PDF - Marcia Ramos Da Silva
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Guarabira – PB
Junho de 2012
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Guarabira – PB
Junho de 2012
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42f.;Il., Color.
Agradecimentos
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..................................................................................................08
REFERÊNCIAS ................................................................................................39
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LISTA DE IMAGENS
RESUMO
ABSTRACT
With this research we intend to discuss how the woman entered the process of
modernization in Parahyba North the first three decades of the twentieth
century, trying to show what elements are they configured as modern. Besides
the contribution literature that addresses the issue, we use some images and
materials extracted from the newspaper The union, Journal of the Snows and
the magazine Era new of different ages.
INTRODUÇÃO
século XIX. As ruas não eram calçadas, possuía grandes decliveis como no
caso da rua da Areia, o que facilitava o acúmulo de terra, lama e a presença de
animais como reclama o Inspetor de saúde. Observa-se a presença de um
homem com um animal, possivelmente carregando água já que ainda não
havia água encanada. As casas encontravam-se desalinhadas, as ruas eram
estreitas e terminava com uma edificação como era o caso da rua nova.
No entanto, nas primeiras décadas do século XX a cidade começou a
ganhar uma nova imagem, edifícios foram colocados abaixo, não apenas as
casas de palha onde morava a população pobre, mas aqueles considerados
inapropriados ou que impedia a construção de praças, e edifícios modernos.
Foto 04: Praça Aristides Lobo, em primeiro plano o Grupo Thomaz Mindelo. Acervo Walfredo
Rodriguez.
toda população, já para ter o telefone tinha que comprar as linhas, e eram
caras; Para tanto havia pessoas que disponibilizavam o telégrafo e o telefone
para a população em troca de favores ou dinheiro.
Diante desses símbolos considerados modernos que mudaram a
paisagem e o cotidiano da cidade, podemos nos perguntar: o que caracterizava
o homem e a mulher enquanto modernos na Parahyba do Norte? Como vimos
anteriormente, o moderno se caracterizava por diversos elementos,
manifestava-se em diversas possibilidades de ser moderno, assim também
aconteceu com os homens e mulheres na Parahyba, ser moderno era “estar
bem vestido, morar na área central da capital, expressar-se bem em público,
frequentar o cinema, o teatro e consumir os artigos de luxo importado da
Europa” (CHAGAS, 2010: 41).
As obras públicas cuidavam do aformoseamento da cidade, as leis
determinavam os comportamentos possíveis de seres aceitos e a população,
de um modo geral, deveria se responsabilizar pela imagem da cidade limpa e
organizada como também pelos próprios comportamentos, hábitos e aparência.
Os cuidados com a adequação do cotidiano da cidade aos novos padrões do
mundo moderno alteraram, sensivelmente, o estilo de vida das pessoas.
Ser moderno configurava-se em adquirir novos hábitos, comportamentos
diferenciados dos de outrora, pois mesmo o novo seduzindo e apavorando
simultaneamente, segui-lo se tornava regra. Havia a necessidade de estar na
moda, vivenciar o que a moda ditava, já que
A revista Era Nova trás uma imagem que faz apologia ao cinema,
demonstrando a importância deste.
Essa nova moda causava desagrados, haja visto que o século XX segue
com um aprofundamento da nudez, o corpo se mostrava e buscava aprimorar
seus contornos para se por amostra em diversos ambientes da sociedade.
Mary Del Priore (2001) em seu livro História do Cotidiano faz um comentário
em alusão à nudez feminina, pode-se dizer, uma critica a tal nudez
No decorrer do século XX a mulher se despiu. O nu, na mídia, nas
televisões, nas revistas e nas praias, incentivou o corpo a desvelar-se
em público, banalizando-se sexualmente. A solução foi cobri-lo de
cremes, vitaminas, silicones e colágenos. (DEL PRIORE, 2001,
p.100)
provocadas pelo espartilho, o qual era usado “para dar respaldo à moda
‘Império’” (DEL PRIORE, 2001: p.11), embora o mesmo fosse usado para
corrigir as deformações.
Os cosméticos também surgiam como apetrechos da moda para
tornarem as mulheres modernas e belas, como podemos perceber na
propaganda a seguir:
Percebemos que tal pó de arroz se coloca como moderno, pois alega ser
“superior aos extrangeiros”, e os elementos vindos do estrangeiro eram
compreendidos como modernos e de qualidade. Ser moderno e moderna era
também cheirar bem, usar sabonetes e colônias, com o intuito de manter-se
limpo e cheiroso.
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Esse mesmo espaço também passa a ser motivos de críticas, pois “os
pleiteantes no concurso de belleza que tem procurado captar a victoria para as
suas candidatas pelos mais desmoralizados processos das eleições [...] onde
menor deve ser a cultura esthetica e mais reduzida a consciência do voto”
(Idem), mesmo diante de tais críticas, nada apagava o “brilhantismo á
penúltima noite” (Ibidem).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
DEL PRIORE, Mary. História do Cotidiano, São Paulo: Contexto, 2001. DEL
FONTES DOCUMENTAIS
Jornal das Neves. Parahyba do Norte, 04/08/1916.
A União . Parahyba do Norte, 1917.
A União. Parahyba do Norte, 03/04/1918.
A União. Parahyba do Norte, 09/04/1918.
A União. Parahyba do Norte, 04/12/1918.
A União. Parahyba do Norte, 01/01/1930.
A União. Parahyba do Norte, 08/01/1930.
A União. Parahyba do Norte, 19/01/1930.
A União. Parahyba do Norte, 07/02/1930.
A União. Parahyba do Norte, 15/02/1930.
A União. Parahyba do Norte, 06/03/1930.
A União. Parahyba do Norte, 14/03/1930.
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