
Quadro clínico:
-Cefaleia intensa e súbita
-Náuseas/vômito
-Convulsões
Tratamento:
-MOV
Lesão encefálica secundária a um mecanismo vascular e não traumático, caracterizado pela instalação súbita de um déficit focal,
de rápida evolução, com duração de até 24h, ou menos, quando o paciente vem a óbito antes.
-Neste caso, a elevação da PA é um mecanismo protetor fisiológico, as quedas abruptas de PA podem reduzir ainda mais o fluxo
sanguíneo cerebral, pois PPC= PAM – PIC
As variáveis que alteram prognóstico devem ser controladas -> febre, ventilação, glicemia, dor, agitação e retenção urinária.
AVCi AVCi trombólise AVCh
PAS menor que 220 mmHg PAS menor que 180mmHg PAS menor que 180mmHg
PAD menor que 120mmHg PAD menor que 105mmHg PAD menor que 105mmHg
Critérios inclusão trombólise: maior de 18 anos, ausência de sangramento na TC, déficit focal súbito, tempo até 4h30 para
trombólise
Critérios de exclusão: presença de sangramentos na TC, sangramento intracraniano prévio, lesão de SNC, coagulopatia,
sangramento prévio, avci nos últimos 3 meses, neurocirurgia
Como um controle rigoroso da pressão é necessário, dá-se preferência para o nitroprussiato devido a seu rápido tempo de ação
e meia-vida curta – seu efeito hipotensor diminui cerca de 3-5 minutos após a redução da dose.
-1% dos hipertensos -> se apresentam com história familiar da hipertensão maligna.
-Na maioria dos brancos, a causa é secundária, e nos negros, são de causa essencial.
-Quadro clíncio: cefaleia borramento visual, noctúria e fraqueza, hipertensão e fundo de olho com retinopatia grau III e IV
Síndrome coronariana:
Dentre os diagnósticos graves da dor torácica, o mais prevalente é a síndrome coronariana aguda. Deve se lembrar que até 47%
dos pacientes com síndrome coronariana podem não apresentar dor torácica, e sim os chamados sintomas equivalentes
anginosos, como dispneia e síncope.
IAM:
É um processo de necrose da parte do músculo cardíaco por falta de aporte adequado de nutrientes -> redução de fluxo
coronariano.
O IAM é 95% das vezes causado por rotura de placa de ateroma, levando a isquemia miocárdica e injúria muscular.
ETIOLOGIA:
-Espasmo coronariano: angina de prinzmetal, intoxicação por cocaína -> se apresenta em pacientes sem placa e com
repercussões anginosas
TIPOS:
-Sinal de Levigne
-Dor intensa
-Náuseas e vômitos
-Taquicardia ou bradicardia
-Equivalentes isquêmicos: dor epigástrica, dispepsia, dispneia, síncope -> sintomas comuns em mulheres, idosos, diabéticos.
Um eletrocardiograma deveria ser realizado em até 2 minutos da chegada do paciente ao serviço e este deve ser analisado em
até 10 minutos para identificação de supradesnivelamento de segmento ST
Fatotes de risco:
-Tabagismo
-HAS
-DM
-LDL alto
-HDL baixo
Dor em região precordial ou em MSE desencadeada por esforço ou estresse, aliviada por repouso ou uso de nitrato.
-Dor típica em alguns aspectos, mas atípica em outros -Sem necessidades de exame complementar- o exame físico
já exclui
Angina Instável:
1. Ocorre em repouso (ou mínimo esforço), com duração em geral de 20 minutos (se não for interrompida por nitrato ou outro
analgésico).
3. Ocorre em crescendo (dor com cada vez menos esforço, dor que é cada vez pior, que passou a acordar o paciente).
2. Angina de início recente (“de novo”) classificada como III ou IV pela classificação da Canadian Cardiovascular Society (CCS).
3. Recente desestabilização de angina estável prévia, com pelo menos classificação III da CCS (“angina em crescendo”)
IAM com Supra de ST:
Nova elevação do segmento ST em 2 ou mais derivações contínuas. -> deve-se avaliar a pré-existência de sobrecarga de VE ou
BRE
Exame físico:
-Ausculta cardíaca
-Avaliar extremidades
Classificação de risco:
Quando o exame físico e anamnese são compatíveis com dor isquêmica, deve-se iniciar:
-MOVE
-Solicitar exames:
HMG
Eletrólitos
Glicemia
Função renal
Teste de coagulação
Perfil lipídico
Troponina -> não mais usada a CK-MB
Análise do ECG:
OBS:
-Se oclusão pe na coronária direita: ramo irriga o nó AV e uma isquemia pode levar a um bloqueio AV -> bradicardia
-No caso de infarto de VD: fazer derivações V7, V8, V3R e V4R
A dosagem deve ser feita na chegada e após 3h. Se a primeira dosagem for positiva, a segunda deve ter um aumento de
pelo menos mais de 20% em relação a primeira medida
A dosagem deve ser feita de forma seriada
+ rabdomiólise
Diagnóstico:
-Troponina elevada > p99 -> lesão miocárdica
-Isquemia miocárdica:
Sintomas isquêmicos
ECG com alterações de ST, T ou onda Q
Imagem (ECO/RNM): alteração de mobilidade segmentar
Cat cardíaco diagnóstico: trombo coronário evidente ao exame
Autópsia: trombo na coronária
Tratamento:
-AAS e clopidogrel devem ser administrados para todos. 300mg de AAS, 300 mg de clopidogrel (600 se cat)
-Nitrato sublingual ou EV -> para dor. É contraindicado para pacientes hipotensos e em infarto de VD
-Após estabilização na internação: estatinas, diminuição das doses de AAS e clopidogrel, IECA, e BB se necessário
Nas primeiras 2h, é preferível realizar CAT em vez de trombólise. Em caso de serviço sem hemodinâmica, realizar transferência,
caso não seja possível, prosseguir com a trombólise.
Critérios de reperfusão:
Avaliar a eficácia da trombólise: caso tenha sido efetiva haverá alívio dos sintomas, manutenção ou restauração do equilíbrio
hemodinâmico, ECG após 60-90min do inicio da trombólise deve haver redução de mais de 50% do tamanho do supra. Caso a
trombólise seja ineficaz os sintomas isquêmicos perduram, não existe redução maior de 50% do tamanho do supra de ST.
Parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como a cessação súbita da função mecânica cardíaca com consequente colapso
hemodinâmico. Utilizamos o termo “parada cardiorrespiratória” para aqueles eventos que foram rapidamente detectados,
enquanto ainda há possibilidade de retorno da circulação espontânea por meio de ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Os casos
que evoluem para óbito ou aqueles em que a ressuscitação cardiopulmonar não for executada devem ser chamados de morte
súbita cardiovascular
-Pulso presente sem respiração: ventilação de resgate a cada 6s e checar pulso a cada 2 min -> verificar a presença de obstrução
de vias aéreas
O suporte básico de vida (BLS) contém o alicerce de conhecimentos necessários para salvar vidas após uma PCR e deve ser
disseminado entre médicos e leigos.
Passo a passo:
- Avaliar nível de consciência e responsividade do paciente -> chamar pelo nome e tocar. Qualquer gemido deve ser considerado
resposta e deixa de ser PCR.
-Checar pulso central: carotídeo ou femoral -> nunca checar o periférico pois com PA baixa já não há mais perfusão periférica.
-Uso de desfibrilador: se a desfibrilação ocorrer em até 5min, o sucesso é de até 30% -> identificar ritmo
-Após os 3 passos, deve-se realizar ABCD (abertura da VA, breathing, compressões torácicas e desfibrilar)
Compressões torácicas:
Paciente deve estar em decúbito horizontal em superfície rígida para que as compressões sejam efetivas. No caso de ambiente
extra hospitalar posicionar no chão, e em ambiente hospitalar utilizar a prancha rígida.
Posicionamento:
-Os 2 compressores devem estar do lado oposto ao desfibrilador, geralmente do lado esqurdo
-Deve-se realizar 30 compressões para cada 2 ventilações, e fazer 5 ciclos -> conferir pulso ao final de cada ciclo
-As compressões devem ser realizadas 5cm acima do apêndice xifóide (4 dedos), na linha intermamilar.
-Em profundidade, o tórax deve ser comprimido de 5-6cm (4 dedos) e retorno total
Ventilação:
Após 30 compressões torácicas fazer 2 ventilações -> em IOT pode-se ventilar com ambu ao mesmo tempo das compressões.
Cada ventilação com ambu deve durar cerca de 6s do seu início ao fim.
Desfibrilação:
1. Posicionar as pás para identificar se o paciente está em ritmo chocável. Se o ritmo for chocável, proceder com
desfibrilação elétrica.
2. Se for em gel, manter 5cm de distancia entre um e outro. Se o paciente tiver muitos pelos, realizar tricotomia.
3. Energia máxima em bifásicos: 120-200J/monofásico: 360J
4. Avisar: todos afastados, eu me afasto! E disparar o choque.
5. Reiniciar RCP logo após o choque -> paciente pode entrar em atividade elétrica sem pulso pós choque
6. Reiniciar a RCP com ventilação por 2 minutos -> verificar o pulso no fim
Ritmos de PCR:
-Fibrilação ventricular
↑↑ Ambos são desfibriláveis e são os 2 mais comuns. A conduta deve ser uso de adrenalina 1g, (ciclo sim e ciclo não),
compressões e choque.
-AESP
-Assistolia
Ritmos desfibriláveis:
-A via aérea avançada é prioritária e deve ser realizada rapidamente, para correção da hipoxia e proteção contra
broncoaspiração, e aspiração de secreções caso necessário.
AESP:
Contração cardíaca que não produz pressão sanguínea detectável -> eletro se mostra normal.
-Solicitar HMG, ECO e USG podem ajudar a encontrar a causa. Utilizar QRS para fazer tratamento empírico.
Assistolia:
-Protocolo linha reta: checar eletrodos e se estão posicionados de forma correta. Aumentar ganho do monitor para verificar se
não é uma FV fina (torna-se chocável), checar outras derivações.
Medicamentos na PCR:
-Em caso de FV/TV sem pulso -> pode-se utilizar antiarrítmicos como amiodarona ( 2 doses, sendo a primeira de 300mg e a
segunda de 150mg)
-Etiologia da PCR
Devemos avaliar:
-Se o paciente está hígido e teve boa assistência imediata -> insistir mais
-Paciente com ajuda imediata não eficiente: menor chances, insistir menos
-Tratar convulsões