Manual de Aplicação Da NR-12 - PSCRS
Manual de Aplicação Da NR-12 - PSCRS
Manual de Aplicação Da NR-12 - PSCRS
SECRETÁRIO DO TRABALHO
Mauro Rodrigues de Souza
COORDENAÇÃO E ELABORAÇÃO
COLABORAÇÃO
Érico Grano
Engenheiro de Segurança do Trabalho
1
Apresentação
2
No intuito de fomentar plena aderência a seus termos, cuja finalidade precípua é,
conforme observado, garantir um ambiente de trabalho hígido e seguro aos
trabalhadores, elaborou-se o presente Manual, que permite promover, ainda mais, a
observância às imperativas medidas de segurança previstas na norma, através da
produção e difusão do conhecimento sobre segurança no trabalho em máquinas e
equipamentos, não trazendo nenhuma inovação em termos de conteúdo obrigacional,
ou seja, este manual não é dotado de força normativa, sendo que as obrigações a
serem cumpridas pelos empregadores constam no texto da Norma Regulamentadora.
Espera-se que este manual seja útil na capacitação e na atuação profissional dos
diversos atores sociais envolvidos nas ações de segurança e saúde no trabalho em
máquinas e equipamentos, e alcance o objetivo de trazer melhorias na aplicação da
NR-12 e das normas técnicas a ela relacionadas.
3
Sumário
1. Introdução .......................................................................................................................... 10
2. Item 12.4.14 da NR-12 ....................................................................................................... 11
3. Noções de apreciação de riscos......................................................................................... 13
3.1. Determinação dos limites da máquina ......................................................................... 15
3.2. Identificação de perigos ............................................................................................... 16
3.3. Estimativa de riscos ..................................................................................................... 17
3.4. Métodos para estimativa de riscos: ABNT ISO/TR 14121-2......................................... 18
3.4.1. Matriz de riscos .................................................................................................... 19
3.4.2. Gráfico de riscos .................................................................................................. 20
3.4.3. Pontuação numérica ............................................................................................ 22
3.4.4. Método híbrido ..................................................................................................... 23
4. Funções de segurança ....................................................................................................... 24
4.1. Função de parada relacionada à segurança ................................................................ 25
4.2. Função de parada de emergência ............................................................................... 26
4.3. Prevenção de partida inesperada ................................................................................ 27
4.4. Função de rearme (reset) manual................................................................................ 28
4.5. Função de muting (pausa) ........................................................................................... 30
4.6. Função de comando sem retenção.............................................................................. 30
5. Partes de sistemas de comando relacionadas à segurança ............................................... 31
5.1. Input (entrada) ............................................................................................................. 32
5.2. Logic (lógica) ............................................................................................................... 32
5.3. Output (saída).............................................................................................................. 33
5.4. Monitoramento............................................................................................................. 33
5.5. Categoria ..................................................................................................................... 36
5.6. Performance level ........................................................................................................ 41
5.7. Exclusão de defeitos.................................................................................................... 44
5.8. Falhas de causa comum .............................................................................................. 44
6. Documentação necessária ................................................................................................. 45
6.1. Exemplos de documentação relativa ao projeto do sistema de segurança .................. 46
6.1.1. Máquinas com proteções físicas .......................................................................... 47
6.1.2. Máquina para conformação de peças com atuador hidráulico horizontal, com
capacidade de 10 tf, dotada de proteção móvel intertravada.............................................. 48
6.1.3. Máquina para conformação de peças com motor elétrico e mecanismos de
transmissão, com capacidade de 10 tf, dotada de proteção móvel intertravada ................. 50
6.1.4. Sistema robótico composto por máquina para conformação de peças com motor
elétrico, com capacidade de 10 tf, alimentada por robô de 6 eixos dotado de proteção
distante intertravada ........................................................................................................... 52
6.1.5. Prensa hidráulica com cortinas de luz e dispositivos de acionamento bimanual... 55
6.2. Validação do sistema de segurança ............................................................................ 56
6.2.1. Exemplo de validação dos sistemas de segurança instalados em prensa ............ 57
7. Dúvidas frequentes ............................................................................................................ 60
7.1. Intertravamento sem bloqueio por meio de dispositivos de intertravamento Tipo 1 ou 2,
conforme a ABNT NBR ISO 14119 ........................................................................................ 60
7.2. Intertravamento com bloqueio por meio de dispositivos de intertravamento Tipo 1 ou 2,
conforme a ABNT NBR ISO 14119 ........................................................................................ 60
7.3. Ligação em série de dispositivos de intertravamento Tipo 1, 2, 3 ou 4, conforme a
ABNT NBR ISO 14119........................................................................................................... 61
4
7.4. Redundância de dispositivos responsáveis pela prevenção de partida inesperada e
pela função de parada relacionada à segurança.................................................................... 62
7.5. Partida estrela-triângulo ............................................................................................... 62
7.6. Redundância de dispositivos responsáveis pelo comando de atuadores hidráulicos e
pneumáticos .......................................................................................................................... 62
7.7. Válvula de segurança e blocos de segurança .............................................................. 63
7.8. Tempo total de parada ................................................................................................. 64
7.9. Diversidade de componentes, tecnologias e instalação ............................................... 66
7.10. Uso de dispositivo temporizador para o desbloqueio de uma proteção móvel ............. 67
7.11. Uso de freios eletromagnéticos (ou frenagem DC) ou freios eletromecânicos para
parada de movimentos perigosos de máquinas ..................................................................... 67
7.12. Dispositivos de parada de emergência ........................................................................ 68
8. Exemplos de Aplicações Práticas....................................................................................... 69
8.1. Monitoramento da parada do motor por tensão residual .............................................. 71
8.1.1. Funções de segurança ......................................................................................... 72
8.1.2. Características do projeto .................................................................................... 72
8.1.3. Descrição funcional .............................................................................................. 72
8.2. Monitoramento da parada do motor por meio de sensores de movimento (sensores de
pulso associados a roda dentada, ou encoder) ...................................................................... 74
8.2.1. Funções de segurança ......................................................................................... 75
8.2.2. Características do projeto .................................................................................... 75
8.2.3. Descrição funcional .............................................................................................. 75
8.3. Partida estrela-triângulo do motor ................................................................................ 77
8.3.1. Descrição funcional .............................................................................................. 78
8.3.2. Conclusão ............................................................................................................ 80
8.4. Partida direta do motor e parada de emergência ou proteção móvel intertravada por
dispositivo mecânico conforme categoria 1............................................................................ 81
8.4.1. Funções de segurança ......................................................................................... 83
8.4.2. Características do projeto .................................................................................... 83
8.4.3. Descrição funcional .............................................................................................. 84
8.4.4. Conclusão ............................................................................................................ 84
8.5. Partida estrela-triângulo do motor e parada de emergência conforme categoria 1....... 85
8.5.1. Funções de segurança ......................................................................................... 86
8.5.2. Características do projeto .................................................................................... 86
8.5.3. Descrição funcional .............................................................................................. 87
8.5.4. Conclusão ............................................................................................................ 88
8.6. Partida do motor com dispositivo semicondutor e parada de emergência ou proteção
móvel intertravada por dispositivo mecânico conforme categoria 1........................................ 89
8.6.1. Funções de segurança ......................................................................................... 90
8.6.2. Características do projeto .................................................................................... 90
8.6.3. Descrição funcional .............................................................................................. 91
8.6.4. Conclusão ............................................................................................................ 91
8.7. Partida do motor por contator e dispositivo semicondutor, e parada de emergência ou
proteção móvel intertravada por dispositivo mecânico conforme categoria 1 ......................... 92
8.7.1. Funções de segurança ......................................................................................... 93
8.7.2. Características do projeto .................................................................................... 93
8.7.3. Descrição funcional .............................................................................................. 94
8.7.4. Conclusão: ........................................................................................................... 94
8.8. Desligamento do motor por contator e desbloqueio de proteção móvel por tempo
conforme categoria 1 ............................................................................................................. 95
8.8.1. Funções de segurança ......................................................................................... 96
5
8.8.2. Características do projeto .................................................................................... 96
8.8.3. Descrição funcional .............................................................................................. 97
8.8.4. Conclusão ............................................................................................................ 98
8.9. Partida direta do motor com freio eletromecânico para auxílio da parada e proteção
móvel intertravada por dispositivo mecânico conforme categoria 1........................................ 99
8.9.1. Funções de segurança ....................................................................................... 100
8.9.2. Características do projeto .................................................................................. 100
8.9.3. Descrição funcional ............................................................................................ 101
8.9.4. Conclusão .......................................................................................................... 101
8.10. Atuador hidráulico na horizontal e proteção móvel intertravada por dispositivo mecânico
conforme categoria 1 ........................................................................................................... 102
8.10.1. Funções de segurança ................................................................................... 104
8.10.2. Características do projeto ............................................................................... 104
8.10.3. Descrição funcional ........................................................................................ 105
8.10.4. Conclusão ...................................................................................................... 106
8.11. Atuador hidráulico na vertical e proteção móvel intertravada por dispositivo mecânico
conforme categoria 1 ........................................................................................................... 107
8.11.1. Funções de segurança ................................................................................... 109
8.11.2. Características do projeto ............................................................................... 109
8.11.3. Descrição funcional ........................................................................................ 111
8.11.4. Conclusão ...................................................................................................... 111
8.12. Desligamento do motor por contator e desbloqueio de proteção móvel por tempo
conforme categoria 2 ........................................................................................................... 112
8.12.1. Funções de segurança ................................................................................... 114
8.12.2. Características do projeto ............................................................................... 114
8.12.3. Descrição funcional ........................................................................................ 114
8.12.4. Conclusão ...................................................................................................... 115
8.13. Atuador hidráulico na horizontal e proteção móvel intertravada por dispositivo
magnético conforme categoria 2 .......................................................................................... 116
8.13.1. Funções de segurança ................................................................................... 118
8.13.2. Características do projeto ............................................................................... 118
8.13.3. Descrição funcional ........................................................................................ 120
8.13.4. Conclusão ...................................................................................................... 120
8.14. Atuador hidráulico na vertical e proteção móvel intertravada por dispositivo magnético
conforme categoria 2 ........................................................................................................... 121
8.14.1. Funções de segurança ................................................................................... 123
8.14.2. Características do projeto ............................................................................... 124
8.14.3. Descrição funcional ........................................................................................ 125
8.14.4. Conclusão ...................................................................................................... 126
8.15. Partida direta do motor e proteções móveis intertravadas por dispositivos magnéticos
conforme categoria 3 ........................................................................................................... 127
8.15.1. Funções de segurança ................................................................................... 128
8.15.2. Características do projeto ............................................................................... 129
8.15.3. Descrição funcional ........................................................................................ 129
8.15.4. Conclusão ...................................................................................................... 130
8.16. Partida estrela-triângulo do motor e proteções móveis intertravadas por dispositivo
magnético conforme categoria 3 .......................................................................................... 131
8.16.1. Funções de segurança ................................................................................... 132
8.16.2. Características do projeto ............................................................................... 133
8.16.3. Descrição funcional ........................................................................................ 133
8.16.4. Conclusão ...................................................................................................... 134
6
8.17. Partida do motor por contator e dispositivo semicondutor, e parada de emergência
conforme categoria 3 ........................................................................................................... 136
8.17.1. Funções de segurança ................................................................................... 137
8.17.2. Características do projeto ............................................................................... 137
8.17.3. Descrição funcional ........................................................................................ 138
8.17.4. Conclusão ...................................................................................................... 139
8.18. Partida do motor por dispositivo semicondutor e parada de emergência conforme
categoria 3 ........................................................................................................................... 140
8.18.1. Funções de segurança: .................................................................................. 141
8.18.2. Características do projeto ............................................................................... 141
8.18.3. Descrição funcional ........................................................................................ 142
8.18.4. Conclusão ...................................................................................................... 143
8.19. Desligamento do motor por contatores e desbloqueio de proteção móvel por
monitoramento da parada do motor conforme categoria 3 ................................................... 144
8.19.1. Funções de segurança ................................................................................... 145
8.19.2. Características do projeto ............................................................................... 145
8.19.3. Descrição funcional ........................................................................................ 146
8.19.4. Conclusão ...................................................................................................... 147
8.19.5. Funções de segurança ................................................................................... 150
8.19.6. Características do projeto ............................................................................... 150
8.19.7. Descrição funcional ........................................................................................ 151
8.19.8. Conclusão ...................................................................................................... 153
8.20. Partida direta e desligamento do motor por disjuntor e contator, e parada de
emergência conforme categoria 3 ........................................................................................ 154
8.20.1. Funções de segurança ................................................................................... 155
8.20.2. Características do projeto ............................................................................... 156
8.20.3. Descrição funcional ........................................................................................ 156
8.20.4. Conclusão ...................................................................................................... 157
8.21. Atuador hidráulico na horizontal e parada de emergência conforme categoria 3 ....... 158
8.21.1. Funções de segurança ................................................................................... 160
8.21.2. Características do projeto ............................................................................... 161
8.21.3. Descrição funcional ........................................................................................ 162
8.21.4. Conclusão ...................................................................................................... 163
8.22. Atuador hidráulico na vertical e parada de emergência conforme categoria 3 ........... 164
8.22.1. Funções de segurança ................................................................................... 167
8.22.2. Características do projeto ............................................................................... 167
8.22.3. Descrição funcional ........................................................................................ 168
8.22.4. Conclusão ...................................................................................................... 170
8.23. Atuador hidráulico na vertical e scanner óptico conforme categoria 3 ........................ 171
8.23.1. Funções de segurança ................................................................................... 173
8.23.2. Características do projeto ............................................................................... 173
8.23.3. Descrição funcional ........................................................................................ 174
8.23.4. Conclusão ...................................................................................................... 176
8.24. Partida direta do motor e parada de emergência conforme categoria 4 ..................... 177
8.24.1. Funções de segurança ................................................................................... 178
8.24.2. Características do projeto ............................................................................... 179
8.24.3. Descrição funcional ........................................................................................ 179
8.24.4. Conclusão ...................................................................................................... 180
8.25. Partida estrela-triângulo do motor e parada de emergência conforme categoria 4..... 181
8.25.1. Funções de segurança ................................................................................... 182
8.25.2. Características do projeto ............................................................................... 183
7
8.25.3. Descrição funcional ........................................................................................ 183
8.25.4. Conclusão ...................................................................................................... 184
8.26. Partida do motor por contatores e dispositivo semicondutor, e parada de emergência
conforme categoria 4 ........................................................................................................... 185
8.26.1. Funções de segurança ................................................................................... 186
8.26.2. Características do projeto ............................................................................... 187
8.26.3. Descrição funcional ........................................................................................ 187
8.26.4. Conclusão ...................................................................................................... 188
8.27. Partida do motor por dispositivo semicondutor e parada de emergência conforme
categoria 4 ........................................................................................................................... 189
8.27.1. Funções de segurança ................................................................................... 190
8.27.2. Características do projeto ............................................................................... 190
8.27.3. Descrição funcional ........................................................................................ 191
8.27.4. Conclusão ...................................................................................................... 192
8.28. Atuador hidráulico na horizontal e parada de emergência conforme categoria 4 ....... 193
8.28.1. Funções de segurança ................................................................................... 196
8.28.2. Características do projeto ............................................................................... 196
8.28.3. Descrição funcional ........................................................................................ 197
8.28.4. Conclusão ...................................................................................................... 198
8.29. Multiplicação de contatos e parada de emergência conforme categoria 4 ................. 199
8.29.1. Funções de segurança ................................................................................... 201
8.29.2. Características do projeto ............................................................................... 202
8.29.3. Descrição funcional ........................................................................................ 202
8.29.4. Conclusão ...................................................................................................... 203
8.30. Desligamento do motor por contatores e desbloqueio de proteção móvel por
monitoramento de movimento conforme categoria 4............................................................ 204
8.30.1. Funções de segurança ................................................................................... 205
8.30.2. Características do projeto ............................................................................... 205
8.30.3. Descrição funcional ........................................................................................ 207
8.30.4. Conclusão ...................................................................................................... 208
8.30.5. Funções de segurança ................................................................................... 210
8.30.6. Características do projeto ............................................................................... 210
8.30.7. Descrição funcional ........................................................................................ 212
8.30.8. Conclusão ...................................................................................................... 213
8.31. Atuador hidráulico na horizontal e proteção móvel intertravada por dispositivo
magnético conforme categoria 4 .......................................................................................... 214
8.31.1. Funções de segurança ................................................................................... 216
8.31.2. Características do projeto ............................................................................... 216
8.31.3. Descrição funcional ........................................................................................ 217
8.31.4. Conclusão ...................................................................................................... 218
8.32. Atuador hidráulico na vertical e cortina de luz conforme categoria 4 .......................... 219
8.32.1. Funções de segurança ................................................................................... 221
8.32.2. Características do projeto ............................................................................... 221
8.32.3. Descrição funcional ........................................................................................ 223
8.32.4. Conclusão ...................................................................................................... 224
8.33. Atuador pneumático na vertical com bimanual e parada de emergência pneumáticos
conforme categoria 1 ........................................................................................................... 225
8.33.1. Funções de segurança ................................................................................... 226
8.33.2. Características do projeto ............................................................................... 227
8.33.3. Descrição funcional ........................................................................................ 228
8.33.4. Conclusão ...................................................................................................... 228
8
8.34. Atuador pneumático na horizontal e cortina de luz conforme categoria 3 .................. 229
8.34.1. Funções de segurança ................................................................................... 231
8.34.2. Características do projeto ............................................................................... 232
8.34.3. Descrição funcional ........................................................................................ 232
8.34.4. Conclusão ...................................................................................................... 233
8.35. Atuador pneumático na horizontal e cortina de luz conforme categoria 4 .................. 234
8.35.1. Funções de segurança ................................................................................... 236
8.35.2. Características do projeto ............................................................................... 236
8.35.3. Descrição funcional ........................................................................................ 237
8.35.4. Conclusão ...................................................................................................... 238
8.36. Atuador hidráulico na horizontal e proteção móvel intertravada por dispositivos
mecânicos conforme categoria 3 ......................................................................................... 239
8.36.1. Funções de segurança ................................................................................... 241
8.36.2. Características do projeto ............................................................................... 241
8.36.3. Descrição funcional ........................................................................................ 243
8.36.4. Conclusão ...................................................................................................... 244
9. Referências ...................................................................................................................... 245
9
1. Introdução
10
2. Item 12.4.14 da NR-12
Por intermédio da Portaria SEPRT n.º 916/2019, publicou-se a redação atual do
item 12.4.14 da NR-12, nos seguintes termos:
11
Desta forma, um dos principais objetivos da revisão do referido item foi
possibilitar que as mais diversas tecnologias existentes, e as que venham a ser
desenvolvidas, possam ser aplicadas em máquinas e equipamentos, desde que
atendam as condições exigidas no item 12.4.14 da NR-12.
12
3. Noções de apreciação de riscos
13
Figura 1: Representação esquemática do processo de apreciação de riscos - Fonte: ABNT NBR ISO 12100:2013
(adaptado)
14
A apreciação de riscos compreende a análise de riscos e a avaliação de riscos.
A análise de riscos, por sua vez, é a combinação dos limites da máquina, da
identificação dos perigos e da estimativa de riscos.
Conforme destacado na Figura 1, depois de analisado o risco, deve-se julgar se
os objetivos de redução de riscos foram atingidos. Esse julgamento é denominado
“avaliação de riscos”.
Segundo a ABNT NBR ISO 12100:2013, a “apreciação de riscos é seguida,
sempre que necessário, pela redução de riscos”, conforme parte B da Figura 1.
Ressalta-se, portanto, que esses processos são distintos, apesar de sequenciais.
Ao se constatar a necessidade de redução dos riscos, devem-se implementar,
nesta ordem hierárquica, medidas de projeto inerentemente seguras, medidas de
segurança (proteções físicas e dispositivos de proteção), medidas de proteção
complementares (como dispositivos de parada de emergência) e informação para uso.
Para máquinas que já tenham sido projetadas e construídas conforme a NR-12 e
as normas técnicas aplicáveis, é fundamental destacar que a ABNT NBR ISO
12100:2013 considera, excepcionalmente, a necessidade de provisão e uso de
proteções adicionais pelo usuário da máquina, devido a processos específicos ou
processos não contemplados no uso devido da máquina, ou devido a condições
específicas para instalação que não podem ser consideradas pelo projetista.
15
● Limites de uso: “uso devido da máquina bem como as formas de mau uso
razoavelmente previsível”. Dentre os aspectos considerados, nesta etapa,
ressalta-se a importância de serem observados os níveis antecipados de
treinamento, experiência ou habilidade do usuário;
● Limites de espaço, como, por exemplo, aqueles destinados aos trabalhadores
que intervêm em máquinas e equipamentos, tanto na operação quanto na
manutenção;
● Limites de tempo, como a vida útil da máquina e/ou de alguns de seus
componentes;
● Outros limites.
16
Convém que a identificação de perigos seja documentada com, no mínimo, as
informações das colunas mencionadas no parágrafo anterior.
Na prática, em muitas apreciações de riscos, a identificação se limita aos perigos
da tarefa de operação da máquina.
Entretanto, a ABNT NBR ISO 12100:2013 é bem clara em afirmar que o “ato de
identificação deve considerar todas as tarefas associadas em cada fase do ciclo de vida
da máquina”, devendo, portanto, ser consideradas também atividades como ajustes,
troca de ferramenta, manutenção etc.
Vários acidentes graves ocorrem em tarefas distintas àquelas de operação,
especificamente por não serem identificados os perigos e adotadas medidas de
proteção adequadas.
Outro ponto comumente negligenciado nas apreciações de riscos é a
identificação de perigos decorrentes de comportamento humano não intencional ou
forma de mau uso razoavelmente previsíveis.
O homem está sujeito a falhas, por diversas razões, em sua interação com
máquinas e equipamentos. Sendo assim, o processo de apreciação de riscos, em sua
etapa de identificação de perigos, deve prever as consequências das falhas humanas e
as respectivas medidas de redução de riscos necessárias.
Como exemplo desses comportamentos humanos não intencionais, destacam-se
a adoção do caminho mais fácil para execução da tarefa, a falta de atenção e de
concentração e a reação instintiva em caso de mau funcionamento durante o uso da
máquina.
17
Figura 2: Elementos de risco - Fonte: ABNT NBR ISO 12100:2013 (adaptado)
Esse processo visa a determinar o risco mais elevado em cada situação perigosa
nas diversas formas de intervenção de trabalhadores em máquinas e equipamentos.
18
3.4.1. Matriz de riscos
19
Muito provável: quase certo de ocorrer;
Provável: pode ocorrer;
Improvável: não é provável ocorrer;
Remota: tão improvável como estar perto de zero.
Gravidade do dano: S
20
Frequência e/ou duração da exposição ao perigo: F
Baixa: tão remota que pode ser assumido que a ocorrência pode não ser
O1 experimentada. Tecnologia madura, comprovada e reconhecida em
aplicação de segurança; robustez.
Média: possível de ocorrer em algum momento. Falha técnica observada
nos dois últimos anos. Ação humana inadequada por uma pessoa bem
O2
treinada, ciente dos riscos e com mais de seis meses de experiência na
estação de trabalho.
Alta: possível de ocorrer com frequência. Falha técnica observada
regularmente (a cada seis meses ou menos). Ação humana inadequada por
O3
uma pessoa inexperiente por ter menos de seis meses de experiência na
estação de trabalho.
A2 Impossível.
Tabela 2: Descrição do gráfico de riscos - Fonte: ABNT ISO/TR 14121-2:2018
21
As informações do gráfico de risco podem ser dispostas em matriz de risco,
conforme Tabela 3.
O1 O2 O3
A1 A2 A1 A2 A1 A2
F1
S1 1 2
F2
F1 2 3 4
S2
F2 3 4 5 6
Tabela 3: Índice de riscos - Fonte: ABNT ISO/TR 14121-2:2018
Catastrófica SS = 100
Grave 90 ≤ SS ≤ 99
Moderada 30 ≤ SS ≤ 89
Baixa 0 ≤ SS ≤ 29
Tabela 4: Gravidade do dano - Fonte: ABNT ISO/TR 14121-2:2018
22
Probabilidade da ocorrência do dano (PS)
Provável 70 ≤ PS ≤ 99
Improvável 30 ≤ PS ≤ 69
Remota 0 ≤ PS ≤ 29
Tabela 5: Probabilidade da ocorrência do dano - Fonte: ABNT ISO/TR 14121-2:2018
RS = PS + SS
160 ≤ Alta
90 ≤ Baixa ≤ 119
0≤ Desprezível ≤ 89
Tabela 6: Pontuação dos riscos - Fonte: ABNT ISO/TR 14121-2:2018
23
4. Funções de segurança
24
Complementarmente, deve ser especificada a resistência com relação a defeitos
(categoria) ou a performance com a qual se espera que a função de segurança seja
executada. Por exemplo:
“Ao interromper os feixes da cortina de luz, o movimento descendente do martelo
deve ser interrompido conforme categoria 4 e PL ‘e’”.
Parte do processo de redução dos riscos consiste na determinação das funções
de segurança da máquina.
A seguir, são listadas algumas funções de segurança que guardam maior relação
com os objetivos do presente manual.
25
função de parada relacionada à segurança pode causar problemas operacionais e
dificultar o reinício da operação (por exemplo, na solda a arco e em tornos CNC,
fresadoras CNC e centros de usinagem CNC). Para reduzir a tendência de burlar essa
função de parada, ela pode ser precedida por uma parada operacional, para finalizar a
operação e preparar para um reinício fácil e rápido, sem danos ao processo. Uma
solução é a utilização de intertravamento com bloqueio, de modo que a proteção móvel
é liberada quando o ciclo alcançar uma posição ideal.
Essa solução também é possível em sistemas com inércia, de modo que o
acesso ao movimento perigoso seja prevenido pela proteção móvel bloqueada
enquanto o atuador (por exemplo, motor elétrico) está energizado ou em processo de
parada, mesmo que desenergizado. A ABNT NBR ISO 14119:2021 - Segurança de
máquinas - Dispositivos de intertravamento associados às proteções - Princípios de
projeto e seleção, exemplifica esse tipo de função de parada relacionada à segurança
como “não desbloqueio da proteção móvel enquanto a velocidade do motor for maior do
que zero”. Nos exemplos fornecidos no presente manual, essa função aparece como
“prevenção de acesso antes de cessar o movimento”.
26
Parada de categoria 1: parada controlada, com fornecimento de energia ao(s)
atuador(es) da máquina necessária para se atingir a parada e, então, quando a parada
é atingida, a energia é removida.
Exemplo: utilização da função safe stop 1 (SS1) em um dispositivo semicondutor,
como um inversor de frequência.
27
Desta forma, caso haja uma descontinuidade elétrica, os contatos de selo
comutam e impedem a partida inesperada após o restabelecimento da energia.
Importante destacar que, conforme disposto na ABNT NBR ISO 14118:2022, a
partida inesperada pode ocorrer em relação a todos os tipos de fontes de energia, como
por exemplo: elétrica, hidráulica e pneumática; energia acumulada através da
gravidade, como em molas comprimidas ou influências externas do vento.
O projeto dos sistemas de segurança de máquinas deve prever também que,
conforme item 12.7.5 da NR-12, quando as fontes de energia forem isoladas, a pressão
residual dos reservatórios e de depósitos similares, como os acumuladores
hidropneumáticos, não pode gerar risco de acidentes.
Esse cuidado é importante, pois, mesmo com o bloqueio das fontes de energia
elétrica, pressões residuais pneumáticas ou hidráulicas podem resultar em movimentos
inesperados de partes móveis de máquinas e equipamentos.
Outro exemplo de medida de proteção para realizar serviços de manutenção é o
bloqueio, fixação ou calçamento prévio de cargas que estejam suspensas, para evitar
que a energia da gravidade provoque o movimento das partes tão logo os elementos da
máquina que suportam a cargas sejam removidos. Tais medidas podem ser previstas
em procedimentos de segurança e devem fazer parte da capacitação dos profissionais
da manutenção (medidas de proteção administrativas).
O reset manual é uma função usada para restaurar manualmente uma ou mais
funções de segurança relevantes (por exemplo, função de parada relacionada à
segurança) antes do reinício da máquina, se indicado pela apreciação de riscos.
Por exemplo, depois que um comando de parada tenha sido iniciado pela
abertura de uma proteção ou obstrução dos feixes de um dispositivo de proteção
optoeletrônico, a condição de parada deve ser mantida até que haja condições seguras
para o reinício das funções perigosas da máquina. Esse cancelamento do comando de
parada deve ser confirmado, manualmente, por uma ação separada e deliberada.
28
As partes de sistemas de comando relacionadas à segurança que proveem a
função de reset manual devem ser selecionadas e instaladas de modo que sua inclusão
não diminua a segurança requerida da função de segurança relevante.
O atuador do reset deve ser situado fora da zona de perigo e em uma posição
segura, a partir da qual se tenha uma boa visualização de que não haja pessoas dentro
da zona de perigo. Quando a visibilidade da zona de perigo não for completa são
requeridos procedimentos especiais de reset ou medidas adicionais.
Nesse caso, são soluções possíveis: o monitoramento, por meio de dispositivos
detectores de presença, das zonas de perigo não visualizáveis; a segregação física da
zona de perigo, cada uma com seu próprio reset manual; ou o uso de um segundo
atuador de reset, de modo que a função de reset seja iniciada dentro da zona de perigo
pelo primeiro atuador, posicionado em local que permita visualizar que não há outros
trabalhadores na zona de perigo, em combinação com um segundo atuador de reset
localizado fora da zona de perigo. O tempo máximo permitido entre o acionamento dos
dois atuadores de reset deve ser suficiente para que trabalhador acione o primeiro
atuador, saía da zona de perigo e acione o segundo atuador.
Convém destacar os seguintes itens da NR-12 sobre o rearme manual:
29
4.5. Função de muting (pausa)
30
5. Partes de sistemas de comando relacionadas à
segurança
Figura 4: Partes de sistemas de comando relacionadas à segurança - Fonte: ABNT NBR ISO 13849-1:2019
31
5.1. Input (entrada)
32
5.3. Output (saída)
5.4. Monitoramento
33
Monitoramento dinâmico: ocorre quando um componente possui a característica
construtiva de prover à lógica um diagnóstico confiável do estado do componente
quando a função de segurança é requisitada, e com isso obtém-se um aumento da
confiabilidade do sistema de segurança.
Conforme a ABNT NBR ISO 13849-1:2019, princípio dinâmico significa que
todos os componentes da lógica são requeridos para alterar o estado Liga-Desliga-Liga
quando a função de segurança é demandada.
São exemplos de meios de monitoramento dinâmico:
34
2. Em uma válvula hidráulica: um sensor que monitora a posição do êmbolo sem
elementos resilientes entre o contato do sensor e o êmbolo
35
Figura 7: Monitoramento indireto da válvula de retenção por meio de pressostato
5.5. Categoria
36
segurança envolver partes de sistemas de comando (excluídas, portanto, as proteções
fixas e os sistemas puramente mecânicos), a apreciação de riscos deve indicar
claramente a categoria desse sistema.
Categoria B: Principalmente caracterizada pela seleção de componentes. A
ocorrência de uma falha pode levar à perda da função de segurança.
Categoria 1: A ocorrência de uma falha pode levar à perda da função de
segurança, porém a probabilidade de ocorrência é menor que para a categoria B, pois
uma maior resistência a defeitos é alcançada predominantemente pela seleção e
aplicação de componentes. Princípios comprovados e componentes de segurança bem
testados devem ser utilizados.
37
Figura 9: Categoria 2 - Fonte: ABNT NBR ISO 13849-1:2019
38
• algumas, mas não todas, falhas sejam detectadas;
• o acúmulo de falhas não detectadas leve à perda da função de segurança.
39
Figura 11: Categoria 4 - Fonte: ABNT NBR ISO 13849-1:2019
40
Para categorias 3 e 4, nem todas as partes são necessariamente fisicamente
redundantes, mas deve haver meios redundantes (por exemplo, dois canais de um
mesmo dispositivo) para assegurar que uma falha não possa levar à perda da função
de segurança.
É necessário o monitoramento de ambos os dispositivos (ou canais redundantes)
responsáveis pela prevenção de partida inesperada ou pela função de parada
relacionada à segurança, no circuito elétrico (de potência) de motores de máquinas e
equipamentos, quando requeridas as categorias 3 e 4 da ABNT NBR 14153:2022 e da
ABNT NBR ISO 13849-1:2019.
Convém destacar também que, para se avaliar a habilidade de partes de
sistemas de comando relacionadas à segurança em resistir a falhas, os vários modos
de falhas devem ser considerados.
O Anexo C da ABNT NBR 14153:2022 lista alguns dos defeitos e falhas
significantes para as várias tecnologias – dentre eles, o não desacionamento ou não
acionamento de elementos eletromagnéticos, como contatores, relês e solenoides; e a
não partida ou não parada de motores, como servo-motores.
Outros defeitos podem ser excluídos. A exclusão de defeitos pode ser baseada
em improbabilidade de ocorrência de certos defeitos, experiência técnica genérica, que
pode ser considerada independentemente da aplicação em questão, e requisitos
técnicos consequentes da aplicação e o risco específico sob consideração.
41
Desse modo, a habilidade das partes de sistemas de comando relacionadas à
segurança de realizar uma função de segurança sob condições previsíveis está
classificada em cinco níveis de performance (PL), definidos em termos de
probabilidades de falha perigosa por hora.
Falha perigosa é definida como qualquer mau funcionamento na máquina ou no
seu fornecimento de energia, que eleve o risco, ou como uma falha que tem o potencial
de levar as partes de sistemas de comando relacionadas à segurança (SRP/CS) a um
estado perigoso ou de falha de função.
A probabilidade de falha perigosa da função de segurança depende de diversos
fatores, incluindo estruturas de hardware e software, a extensão dos mecanismos de
detecção de falhas, ou cobertura de diagnóstico (DC), confiabilidade dos componentes,
ou tempo médio para falha perigosa (MTTFd), falhas de causa comum (CCF),
características do processo, estresse operacional, condições ambientais e
procedimentos de operação.
Conforme a ABNT NBR ISO 13849-1:2019, nem sempre é possível avaliar as
partes de sistemas de comando relacionadas à segurança sem assumir que certos
defeitos podem ser excluídos. A exclusão de defeitos é uma harmonização entre
requerimentos técnicos de segurança e a possibilidade teórica da ocorrência de um
defeito.
O Anexo D da ABNT NBR ISO 13849-2:2019 - Segurança de máquinas - Partes
de sistemas de comando relacionadas à segurança - Parte 2: Validação, estabelece
ferramentas de validação para sistemas elétricos. As tabelas D.1 e D.2 listam,
respectivamente, princípios básicos e princípios comprovados de segurança, e os
componentes listados na tabela D.3 são considerados bem testados, quando em
conformidade com a descrição dada pela norma ABNT NBR ISO 13949-1:2019.
Dentre os princípios básicos de segurança indicados na tabela D.1, consta a
necessidade de prevenção contra a partida inesperada, enquanto a tabela D.2 lista o
uso de contatos mecanicamente unidos em contatores para, por exemplo, a função de
monitoramento em sistemas nas categorias 2, 3 e 4.
Segundo a tabela D.3, o contator principal somente pode ser considerado como
bem testado se outras influências, como vibrações, forem levadas em consideração; se
42
o defeito é evitado por métodos apropriados, como sobredimensionamento; se a
corrente é limitada por dispositivo de proteção térmica; e se os circuitos são protegidos
por dispositivo de proteção contra sobrecarga. Porém, é feita a ressalva de que a
exclusão de defeito não é possível.
Quanto ao contator auxiliar, a tabela D.3 informa que este somente pode ser
considerado como bem testado se outras influências, como vibrações, forem levadas
em consideração; se há ação positivamente energizada; se o defeito é evitado por
métodos apropriados, como sobredimensionamento; se a corrente nos contatos é
limitada por um fusível ou disjuntor para evitar a soldagem dos contatos; e se os
contatos são mecanicamente unidos quando usados para monitoramento. Também
existe a ressalva de que a exclusão de defeito não é possível.
A tabela D.9 lista defeitos e exclusões de defeitos em dispositivos
eletromecânicos, como contatores e relês, e não prevê a possibilidade de exclusão de
defeitos quanto a todos os contatos permanecerem energizados quando o solenoide é
desenergizado (por exemplo, devido a defeito mecânico); todos os contatos
permanecerem desenergizados quando aplicada energia (por exemplo, devido a falha
mecânica ou circuito aberto do solenoide); e a não abertura ou não fechamento dos
contatos.
Os defeitos e exclusões de defeitos em componentes eletrônicos, como
inversores de frequência ou drives, são listados nas tabelas D.20 e D.21 – que tratam,
respectivamente, de circuitos integrados não-programáveis e de circuitos integrados
programáveis e/ou circuitos integrados complexos. Não há previsão da possibilidade de
exclusão de defeitos em toda ou parte da função, incluindo falhas de software; sinal
estático “0” e “1” em todas as entradas e saídas individual ou simultaneamente (curto-
circuito em “1” e “0” com entrada isolada ou saída desconectada); circuito aberto de
cada conexão individual; e curto-circuito entre duas conexões.
43
5.7. Exclusão de defeitos
44
6. Documentação necessária
45
habilitado. Cabe ao usuário a guarda e a apresentação da referida documentação às
autoridades competentes.
É permitida a substituição, pelo usuário da máquina, de dispositivos e
componentes de segurança por outros de diferentes fabricantes ou modelos sem a
necessidade de alterar o projeto dos sistemas de segurança ou do manual da máquina,
desde que tenham características e desempenho no mínimo equivalentes (os quais
possam ser comprovados física ou documentalmente), devendo a substituição ser
incluída nos registros de manutenção da máquina.
Quando se utilizar controladores lógicos programáveis (CLP) de segurança e
outros dispositivos programáveis, o diagrama de blocos do programa e/ou parâmetros
nele gravados devem ser anexados ao projeto do sistema de segurança pelo
profissional legalmente habilitado por ele responsável.
Recomenda-se a restrição de acesso à programação (software de aplicação)
e/ou parametrização – por exemplo pelo uso de senha, que pode ser fornecida ao
usuário da máquina para eventuais alterações, motivadas por mudanças do processo
produtivo, da linha de produção e interligação com outras máquinas. Tais alterações
devem ser realizadas também por profissional legalmente habilitado e o novo diagrama
de blocos do programa e/ou parâmetros devem ser incorporados ao projeto do novo
sistema de segurança.
Esses registros são de fundamental importância aos profissionais legalmente
habilitados e usuário, para a validação e rastreabilidade da responsabilidade técnica
pelos sistemas de segurança da máquina, em especial a sua programação.
46
6.1.1. Máquinas com proteções físicas
Quando o risco é reduzido por meio da instalação de uma proteção que impede o
acesso à uma zona de perigo, as distâncias de segurança, conforme a ABNT NBR ISO
13857:2021 - Segurança de Máquinas - Distâncias de segurança para impedir o acesso
a zonas de perigo pelos membros superiores e inferiores, devem ser observadas e
documentadas. A seguir, alguns exemplos:
• Proteção fixa fabricada em material descontínuo com aberturas quadradas de
20 mm, instalada a uma distância de 125 mm do movimento que provoca
esmagamento;
• Proteção fixa fabricada em material descontínuo com aberturas de 10 mm por
100 mm, instalada a uma distância de 105 mm do movimento que provoca
esmagamento;
• Proteção distante com altura de 2200 mm fabricada em material descontínuo
com aberturas de 20 mm x 100 mm, instalada a uma distância de 85 mm do
martelo de uma prensa com capacidade de 200 tf, para impedir o acesso por
cima à zona de prensagem, localizada a uma altura de 1580 mm do piso;
• Proteção fixa com abertura vertical de 120 mm por 500 mm de largura,
instalada a uma distância de 900 mm da faca de corte, para impedir o acesso
à zona de alimentação e descarga de peças de uma guilhotina automática
com capacidade de 20 tf.
47
6.1.2. Máquina para conformação de peças com atuador hidráulico
horizontal, com capacidade de 10 tf, dotada de proteção móvel
intertravada
Figura 12: Ilustrativa de uma máquina para conformação de peças com atuador hidráulico horizontal
48
A abertura da proteção ou falhas nos sinais dos dispositivos de intertravamento
provocam o desligamento das saídas do relê de segurança, que por sua vez desliga a
alimentação de duas válvulas hidráulicas monitoradas cujos êmbolos bloqueiam o fluxo
do fluído da bomba para as câmaras do atuador hidráulico responsável pelo movimento
de conformação.
Conforme especificações do fabricante, as válvulas monitoradas foram
fabricadas para um tempo de missão de 20 anos e possuem um MTTFd de 50 anos
(conforme ABNT NBR ISO 13849-1:2019). O monitoramento do correto funcionamento
das válvulas é realizado por meio de sensores que detectam a posição de seu êmbolo
principal e estes sinais são ligados com as entradas de monitoramento de dispositivos
externos do relê de segurança.
A interligação entre as válvulas e o atuador é realizada por meio de tubulações
dimensionadas para suportar a pressão máxima de trabalho e conectadas por meio de
conexões flangeadas, sem o uso de anéis de penetração (anilhas).
O circuito hidráulico foi projetado seguindo as recomendações da ABNT NBR
ISO 4413:2022 - Sistemas de fluidos hidráulicos - Regras gerais e requisitos de
segurança para sistemas e seus componentes. Há uma válvula limitadora de pressão
ajustada para abertura quando a pressão máxima especificada em projeto for atingida.
Para proteção dos componentes do circuito hidráulico contra desgaste ou travamento,
há um filtro de linha com sensor de ensujamento e um filtro de ar no bocal do
reservatório, ambos com capacidade de filtragem adequada para os componentes
hidráulicos.
Há um trocador de calor para evitar o sobreaquecimento do fluido. Estas
medidas visam a prevenir as falhas de causa comum, tais como: falha por excesso de
pressão, desgaste prematuro de componentes por partículas sólidas no fluído e falha
das vedações por excesso de temperatura.
Apesar de a apreciação de riscos ter indicado a necessidade de atendimento da
categoria 3, pelo projeto descrito, o sistema de segurança atende aos requisitos da
categoria 4.
49
6.1.3. Máquina para conformação de peças com motor elétrico e
mecanismos de transmissão, com capacidade de 10 tf, dotada
de proteção móvel intertravada
50
saídas de sinalização, não são redundantes, exigindo a ligação em série de um contator
no circuito de potência.
O contator de potência possui contatos NA mecanicamente unidos e seu
monitoramento é realizado por meio de um contato NF também mecanicamente unido
(contato-espelho) conforme a ABNT NBR IEC 60947-4-1:2018, Anexo F, Dispositivos
de manobra e comando de baixa tensão - Parte 4-1: Contatores e chaves de partidas
de motores - Contatores e chaves de partidas de motores eletromecânicos.
A saída digital do inversor de frequência e o contato-espelho do contator são
ligados com a entrada de monitoramento de dispositivo externo do relê de segurança,
de forma que suas falhas são detectadas quando a função de segurança é solicitada.
O circuito de potência do motor é protegido por meio de um disjuntor motor,
conforme a ABNT NBR IEC 60204-1:2020 e a ABNT NBR IEC 60947-2:2013 -
Dispositivo de manobra e comando de baixa tensão - Parte 2: Disjuntores.
Sendo assim, a configuração acima atingiria no máximo categoria 3, pois nem
todas as falhas do inversor de frequência são detectadas.
O intertravamento citado neste exemplo também é ilustrado na forma do exemplo
prático 17.
51
6.1.4. Sistema robótico composto por máquina para conformação de
peças com motor elétrico, com capacidade de 10 tf, alimentada
por robô de 6 eixos dotado de proteção distante intertravada
Figura 13: Ilustrativa de uma máquina para conformação de peças com motor elétrico e célula robotizada
52
da zona de movimentação do robô por meio de dispositivos eletrossensitivos, tais como
cortinas de luz ou scanners.
Assim, o rearme do sistema de segurança é realizado por meio da atuação de
dois dispositivos de rearme: um no interior da zona de movimentação do robô, instalado
no ponto que obriga o trabalhador a realizar um percurso no interior desta zona,
permitindo sua clara visualização, e outro no lado externo da proteção, a ser atuado
após o fechamento da proteção e num período inferior ao programado no CLP de
segurança. Caso a atuação dos dois botões de rearme não ocorra dentro do período
programado, o sistema não é rearmado, e a operação deve ser repetida.
O intertravamento da proteção é realizado por meio de um dispositivo mecânico
de intertravamento com bloqueio Tipo 2 (conforme a ABNT NBR ISO 14119:2021),
modelo JKL1, fabricante PPP, instalado no interior da estrutura para reduzir a
possibilidade de burla.
O dispositivo de intertravamento possui um contato normalmente fechado com
manobra de abertura positiva, que é aberto quando a proteção é aberta, e outros dois
contatos que monitoram a posição do solenoide de bloqueio.
Um segundo dispositivo mecânico de intertravamento é utilizado para fazer a
redundância elétrica e mecânica do intertravamento, possuindo um contato
normalmente fechado com manobra de abertura positiva, que é aberto quando a
proteção é aberta.
Para que se tenha acesso ao interior da zona de movimentação do robô, o
trabalhador deve acionar um atuador de solicitação de acesso, que inicia o processo de
parada do robô e da máquina. Após a parada do robô e da máquina, a proteção móvel
é desbloqueada.
A parada da máquina ocorre pelo desligamento dos dois contatores de seu
motor, e do robô, pelo desligamento de seus controladores que possuem funções de
segurança SS1 (safe stop 1) e STO (safe torque off) conforme a norma IEC 61800-5-
2:2016 - Adjustable speed electrical power drive systems - Part 5-2: Safety
requirements - Functional. Após a confirmação da parada, o solenoide de bloqueio da
proteção é acionado e a proteção desbloqueada.
53
Quando o trabalhador abre a proteção, ocorre a abertura dos contatos dos
dispositivos de intertravamento, ligados a um CLP de segurança modelo XYZ3, que
atinge até categoria 4 conforme especificação do fabricante, fazendo com que uma de
suas saídas (redundante) seja desligada, impedindo a partida do motor da máquina, e a
outra saída (redundante) desligue as entradas que ativam a parada segura do robô,
impedindo seu funcionamento em ciclo automático.
Para a realização da programação da trajetória do robô, é necessário que o
trabalhador qualificado acesse a zona de movimentação e, com o pendente em mãos,
realize os movimentos com o robô, atividade que implica risco para o trabalhador. Para
que esta atividade possa ser realizada com risco mitigado, os controladores do robô
possuem função SLS (safe limited speed), para limitação da velocidade máxima de
seus eixos, sendo que este modo de operação só é ativado mediante seleção do modo
“manual” e pelo acionamento dos atuadores de habilitação instalados no pendente de
controle do robô.
Com o robô em modo “manual”, o CLP de segurança permite que a saída de
segurança relativa à parada do robô permaneça ligada, mesmo que a proteção de
acesso ao interior da zona do robô esteja aberta. Nesta condição, a máquina
permanece desligada.
54
6.1.5. Prensa hidráulica com cortinas de luz e dispositivos de
acionamento bimanual
55
6.2. Validação do sistema de segurança
56
6.2.1. Exemplo de validação dos sistemas de segurança instalados
em prensa hidráulica
57
• As saídas de segurança da cortina de luz foram conectadas ao
primeiro canal do osciloscópio e a posição da régua foi
conectada ao segundo canal;
• Após a interrupção do feixe, inicia-se a parada do martelo e
quando este atinge velocidade zero, realiza-se a leitura do
tempo decorrido entre a queda do sinal da cortina e o tempo
decorrido até que o martelo pare.
1.5.1.3. Resultados:
Medição Tempo (s)
1ª 0,301
2ª 0,324
3ª 0,321
4ª 0,298
5ª 0,347
6ª 0,341
7ª 0,338
8ª 0,324
9ª 0,340
10ª 0,341
Média 0,327
Desvio padrão 0,017
58
1.5.4. Comportamento em relação a falhas:
1.5.4.1. Falha em um dos canais da cortina: o relê de segurança desliga
suas saídas, desligando as válvulas monitoradas e interrompendo
a descida do martelo;
1.5.4.2. Falha de alimentação de energia: os componentes são desligados
e o martelo interrompe seu movimento;
1.5.4.3. Falha de cada uma das válvulas isoladamente: o relê de
segurança detecta a falha e interrompe o próximo ciclo. A falha
forçada (desconexão do monitoramento de cada válvula) simula
as seguintes falhas: travamento do êmbolo da válvula na posição
acionada, queima de um dos sensores indutivos de
monitoramento das válvulas e do cabo do sensor.
1.5.5. Zona morta da cortina de luz vertical: considerando que a distância de
instalação da cortina de luz até a estrutura da máquina é maior que 75
mm (conforme norma do tipo C, de prensas), foi instalada uma cortina de
luz horizontal, monitorando este espaço.
1.5.6. Verificação de acesso pelas laterais direita, esquerda e pelo lado
traseiro: há proteções fixas que atendem às distâncias de segurança
conforme a ABNT NBR ISO 13857:2021. Os desenhos ilustram as
especificações da proteção e posicionamento em relação à zona de risco
(o desenho não foi mostrado neste exemplo).
59
7. Dúvidas frequentes
60
a exclusão de defeito mecânico do bloqueio. Pode-se optar pela não exclusão de
defeito mecânico, devendo-se, neste caso, utilizar dois dispositivos de intertravamento
com bloqueio.
Para mais informações sobre exclusão de defeitos, ver item 8.5 da ABNT NBR
ISO 14119:2021.
61
7.4. Redundância de dispositivos responsáveis pela prevenção de
partida inesperada e pela função de parada relacionada à
segurança
62
monitoramento (geralmente uma direcional), sendo que a falha dessa última, por
exemplo, o seu travamento na posição que permite o avanço ou o recuo do atuador,
impediria a continuidade do processo, facilmente identificada pelo operador.
63
confiabilidade as funções de segurança, a depender de sua vida útil, possibilidade de
detecção de falhas perigosas e prevenção de falhas por causas comuns.
Uma máquina possui sistemas relacionados ou não à segurança, portanto é
bastante comum encontrar os componentes dentro do mesmo painel ou no caso de
circuitos pneumáticos ou hidráulicos, numa mesma plataforma. Assim, nem sempre
haverá um bloco específico para a função de segurança, mas sim um circuito que
cumpra a função de segurança.
O tempo total de parada do sistema é definido pela ABNT NBR ISO 13855:2013
como: “tempo decorrido entre a atuação do dispositivo de proteção e o término dos
movimentos de risco ou até que a máquina assuma uma condição segura,
compreendendo um mínimo de duas fases:”
• tempo máximo entre a atuação da função sensora e a comutação do sinal de
saída do dispositivo de proteção para o estado desligado; e
• tempo de resposta máximo da máquina, ou seja, o tempo requerido para parar
a máquina ou remover os riscos após receber o sinal de saída do dispositivo
de proteção; é influenciado por vários fatores, por exemplo, temperatura,
tempo de comutação de válvulas, contatores, relês, desgaste de componentes
e inércia.
Toda máquina ou equipamento que possui movimentos mecânicos possui
inércia, e o tempo total de parada do movimento dependerá de sua massa, sua
velocidade e das forças atuantes no conjunto mecânico no instante em que se
demandou o início da função de segurança. Portanto, é importante que o projetista do
sistema de segurança conheça exatamente as características do sistema para que
possa selecionar as medidas de segurança apropriadas para redução do risco.
Exemplo 1: um motor elétrico que aciona por meio de uma transmissão uma
grande massa girante, provavelmente, terá um grande tempo de parada e, portanto,
64
requererá um sistema de segurança que impeça o acesso antes da parada da massa
girante.
Exemplo 2: um motor elétrico que aciona um fuso de transporte que impulsiona
uma grande massa, tende a parar seu movimento rapidamente, pois o atrito do material
transportado e o parafuso de transporte contribuem para sua desaceleração. Porém, se
o fuso de transporte eventualmente for acionado sem material, deve-se considerar na
apreciação de riscos a importância de considerar o tempo de parada nessa situação.
Exemplo 3: um atuador hidráulico controlado por meio de uma válvula direcional
com “centro fechado” tende a parar rapidamente após o desligamento da válvula,
devido à característica de baixa compressibilidade do óleo.
Portanto, é muito importante que o projetista do sistema de segurança conheça
os sistemas controlados, sua inércia, suas características construtivas e seu tempo total
de parada, nas diversas condições de operação, para selecionar adequadamente a
medida de segurança para prevenção do acesso.
A Figura 14 ilustra o conceito de tempo total de parada.
Figura 14: Gráfico do tempo total de parada - Fonte: ABNT NBR 13536:2016
65
7.9. Diversidade de componentes, tecnologias e instalação
66
7.10. Uso de dispositivo temporizador para o desbloqueio de uma
proteção móvel
67
7.12. Dispositivos de parada de emergência
68
8. Exemplos de Aplicações Práticas
69
performance level requerido (PLr) com estrutura diferente (categoria) daquela obtida na
primeira situação.
Isso ocorre porque o PL não considera apenas a estrutura das partes de
sistemas de comando relacionadas à segurança, como também a confiabilidade dos
dispositivos e componentes utilizados.
Nos casos específicos de máquinas que possuem Anexo na NR-12, mesmo que
se opte por projetar e instalar as partes de sistemas de comando relacionadas à
segurança conforme ABNT NBR ISO 13849:2019, Partes 1 e 2, deve ser respeitada a
estrutura (categoria) requerida nestes Anexos.
70
8.1. Monitoramento da parada do motor por tensão residual
71
Legenda:
A1: Relê de monitoramento de parada do motor.
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor trifásico.
• Monitoramento de parada do motor por tensão residual (a ser utilizado, por exemplo,
em proteções móveis dotadas de intertravamento com bloqueio).
72
• Os contatos de segurança do relê A1 são ligados quando é detectada a parada do
movimento do motor M1, permitindo, por exemplo, o acionamento de um solenoide
de desbloqueio de um dispositivo de intertravamento (não ilustrado).
• O relê de monitoramento de parada A1 possui internamente contatos redundantes e
mecanicamente unidos, oferecendo a confiabilidade necessária para o sistema de
segurança.
• O disjuntor Q1 realiza as funções de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
Ocorrendo um destes eventos, o dispositivo interrompe a alimentação do motor M1.
• O contator de potência K1 é responsável pelo comando do motor M1, e o seu
acionamento depende de as condições de segurança terem sido atendidas.
73
8.2. Monitoramento da parada do motor por meio de sensores de
movimento (sensores de pulso associados a roda dentada,
ou encoder)
74
Legenda:
S1 e S2: Sensores de monitoramento de parada do motor (o monitoramento do movimento
perigoso também por ser realizado por meio de outras tecnologias, como, por exemplo,
encoder compatível com o relê de monitoramento do movimento).
A1: Relê de monitoramento de parada do motor.
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor trifásico.
T: Transmissão
75
• O relê de monitoramento de parada A1 realiza o monitoramento do movimento
perigoso, por meio dos sensores de pulsos S1 e S2, instalados diretamente sobre o
eixo do movimento perigoso.
• O relê de monitoramento de parada A1 possui internamente contatos redundantes e
mecanicamente unidos, oferecendo a confiabilidade necessária para o sistema de
segurança.
• Se os sensores de pulsos S1 e S2 forem instalados num eixo acoplado ao eixo do
movimento perigoso, medidas adicionais são necessárias para assegurar a
integridade da transmissão entre o eixo do movimento perigoso e o eixo de
acionamento dos sensores (por exemplo, monitoramento do acoplamento por roda
dentada). Caso a transmissão entre o eixo do movimento perigoso e o eixo onde
estão instalados os sensores de pulsos S1 e S2 seja realizada por meio de
elementos mecânicos adequadamente dimensionados, que assegurassem a
integridade do acoplamento, é possível excluir o defeito de ruptura desses elementos
de transmissão.
• O disjuntor Q1 realiza as funções de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
Ocorrendo um destes eventos, o dispositivo interrompe a alimentação do motor M1.
• O contator de potência K1 é responsável pelo comando de acionamento do motor
M1, e o seu acionamento depende de as condições de segurança terem sido
atendidas.
76
8.3. Partida estrela-triângulo do motor
Legenda:
KM1: Contator de potência.
KM2: Contator de potência - fechamento triângulo.
KM3: Contator de potência - fechamento estrela.
77
8.3.1. Descrição funcional
78
• No fechamento em estrela, Figura 18, os contatores de potência KM1 e KM3 são
acionados e com isso a corrente passa a circular pelas bobinas. Caso um dos dois
contatores não seja acionado, o circuito ficará aberto e o motor não partirá.
79
8.3.2. Conclusão
80
8.4. Partida direta do motor e parada de emergência ou proteção
móvel intertravada por dispositivo mecânico conforme
categoria 1
Legenda:
S1: Botão de emergência ou dispositivo mecânico de intertravamento com contatos com manobra
positiva de abertura.
S3: Botão liga.
S4: Botão desliga.
81
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor trifásico.
Figura 21: Representação de blocos da figura 20 - parada relacionada à segurança ou parada de emergência.
82
Legenda:
S1: Botão de emergência ou dispositivo mecânico de intertravamento com contatos com manobra
positiva de abertura.
S3: Botão liga.
S4: Botão desliga.
KA1: Contator auxiliar.
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor trifásico.
Figura 23: Representação de blocos da figura 22 - parada relacionada à segurança ou parada de emergência
83
● Para atender os requisitos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito conforme
a ABNT NBR IEC 60204-1:2020, utilizou-se neste circuito um disjuntor motor que
está de acordo com a ABNT NBR IEC 60947-2:2013.
• A Figura 20 ilustra o circuito para a partida direta de um motor trifásico M1, por meio
de um contator de potência K1.
• A Figura 22 ilustra o circuito para partida de um motor trifásico M1, por meio de um
contator auxiliar KA1 que comanda um contator de potência K1.
• A parada funcional é realizada pela abertura do contato do botão S4.
• O movimento perigoso é interrompido se o dispositivo S1 for acionado, resultando no
desligamento do contator de potência K1.
• O disjuntor Q1 realiza as funções de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
Ocorrendo um destes eventos, o dispositivo interrompe a alimentação do motor M1.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento do contator de potência K1,
provocando a abertura do contato de selo. Após o reestabelecimento da energia é
necessário acionar o botão S3 para religar o motor M1, prevenindo a partida
inesperada.
8.4.4. Conclusão
84
8.5. Partida estrela-triângulo do motor e parada de emergência
conforme categoria 1
85
Legenda:
S1: Botão de emergência com contato com manobra positiva de abertura.
S3: Botão liga.
S4: Botão desliga.
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K2: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos - fechamento triângulo.
K3: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos - fechamento estrela.
K4: Relê temporizado.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor trifásico.
86
• O botão de emergência S1 tem contato com manobra positiva de abertura de acordo
com a ABNT NBR IEC 60947-5-1:2020, Anexo K.
• Foi instalado um botão de emergência S1 que impede mecanicamente a desconexão
entre seu atuador e o bloco de contatos.
• Os contatos dos contatores de potência são mecanicamente unidos de acordo com a
ABNT NBR IEC 60947-4-1:2018, Anexo F;
• Para atender aos requisitos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito conforme
a ABNT NBR IEC 60204-1:2020, utilizou-se neste circuito um disjuntor motor que
está de acordo com a ABNT NBR IEC 60947-2:2013.
87
8.5.4. Conclusão
88
8.6. Partida do motor com dispositivo semicondutor e parada de
emergência ou proteção móvel intertravada por dispositivo
mecânico conforme categoria 1
89
Legenda:
S1: Botão de emergência ou dispositivo mecânico de intertravamento com contatos com manobra
positiva de abertura.
S3: Botão liga.
S4: Botão desliga.
KA1: Contator auxiliar.
G1: Dispositivo semicondutor.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor trifásico.
90
• O contator auxiliar KA1 serve para intermediar o comando do dispositivo
semicondutor G1, uma vez que a linha de comando do botão liga S3 opera em
extrabaixa tensão e a linha de comando “Liga motor” opera em baixa tensão.
• Para atender os requisitos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito conforme a
ABNT NBR IEC 60204-1:2020, utilizou-se neste circuito um disjuntor motor que está
de acordo com a ABNT NBR IEC 60947-2:2013.
• A Figura 26 ilustra o circuito para a partida de um motor trifásico M1, por meio de um
dispositivo semicondutor G1.
• A parada funcional é realizada pela abertura do contato do botão S4, que também
sinaliza o desligamento ao CLP de automação.
• O movimento perigoso é interrompido se o dispositivo S1 for acionado, resultando no
desligamento do contator auxiliar KA1 e consequente desligamento do sinal “Gira” no
dispositivo semicondutor G1.
• O disjuntor Q1 realiza as funções de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
Ocorrendo um destes eventos, o dispositivo interrompe a alimentação do motor M1.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento do contator auxiliar KA1,
provocando a abertura do contato de selo, e do dispositivo semicondutor G1. Após o
reestabelecimento da energia é necessário acionar o botão S3 para religar o motor
M1, prevenindo a partida inesperada.
8.6.4. Conclusão
91
8.7. Partida do motor por contator e dispositivo semicondutor, e
parada de emergência ou proteção móvel intertravada por
dispositivo mecânico conforme categoria 1
92
Legenda:
S1: Botão de emergência ou dispositivo mecânico de intertravamento com contatos com manobra
positiva de abertura.
S3: Botão liga.
S4: Botão desliga.
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
G1: Dispositivo semicondutor.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor trifásico.
93
• Os contatos do contator de potência são mecanicamente unidos de acordo com a
ABNT NBR IEC 60947-4-1:2018, Anexo F.
• O contator de potência K1 foi utilizado para maior confiabilidade do sistema, uma vez
que o dispositivo semicondutor G1 utilizado atende apenas à categoria B.
• Para atender os requisitos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito conforme a
ABNT NBR IEC 60204-1:2020, utilizou-se neste circuito um disjuntor motor que está
de acordo com a ABNT NBR IEC 60947-2:2013.
• A Figura 28 ilustra o circuito para a partida de um motor trifásico M1, por meio de um
dispositivo semicondutor G1 e de um contator de potência K1.
• A parada funcional é realizada pela abertura do contato do botão S4, que também
sinaliza o desligamento ao CLP de automação.
• O movimento perigoso é interrompido se o dispositivo S1 for acionado, resultando no
desligamento do contator de potência K1.
• O disjuntor Q1 realiza as funções de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
Ocorrendo um destes eventos, o dispositivo interrompe a alimentação do motor M1.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento do contator de potência K1,
provocando a abertura do contato de selo. Após o reestabelecimento da energia é
necessário acionar o botão S3 para religar o motor M1, prevenindo a partida
inesperada.
8.7.4. Conclusão:
94
8.8. Desligamento do motor por contator e desbloqueio de
proteção móvel por tempo conforme categoria 1
95
Legenda:
S7: Dispositivo de intertravamento com bloqueio e seu solenoide para desbloqueio.
S1: Contatos NA (para energização do solenoide) e NF (para intertravamento) do dispositivo S7.
S5: Chave comutadora para desbloqueio do solenoide S7.
S3: Botão liga.
S4: Botão desliga.
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K4: Relê temporizado com atraso na desenergização.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor trifásico.
96
• O solenoide S7 do dispositivo de intertravamento com bloqueio possui a
característica de desbloqueio na energização, ou seja, o atuador de S7 somente
realiza o desbloqueio quando sua bobina está energizada.
• Os contatos do contator de potência são mecanicamente unidos de acordo com a
ABNT NBR IEC 60947-4-1:2018, Anexo F.
• O tempo ajustado no relê temporizado K4 deve ser superior ao tempo total de parada
do movimento perigoso, considerando-se as piores condições de inércia (maiores
massa e velocidade).
• Para atender os requisitos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito conforme a
ABNT NBR IEC 60204-1:2020, utilizou-se neste circuito um disjuntor motor que está
de acordo com a ABNT NBR IEC 60947-2:2013.
• A Figura 30 ilustra o circuito para a partida direta de um motor trifásico M1, por meio
de um contator de potência K1, e o bloqueio de acesso ao movimento perigoso, com
o desbloqueio controlado por tempo.
• A parada funcional é realizada pela abertura do contato do botão S4, resultando no
desligamento do contator de potência K1.
• O acesso somente é liberado após decorrido o tempo ajustado em K4, cujo contato
fecha com retardo após o acionamento da chave comutadora S5, energizando o
solenoide S7 e permitindo o desbloqueio da proteção. Só é possível nova partida do
motor se a proteção estiver fechada e bloqueada.
• O contato normalmente aberto S1 não permite que o solenoide S7 seja
desenergizado com a proteção aberta.
• O disjuntor Q1 realiza as funções de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
Ocorrendo um destes eventos, o dispositivo interrompe a alimentação do motor M1.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento do contator de potência K1,
provocando a abertura do contato de selo. Após o reestabelecimento da energia é
necessário acionar o botão S3 para religar o motor M1, prevenindo a partida
inesperada.
97
8.8.4. Conclusão
98
8.9. Partida direta do motor com freio eletromecânico para auxílio
da parada e proteção móvel intertravada por dispositivo
mecânico conforme categoria 1
Legenda:
S1: Dispositivo mecânico de intertravamento com contato com manobra positiva de abertura.
S3: Botão liga.
S4: Botão desliga.
99
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
Y1: Freio eletromecânico.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor trifásico.
100
8.9.3. Descrição funcional
• A Figura 32 ilustra o circuito para o desligamento de um motor trifásico M1, por meio
de um contator de potência K1, e o acionamento de um freio eletromecânico Y1.
• A parada funcional é realizada pela abertura do contato do botão S4.
• O movimento perigoso é interrompido se a proteção móvel intertravada pelo
dispositivo S1 for aberta, resultando no desligamento do contator de potência K1 e
acionamento do freio Y1.
• O disjuntor Q1 realiza as funções de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
Ocorrendo um destes eventos, o dispositivo interrompe a alimentação do motor M1.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento do contator de potência K1,
provocando a abertura do contato de selo. Após o reestabelecimento da energia é
necessário acionar o botão S3 para religar o motor M1, prevenindo a partida
inesperada.
8.9.4. Conclusão
101
8.10. Atuador hidráulico na horizontal e proteção móvel
intertravada por dispositivo mecânico conforme categoria 1
102
Figura 35: Circuito hidráulico
Legenda:
A1: CLP de automação.
S1: Dispositivo mecânico de intertravamento com contatos com manobra positiva de abertura.
S3: Botão de início de ciclo.
70.1: Válvula direcional do movimento de avanço e retorno do atuador 120.1.
80.1: Válvula de ventagem.
60.1: Válvula limitadora de pressão.
30.1: Filtro.
50.1: Trocador de calor.
103
Figura 36: Representação de blocos - parada relacionada à segurança
104
• Medidas administrativas como a manutenção preventiva dos atuadores (inclusive
suas vedações), troca do elemento filtrante e verificação periódica do ensujamento e
das características físico-químicas do fluído, são prescritas no manual da máquina.
• Para manter a temperatura do óleo dentro dos limites especificados pelo fornecedor
e evitar sua degradação, há um trocador de calor 50.1.
• As mangueiras, tubulações e conexões utilizadas para interligação do circuito foram
adequadamente dimensionadas para suportar as condições operacionais da
máquina.
• Para verificação e ajuste do limite máximo de pressão há um manômetro instalado
na saída da bomba.
• Para proteção contra sobrepressão, há uma válvula limitadora de pressão 60.1
ajustada no valor máximo previsto pelo projeto.
• Os atuadores hidráulicos foram adequadamente dimensionados para suportar as
cargas estáticas e dinâmicas durante o processo.
• A válvula de ventagem 80.1, quando em repouso, venta o fluxo da bomba para o
tanque e, quando acionada, direciona o fluxo de óleo para as válvulas direcionais
70.1 e 90.1.
• A válvula direcional 90.1 que comanda o atuador 130.1 possui duplo solenoide com
detente para evitar que comute de posição indesejadamente, como no caso de
queda da energia.
• A pressão máxima no atuador 130.1 é reduzida por meio da válvula redutora de
pressão 140.1 e é mantida pelo acumulador 150.1.
• O pressostato 160.1 monitora a pressão no atuador 130.1 de modo que, se houver
uma queda abaixo do limite mínimo capaz de manter a peça fixa, a operação da
máquina é interrompida.
105
• A Figura 34 ilustra o circuito de desligamento da válvula direcional 70.1, que
comanda o atuador horizontal 120.1.
• O CLP A1 controla a automação do processo. Para iniciar os movimentos, é
requerido o sinal de proteção fechada através de contato normalmente fechado do
dispositivo S1 e o acionamento do botão de início de ciclo S3.
• O movimento perigoso é interrompido se a proteção móvel intertravada pelo
dispositivo S1 for aberta, resultando no desligamento da válvula direcional 70.1.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento dos solenoides das válvulas.
Após o reestabelecimento da energia é necessário acionar o botão S3 para voltar a
mover o atuador 120.1, prevenindo a partida inesperada.
8.10.4. Conclusão
106
8.11. Atuador hidráulico na vertical e proteção móvel intertravada
por dispositivo mecânico conforme categoria 1
107
Figura 38: Circuito hidráulico
108
Legenda:
A1: CLP de automação.
S1: Dispositivo mecânico de intertravamento com contatos com manobra positiva de abertura.
S3: Botão de início de ciclo.
100.1: Válvula direcional do movimento de subida e descida do atuador 200.1.
90.1: Válvula de ventagem.
80.1: Válvula limitadora de pressão.
30.1: Filtro.
70.1: Trocador de calor.
109
respeitando-se o princípio da ação mecânica direta conforme a ABNT NBR ISO
14119:2021.
• O projeto do circuito hidráulico atende aos requisitos da ABNT NBR ISO 4413:2022.
• Para prevenção do travamento das válvulas devido à presença de contaminantes
sólidos no fluido, há um filtro 30.1 com capacidade de retenção de partículas
compatível com os tipos de componentes utilizados.
• Medidas administrativas como a manutenção preventiva dos atuadores (inclusive
suas vedações), troca do elemento filtrante e verificação periódica do ensujamento e
das características físico-químicas do fluído, são prescritas no manual da máquina.
• Para manter a temperatura do óleo dentro dos limites especificados pelo fornecedor
e evitar sua degradação, há um trocador de calor 70.1.
• As mangueiras, tubulações e conexões utilizadas para interligação do circuito foram
adequadamente dimensionadas para suportar as condições operacionais da
máquina.
• Para verificação e ajuste do limite máximo de pressão há um manômetro instalado
na saída da bomba.
• Para proteção contra sobrepressão, há uma válvula limitadora de pressão 80.1
ajustada no valor máximo previsto pelo projeto.
• Os atuadores hidráulicos foram adequadamente dimensionados para suportar as
cargas estáticas e dinâmicas durante o processo.
• A válvula de ventagem 90.1, quando em repouso, venta o fluxo da bomba para
tanque e, quando acionada, direciona o fluxo de óleo para as válvulas direcionais
100.1 e 110.1.
• A válvula direcional 110.1 que comanda o atuador 250.1 possui duplo solenoide com
detente, para evitar que comute de posição indesejadamente, como no caso de
queda de energia.
• A pressão máxima no atuador 250.1 é reduzida por meio da válvula redutora de
pressão 140.1 e é mantida pelo acumulador 120.1.
• O pressostato 130.1 monitora a pressão no atuador 250.1 de modo que, se houver
uma queda abaixo do limite mínimo capaz de manter a peça fixa, a operação da
máquina é interrompida.
110
8.11.3. Descrição funcional
8.11.4. Conclusão
111
8.12. Desligamento do motor por contator e desbloqueio de
proteção móvel por tempo conforme categoria 2
112
Legenda:
S7: Dispositivo de intertravamento com bloqueio e seu solenoide para desbloqueio.
S1: Contato de intertravamento do dispositivo S7, com manobra positiva de abertura.
S8: Contato de monitoramento do bloqueio do dispositivo S7.
S3: Botão liga.
S2: Botão desliga.
KS: Relê de segurança conforme categoria 2.
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K2: Contator auxiliar com contatos mecanicamente unidos.
K3: Relê temporizador com retardo de desligamento.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor trifásico.
OTE: Sinalizador de falha.
113
8.12.1. Funções de segurança
• A Figura 40 ilustra o circuito para a partida direta de um motor trifásico M1, por meio
de um contator de potência K1, e o bloqueio de acesso ao movimento perigoso, com
o desbloqueio controlado por tempo.
• A partida do motor se dá pelo acionamento do botão S3, que aciona o contator
auxiliar K2 e o relê temporizador com retardo de desligamento K3.
114
• Para que seja possível abrir a proteção é necessário acionar o botão de parada S2,
resultando no desligamento do contator auxiliar K2 que, por sua vez, desliga o
contator de potência K1.
• O solenoide S7, que controla o desbloqueio da proteção, só é energizado se o
contator de potência K1 efetivamente desligar, acionando o relê de segurança KS, e
após ter decorrido o tempo de retardo de desligamento do relê K3.
• A falha do contator de potência K1 impede do desbloqueio da proteção.
• O movimento perigoso é impedido se o contato de intertravamento S1 ou o contato
de monitoramento do bloqueio S8 do dispositivo S7 estiver aberto, mantendo
desligadas a saída do relê de segurança KS até o fechamento e bloqueio da
proteção móvel.
• Em caso de curto-circuito na bobina do solenoide S7 ocorrerá o desbloqueio do
dispositivo S7, iniciando a parada do motor pela abertura do contator de potência K1
e possibilitando a abertura da proteção móvel, mesmo que o motor ainda não tenha
parado completamente. Uma sinalização, por exemplo um sinal luminoso ou sonoro
(OTE), será emitida, indicando a perda da função de segurança.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento do contator auxiliar K2 e do
contator de potência K1, provocando a abertura do contato de selo. Após o
reestabelecimento da energia é necessário acionar o botão S3 para religar o motor
M1, prevenindo a partida inesperada.
8.12.4. Conclusão
115
8.13. Atuador hidráulico na horizontal e proteção móvel
intertravada por dispositivo magnético conforme categoria 2
116
Figura 45: Circuito hidráulico
Legenda:
A1: CLP de automação.
S1: Dispositivo magnético de intertravamento codificado.
S3: Botão de início de ciclo.
KS: Relê de segurança conforme categoria 2.
117
80.1: Válvula direcional do movimento de avanço e retorno do atuador 120.1.
B80.1: Sensores de monitoramento da válvula 80.1.
70.1: Válvula de ventagem.
60.1: Válvula limitadora de pressão.
30.1: Filtro.
50.1: Trocador de calor.
118
• O relê de segurança KS atende aos requisitos da categoria 2.
• O projeto do circuito hidráulico atende aos requisitos da ABNT NBR ISO 4413:2022.
• Para prevenção do travamento das válvulas devido à presença de contaminantes
sólidos no fluido, há um filtro 30.1 com capacidade de retenção de partículas
compatível com os tipos de componentes utilizados.
• Medidas administrativas como a manutenção preventiva dos atuadores (inclusive
suas vedações), troca do elemento filtrante e verificação periódica do ensujamento e
das características físico-químicas do fluído, são prescritas no manual da máquina.
• Para manter a temperatura do óleo dentro dos limites especificados pelo fornecedor
e evitar sua degradação, há um trocador de calor 50.1.
• As mangueiras, tubulações e conexões utilizadas para interligação do circuito foram
adequadamente dimensionadas para suportar as condições operacionais da
máquina.
• Para verificação e ajuste do limite máximo de pressão há um manômetro instalado
na saída da bomba.
• Para proteção contra sobrepressão, há uma válvula limitadora de pressão 60.1
ajustada no valor máximo previsto pelo projeto.
• Os atuadores hidráulicos foram adequadamente dimensionados para suportar as
cargas estáticas e dinâmicas durante o processo.
• A válvula de ventagem 70.1, quando em repouso, venta o fluxo da bomba para
tanque e, quando acionada, direciona o fluxo de óleo para as válvulas direcionais
80.1 e 140.1.
• A válvula direcional 140.1 que comanda o atuador 130.1 possui duplo solenoide com
detente, para evitar que comute de posição indesejadamente, como no caso de
queda de energia.
• A pressão máxima no atuador 130.1 é reduzida por meio da válvula redutora de
pressão 150.1 e é mantida pelo acumulador 160.1.
• O pressostato 90.1 monitora a pressão no atuador 130.1 de modo que, se houver
uma queda abaixo do limite mínimo capaz de manter a peça fixa, a operação da
máquina é interrompida.
119
8.13.3. Descrição funcional
8.13.4. Conclusão
120
8.14. Atuador hidráulico na vertical e proteção móvel intertravada
por dispositivo magnético conforme categoria 2
121
Figura 48: Circuito hidráulico
Legenda:
A1: CLP de automação.
S1: Dispositivo magnético de intertravamento codificado.
122
S3: Botão de início de ciclo.
KS: Relê de segurança conforme categoria 2.
100.1: Válvula direcional do movimento de subida e descida do atuador 200.1.
150.1: Válvula de retenção pilotada e seu sensor B150.1.
90.1: Válvula de ventagem.
80.1: Válvula limitadora de pressão.
30.1: Filtro.
70.1: Trocador de calor.
123
8.14.2. Características do projeto
124
• A válvula direcional 110.1 que comanda o atuador 250.1 possui duplo solenoide com
detente, para evitar que comute de posição indesejadamente, como no caso de
queda de energia.
• A pressão máxima no atuador 250.1 é reduzida por meio da válvula redutora de
pressão 140.1 e é mantida pelo acumulador 120.1.
• O pressostato 130.1 monitora a pressão no atuador 250.1 de modo que, se houver
uma queda abaixo do limite mínimo capaz de manter a peça fixa, a operação da
máquina é interrompida.
125
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento dos solenoides das válvulas.
Após o reestabelecimento da energia é necessário acionar o botão S3 para voltar a
mover o atuador 200.1, prevenindo a partida inesperada.
8.14.4. Conclusão
126
8.15. Partida direta do motor e proteções móveis intertravadas por
dispositivos magnéticos conforme categoria 3
127
Legenda:
S1: Dispositivo magnético de intertravamento codificado (da proteção 1).
S2: Dispositivo magnético de intertravamento codificado (da proteção 2).
S3: Botão liga.
S4: Botão desliga.
S6: Botão reset.
KS: Relê de segurança conforme categoria 3.
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K2: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor Trifásico.
128
8.15.2. Características do projeto
• A Figura 50 ilustra o circuito para a partida direta de um motor trifásico M1, por meio
de dois contatores de potência K1 e K2.
• A parada funcional é realizada pela abertura do contato do botão S4.
• O movimento perigoso é interrompido se qualquer uma das proteções intertravadas
pelos dispositivos S1 ou S2 for aberta, resultando no desligamento das saídas do
relê de segurança KS e consequente desligamento dos contatores de potência K1 e
K2.
• Após a atuação de um dos dispositivos de intertravamento S1 ou S2, é necessária a
atuação do botão reset S6 para o rearme do relê de segurança KS.
• O curto-circuito entre os canais dos dispositivos de intertravamento S1 e S2 é
detectado pelo relê de segurança KS.
• Em caso de falha de um dos canais dos dispositivos de intertravamento S1 ou S2, o
relê de segurança KS desliga os contatores de potência K1 e K2 e o desligamento do
motor é mantido até que os sinais dos dois canais sejam reestabelecidos e o botão
reset S6 seja atuado.
129
• A falha no desligamento dos contatores de potência K1 e K2 é detectada pelo relê de
segurança KS pelo menos a cada solicitação da função de segurança, por meio da
monitoração dinâmica de seus contatos-espelho.
• O disjuntor Q1 realiza as funções de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
Ocorrendo um destes eventos, o dispositivo interrompe a alimentação do motor M1.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento do contatores de potência K1 e
K2, provocando a abertura dos contatos de selo. Após o reestabelecimento da
energia é necessário atuar o botão reset S6 e acionar o botão S3 para religar o motor
M1, prevenindo a partida inesperada.
8.15.4. Conclusão
130
8.16. Partida estrela-triângulo do motor e proteções móveis
intertravadas por dispositivo magnético conforme categoria 3
131
Legenda:
S1: Dispositivo magnético de intertravamento codificado (da proteção 1).
S2: Dispositivo magnético de intertravamento codificado (da proteção 2).
S3: Botão liga.
S4: Botão desliga.
S6: Botão reset.
KS: Relê de segurança conforme categoria 3.
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K2: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos - fechamento triângulo.
K3: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos - fechamento estrela.
K4: Relê temporizado.
KA1: Contator auxiliar com contatos mecanicamente unidos.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor trifásico.
132
as proteções móveis e atuação do botão reset S6) e a atuação do botão de partida
S3.
133
relê de segurança KS e consequente desligamento dos contatores de potência K1 e
K2.
• Após a atuação de um dos dispositivos de intertravamento S1 ou S2, é necessária a
atuação do botão reset S6 para o rearme do relê de segurança KS.
• O curto-circuito entre os canais dos dispositivos de intertravamento S1 e S2 é
detectado pelo relê de segurança KS.
• Em caso de falha de um dos canais dos dispositivos de intertravamento S1 ou S2, o
relê de segurança KS desliga os contatores de potência K1, e K2 ou K3, e o
desligamento do motor é mantido até que os sinais dos dois canais sejam
reestabelecidos e o botão reset S6 seja atuado.
• A falha no desligamento dos contatores de potência K2 e K3 é detectada pelo relê de
segurança KS pelo menos a cada solicitação da função de segurança, por meio da
monitoração dinâmica de seus contatos-espelho.
• A falha no desligamento do contator de potência K1 é detectada indiretamente pelo
relê de segurança KS pelo menos a cada solicitação da função de segurança, por
meio do contato normalmente fechado (NF) do contator auxiliar KA1. Caso ocorra a
desconexão da alimentação da bobina do contator auxiliar KA1, seu contato
normalmente aberto (NA) ligado em série no selo da partida desliga os contatores de
potência K1, e K2 ou K3.
• O disjuntor Q1 realiza as funções de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
Ocorrendo um destes eventos, o dispositivo interrompe a alimentação do motor M1.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento dos contatores de potência K1,
e K2 ou K3, provocando a abertura do contato de selo. Após o reestabelecimento da
energia é necessário atuar o botão reset S6 e acionar o botão S3 para religar o motor
M1, prevenindo a partida inesperada.
8.16.4. Conclusão
134
KA1, aumentando a possibilidade de não detecção das falhas. Os dispositivos de
intertravamento S1 e S2 estão ligados em série conforme a ABNT ISO/TR 24119:2022
e há possibilidade de mascaramento da defeitos em algumas situações.
135
8.17. Partida do motor por contator e dispositivo semicondutor, e
parada de emergência conforme categoria 3
Legenda:
S1: Botão de emergência com contatos com manobra positiva de abertura.
S3:` Botão liga.
S4: Botão desliga.
S6: Botão reset.
KS: Relê de segurança conforme categoria 3.
KS1: Relê de monitoramento de parada (relê de velocidade zero).
KA1: Relê temporizador com um contato de ação instantânea e outro com retardo no desligamento.
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
136
G1: Dispositivo semicondutor.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor trifásico.
137
• Os contatos do contator de potência são mecanicamente unidos de acordo com a
ABNT NBR IEC 60947-4-1:2018, Anexo F.
• O dispositivo semicondutor G1 é um dispositivo convencional (ou standard), que não
possui entradas para funções de segurança, e está de acordo com a norma IEC
61800-5-1:2016.
• A entrada “Habilita” do dispositivo G1 não é uma entrada relacionada à segurança. O
desligamento do sinal “Gira” provoca a desaceleração controlada do motor M1 e em
seguida sua parada.
• O relê de segurança KS atende aos requisitos da categoria 3 e possui também
saídas com retardo de desligamento (off-delay) ajustável.
• Para atender os requisitos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito conforme a
ABNT NBR IEC 60204-1:2020, utilizou-se neste circuito um disjuntor motor que está
de acordo com a ABNT NBR IEC 60947-2:2013.
• A Figura 54 ilustra o circuito para a partida de um motor trifásico M1, por meio de um
dispositivo semicondutor G1 e de um contator de potência K1.
• A parada funcional é realizada pela abertura do contato do botão S4, que desliga o
relê temporizador KA1, resultando no desligamento instantâneo do sinal “Gira” no
dispositivo semicondutor G1, que inicia a desaceleração. Decorrido o tempo ajustado
em KA1, seu contato com retardo desliga o contator de potência K1.
• O movimento perigoso é interrompido se o botão de emergência S1 for acionado,
resultando no desligamento imediato do sinal “Gira” no dispositivo semicondutor G1
e, decorrido o tempo ajustado no relê de segurança KS, no desligamento do contator
de potência K1. Caso não houvesse o retardo no desligamento do contator de
potência K1 o motor M1 pararia por inércia, pois o dispositivo semicondutor G1 não
seria capaz de realizar uma parada controlada.
• Após a atuação do botão de emergência S1, é necessário o seu desacionamento e a
atuação do botão reset S6 para o rearme do relê de segurança KS.
138
• O curto-circuito entre os canais do botão de emergência S1 é detectado pelo relê de
segurança KS.
• Em caso de falha de um dos contatos do botão de emergência S1, o relê de
segurança KS desliga o contator de potência K1 e o sinal “Gira” no dispositivo
semicondutor G1. O desligamento do motor é mantido até que os sinais dos dois
canais sejam reestabelecidos e o botão reset S6 seja atuado.
• A falha no desligamento do contator de potência K1 é detectada pelo relê de
segurança KS pelo menos a cada solicitação da função de segurança, por meio da
monitoração dinâmica de seu contato-espelho.
• A falha no desligamento do dispositivo semicondutor G1 é detectada indiretamente
pelo relê de segurança KS pelo menos a cada solicitação da função de segurança,
por meio do relê de monitoramento de parada (relê de velocidade zero) KS1 que
monitora a presença de tensão residual na saída de G1, fechando os contatos.
• O disjuntor Q1 realiza as funções de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
Ocorrendo um destes eventos, o dispositivo interrompe a alimentação do motor M1.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento do contator de potência K1,
provocando a abertura do contato de selo, e do dispositivo semicondutor G1. Após o
reestabelecimento da energia é necessário atuar o botão reset S6 e acionar o botão
S3 para religar o motor M1, prevenindo a partida inesperada.
8.17.4. Conclusão
139
8.18. Partida do motor por dispositivo semicondutor e parada de
emergência conforme categoria 3
140
Legenda:
S1: Botão de emergência com contatos com manobra positiva de abertura.
S6: Botão reset.
KS: Relê de segurança conforme categoria 3.
G1: Dispositivo semicondutor.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor trifásico.
141
• O botão de emergência S1 tem contatos com manobra positiva de abertura de
acordo com a ABNT NBR IEC 60947-5-1:2020, Anexo K.
• Foi instalado um botão de emergência S1 que impede mecanicamente a desconexão
entre seu atuador e o bloco de contatos.
• O dispositivo semicondutor G1 possui funções de segurança SS1 (safe stop 1) e
STO (safe torque off) classificadas como categoria 3, e está de acordo com as
normas IEC 61800-5-1:2016 e IEC 61800-5-2:2016.
• O relê de segurança KS atende aos requisitos da categoria 3.
• Para atender os requisitos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito conforme a
ABNT NBR IEC 60204-1:2020, utilizou-se neste circuito um disjuntor motor que está
de acordo com a ABNT NBR IEC 60947-2:2013.
142
desligamento do motor é mantido até que os sinais dos dois canais sejam
reestabelecidos e o botão reset S6 seja atuado.
• O disjuntor Q1 realiza as funções de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
Ocorrendo um destes eventos, o dispositivo interrompe a alimentação do motor M1.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento do relê de segurança KS e do
dispositivo semicondutor G1. Após o reestabelecimento da energia é necessário que
o botão reset S6 seja atuado e que o dispositivo semicondutor G1 receba o comando
para religar o motor M1, prevenindo a partida inesperada.
8.18.4. Conclusão
143
8.19. Desligamento do motor por contatores e desbloqueio de
proteção móvel por monitoramento da parada do motor
conforme categoria 3
144
Legenda:
S7: Dispositivo de intertravamento com bloqueio, seus contatos para intertravamento e
monitoramento do bloqueio, e seu solenoide para desbloqueio.
S5: Chave comutadora para desbloqueio do solenoide S7.
S3: Botão liga.
S4: Botão desliga.
S6: Botão reset.
KS: Relê de segurança conforme categoria 3.
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K2: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
A1: Relê de monitoramento de parada do motor.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor trifásico.
145
• O mecanismo de bloqueio à prova de falhas do dispositivo de intertravamento com
bloqueio S7 da proteção evita mecanicamente a comutação do mecanismo de
bloqueio e, consequentemente, de seus contatos para a posição bloqueada caso a
proteção esteja aberta, prevenindo a partida inesperada.
• A mola que impulsiona o mecanismo de bloqueio da proteção é um componente bem
testado e em conformidade com os requisitos da ABNT NBR ISO 13849-2:2019,
Tabela A.3, podendo-se excluir seu defeito.
• A força de retenção do dispositivo de intertravamento com bloqueio S7 foi
adequadamente dimensionada para suportar as cargas estática e dinâmicas e as
condições do ambiente.
• A proteção móvel é construída de modo a assegurar que o atuador do dispositivo de
intertravamento com bloqueio S7 não sofra danos durante seu fechamento.
• Exclui-se o defeito de ruptura mecânica no interior do dispositivo de intertravamento
com bloqueio S7 pela sua forma construtiva e instalação.
• Os contatos dos contatores de potência são mecanicamente unidos de acordo com a
ABNT NBR IEC 60947-4-1:2018, Anexo F.
• O relê de segurança KS atende aos requisitos da categoria 3.
• Para atender os requisitos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito conforme a
ABNT NBR IEC 60204-1:2020, utilizou-se neste circuito um disjuntor motor que está
de acordo com a ABNT NBR IEC 60947-2:2013.
• A Figura 58 ilustra o circuito para a partida direta de um motor trifásico M1, por meio
de dois contatores de potência K1 e K2.
• A parada funcional é realizada pela abertura do contato do botão S4, resultando no
desligamento dos contatores de potência K1 e K2.
• A energização do solenoide S7, que desbloqueia a proteção, ocorre após a detecção
da parada do motor M1 por meio do relê de monitoramento de parada A1, que possui
contatos internos mecanicamente unidos.
146
• Com o desbloqueio da proteção móvel são desligadas as saídas do relê de
segurança KS, interrompendo o circuito de comando dos contatores de potência K1 e
K2.
• O movimento perigoso é impedido se um dos contatos do dispositivo de
intertravamento com bloqueio S7 estiver aberto, mantendo desligadas as saídas do
relê de segurança KS até o fechamento e bloqueio da proteção móvel e a atuação do
botão reset S6.
• O monitoramento da atuação do solenoide S7 é realizado por meio de contatos
mecanicamente unidos, acionados pelo núcleo do solenoide e ligados nas entradas
da interface de segurança KS.
• O curto-circuito entre os canais do dispositivo de intertravamento com bloqueio S7 é
detectado pelo relê de segurança KS.
• Em caso de falha de um dos contatos do dispositivo de intertravamento com bloqueio
S7, o relê de segurança KS desliga suas saídas até que os sinais dos dois canais
sejam reestabelecidos e o botão reset S6 seja atuado.
• A falha no desligamento dos contatores de potência K1 e K2 é detectada pelo relê de
segurança KS pelo menos a cada solicitação da função de segurança, por meio da
monitoração dinâmica de seus contatos-espelho.
• O disjuntor Q1 realiza as funções de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
Ocorrendo um destes eventos, o dispositivo interrompe a alimentação do motor M1.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento dos contatores de potência K1
e K2, provocando a abertura dos contatos de selo. Após o reestabelecimento da
energia é necessário atuar o botão reset S6 e acionar o botão S3 para religar o motor
M1, prevenindo a partida inesperada.
8.19.4. Conclusão
147
Nota: No exemplo da Figura 58, em que é realizado o monitoramento dos contatos
mecanicamente unidos ao solenoide do dispositivo de intertravamento com bloqueio
S7, é fundamental que este seja construído e instalado de modo que o elemento de
bloqueio somente entre na posição “bloqueado” quando a proteção estiver na posição
“fechada”.
148
Exemplo 18.19.b: Intertravamento e bloqueio realizados por um dispositivo de
intertravamento com bloqueio e monitoramento de um contato do intertravamento
e outro do bloqueio.
149
Legenda:
S7: Dispositivo de intertravamento com bloqueio, seu contato para monitoramento do bloqueio e seu
solenoide para desbloqueio.
S1: Contato de intertravamento do dispositivo S7, com manobra positiva de abertura.
S5: Chave comutadora para desbloqueio do solenoide S7.
S3: Botão liga.
S4: Botão desliga.
S6: Botão reset.
KS: Relê de segurança conforme categoria 3.
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K2: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
A1: Relê de monitoramento de parada do motor.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor Trifásico.
150
• O solenoide S7 do dispositivo de intertravamento com bloqueio possui a
característica de desbloqueio na energização, ou seja, o atuador de S7 somente
realiza o desbloqueio quando sua bobina está energizada.
• O dispositivo de intertravamento com bloqueio S7 possui mecanismo de bloqueio
que permite sua comutação mesmo com a proteção aberta e, consequentemente, é
necessária a ligação de seu contato de intertravamento S1 em uma das entradas do
relê de segurança KS e, na outra entrada, do contato de monitoramento do bloqueio
S7, para prevenção da partida inesperada.
• A mola que impulsiona o mecanismo de bloqueio da proteção é um componente bem
testado e em conformidade com os requisitos da ABNT NBR ISO 13849-2:2019,
Tabela A.3, podendo-se excluir seu defeito.
• A força de retenção do dispositivo de intertravamento com bloqueio S7 foi
adequadamente dimensionada para suportar as cargas estática e dinâmicas e as
condições do ambiente.
• A proteção móvel é construída de modo a assegurar que o atuador do dispositivo de
intertravamento com bloqueio S7 não sofra danos durante seu fechamento.
• Exclui-se o defeito de ruptura mecânica no interior do dispositivo de intertravamento
com bloqueio S7 pela sua forma construtiva e instalação.
• Os contatos dos contatores de potência são mecanicamente unidos de acordo com a
ABNT NBR IEC 60947-4-1:2018, Anexo F.
• O relê de segurança KS atende aos requisitos da categoria 3.
• Para atender os requisitos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito conforme a
ABNT NBR IEC 60204-1:2020, utilizou-se neste circuito um disjuntor motor que está
de acordo com a ABNT NBR IEC 60947-2:2013.
• A Figura 59 ilustra o circuito para a partida direta de um motor trifásico M1, por meio
de dois contatores de potência K1 e K2.
• A parada funcional é realizada pela abertura do contato do botão S4, resultando no
desligamento dos contatores de potência K1 e K2.
151
• A energização do solenoide S7, que desbloqueia a proteção, ocorre após a detecção
da parada do motor M1 por meio do relê de monitoramento de parada A1, que possui
contatos internos mecanicamente unidos.
• Com o desbloqueio e abertura da proteção móvel são desligadas as saídas do relê
de segurança KS, interrompendo o circuito de comando dos contatores de potência
K1 e K2.
• O movimento perigoso é impedido se o contato de intertravamento S1 ou o contato
de monitoramento do bloqueio do dispositivo S7 estiver aberto, mantendo desligadas
as saídas do relê de segurança KS até o fechamento e bloqueio da proteção móvel e
a atuação do botão reset S6.
• O contato de intertravamento S1 do dispositivo de intertravamento com bloqueio S7
está ligado a uma das entradas da interface de segurança KS.
• O monitoramento da atuação do solenoide S7 do dispositivo de intertravamento com
bloqueio é realizado por meio de um contato mecanicamente unido, acionado pelo
núcleo do solenoide e ligado à outra entrada da interface de segurança KS.
• O curto-circuito entre os canais do dispositivo de intertravamento com bloqueio S7 é
detectado pelo relê de segurança KS.
• Em caso de falha do contato de intertravamento S1 ou do contato de monitoramento
do bloqueio do dispositivo S7, o relê de segurança KS desliga suas saídas até que
os sinais dos dois canais sejam reestabelecidos e o botão reset S6 seja atuado.
• A falha no desligamento dos contatores de potência K1 e K2 é detectada pelo relê de
segurança KS pelo menos a cada solicitação da função de segurança, por meio da
monitoração dinâmica de seus contatos-espelho.
• O disjuntor Q1 realiza as funções de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
Ocorrendo um destes eventos, o dispositivo interrompe a alimentação do motor M1.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento dos contatores de potência K1
e K2, provocando a abertura dos contatos de selo. Após o reestabelecimento da
energia é necessário atuar o botão reset S6 e acionar o botão S3 para religar o motor
M1, prevenindo a partida inesperada.
152
8.19.8. Conclusão
Nota 2: No exemplo da Figura 59, sempre que ocorrer o desbloqueio da proteção, o relê
de segurança KS desligará suas saídas e só será rearmado caso a proteção seja
aberta e fechada novamente.
153
8.20. Partida direta e desligamento do motor por disjuntor e
contator, e parada de emergência conforme categoria 3
154
Legenda:
S1: Botão de emergência com contatos com manobra positiva de abertura.
S3: Botão liga.
S4: Botão desliga.
S6: Botão reset.
KS: Relê de segurança conforme categoria 3.
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K2: Contator auxiliar.
Q1: Disjuntor motor com bobina de mínima tensão.
M1: Motor trifásico.
155
8.20.2. Características do projeto
• A Figura 60 ilustra o circuito para a partida direta de um motor trifásico M1, por meio
de um contator de potência K1 e de um disjuntor motor Q1 comandado remotamente
(desligamento) por uma bobina de mínima tensão.
• A parada funcional é realizada pela abertura do contato do botão S4.
• O movimento perigoso é interrompido se o botão de emergência S1 for acionado,
resultando no desligamento das saídas do relê de segurança KS e consequente
desligamento do contator de potência K1 e do disjuntor motor Q1, por meio da
bobina de mínima tensão.
• Após a atuação do botão de emergência S1, é necessário o seu desacionamento e a
atuação do botão reset S6 para o rearme do relê de segurança KS.
• Em caso de falha de um dos canais do botão de emergência S1, o relê de segurança
KS desliga suas saídas até que os sinais dos dois canais sejam reestabelecidos e o
botão reset S6 seja atuado.
156
• A falha no desligamento do contator de potência K1 é detectada pelo relê de
segurança KS pelo menos a cada solicitação da função de segurança, por meio da
monitoração dinâmica de seu contato-espelho.
• A falha no desligamento do disjuntor motor Q1 é detectada pelo relê de segurança
KS pelo menos a cada solicitação da função de segurança, por meio do
monitoramento indireto do contator auxiliar K2.
• O disjuntor Q1 realiza as funções de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
Ocorrendo um destes eventos, o dispositivo interrompe a alimentação do motor M1.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento do disjuntor motor Q1 e do
contator de potência K1, provocando a abertura do contato de selo. Após o
reestabelecimento da energia é necessário atuar o botão reset S6, rearmar o
disjuntor motor Q1 e acionar o botão S3 para religar o motor M1, prevenindo a
partida inesperada.
8.20.4. Conclusão
157
8.21. Atuador hidráulico na horizontal e parada de emergência
conforme categoria 3
158
Figura 63: Circuito hidráulico
Legenda:
S1: Botão de emergência com contatos com manobra positiva de abertura.
S3: Botão liga.
S4: Botão desliga.
S6: Botão reset.
KS: Relê de segurança conforme categoria 3.
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K2: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
159
KA1: Contator auxiliar com contatos mecanicamente unidos.
KA2: Contator auxiliar com contatos mecanicamente unidos.
M1: Motor trifásico.
150.1: Válvula direcional do movimento de avanço e retorno do atuador 120.1.
90.1: Válvula monitorada e seu sensor B90.1.
160
condição segura (desacionamento do dispositivo S1 e atuação do botão reset S6), a
atuação do botão de partida S3 e o comando das válvulas 150.1 e 90.1.
161
• As mangueiras, tubulações e conexões utilizadas para interligação do circuito foram
adequadamente dimensionadas para suportar as condições operacionais da
máquina.
• Para verificação e ajuste do limite máximo de pressão há um manômetro instalado
na saída da bomba.
• Para proteção contra sobrepressão, há uma válvula limitadora de pressão 60.1
ajustada no valor máximo previsto pelo projeto.
• Os atuadores hidráulicos foram adequadamente dimensionados para suportar as
cargas estáticas e dinâmicas durante o processo.
• A válvula direcional 70.1 que comanda o atuador 130.1 possui duplo solenoide com
detente, para evitar que comute de posição indesejadamente, como no caso de
queda de energia.
• A pressão máxima no atuador 130.1 é reduzida por meio da válvula redutora de
pressão 140.1 e é mantida pelo acumulador 80.1.
• O pressostato 160.1 monitora a pressão no atuador 130.1 de modo que, se houver
uma queda abaixo do limite mínimo capaz de manter a peça fixa, a operação da
máquina é interrompida.
162
• O curto-circuito entre os canais do botão de emergência S1 é detectado pelo relê de
segurança KS.
• Em caso de falha de um dos canais do botão de emergência S1, o relê de segurança
KS desliga os contatores de potência K1 e K2 e as válvulas 90.1 e 150.1 até que os
sinais dos dois canais sejam reestabelecidos e o botão reset S6 seja atuado.
• A falha no desligamento dos contatores de potência K1 e K2 e dos contatores
auxiliares KA1 e KA2 é detectada pelo relê de segurança KS pelo menos a cada
solicitação da função de segurança, por meio da monitoração dinâmica de seus
contatos-espelho.
• A falha na válvula 90.1 é detectada pelo relê de segurança KS pelo menos a cada
solicitação da função de segurança, por meio da monitoração dinâmica de seu
sensor B90.1.
• A falha na válvula direcional 150.1, por exemplo, travamento de seu êmbolo em uma
de suas três posições, provoca a interrupção do processo pela impossibilidade de
realizar o movimento contrário. O conceito de monitoração pela falha do processo é
explicado na ABNT NBR ISO 13849-1:2019.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento dos solenoides dos contatores
auxiliares KA1 e KA2, das válvulas e dos contatores de potência K1 e K2,
provocando a abertura dos contatos de selo. Após o reestabelecimento da energia é
necessário atuar o botão reset S6 e acionar o botão S3 para religar o motor M1, e o
comando das válvulas 150.1 e 90.1 para voltar a mover o atuador 120.1, prevenindo
a partida inesperada.
8.21.4. Conclusão
163
8.22. Atuador hidráulico na vertical e parada de emergência
conforme categoria 3
164
Figura 67: Circuito hidráulico
165
Legenda:
S1: Botão de emergência com contatos com manobra positiva de abertura.
S3: Botão liga.
S4: Botão desliga.
S6: Botão reset.
KS: Relê de segurança conforme categoria 3.
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K2: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
KA1: Contator auxiliar com contatos mecanicamente unidos.
KA2: Contator auxiliar com contatos mecanicamente unidos.
M1: Motor trifásico.
140.1: Válvula direcional do movimento de subida e descida do atuador 200.1.
130.1: Válvula monitorada e seu sensor B130.1.
166
8.22.1. Funções de segurança
167
• Medidas administrativas como a manutenção preventiva dos atuadores (inclusive
suas vedações), troca do elemento filtrante e verificação periódica do ensujamento e
das características físico-químicas do fluído, são prescritas no manual da máquina.
• Para manter a temperatura do óleo dentro dos limites especificados pelo fornecedor
e evitar sua degradação, há um trocador de calor 70.1.
• As mangueiras, tubulações e conexões utilizadas para interligação do circuito foram
adequadamente dimensionadas para suportar as condições operacionais da
máquina.
• Para verificação e ajuste do limite máximo de pressão há um manômetro instalado
na saída da bomba.
• Para proteção contra sobrepressão, há uma válvula limitadora de pressão 80.1
ajustada no valor máximo previsto pelo projeto.
• Os atuadores hidráulicos foram adequadamente dimensionados para suportar as
cargas estáticas e dinâmicas durante o processo.
• A interligação entre a câmara inferior do atuador 200.1 e o bloco hidráulico (onde
estão instaladas as válvulas) é realizada por meio de tubulação adequadamente
dimensionado para as cargas estática e dinâmica do processo, usando-se conexões
positivas, isto é, flangeadas, soldadas ou conformadas (quando soldada, esta deve
ser feita por um profissional devidamente qualificado e certificado).
168
KA2, que desenergizam os solenoides da válvula direcional 140.1 e da válvula
monitorada 130.1.
• O curto-circuito entre os canais do botão de emergência S1 é detectado pelo relê de
segurança KS.
• Em caso de falha de um dos canais do botão de emergência S1, o relê de segurança
KS desliga os contatores de potência K1 e K2 e as válvulas 140.1 e 130.1 até que os
sinais dos dois canais sejam reestabelecidos e o botão reset S6 seja atuado.
• A falha no desligamento dos contatores de potência K1 e K2 é detectada pelo relê de
segurança KS pelo menos a cada solicitação da função de segurança, por meio da
monitoração dinâmica de seus contatos-espelho.
• A falha na válvula 130.1 é detectada pelo relê de segurança KS pelo menos a cada
solicitação da função de segurança, por meio da monitoração dinâmica de seu
sensor B130.1.
• A falha na válvula direcional 140.1, por exemplo, travamento de seu êmbolo em uma
de suas três posições, provoca a interrupção do processo pela impossibilidade de
realizar o movimento contrário. O conceito de monitoração pela falha do processo é
explicado na ABNT NBR ISO 13849-1:2019.
• Pela configuração do êmbolo da válvula monitorada 130.1 também ocorre a
despressurização da câmara do atuador 200.1, responsável pela aplicação da
pressão no sentido descendente do movimento.
• Para prevenção da ocorrência de intensificação da pressão durante o bloqueio da
válvula monitorada, a válvula limitadora de pressão 110.1 está ajustada para
abertura com pressão de aproximadamente 10% acima da pressão máxima de
trabalho do circuito, tendo sido observados os limites de resistência mecânica dos
componentes sujeitos a esse aumento de pressão, como o atuador (inclusive suas
vedações), a tubulação, as conexões, as válvulas e também a estrutura da máquina.
• A descida da massa suspensa é prevenida pela válvula de retenção pilotada 100.1 e
pela válvula de contrabalanço 160.1, que possuem estanqueidade, considerando-se
que as válvulas direcionais possuem um pequeno vazamento interno, mesmo em
bom estado de conservação.
169
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento dos solenoides dos contatores
auxiliares KA1 e KA2, das válvulas e dos contatores de potência K1 e K2,
provocando a abertura dos contatos de selo. Após o reestabelecimento da energia é
necessário atuar o botão reset S6 e acionar o botão S3 para religar o motor M1, e o
comando das válvulas 130.1 e 140.1 para voltar a mover o atuador 200.1, prevenindo
a partida inesperada.
8.22.4. Conclusão
170
8.23. Atuador hidráulico na vertical e scanner óptico conforme
categoria 3
171
Figura 71: Circuito hidráulico
172
Legenda:
B6: Scanner óptico tipo 3 conforme a norma IEC 60496-1:2012.
KS: Relê de segurança conforme categoria 3.
140.1: Válvula direcional do movimento de subida e descida do atuador 200.1.
130.1: Válvula monitorada e seu sensor B130.1
173
• O relê de segurança KS atende aos requisitos da categoria 3.
• A falha de curto-circuito entre os cabos foi excluída em virtude de estarem protegidos
e os componentes por eles ligados estarem no interior do gabinete.
• O projeto do circuito hidráulico atende aos requisitos da ABNT NBR ISO 4413:2022.
• Para prevenção de falhas de causa comum, como o travamento das válvulas devido
à presença de contaminantes sólidos no fluido, há um filtro 30.1 com capacidade de
retenção de partículas compatível com os tipos de componentes utilizados.
• Medidas administrativas como a manutenção preventiva dos atuadores (inclusive
suas vedações), troca do elemento filtrante e verificação periódica do ensujamento e
das características físico-químicas do fluído, são prescritas no manual da máquina.
• Para manter a temperatura do óleo dentro dos limites especificados pelo fornecedor
e evitar sua degradação, há um trocador de calor 70.1.
• As mangueiras, tubulações e conexões utilizadas para interligação do circuito foram
adequadamente dimensionadas para suportar as condições operacionais da
máquina.
• Para verificação e ajuste do limite máximo de pressão há um manômetro instalado
na saída da bomba.
• Para proteção contra sobrepressão, há uma válvula limitadora de pressão 80.1
ajustada no valor máximo previsto pelo projeto.
• Os atuadores hidráulicos foram adequadamente dimensionados para suportar as
cargas estáticas e dinâmicas durante o processo.
• A interligação entre a câmara inferior do atuador 200.1 e o bloco hidráulico (onde
estão instaladas as válvulas) é realizada por meio de tubulação adequadamente
dimensionado para as cargas estática e dinâmica do processo, usando-se conexões
positivas, isto é, flangeadas, soldadas ou conformadas (quando soldada, esta deve
ser feita por um profissional devidamente qualificado e certificado).
174
• A Figura 70 ilustra o circuito de desligamento da válvula direcional 140.1 e da válvula
monitorada 130.1, que comandam o atuador vertical 200.1.
• O movimento perigoso é interrompido se o scanner B6 for acionado, resultando no
desligamento das saídas do relê de segurança KS e consequente desenergização
dos solenoides da válvula direcional 140.1 e da válvula monitorada 130.1.
• Em caso de falha de um dos canais do scanner B6, o relê de segurança KS desliga
as válvulas 140.1 e 130.1 até que os sinais dos dois canais sejam reestabelecidos.
• A falha na válvula 130.1 é detectada pelo relê de segurança KS pelo menos a cada
solicitação da função de segurança, por meio da monitoração dinâmica de seu
sensor B130.1.
• A falha na válvula direcional 140.1, por exemplo, travamento de seu êmbolo em uma
de suas três posições, provoca a interrupção do processo pela impossibilidade de
realizar o movimento contrário. O conceito de monitoração pela falha do processo é
explicado na ABNT NBR ISO 13849-1:2019.
• Pela configuração do êmbolo da válvula monitorada 130.1 também ocorre a
despressurização da câmara do atuador 200.1, responsável pela aplicação da
pressão no sentido descendente do movimento.
• Para prevenção da ocorrência de intensificação da pressão durante o bloqueio da
válvula monitorada, a válvula limitadora de pressão 110.1 está ajustada para
abertura com pressão de aproximadamente 10% acima da pressão máxima de
trabalho do circuito, tendo sido observados os limites de resistência mecânica dos
componentes sujeitos a esse aumento de pressão, como o atuador (inclusive suas
vedações), a tubulação, as conexões, as válvulas e também a estrutura da máquina.
• A descida da massa suspensa é prevenida pela válvula de retenção pilotada 100.1 e
pela válvula de contrabalanço 160.1, que possuem estanqueidade, considerando-se
que as válvulas direcionais possuem um pequeno vazamento interno, mesmo em
bom estado de conservação.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento dos solenoides das válvulas.
Após o reestabelecimento da energia é necessário o comando das válvulas 130.1 e
140.1 para voltar a mover o atuador 200.1, prevenindo a partida inesperada.
175
8.23.4. Conclusão
176
8.24. Partida direta do motor e parada de emergência conforme
categoria 4
177
Legenda:
S1: Botão de emergência com contatos com manobra positiva de abertura.
S3: Botão liga.
S4: Botão desliga.
S6: Botão reset.
KS: Relê de segurança conforme categoria 4.
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K2: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor trifásico.
178
8.24.2. Características do projeto
• A Figura 73 ilustra o circuito para a partida direta de um motor trifásico M1, por meio
de dois contatores de potência K1 e K2.
• A parada funcional é realizada pela abertura do contato do botão S4.
• O movimento perigoso é interrompido se o botão de emergência S1 for acionado,
resultando no desligamento das saídas do relê de segurança KS e consequente
desligamento dos contatores de potência K1 e K2.
• Após a atuação do botão de emergência S1, é necessário o seu desacionamento e a
atuação do botão reset S6 para o rearme do relê de segurança KS.
• O curto-circuito entre os canais do botão de emergência S1 é detectado pelo relê de
segurança KS.
• Em caso de falha de um dos canais do botão de emergência S1, o relê de segurança
KS desliga suas saídas até que os sinais dos dois canais sejam reestabelecidos e o
botão reset S6 seja atuado.
179
• A falha no desligamento dos contatores de potência K1 e K2 é detectada pelo relê de
segurança KS pelo menos a cada solicitação da função de segurança, por meio da
monitoração dinâmica de seus contatos-espelho.
• O disjuntor Q1 realiza as funções de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
Ocorrendo um destes eventos, o dispositivo interrompe a alimentação do motor M1.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento dos contatores de potência K1
e K2, provocando a abertura dos contatos de selo. Após o reestabelecimento da
energia é necessário atuar o botão reset S6 e acionar o botão S3 para religar o motor
M1, prevenindo a partida inesperada.
8.24.4. Conclusão
180
8.25. Partida estrela-triângulo do motor e parada de emergência
conforme categoria 4
181
Legenda:
S1: Botão de emergência com contatos com manobra positiva de abertura.
S3: Botão liga.
S4: Botão desliga.
S6: Botão reset.
KS: Relê de segurança conforme categoria 4.
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K2: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos - fechamento triângulo.
K3: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos - fechamento estrela.
K4: Relê temporizado.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor trifásico.
182
8.25.2. Características do projeto
183
• O curto-circuito entre os canais do botão de emergência S1 é detectado pelo relê de
segurança KS.
• Em caso de falha de um dos canais do botão de emergência S1, o relê de segurança
KS desliga suas saídas até que os sinais dos dois canais sejam reestabelecidos e o
botão reset S6 seja atuado.
• A falha no desligamento dos contatores de potência K1, K2 e K3 é detectada pelo
relê de segurança KS pelo menos a cada solicitação da função de segurança, por
meio da monitoração dinâmica de seus contatos-espelho.
• O disjuntor Q1 realiza as funções de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
Ocorrendo um destes eventos, o dispositivo interrompe a alimentação do motor M1.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento dos contatores de potência K1,
e K2 ou K3, provocando a abertura do contato de selo. Após o reestabelecimento da
energia é necessário atuar o botão reset S6 e acionar o botão S3 para religar o motor
M1, prevenindo a partida inesperada.
8.25.4. Conclusão
184
8.26. Partida do motor por contatores e dispositivo semicondutor,
e parada de emergência conforme categoria 4
185
Legenda:
S1: Botão de emergência com contatos com manobra positiva de abertura.
S6: Botão reset.
KS: Relê de segurança conforme categoria 4.
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K2: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
G1: Dispositivo semicondutor.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor Trifásico.
186
8.26.2. Características do projeto
• A Figura 77 ilustra o circuito para a partida de um motor trifásico M1, por meio de um
dispositivo semicondutor G1 e de dois contatores de potência K1 e K2.
• A parada funcional é realizada pelo desligamento do comando “Liga motor” no
dispositivo semicondutor G1.
• O movimento perigoso é interrompido se o botão de emergência S1 for acionado,
resultando no desligamento imediato de uma das saídas do relê de segurança KS,
provocando a desaceleração e parada do dispositivo semicondutor G1, e no
desligamento com retardo de outras duas saídas, desligando os contatores de
potência K1 e K2. Caso não houvesse o retardo no desligamento dos contatores de
potência K1 e K2 o motor pararia por inércia, pois o dispositivo semicondutor G1
187
seria desenergizado imediatamente, não sendo capaz de realizar uma parada
controlada.
• O curto-circuito entre os canais do botão de emergência S1 é detectado pelo relê de
segurança KS.
• Em caso de falha de um dos canais do botão de emergência S1, o relê de segurança
KS desliga os contatores de potência K1 e K2 e o desligamento do motor é mantido
até que os sinais dos dois canais sejam reestabelecidos e o botão reset S6 seja
atuado.
• A falha no desligamento dos contatores de potência K1 e K2 é detectada pelo relê de
segurança KS pelo menos a cada solicitação da função de segurança, por meio da
monitoração dinâmica de seus contatos-espelho.
• O disjuntor Q1 realiza as funções de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
Ocorrendo um destes eventos, o dispositivo interrompe a alimentação do motor M1.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento dos contatores de potência K1
e K2, provocando a abertura dos contatos de selo. Após o reestabelecimento da
energia é necessário que o botão reset S6 seja atuado e que o dispositivo
semicondutor G1 receba o comando para religar o motor M1, prevenindo a partida
inesperada.
8.26.4. Conclusão
188
8.27. Partida do motor por dispositivo semicondutor e parada de
emergência conforme categoria 4
189
Legenda:
S1: Botão de emergência com contatos com manobra positiva de abertura.
S6: Botão reset.
KS: Relê de segurança conforme categoria 4.
G1: Dispositivo semicondutor.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor trifásico.
190
• O botão de emergência S1 tem contatos com manobra positiva de abertura de
acordo com a ABNT NBR IEC 60947-5-1:2020, Anexo K.
• Foi instalado um botão de emergência S1 que impede mecanicamente a desconexão
entre seu atuador e o bloco de contatos.
• O dispositivo semicondutor G1 possui funções de segurança SS1 (safe stop 1),
classificada como categoria 3, e STO (safe torque off), classificada como categoria 4,
e está de acordo com as normas IEC 61800-5-1:2016 e IEC 61800-5-2:2016.
• O relê de segurança KS atende aos requisitos da categoria 4.
• A falha de curto-circuito entre os cabos que desligam as entradas relacionadas à
segurança do dispositivo semicondutor G1 e o positivo da alimentação foi excluída
pela proteção dos cabos e pelo fato destes estarem no mesmo gabinete.
• Para atender os requisitos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito conforme a
ABNT NBR IEC 60204-1:2020, utilizou-se neste circuito um disjuntor motor que está
de acordo com a ABNT NBR IEC 60947-2:2013.
• A Figura 79 ilustra o circuito para a partida de um motor trifásico M1, por meio de um
dispositivo semicondutor G1.
• A parada funcional é realizada pelo desligamento do comando “Liga motor” no
dispositivo semicondutor G1.
• O movimento perigoso é interrompido se o botão de emergência S1 for acionado,
resultando no desligamento das saídas do relê de segurança KS e consequente
desligamento dos sinais de segurança do dispositivo semicondutor G1, fazendo com
que o dispositivo desacelere o motor por meio da função SS1 (safe stop 1) e em
seguida ative a função STO (safe torque off), removendo a energia do motor M1.
• Após a atuação do botão de emergência S1, é necessário o seu desacionamento e a
atuação do botão reset S6 para o rearme do relê de segurança KS.
• Em caso de falha de um dos canais do botão de emergência S1, o relê de segurança
KS desliga suas saídas até que os sinais dos dois canais sejam reestabelecidos e o
botão reset S6 seja atuado.
191
• O curto-circuito entre os canais do botão de emergência S1 é detectado pelo relê de
segurança KS.
• O disjuntor Q1 realiza as funções de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
Ocorrendo um destes eventos, o dispositivo interrompe a alimentação do motor M1.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento do relê de segurança KS e do
dispositivo semicondutor G1. Após o reestabelecimento da energia é necessário que
o botão reset S6 seja atuado e que o dispositivo semicondutor G1 receba o comando
para religar o motor M1, prevenindo a partida inesperada.
8.27.4. Conclusão
192
8.28. Atuador hidráulico na horizontal e parada de emergência
conforme categoria 4
193
Figura 82: Circuito hidráulico
194
Legenda:
S1: Botão de emergência com contatos com manobra positiva de abertura.
S6: Botão reset.
KS: Relê de segurança conforme categoria 4.
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K2: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
KA1: Contator auxiliar com contatos mecanicamente unidos.
KA2: Contator auxiliar com contatos mecanicamente unidos.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor trifásico.
80.1: Válvula direcional monitorada do movimento de avanço e retorno do atuador.
B80.1: Sensores de monitoramento da válvula 80.1
70.1: Válvula monitorada.
B70.1: Sensor de monitoramento da válvula 70.1.
Figura 83: Representação de blocos - parada relacionada à segurança (desligamento das válvulas)
195
8.28.1. Funções de segurança
196
• Medidas administrativas como a manutenção preventiva dos atuadores (inclusive
suas vedações), troca do elemento filtrante e verificação periódica do ensujamento e
das características físico-químicas do fluído, são prescritas no manual da máquina.
• Para manter a temperatura do óleo dentro dos limites especificados pelo fornecedor
e evitar sua degradação, há um trocador de calor 50.1.
• As mangueiras, tubulações e conexões utilizadas para interligação do circuito foram
adequadamente dimensionadas para suportar as condições operacionais da
máquina.
• Para verificação e ajuste do limite máximo de pressão há um manômetro instalado
na saída da bomba.
• Para proteção contra sobrepressão, há uma válvula limitadora de pressão 60.1
ajustada no valor máximo previsto pelo projeto.
• Os atuadores hidráulicos foram adequadamente dimensionados para suportar as
cargas estáticas e dinâmicas durante o processo.
197
• Em caso de falha de um dos contatos do botão de emergência S1, o relê de
segurança KS desliga os contatores de potência K1 e K2 e as válvulas 70.1 e 80.1
até que os sinais dos dois canais sejam reestabelecidos e o botão reset S6 seja
atuado.
• A falha no desligamento dos contatores de potência K1 e K2 e dos contatores
auxiliares KA1 e KA2 é detectada pelo relê de segurança KS pelo menos a cada
solicitação da função de segurança, por meio da monitoração dinâmica de seus
contatos mecanicamente unidos.
• A falha nas válvulas 80.1 e 70.1 é detectada pelo relê de segurança KS pelo menos
a cada solicitação da função de segurança, por meio da monitoração dinâmica de
seus sensores B80.1 e B70.1.
• O disjuntor Q1 realiza as funções de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
Ocorrendo um destes eventos, o dispositivo interrompe a alimentação do motor M1.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento dos contatores auxiliares KA1 e
KA2, dos solenoides das válvulas e dos contatores de potência K1 e K2, provocando
a abertura dos contatos de selo. Após o reestabelecimento da energia é necessário
atuar o botão reset S6 e o comando para religar o motor M1, e o comando das
válvulas 70.1 e 80.1 para voltar a mover o atuador 120.1, prevenindo a partida
inesperada.
8.28.4. Conclusão
198
8.29. Multiplicação de contatos e parada de emergência conforme
categoria 4
199
Figura 86: Circuito elétrico de potência
Legenda:
S1: Botão de emergência com contatos com manobra positiva de abertura.
S6: Botão reset.
KS: Relê de segurança conforme categoria 4.
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K2: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K3: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K4: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K5: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K6: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K7: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K8: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
200
KA1: Contator auxiliar com contatos mecanicamente unidos.
KA2: Contator auxiliar com contatos mecanicamente unidos.
Q1: Disjuntor motor.
Q2: Disjuntor motor.
Q3: Disjuntor motor.
Q4: Disjuntor motor.
M1: Motor trifásico.
M2: Motor trifásico.
M3: Motor trifásico.
M4: Motor trifásico.
201
8.29.2. Características do projeto
• A figura 85 ilustra o circuito para a partida de quatro motores trifásicos M1, M2, M3 e
M4, os dois primeiros por meio dos contatores de potência K1, K2, K3 e K4, e os dois
últimos por meio dos contatores auxiliares KA1 e KA2, que comandam os contatores
de potência K5, K6, K7 e K8.
• O movimento perigoso é interrompido se o botão de emergência S1 for acionado,
resultando no desligamento das saídas do relê de segurança KS e consequente
desligamento direto de quatro contatores de potência K1, K2, K3 e K4 e indireto de
outros quatro contatores de potência K5, K6, K7 e K8, por meio de dois contatores
auxiliares KA1 e KA2.
202
• Após a atuação do botão de emergência S1, é necessário o seu desacionamento e a
atuação do botão reset S6 para o rearme do relê de segurança KS.
• O curto-circuito entre os canais do botão de emergência S1 é detectado pelo relê de
segurança KS.
• Em caso de falha de um dos canais do botão de emergência S1, o relê de segurança
KS desliga suas saídas até que os sinais dos dois canais sejam reestabelecidos e o
botão reset S6 seja atuado.
• A falha no desligamento de cada um dos contatores de potência e auxiliares é
detectada pelo relê de segurança KS pelo menos a cada solicitação da função de
segurança, por meio da monitoração dinâmica de seus contatos mecanicamente
unidos.
• Os disjuntores Q1, Q2, Q3 e Q4 realizam as funções de proteção de sobrecarga e
sobrecorrente, ocorrendo um dos eventos mencionados, os dispositivos irão
interromper a alimentação dos motores M1, M2, M3 e M4.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento dos contatores de potência K1,
K2, K3 e K4, dos contatores auxiliares KA1 e KA2, e dos contatores de potência K5,
K6, K7 e K8, provocando a abertura dos contatos de selo. Após o reestabelecimento
da energia é necessário que o botão reset S6 seja atuado os comandos para religar
os motores M1/M2 e M3/M4, prevenindo a partida inesperada.
8.29.4. Conclusão
203
8.30. Desligamento do motor por contatores e desbloqueio de
proteção móvel por monitoramento de movimento conforme
categoria 4
204
Legenda:
S7: Dispositivo de intertravamento com bloqueio, seu contato para monitoramento do bloqueio e seu
solenoide para desbloqueio.
S5: Chave comutadora para desbloqueio do solenoide S7.
S1: Dispositivo mecânico de intertravamento com contato com manobra positiva de abertura.
S3: Botão liga.
S4: Botão desliga.
S6: Botão reset.
KS: Relê de segurança conforme categoria 4.
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K2: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
A1: Relê de monitoramento de parada do motor.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor trifásico.
205
• O dispositivo mecânico de intertravamento com bloqueio S7 tem contatos com
manobra positiva de abertura de acordo com a ABNT NBR IEC 60947-5-1:2020,
Anexo K, e foi instalado conforme a ABNT NBR ISO 14119:2021.
• O solenoide S7 do dispositivo de intertravamento com bloqueio possui a
característica de desbloqueio na energização, ou seja, o atuador de S7 somente
realiza o desbloqueio quando sua bobina está energizada.
• O mecanismo de bloqueio à prova de falhas do dispositivo de intertravamento com
bloqueio S7 da proteção evita mecanicamente a comutação do mecanismo de
bloqueio e, consequentemente, de seus contatos para a posição bloqueada caso a
proteção esteja aberta, prevenindo a partida inesperada.
• A mola que impulsiona o mecanismo de bloqueio da proteção é um componente bem
testado e em conformidade com os requisitos da ABNT NBR ISO 13849-2:2019,
Tabela A.3, podendo-se excluir seu defeito.
• A força de retenção do dispositivo de intertravamento com bloqueio S7 foi
adequadamente dimensionada para suportar as cargas estática e dinâmicas e as
condições do ambiente.
• A proteção móvel é construída de modo a assegurar que o atuador do dispositivo de
intertravamento com bloqueio S7 não sofra danos durante seu fechamento.
• Exclui-se o defeito de ruptura mecânica no interior do dispositivo de intertravamento
com bloqueio S7 pela sua forma construtiva e instalação.
• Os contatos dos contatores de potência são mecanicamente unidos de acordo com a
ABNT NBR IEC 60947-4-1:2018, Anexo F.
• O relê de segurança KS atende aos requisitos da categoria 4.
• Para atender os requisitos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito conforme a
ABNT NBR IEC 60204-1:2020, utilizou-se neste circuito um disjuntor motor que está
de acordo com a ABNT NBR IEC 60947-2:2013.
206
8.30.3. Descrição funcional
• A Figura 88 ilustra o circuito para a partida direta de um motor trifásico M1, por meio
de dois contatores de potência K1 e K2.
• A parada funcional é realizada pela abertura do contato do botão S4, resultando no
desligamento dos contatores de potência K1 e K2.
• A energização do solenoide S7, que desbloqueia a proteção, ocorre após a detecção
da parada do motor M1 por meio do relê de monitoramento de parada A1, que possui
contatos internos mecanicamente unidos.
• Com o desbloqueio e abertura da proteção móvel são desligadas as saídas do relê
de segurança KS, interrompendo o circuito de comando dos contatores de potência
K1 e K2.
• O movimento perigoso é impedido se o contato do dispositivo mecânico de
intertravamento S1 ou o contato de monitoramento do bloqueio do dispositivo S7
estiver aberto, mantendo desligadas as saídas do relê de segurança KS até o
fechamento e bloqueio da proteção móvel e a atuação do botão reset S6.
• O contato do dispositivo de intertravamento S1 está ligado a uma das entradas da
interface de segurança KS.
• O monitoramento da atuação do solenoide S7 do dispositivo de intertravamento com
bloqueio é realizado por meio de um contato mecanicamente unido, acionado pelo
núcleo do solenoide e ligado à outra entrada da interface de segurança KS.
• O curto-circuito entre os canais do dispositivo mecânico de intertravamento S1 e do
dispositivo mecânico de intertravamento com bloqueio S7 é detectado pelo relê de
segurança KS.
• Em caso de falha do dispositivo mecânico de intertravamento S1 ou do dispositivo de
intertravamento com bloqueio S7, o relê de segurança KS desliga suas saídas até
que os sinais dos dois canais sejam reestabelecidos e o botão reset S6 seja atuado.
• A falha no desligamento dos contatores de potência K1 e K2 é detectada pelo relê de
segurança KS pelo menos a cada solicitação da função de segurança, por meio da
monitoração dinâmica de seus contatos-espelho.
207
• O disjuntor Q1 realiza as funções de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
Ocorrendo um destes eventos, o dispositivo interrompe a alimentação do motor M1.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento dos contatores de potência K1
e K2, provocando a abertura dos contatos de selo. Após o reestabelecimento da
energia é necessário atuar o botão reset S6 e acionar o botão S3 para religar o motor
M1, prevenindo a partida inesperada.
8.30.4. Conclusão
Nota: No exemplo da Figura 88, sempre que ocorrer o desbloqueio da proteção, o relê
de segurança KS desligará suas saídas e só será rearmado caso a proteção seja
aberta e fechada novamente.
208
Exemplo 8.30.b: Intertravamento e bloqueio realizados por um dispositivo de
intertravamento com bloqueio, um dispositivo de intertravamento e duas
interfaces de segurança.
209
Legenda:
S7: Dispositivo de intertravamento com bloqueio, seus contatos para monitoramento do bloqueio e
seu solenoide para desbloqueio.
S6: Contato de intertravamento do dispositivo S7, com manobra positiva de abertura.
S5: Chave comutadora para desbloqueio do solenoide S7.
S1: Dispositivo mecânico de intertravamento com contato com manobra positiva de abertura.
S3: Botão liga.
S4: Botão desliga.
KS1: Relê de segurança conforme categoria 4.
KS2: Relê de segurança conforme categoria 4.
K1: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
K2: Contator de potência com contatos mecanicamente unidos.
A1: Relê de monitoramento de parada do motor.
Q1: Disjuntor motor.
M1: Motor trifásico.
210
• O dispositivo mecânico de intertravamento com bloqueio S7 tem contatos com
manobra positiva de abertura de acordo com a ABNT NBR IEC 60947-5-1:2020,
Anexo K, e foi instalado conforme a ABNT NBR ISO 14119:2021.
• O solenoide S7 do dispositivo de intertravamento com bloqueio possui a
característica de desbloqueio na energização, ou seja, o atuador de S7 somente
realiza o desbloqueio quando sua bobina está energizada.
• O dispositivo de intertravamento com bloqueio S7 possui mecanismo de bloqueio
que permite sua comutação mesmo com a proteção aberta e, consequentemente, é
necessário o monitoramento independente dos contatos de intertravamento S1 e S6
e dos contatos do bloqueio S7, por meio de dois relês de segurança KS1 e KS2, para
a prevenção da partida inesperada.
• A mola que impulsiona o mecanismo de bloqueio da proteção é um componente bem
testado e em conformidade com os requisitos da ABNT NBR ISO 13849-2:2019,
Tabela A.3, podendo-se excluir seu defeito.
• A força de retenção do dispositivo de intertravamento com bloqueio S7 foi
adequadamente dimensionada para suportar as cargas estática e dinâmicas e as
condições do ambiente.
• A proteção móvel é construída de modo a assegurar que o atuador do dispositivo de
intertravamento com bloqueio S7 não sofra danos durante seu fechamento.
• Exclui-se o defeito de ruptura mecânica no interior do dispositivo de intertravamento
com bloqueio S7 pela sua forma construtiva e instalação.
• Os contatos dos contatores de potência são mecanicamente unidos de acordo com a
ABNT NBR IEC 60947-4-1:2018, Anexo F.
• Os relês de segurança KS1 e KS2 satisfazem todos os requisitos da categoria 4.
• Para atender os requisitos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito conforme a
ABNT NBR IEC 60204-1:2020, utilizou-se neste circuito um disjuntor motor que está
de acordo com a ABNT NBR IEC 60947-2:2013.
211
8.30.7. Descrição funcional
• A Figura 89 ilustra o circuito para a partida direta de um motor trifásico M1, por meio
de dois contatores de potência K1 e K2.
• A parada funcional é realizada pela abertura do contato do botão S4, resultando no
desligamento dos contatores de potência K1 e K2.
• A energização do solenoide S7, que desbloqueia a proteção, ocorre após a detecção
da parada do motor M1 por meio do relê de monitoramento de parada A1, que possui
contatos internos mecanicamente unidos.
• Com o desbloqueio e abertura da proteção móvel são desligadas as saídas dos relês
de segurança KS1 e KS2, interrompendo o circuito de comando dos contatores de
potência K1 e K2.
• O movimento perigoso é impedido se o contato do dispositivo mecânico de
intertravamento S1, ou o contato de intertravamento S6 do dispositivo S7, ou um dos
contados de monitoramento do bloqueio do dispositivo S7 estiver aberto, mantendo
desligadas as saídas dos relês de segurança KS1 e KS2 até o fechamento e
bloqueio da proteção móvel e a atuação do botão reset S6.
• O contato do dispositivo de intertravamento S1 está ligado a uma das entradas da
interface de segurança KS1.
• O contato de intertravamento S6 do dispositivo de intertravamento com bloqueio S7
está ligado à outra entrada da interface de segurança KS1.
• O monitoramento da atuação do solenoide S7 do dispositivo de intertravamento com
bloqueio S7 é realizado por meio de contatos mecanicamente unidos, acionados pelo
núcleo do solenoide e ligados nas entradas da interface de segurança KS2.
• O curto-circuito entre os canais do dispositivo mecânico de intertravamento S1 e do
dispositivo mecânico de intertravamento com bloqueio S7 é detectado pelos relês de
segurança KS1 e KS2.
• Em caso de falha do dispositivo mecânico de intertravamento S1 ou do dispositivo de
intertravamento com bloqueio S7, os relês de segurança KS1 e KS2 desligam os
contatores de potência K1 e K2 e o desligamento do motor é mantido até que os
sinais dos dois canais sejam reestabelecidos e o botão reset S6 seja atuado.
212
• A falha no desligamento dos contatores de potência K1 e K2 é detectada pelos relês
de segurança KS1 e KS2 pelo menos a cada solicitação da função de segurança, por
meio da monitoração dinâmica de seus contatos mecanicamente unidos.
• O disjuntor Q1 realiza as funções de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
Ocorrendo um destes eventos, o dispositivo interrompe a alimentação do motor M1.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento dos contatores de potência K1
e K2, provocando a abertura dos contatos de selo. Após o reestabelecimento da
energia é necessário acionar o botão S3 para religar o motor M1, prevenindo a
partida inesperada.
8.30.8. Conclusão
213
8.31. Atuador hidráulico na horizontal e proteção móvel
intertravada por dispositivo magnético conforme categoria 4
214
Figura 91: Circuito hidráulico
215
Legenda:
S1: Dispositivo magnético de intertravamento codificado.
KS: Relê de segurança conforme categoria 4.
80.1: Válvula direcional monitorada do movimento de avanço e retorno do atuador 120.1.
B80.1: Sensor de monitoramento da válvula 80.1
70.1: Válvula monitorada.
B70.1: Sensor de monitoramento da válvula 70.1.
216
• O relê de segurança KS atende aos requisitos da categoria 4.
• A falha de curto-circuito entre os cabos foi excluída em virtude de estarem protegidos
e os componentes por eles ligados estarem no interior do gabinete.
• O projeto do circuito hidráulico atende aos requisitos da ABNT NBR ISO 4413:2022.
• Para prevenção de falhas de causa comum, como o travamento das válvulas devido
à presença de contaminantes sólidos no fluido, há um filtro 30.1 com capacidade de
retenção de partículas compatível com os tipos de componentes utilizados.
• Medidas administrativas como a manutenção preventiva dos atuadores (inclusive
suas vedações), troca do elemento filtrante e verificação periódica do ensujamento e
das características físico-químicas do fluído, são prescritas no manual da máquina.
• Para manter a temperatura do óleo dentro dos limites especificados pelo fornecedor
e evitar sua degradação, há um trocador de calor 50.1.
• As mangueiras, tubulações e conexões utilizadas para interligação do circuito foram
adequadamente dimensionadas para suportar as condições operacionais da
máquina.
• Para verificação e ajuste do limite máximo de pressão há um manômetro instalado
na saída da bomba.
• Para proteção contra sobrepressão, há uma válvula limitadora de pressão 60.1
ajustada no valor máximo previsto pelo projeto.
• Os atuadores hidráulicos foram adequadamente dimensionados para suportar as
cargas estáticas e dinâmicas durante o processo.
217
• O curto-circuito entre os canais do dispositivo de intertravamento S1 é detectado pelo
relê de segurança KS.
• Em caso de falha de um dos canais do dispositivo de intertravamento S1, o relê de
segurança KS desliga as válvulas monitoradas 70.1 e 80.1 até que os sinais dos dois
canais sejam reestabelecidos.
• A falha nas válvulas 70.1 e 80.1 é detectada pelo relê de segurança KS pelo menos
a cada solicitação da função de segurança, por meio da monitoração dinâmica de
seus sensores B70.1 e B80.1.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento dos solenoides das válvulas.
Após o reestabelecimento da energia é necessário o comando das válvulas 70.1 e
80.1 para voltar a mover o atuador 120.1, prevenindo a partida inesperada
8.31.4. Conclusão
218
8.32. Atuador hidráulico na vertical e cortina de luz conforme
categoria 4
219
Figura 94: Circuito hidráulico
220
Legenda:
B1: Cortina de luz tipo 4 conforme a norma IEC 61496-1:2012.
KS: Relê de segurança conforme categoria 4.
100.1: Válvula direcional do movimento de subida e descida do atuador 200.1.
130.1: Válvula monitorada e seu sensor B130.1.
140.1: Válvula monitorada e seu sensor B140.1.
221
• A cortina de luz, tipo 4, atende aos requisitos da norma IEC 61496-1:2012 e foi
instalada a uma distância mínima da zona de perigo conforme a ABNT NBR ISO
13855:2013.
• O relê de segurança KS atende aos requisitos da categoria 4.
• A falha de curto-circuito entre os cabos foi excluída em virtude de estarem protegidos
e os componentes por eles ligados estarem no interior do gabinete.
• O projeto do circuito hidráulico atende aos requisitos da ABNT NBR ISO 4413:2022.
• Para prevenção de falhas de causa comum, como o travamento das válvulas devido
à presença de contaminantes sólidos no fluido, há um filtro 30.1 com capacidade de
retenção de partículas compatível com os tipos de componentes utilizados.
• Medidas administrativas como a manutenção preventiva dos atuadores (inclusive
suas vedações), troca do elemento filtrante e verificação periódica do ensujamento e
das características físico-químicas do fluído, são prescritas no manual da máquina.
• Para manter a temperatura do óleo dentro dos limites especificados pelo fornecedor
e evitar sua degradação, há um trocador de calor 70.1.
• As mangueiras, tubulações e conexões utilizadas para interligação do circuito foram
adequadamente dimensionadas para suportar as condições operacionais da
máquina.
• Para verificação e ajuste do limite máximo de pressão há um manômetro instalado
na saída da bomba.
• Para proteção contra sobrepressão, há uma válvula limitadora de pressão 80.1
ajustada no valor máximo previsto pelo projeto.
• Os atuadores hidráulicos foram adequadamente dimensionados para suportar as
cargas estáticas e dinâmicas durante o processo.
• A interligação entre a câmara inferior do atuador 200.1 e o bloco hidráulico (onde
estão instaladas as válvulas) é realizada por meio de tubulação adequadamente
dimensionado para as cargas estática e dinâmica do processo, usando-se conexões
positivas, isto é, flangeadas, soldadas ou conformadas (quando soldada, esta deve
ser feita por um profissional devidamente qualificado e certificado).
222
8.32.3. Descrição funcional
223
8.32.4. Conclusão
Nota: Caso a válvula 100.1 seja monitorada, uma das válvulas 130.1 ou 140.1 pode ser
eliminada, mantendo-se a categoria 4 para as funções de segurança especificadas no
exemplo.
224
8.33. Atuador pneumático na vertical com bimanual e parada de
emergência pneumáticos conforme categoria 1
225
Legenda:
10.1: Válvula direcional 3/2 vias com acionamento manual (bloqueio e exaustão).
20.1: Conjunto de preparação de ar com regulador de pressão.
30.1: Válvula direcional 3/2 vias com acionamento manual (acionamento bimanual).
30.2: Válvula direcional 3/2 vias com acionamento manual (acionamento bimanual).
40.1: Válvula pneumática com função “E”.
50.1: Válvula pneumática com função “OU”.
60.1: Válvula reguladora de fluxo.
70.1: Reservatório de ar (temporizador pneumático).
80.1: Válvula direcional 3/2 vias com acionamento pneumático.
90.1: Válvula de alívio rápido.
100.1: Válvula direcional 5/2 vias com acionamento pneumático.
110.1: Válvula de retenção pilotada.
120.1: Válvula reguladora de fluxo.
130.1: Válvula reguladora de fluxo.
140.1 Atuador pneumático.
150.1: Válvula direcional 3/2 vias (dispositivo de parada de emergência com retenção).
160.1: Válvula de partida suave.
170.1: Válvula direcional 3/2 vias com acionamento manual com detente (habilitação).
226
8.33.2. Características do projeto
227
8.33.3. Descrição funcional
8.33.4. Conclusão
228
8.34. Atuador pneumático na horizontal e cortina de luz conforme
categoria 3
229
Figura 98: Circuito pneumático
230
Legenda:
B1: Cortina de luz tipo 4 conforme a norma IEC 61496-1:2012.
KS: Relê de segurança conforme categoria 3.
90.1: Válvula direcional 5/3 vias.
40.1: Válvula direcional 3/2 vias.
80.1: Válvula direcional 3/2 vias.
30.1: Válvula de retenção pilotada.
60.1: Válvula de retenção pilotada.
50.1: Pressostato.
50.2: Pressostato.
20.1: Conjunto de preparação de ar.
231
8.34.2. Características do projeto
232
da válvula 80.1 (ocasionando o fechamento das válvulas de retenção 30.1 e 60.1) e
da válvula 40.1 (bloqueando a alimentação e despressurizando o circuito).
• Em caso de falha de um dos canais da cortina de luz, o relê de segurança KS desliga
as válvulas direcionais 90.1, 80.1 e 40.1 até que os sinais dos dois canais sejam
reestabelecidos.
• O correto funcionamento das válvulas direcionais 40.1 e 80.1 é monitorado
indiretamente pelo relê de segurança KS, por meio dos pressostatos 50.1 e 50.2,
ajustados para fecharem seu contato quando a linha é despressurizada.
• Para realização de testes periódicos do funcionamento das válvulas de retenção 30.1
e 60.1, a válvula 80.1 pode ser desligada por meio do CLP de processo (o que as
fecharia) e, em seguida, acionada a válvula 90.1. O atuador 70.1 não deve se mover.
• Em caso de queda de energia ocorre o desligamento dos solenoides das válvulas.
Após o reestabelecimento da energia é necessário o comando das válvulas 80.1 e
90.1 para voltar a mover o atuador 70.1, prevenindo a partida inesperada.
8.34.4. Conclusão
Nota 2: Mesmo com duas válvulas monitoradas o sistema não atinge categoria 4, pois
há possibilidade de falha na monitoração do correto funcionamento das válvulas 40.1 e
80.1 por meio dos pressostatos 50.1 e 50.2, por exemplo, caso a tubulação do
pressostato se rompa ou os contatos do pressostato soldem.
233
8.35. Atuador pneumático na horizontal e cortina de luz conforme
categoria 4
234
Figura 101: Circuito pneumático
235
Legenda:
B1: Cortina de luz tipo 4 conforme a norma IEC 61496-1:2012.
KS: Relê de segurança conforme categoria 4.
10.1: Válvula direcional 3/2 vias com acionamento manual bloqueio e descompressão.
20.1: Conjunto de preparação de ar com regulador de pressão.
30.1: Válvula pneumática 3/2 vias redundante monitorada para alívio e bloqueio.
40.1: Válvula direcional 5/3 vias de controle do movimento do atuador.
70.1: Válvula de retenção operada pneumaticamente.
80.1: Válvula de retenção operada pneumaticamente.
50.1: Atuador pneumático.
236
• A válvula direcional 40.1, com centro fechado, deve ser acionada a cada ciclo para
realizar o movimento de avanço e retorno do atuador.
• As válvulas de retenção operadas pneumaticamente 70.1 e 80.1 interrompem o fluxo
para o atuador quando a válvula redundante monitorada 30.1 é desligada.
• A válvula 10.1 bloqueia e despressuriza o circuito pneumático quando acionada, para
realização de serviços de manutenção.
• O conjunto de preparação de ar 20.1 foi instalado para a prevenção de falhas de
causa comum, como o travamento das válvulas por contaminantes sólidos, presença
de água na linha de ar comprimido ou desgaste prematuro por falta de lubrificação
(quando necessária).
237
8.35.4. Conclusão
238
8.36. Atuador hidráulico na horizontal e proteção móvel
intertravada por dispositivos mecânicos conforme categoria
3
239
Figura 103: Circuito hidráulico
240
Legenda:
S1: Dispositivo de intertravamento com contato NA.
S2: Dispositivo de intertravamento com contato NF (abertura positiva).
KS: Relê de segurança conforme categoria 4.
70.1: Válvula monitorada e seu sensor B70.1.
80.1: Válvula direcional de controle da direção do atuador 120.1.
241
respeitando-se o princípio da ação mecânica direta conforme a ABNT NBR ISO
14119:2021.
• O dispositivo mecânico de intertravamento S2 tem contato normalmente aberto (NA)
com abertura por ação de mola, e foi instalado de modo não direto para prevenir a
burla concomitante dos dois dispositivos de intertravamento conforme a ABNT NBR
ISO 14119:2021.
• Os dispositivos mecânicos de intertravamento S1 e S2 estão protegidos, de modo a
dificultar a burla.
• O sistema de guia mecânica da proteção móvel é rigidamente fixado na estrutura da
máquina para prevenção do desalinhamento na atuação dos dispositivos de
intertravamento S1 e S2.
• Os cames que atuam os dispositivos mecânicos de intertravamento S1 e S2 estão
rigidamente fixados na proteção móvel.
• Para prevenção de desgaste nos atuadores mecânicos dos dispositivos de
intertravamento S1 e S2, suas roldanas são fabricadas em metal.
• O relê de segurança KS atende aos requisitos da categoria 4.
• O projeto do circuito hidráulico atende aos requisitos da ABNT NBR ISO 4413:2022.
• Para prevenção de falhas de causa comum, como o travamento das válvulas devido
à presença de contaminantes sólidos no fluido, há um filtro 30.1 com capacidade de
retenção de partículas compatível com os tipos de componentes utilizados.
• Medidas administrativas como a manutenção preventiva dos atuadores (inclusive
suas vedações), troca do elemento filtrante e verificação periódica do ensujamento e
das características físico-químicas do fluído, são prescritas no manual da máquina.
• Para manter a temperatura do óleo dentro dos limites especificados pelo fornecedor
e evitar sua degradação, há um trocador de calor 50.1.
• As mangueiras, tubulações e conexões utilizadas para interligação do circuito foram
adequadamente dimensionadas para suportar as condições operacionais da
máquina.
• Para verificação e ajuste do limite máximo de pressão há um manômetro instalado
na saída da bomba.
242
• Para proteção contra sobrepressão, há uma válvula limitadora de pressão 60.1
ajustada no valor máximo previsto pelo projeto.
• Os atuadores hidráulicos foram adequadamente dimensionados para suportar as
cargas estáticas e dinâmicas durante o processo.
243
8.36.4. Conclusão
244
9. Referências
245
ABNT NBR ISO 13857:2021 - Segurança de Máquinas - Distâncias de segurança para
impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores e inferiores.
246
IEC 60825:2014 - Safety of laser products - Part 1: Equipment classification and
requirements.
IEC 61800-5-1:2016 - Adjustable speed electrical power drive systems - Part 5-1: Safety
requirements - Electrical, thermal and energy.
IEC 61800-5-2:2016 - Adjustable speed electrical power drive systems - Part 5-2: Safety
requirements - Functional.
247