330603-Morfologia Do Solo

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 60

Morfologia do solo

Prof. DSc. Carlos Ribeiro Rodrigues


Morfologia do solo
• O solo é o resultados dos fatores e processos pedogenéticos

• Com a evolução do material transformando da rocha original, há


formação de camadas, horizontes, com diferenciações em
características morfológicas

• Esses horizontes, são chamados horizontes genéticos, é o conjunto


desses são chamados de solum (plural, sola).
Morfologia do Solo
• As características morfológicas do solo permite fazer inferências
importantes sobre o processo de sua formação e comportamento em
relação ao uso agrícola
• As características morfológicas do solo refere-se às propriedades
detectyadas pelos sentidos da visão e do tato:
• COR
• TEXTURA
• ESTRUTURA
• POROSIDADE
• CONSISTÊNCIA
• TRANSIÇÃO ENTRE HORIZONTES
Morfologia do Solo
• As propriedades morfológicas são descritas no campo com a
descrição de um perfil.

• As constatações de campo são informações complementares às


análises químicas e físicas

• Para a análise de campo é necessário à abertura de trincheira


Morfologia do Solo
Morfologia do Solo
Passos nas descrição morfológica
• 1º) Diferenciação dos horizontes e suas profundidades
Passos nas descrição morfológica
• 1º) Diferenciação dos horizontes e suas profundidades
Passos nas descrição morfológica
• 1º) Diferenciação dos horizontes e suas profundidades
Passos nas descrição morfológica
• 1º) Diferenciação dos horizontes e suas profundidades
Passos nas descrição morfológica
• 1º) Diferenciação dos horizontes e suas profundidades
Passos nas descrição morfológica
• 2º) Transição entre os horizontes
• Avalia-se em dois níveis
1º) Grau ou nitidez
Passos nas descrição morfológica
• 2º) Transição entre os horizontes
• Avalia-se em dois níveis
2º) Topografia
Passos nas descrição morfológica
• 2º) Transição entre os horizontes
Passos na descrição morfológica
• 3º) Descrever de todos os horizontes as características:
• Cor
• Textura
• Estrutura
• Porosidade
• Cerosidade
• Consistência
• Cimentação
• Nódulos e concreções minerais
• Presença de minerais magnéticos
• Presença de carbonatos
• Presença de manganês
• Presença de sulfetos
• Eflorescência
• Coesão
COR
• Uso do “Sistema Munsell de Cores”
• Contempla três componentes da cor
• MATIZ (“HUE”)

• VALOR (“VOLUE”)

• CROMA (“CHROMA”)
COR
• Uso do “Sistema Munsell de Cores”
• Contempla três componentes da cor
• MATIZ (“HUE”)
- Espectro dominante da cor
Vermelho
Amarelo
Azul
Verde
Púrpura

Encontra-se especificado no canto superior de cada página e representados por


uma ou duas letras maiúsculas das iniciais das cores em inglês: R, Y, B, G e P,
precedidas de números que variam de 0 a 10, não especificando o 0.
COR
• Uso do “Sistema Munsell de Cores”
• Contempla três componentes da cor
• VALOR (“VOLUE”)
- refere-se à tonalidade da cor, e é especificado na escala vertical, que inicia-se
em 0 (preto absoluto) e termina em 10 (branco absoluto). Na escala de Munsell
normalmente o valor varia de 2 a 8.
COR
• Uso do “Sistema Munsell de Cores”
• Contempla três componentes da cor
• CROMA (“CHROMA”)
- Diz respeito a pureza da cor, variando de 0 (cores neutras e acinzentadas) e
aumenta gradativamente até 20.
- Na carta de Munsell normalmente varia de 0 a 8.
- Para solos acromáticos (cinza-claro, branco ou preto) com zero de croma e
nenhuma matiz, a letra N substituiu a designação matiz.
- EX.: se o solo for cinza (croma 5), sem matiz, a letra N substitui a designação
de matiz e fica N5/
Cor
• Notação

Matiz (número e letras juntos) valor/croma

Ex: 10YR 5/6 -> vermelho amarelo


Quando a cor é utilizada
Cor como critério de decisão
em diagnóstico em
• A caracterização da cor é feita em: horizontes, faz se a
comparação da amostra
1) Torrão umedecido ligeiramente
2) Torrão umedecido e amassado umedecidas.
3) Torrão seco 1 - Croma úmido < 2 e raramente 3 -> processo de
4) Torrão seco triturado gleização
2 - Cor úmida separa as sub-ordens Amarelo, Vermelho e
Vermelho-Amarelo
3- a cor seca permite fazer inferências sobre o predomínio
de hematita e, ou, goethita
Cor
• Quando tiver presença de mosqueados anotar

- Cor de fundo – cor predominate no horizonte

- Cor da mancha – dos mosqueados (somente úmido)

Anotar dados referente à quantidade e tamanho das manchas:


Cor
• Quantidade de manchas

Pouco - 2% da superfície

Comum – 2 a 20%

Abundante – mais de 20%


Cor
• Tamanho das manchas

Pequeno – < 5 mm

Médio – 5 a 15 mm

Grande – > de 15mm


Cor
• Contrastes das cores das manchas

Difuso – matiz, valor e croma variam pouco com a cor do solo

Distinto – facilmente distinguida com variação de uma unidade de


matiz

Proeminente – varia em varias unidades a matiz


Cor
• Quando o perfil possuir muitas cores a definição será variegada
Textura
• Proporção das frações granulométricas
Textura
• Proporção das frações granulométricas
NO campo determina-se pela sensação tátil
- Aspereza – arenoso
- Sedosidade – silte
- Pegajosidade – argila

De preferência conferir os dados de campo com a análise física


Textura
Textura
• Identificar a presença de cascalhos e grau de arredondamento

- Muito cascalhento – mais de 50% de cascalho

- Cascalhento – 15 a 50% de cascalho

- Pouco cascalhento – 8 a 15% de cascalho


Textura
• Identificar a presença de cascalhos e grau de arredondamento
Estrutura – tipo de estrutura
Estrutura
Estrutura – tamanho da estrutura
Estrutura – grau de desenvolvimento da
estrutura
• Sem unidades estruturais
- Não coerente – grãos simples
- Coerentes - maciça
Estrutura – grau de desenvolvimento da
estrutura
• Com unidades estruturais
- Fraca – unidades pouco frequentes em relação à terra solta
- Moderada – unidades bem definidas e há pouco material solto
- Forte – unidades estruturais separadas com facilidade e não se
observa material solto
Porosidade
• Quantidade de volume do solo ocupado por água ou ar e deve ser
definido em campo como:
- Sem poros visíveis (lupas de 10 x de aumento)
- Muito pequenos - 1mm diâmetro
- Pequenos – 1 a 2 mm
- Médios – 2 a 5 mm
- Grandes – 5 a 10 mm
- Muito grandes - > 10 mm
Cerosidade
Cerosidade
Cerosidade
Cerosidade
Cerosidade
• Grau de desenvolvimento da cerosidade – fraca, moderada e forte,
conforme nitidez

• Quantidade de cerosidade – pouco, comum e abundante


Consistência
• Designa a força física de coesão entre as forças físicas do solo e de
adesão entre as partículas e outros materiais.
Consistência
• Consistência do solo quando seco
- Solta -> não coerente entre o polegar e o indicador
- Macia -> fracamente coerente e frágil, quebra-se com pressão muito
leve
- Ligeiramente dura -> fracamente resistente
- Dura -> resistente à pressão e dificilmente quebra entre o polegar e o
indicador
- Muito Dura -> muito resistente à pressão. Não quebrável entre o
indicador e o polegar
- Extremamente dura -> não quebra nem com as mãos
Consistência
• Consistência do solo quando úmido (entre CC e seco ao ar) –
determina a friabilidade. Em campo essa determinação é pouco
precisa pela variação na quantidade de água na amostras.
- Solta -> não coerente
- Muito friável -> esboroa-se facilmente nas mãos
- Friável -> esboroa-se facilmente com pouca pressão
- Firme -> esboroa-se sob pressão moderada
- Muito firme -> esboroa-se sob forte pressão
- Extremamente firme -> esboroa-se sob muita pressão
Consistência
• Consistência do solo quando molhado – plasticidade e pegajosidade.
- Plasticidade -> capacidade de mudar de forma e manter a forma
imprimida.
a) Não plástica -> se formar um fio esse é facilmente deformado
b) Ligeiramente plástico -> facilmente deformado
c) Plástico -> necessidade de pressão para imprimir deformação
d) Muito plástico -> muita pressão para imprimir deformação
Consistência
• Consistência do solo quando molhado – plasticidade e pegajosidade.
- Pegajosidade -> capacidade de aderir a outros objetos
a) Não pegajosa -> após pressão não há aderência
b) Ligeiramente pegajosa -> após pressão adere aos dedos, mas
desprende-se facilmente de um dos dedos.
c) Pegajosidade -> após pressão, o material adere aos dedos, e
quando afastados, o material tende a alongar até que se rompa.
d) Muito pegajoso -> após pressão, o material adere e alonga
perfeitamente quando os dedos são afastados.
Cimentação
Diz respeito à consistência quebradiça e dura do solo determinado por
agentes cimentantes como, carbonato de cálcio, sílica, óxidos de ferro,
e, ou, alumínio.
O material cimentando não altera sua consistência quando molhado.
- Fracamente cimentado -> massa cimentada é quebradiça, tenaz e
dura, e pode ser quebrada nas mãos.
- Fortemente cimentada -> massa quebradiça e mais dura do que possa
ser quebrada com a mão, podendo ser quebrada com martelo
- Extremamente cimentada -> massa quebradiça e extremamente dura,
sendo necessário forte golpe de martelo.
Nódulos e concreções
Corpos cimentados que podem ser tirados inteiros da matriz do solo.
Deve ter informações quanto à

1) Quantidade

2) Tamanho e

3) Dureza
Nódulos e concreções
1) Quantidade
- Muito pequeno -> menos de 5% do volume do solo
- Pouco – 5 a 15%
- Frequente – 15 a 40%
- Muito frequente – 40 a 80%
- Dominante - >80%
Nódulos e concreções
2) Tamanho
- Pequeno < 1 cm de diâmetro
- Grande > 1 cm

3) Dureza
- Mácio -> pode ser quebrado entre o polegar e o indicador
- Duro -> não pode ser quebrado com os dedos
Nódulos e concreções
4) Forma: esférica, irregular, angular

5) Cor

6) Natureza: EX.: ferruginosos


Presença de Minerais magnéticos
Atração pelo imã
Presença de carbonatos
• Efervescência do material com adição de HCl 1:10

- Ligeira -> efervescência fraca, bolhas visíveis

- Forte -> efervescência visível, com formação de espuma na superfície

- Muito forte -> efervescência forte, formando espuma e precipitando


grãos de carbonato de cálcio na amostra
Presença de manganês
• Material efervescem pela adição de peróxido de hidrogênio

- Ligeira -> efervescência fraca, somente ouvida

- Forte -> efervescência visível, sem ruptura dos agregados

- Muito forte -> efervescência forte e com ruptura dos agregados


Presença de sulfetos
• Presença de eflorescências amarelas próximos a canais de raízes ou
no exterior de torrões, formação de sulfetos de ferro.
- no laboratório determinar o pH com amostra incubada com umidade
na CC e obter pH igual ou inferior a 3,5.
- Propriedade indicadora de Gleissolos tiomórficos ou Organossolos
tiomórficos.
Eflorescência
• Presença de cristais sobre as estruturas do solo, fendas ou mesmo na
superfície e após período seco.

Ex.: cristais de cloreto de sódio em solos salinizados


Coesão
• Ocorre em solos da formação barreiras e em horizontes de transição

Moderadamente coeso -> quando seco é resistente à penetração da


faca e apresenta fraca organização estrutural

Fortemente coeso -> quando seco resiste fortemente à penetração da


faca.

Você também pode gostar