Artigo Científico - Caracterização de Materiais - JJKMPV

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 13

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ

Campus Belém

CURSO TÉCNICO EM MECÂNICA


Ensaios Mecânicos

PROFESSORES
Thiago Costa e Diego Carvalho

Discentes
JONAS FRANCISCO DA SILVA DA SILVA – 20192084244
JOSÉ CARLOS DE MELO MONTEIRO - 20182084784
KAUÊ AUGUSTO DA SILVA FERNANDES – 20192084233
MATHEUS CARDOSO DE ARAÚJO – 20192084247
PEDRO DA COSTA FRANCO – 20192084246
VICTOR GUILHERME CORDEIRO - 20192084241

MECÂNICA - I2083TC

ENSAIOS MECÂNICOS

CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAIS

BELÉM/PA
2023
1. RESUMO

Neste artigo são apresentadas metodologias para a caracterização mecânica de diversos metais
por meio de ensaios de dureza, tração e ensaios metalográficos. O processo iniciou-se com a
preparação das amostras em um laboratório de usinagem e seguiu para análise microestrutural
e ensaios mecânicos em um laboratório metalográfico. Todas estas etapas visavam a arguição
das miroestruturas destes materiais e a comparação de seus respectivos módulos de dureza e
tração.
Para a avaliação dos módulos de dureza e tração, bem como para a análise metalográfica das
amostras foram propostos ensaios de tração e de dureza Rockwell, além de serem submetidas a
observação microestrutural em microscópio óptico, desta forma todos os dados que serão
citados foram colhidos com êxito.

Palavras-chave: Metalografia, Ensaios, Dureza, Tração

Abstract

This article presents methodologies for the mechanical characterization of several metals
through hardness, stress-strain and metallographic assays. The process began with sample
preparation in a machining laboratory and proceeded to microstructural analysis and
mechanical assays in a metallographic laboratory. All these stages aimed at investigating the
microstructures of these materials and comparing their respective hardness and stress-strain
modules.
For the evaluation of the modulus of hardness and stress-strain, as well as for the metallographic
analysis of the samples, assays of stress-strain and Rockwell hardness were proposed, in
addition to being submitted to microstructural observation in an optical microscope, in this way
all the data that will be mentioned were collected with success.

Keywords: Metallography, Assays, Hardness, Stress-strain

2. INTRODUÇÃO

A começar dos ensaios mecânicos, podemos obter propriedades mecânicas e comportamento


de dado material a um dado serviço. Os ensaios mecânicos, como tração, dureza e fadiga,
podem mensurar a eleição e a não eleição de um material à uma certa utilização.O ensaio
mecânico é muito requisitado devido ao seu ótimo custo-benefício, sendo capaz de alinhar alto
desempenho, com alta segurança e baixo valor. Outra característica profícua desse método é
que ele pode ser do tipo destrutivo ou não destrutivo, a depender do tipo de resultado buscado.
Algumas das condições de uso mais comuns abrangem temperaturas, tipo de cargas e sua
frequência de aplicação, tempo de desgaste e deformabilidade, entre outras. Durante os ensaios,
utilizando-se de softwares para sua complementação, obteve-se dados e valores que foram
colhidos, analisados e demonstrados ao longo deste artigo.
Também realizado tratamentos térmicos, que em suma é submeter o material a variações de
temperatura, podendo ser em diferentes meios, para assim, obter diferentes propriedades dos
materiais sem que se modifique o produto. Seu objetivo é melhorar um material; desde o
aumento/redução da dureza, remoção de tensões internas, a melhora da
uninabilidade/ductibilidade. Foram realizados os tratamentos térmicos de normalização e
têmpera em aços 1020 e 1045. Portanto, por meio desses ensaios, podemos depreender aspactos
e noções dos materiais utilizados para os vários ensaios que serão apresentados nesse artigo.
3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1.TRATAMENTO TÉRMICO

Várias ferramentas e materias que utilizamos no nosso dia a dia se utilizam de tratamentos
térmicos. Seja para elevar sua dureza, seja para diminuí-la, seja para aumento de usinabilidade,
etc.

3.1.1. TRATAMENTOS TÉRMICOS EFETIVADOS EM METAIS

Expor os metais à temperaturas extremas permite que a mudança dos seus atributos ocorra. A
técnica é muito utilizada para aumentar a resistência do material sem que a sua forma seja
alterada, assim podendo atender à uma determinada aplicação.
Essa mudança acontece pela composição dos metais, que possuem microestruturas, estruturas
cristalinas, que são agrupados e formam uma unidade. Então, a variação tanto na massa
quanto no tamanho desses cristais é que determinam as propriedades mecânicas do metal.
O tratamento térmico é aplicado geralmente em aço e metal que são os materiais que mais
recebem bem a técnica, pois se aproximam das características desejadas. Alguns tratamentos
térmicos:

 Normalização
 Solubilização
 Têmpera
 Recozimento
 Cementação
 Revenimento

NORMALIZAÇÃO

Faz-se com que peças forjadas, laminadas a quente ou fundidas voltem ao seu estado normal
sem qualquer tipo de tensão interna.

SOLUBILIZAÇÃO

O material é aquecido em temperatura bastante elevada com o intuito de promover uma maior
qualidade nas peças. Além de trazer ductilidade e benefícios para estrutura geral do material,
a solubilização reduz também a dureza do material.

TÊMPERA

O aço é endurecido progressivamente para que tenha em sua constituição uma matéria forte,
mas nesse processo as peças precisam ser aquecidas rapidamente e por isso se tornam frágeis.

RECOZIMENTO

Nesse processo o principal objetivo é a redução ao máximo da dureza do aço, aumentando sua
usinabilidade, ductilidade e o tamanho do grão.
CEMENTAÇÃO

Um processo termoquímico com a intenção dar maior resistência ao desgaste e aumentar a


dureza superficial.

REVENIMENTO

Aplicado logo em seguida da têmpera, para acabar com a fragilidade do material.


O revenimento tem a finalidade de equalizar e diminuir a dureza do aço, aliviar as tensões
internas provocadas pela têmpera e impedir que a peça se quebre.

3.2.ENSAIOS MECÂNICOS

Corpo de Prova 1 (normalizado): apresentou niveis de dureza menores que a amostra sem
tratamento indicando o maior nivel de dureza quando não realizado o processo de
normalização que visa melhorar a usinabillidade do material.

Corpo de Prova 2 (sem tratamento): neste a media de dureza se mostrou mais elevada
devido estar sem nenhum tratamento indicando um nivel de usinabilidade mais baixo.

Corpo de Prova 3 (alumínio): a amostra de liga de aluminio foi a com media mais baixa
entre todas devido ser uma liga extremamente “macia”(baixo nivel de dureza) e alta
maleabilidade.

Corpo de Prova 4 (normalizada e temperada): esta foi a amostra com maior nivel de
dureza, utilizando-se um aço 1045 que já apresenta naturalmente maior dureza, sendo
submetido a dois processos sendo eles normalização e tempera onde na tempera o objetivo é
aumentar a dureza do material assim chegando na media de 268,51HB, sendo bastante
superior as outras.

3.2.1. ENSAIO DE TRAÇÃO

Serão chamados os materiais de experimento utilizados nesses ensaio de tração de Corpos de


Prova (Cp), e enumerados. Forma feitos nos corpos de provas o ensaio de tração, que por fim
todos os 4 ensaios ocorreram de maneira segura e bem aplicada, assim conseguindo e
coletando os resultados esperados.
No ensaio de tração, fora aplicado parâmetros técnicos em uma liga de alumínio, que com o
trabalho de uma fresadora universal, foi posto sobre a liga uma área de seção transversal de 16
mm² e o comprimento de 25mm, como requer a norma técnica ASTM-E8M.
Após adquirir todos os parâmetros no fresamento, o tarugo foi seccionado em 8 divisões para
que cada um dos dois grupos ficassem com 4 secções, separados para um grupo os números
pares e os números ímpares.
Figura 1: máquina de tração e compressão

Começamos o ensaio de tração com o corpo de prova 1 (CP1), onde se ocorreu conforme o
esperado e assim ensaiamos cada corpo de prova sem apresentar erro nenhum. A máquina de
tração - compressão que foi usada foi uma Arotec WDW-100 e nas suas configurações nos
utilizamos a célula de carga de 10000 e a velocidade de 0,5 milímetros por mínimo para
todos os corpos de prova

.
Figura 2: peça posicionada para o ensaio
Figura 3: corpo de prova 1

Figura 4: gráfico corpo de prova 1

Figura 5: corpo de prova 3


Figura 6: gráfico do corpo de prova 3

Figura 7: corpo de prova 5

Figura 7: gráfico do corpo de prova 5


Figura 7: corpo de prova 7

Figura 8: gráfico do corpo de prova 7

4. RESULTADO E DISCUSSÕES

AÇO 1020 - SEM TRATAMENTO

Este corpo de prova por se tratar de uma liga de aço 1020, possui um baixo teor de carbono
assim é mais predominante a presença da estrutura cristalina ferrita (α-Fe). Porém é notória a
presença da perlita que é formada por uma mistura eutetóide de duas fases, ferrita e cementita.
Os grãos desta peça se encontram bem organizados em decorrência do corpo de prova se
tratar de uma viga de aço que possivelmente foi obtida a partir do processo de extrusão, em
consequência a este processo seus grãos acabaram sendo organizados desta maneira.

Figura 9: visão microscópica de amplitude 100 µm do aço 1020 sem tratamento térmico
Figura 10: visão microscópica de amplitude 10 µm do aço 1020 sem tratamento térmico

Figura 11: visão microscópica de amplitude 20 µm do aço 1020 sem tratamento térmico

AÇO 1045 – NORMALIZADO

Este corpo de prova, diferente do anterior, trata-se de uma liga de aço 1045, assim possuindo
um elevado teor de carbono se comparado ao anterior. Neste corpo a presença da perlita
(ferrita + cementita) é visível, ainda assim o corpo possui uma elevada quantidade de ferrita
(α-Fe). Por conta de a peça ter passado pelo processo de normalização, na qual seu objetivo
era alcançar a recristalização. Seu material foi redissolvido e recristalizado em grãos menores
e mais organizados.

Figura 12: visão microscópica de amplitude 100 µm do aço 1045 normalizado


Figura 13: visão microscópica de amplitude 50 µm do aço 1045 normalizado

Figura 14: visão microscópica de amplitude 20 µm do aço 1045 normalizado

AÇO 1045 - NORMALIZADO + TEMPERADO

O corpo de prova, assim como o anterior, trata-se de uma liga de aço 1045 na qual passou
pelo processo de normalização assim obtendo a recristalização de seu material; para prepará-
lo para a têmpera que viria a seguir, com essa tornando o material mais duro e obtendo a
martensita feita a partir da austenita por meio do rápido resfriamento da peça. Por conta do
material não ter um alto teor de carbono adequado foi observado a presença de ferrita (α-Fe),
perlita e como mencionado anteriormente de martensita.

Figura 15: visão microscópica de amplitude 100 µm do aço 1045 normalizado + temperado
Figura 16: visão microscópica de amplitude 20 µm do aço 1045 normalizado + temperado

Figura 17: visão microscópica de amplitude 10 µm do aço 1045 normalizado + temperado

LIGA ALUMINOSA

Este corpo de prova apresentou uma micrografia diferente de todas as anteriores pois trata-se
de uma peça de alumínio, é percebida a presença de grãos em formato dendrítico com
contornos bem definidos em toda região da peça.

Figura 18: visão microscópica de amplitude 200 µm da liga aluminosa


Figura 19 visão microscópica de amplitude 100 µm da liga aluminosa

Figura 20: visão microscópica de amplitude 20 µm da liga aluminosa

5. CONCLUSÃO

A partir de todos os resultados obtidos de todos os processos que aprendemos com a matéria
de caracterização dos materiais, podemos concluir o quão importante é ter todo um processo
didático, pois como podemos ver como exemplo nos ensaios mecânicos de dureza e de tração
que a partir dos testes podemos ver o limite máximo de cada material em seus devidos testes,
com o propósito de evitar possíveis acidentes através de projetos mal planejados com esses
mesmos materiais.
Antes de tudo, há normas que validam todos os processos mecânicos, e para validar o ensaio
de tração, foi necessário todo um processo de dimensionamento do corpo de prova, e através
do uso de uma fresadora, conseguimos efetuar todo esse dimensionamento, assim validando o
ensaio de tração pelas normas.Não só isso, mas através das amostras obtidas do tratamento
térmico, a gente pode observar no ensaio mecânico de dureza rockwell, como o aumento de
carbono através da têmpera também aumentou a dureza do material, o que comprova as
propriedades do carbono (Dureza) e do ferro (Ductilidade).
E para termos certeza de cada resultado do tratamento térmico, foi realizado o processo de
metalografia, no qual ocorreu todas as etapas e assim nós comprovamos através das
micrografias que as microestruturas condiziam com os tratamentos térmicos em questão, e
com isso concluirmos com a validação de todos os processos mecânicos.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Tratamento Térmico: O que é, procedimentos e aplicações. SerraMetal, São Paulo, 19 de Maio de


2020. Disponível em: https://serrametal.com.br/tratamento-termico/. Acesso em 08 de Jan.de 2023.

ENSAIOS MECÂNICOS. ITEN, São Paulo. Disponível em: https://www.itensp.com.br/ensaios-


mecanicos#:~:text=Ensaios%20mec%C3%A2nicos.%20Os%20ensaios%20mec%C3%A2nicos%20s
%C3%A3o%20m%C3%A9todos%20utilizados,suas%20propriedades%20mec%CE%A2nicas%20em
%20v%C3%A1rias%20condi%C3%A7%C3%B5es%20de%20uso. Acesso em 09 de Jan. de 2023.

VICENTE, Thiago. QUAIS OS TIPOS DE TRATAMENTO TÉRMICO E COMO FUNCIONAM.


Dustre, São Paulo, 6 de Março de 2022. Disponível em: https://dustre.com.br/quais-os-tipos-
de-tratamento-termico/. Acesso em 10 de Jan. de 2023.

Você também pode gostar