7º Ano - Língua Portuguesa - Sequência 11

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LÍNGUA PORTUGUESA

SUJEITO INDETERMINADO E ORAÇÃO SEM SUJEITO

SUJEITO INDETERMINADO

Sujeito desinencial (oculto) e sujeito indeterminado


Algumas orações podem não ter o sujeito expresso. Apesar disso, às vezes é possível identificá-lo
observando o contexto e/ou a terminação do verbo. Nesse caso, dizemos que o sujeito é
desinencial ou oculto.
(Eu) Cantei a noite toda. (Nós) Dormiremos cedo hoje.

Outras vezes não é possível determinar exatamente a quem está associada a ideia ou o processo
expresso pelo verbo. Assim, dizemos que o sujeito é indeterminado, pois faz referência a um
sujeito genérico, que pode ser qualquer um.
(???) Roubaram meu carro. (???) Estão chorando muito. (???) Casou-se cedo.

Muitas vezes, o uso do sujeito indeterminado pode ter como objetivo a intenção do interlocutor de
não identificar o sujeito, para não se comprometer em relação à veracidade da afirmação feita sobre
o sujeito.

ORAÇÃO SEM SUJEITO

Uma oração sem sujeito é formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo
impessoal. Observe a estrutura destas orações:

Sujeito Predicado

- Havia formigas na casa.

- Nevou muito este ano em Nova Iorque.

É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a enunciação pura e absoluta de
um fato, através do predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser, a mensagem centra-
se no processo verbal. Os casos mais comuns de orações sem sujeito da língua portuguesa ocorrem
com:
a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza:
Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer, etc.
Por exemplo:
Choveu muito no inverno passado.
Amanheceu antes do horário previsto.
Observação: quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter sujeito determinado.
Por exemplo:
Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças = sujeito)
Já amanheci cansado. (eu=sujeito)

b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia


de tempo ou fenômenos meteorológicos:
Ser: É noite. (Período do dia)
Eram duas horas da manhã. (Hora)

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Obs.:  ao indicar tempo, o verbo “ser” varia de acordo com a expressão numérica que o acompanha.


(É uma hora/ São nove horas)
Hoje é (ou são) 15 de março. (Data)

Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, subentendendo-se a palavra dia, ou então


irá para o plural, concordando com o número de dias.
Estar: Está tarde. (Tempo)
Está muito quente.(Temperatura)
Fazer: Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido)
Fez 39° C ontem. (Temperatura)
Haver: Não a vejo há anos. (Tempo decorrido)
Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver significando existir)

Atenção:
Com exceção do verbo ser, os verbos impessoais devem ser usados SEMPRE NA TERCEIRA
PESSOA DO SINGULAR. Devemos ter cuidado com os verbos fazer e haver usados
impessoalmente: não é possível usá-los no plural.
Por Exemplo: Faz muitos anos que nos conhecemos.
Deve fazer dias quentes na Bahia.
Veja outros exemplos:
Há muitas pessoas interessadas na reunião.
Houve muitas pessoas interessadas na reunião.
Havia muitas pessoas interessadas na reunião.
Haverá muitas pessoas interessadas na reunião.
Deve ter havido muitas pessoas interessadas na reunião.
Pode ter havido muitas pessoas interessadas na reunião.

Fonte: https://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint9.php

Exercícios de fixação
1. Leia as manchetes de dois jornais do Brasil.

1. Observe os verbos destacados nas manchetes.


a) Qual indica um fenômeno da natureza?
b) Qual poderia ser substituído pelo verbo existir?

2. É possível identificar o sujeito da primeira oração? E o da segunda? Explique.

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3. Leia o poema.

O rato e a ratazana “Vizinha, tu já ouviste o boato?”,


Pra ratazana perguntou o rato.
“Dizem que o gato, que é nosso inimigo,
Caiu nas garras do leão! Eu digo:
Podemos descansar em paz, agora!”
“Vizinho, não te animes fora de hora”
Ao rato respondeu a ratazana.
“Podes perder essa esperança insana!
Se os dois se engalfinharam, digo então:
Não escapa vivo desse encontro o leão!
Porque, vizinho, é notório o fato:
Não há no mundo fera pior que o gato!”
Eu sei, e é verdade meridiana:
Quando um covarde tem medo de alguém,
Pensa que o mundo inteiro o vê também
Com os olhos dele – como a ratazana.
(BELINKY, Tatiana. Um caldeirão de poemas 2. São
Paulo: Companhia das Letrinhas, 2007. p. 37)

3.1. Que boa notícia o rato conta à ratazana?


3.2. Por que ela não confia na notícia trazida pelo amigo?
3.3. Que moral o poema traz nos quatro últimos versos? Você concorda com ela?

3.4. a) Na frase “Os dois se engalfinharam”:


I. Qual é o sujeito da forma verbal se engalfinharam?
II. Esse sujeito aparece antes ou depois do verbo?

b) Na frase “Pra ratazana perguntou o rato”:


I. Qual é o sujeito da forma verbal perguntou? Quem realizou a ação de perguntar?
II. Esse sujeito aparece antes ou depois do verbo?

c) O que você pode concluir sobre a posição do sujeito na oração?

4. Leia a tira.

Oh, não!! Oh, não!! Fui assaltado!!


Levaram tudo!...os móveis, o som, a…, a…
Que placa é essa aí?

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Ah, é, eu me mudei daqui ontem.

a) Com base nas informações dos principais quadrinhos da tira, o que parece ter ocorrido?
Como isso se expressa por meio de elementos verbais e não-verbais?
b) Por que o desfecho da tira parece absurdo e produz humor?
c) Qual é o sujeito da oração “Fui assaltado!!!”? Como ele pode ser classificado?
d) Que oração esclarece por que a casa está vazia? Como se classifica o sujeito dessa oração?
e) Em que oração há uma oração com sujeito indeterminado? Que oração é essa?
f) Por que, no caso da oração da resposta ao item “e”, a personagem construiu oração com
sujeito indeterminado?
g) Compare a oração da resposta do item “e” com esta construção: “Alguém levou tudo!”
Quanto à classificação do sujeito, qual é a diferença entre elas?

5 - Leia este trecho de notícia publicado no site do Banco do Nordeste.

a) Localize, na notícia, o nome do programa lançado pelo Centro Cultural. Transcreva-o no


caderno.
b) Esse nome faz um trocadilho com outra manifestação cultural típica do Nordeste. Qual? O
que ela tem em comum com o cordel?
c) No segundo parágrafo da notícia, há uma oração que tem sujeito classificado como “oração
sem sujeito”. Qual é essa oração? Justifique sua resposta.

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