Enciclopédia de Filosofia
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Determinismo
As doutrinas deterministas, em geral, se encontram vinculadas a explicações mecanicistas da
realidade. A formulação determinista clássica foi feita pelo físico francês Pierre-Simon Laplace
na Théorie analytique des probabilités (1812; Teoria analítica das probabilidades), em que
afirma que, se num momento dado fossem conhecidas todas as forças da natureza e o estado
de cada um de seus componentes, seria possível determinar tanto o passado quanto o futuro
mediante análise matemática. Leia mais...
Dualismo
Coube a René Descartes estabelecer a doutrina dualista no campo da filosofia, e foi Christian
von Wolff quem primeiro utilizou o conceito em sua concepção moderna. Dualismo é o sistema
filosófico ou doutrina que admite, como explicação primeira do mundo e da vida, a existência
de dois princípios, de duas substâncias ou duas realidades irredutíveis entre si, inconciliáveis,
incapazes de síntese final ou de recíproca subordinação.
Ecletismo
Dá-se genericamente o nome de ecletismo a posições filosóficas, metodológicas ou
doutrinárias caracterizadas pela justaposição crítica e pela síntese de teses conciliáveis de
sistemas filosóficos diversos, conforme determinados critérios de verdade. O ecletismo
manifestou-se freqüentemente na filosofia greco-romana e no Renascimento. Por ocasião de
crises históricas e culturais, é comum que o pensamento se volte para sínteses de partes
heterogêneas das várias doutrinas do passado. Leia mais...
Empirismo
Na história do pensamento, o racionalismo fundou-se sobre a crença na capacidade do
intelecto humano para compreender a realidade. Incorreu, todavia, em excessos metafísicos
que fizeram dele um sistema filosófico fechado. Diante disso, surgiria na Inglaterra o
empirismo, segundo o qual nenhuma certeza é possível, nenhuma verdade é absoluta, já que
não existem idéias inatas e o pensamento só existe como fruto da experiência sensível. Leia
mais...
Epicurismo
Os princípios enunciados por Epicuro e praticados pela comunidade epicurista resumem-se em
evitar a dor e procurar os prazeres moderados, para alcançar a sabedoria e a felicidade.
Cultivar a amizade, satisfazer as necessidades imediatas, manter-se longe da vida pública e
rejeitar o medo da morte e dos deuses são algumas das fórmulas práticas recomendadas por
Epicuro para atingir a ataraxia, estado que consiste em conservar o espírito imperturbável
diante das vicissitudes da vida. Leia mais...
Escola de Frankfurt
A escola de Frankfurt recebeu esse nome porque seus principais representantes integravam o
Instituto de Pesquisas Sociais de Frankfurt, na década de 1930. O exame crítico que esse
grupo fez das sociedades desenvolvidas exerceu poderosa influência sobre os movimentos de
contestação da segunda metade do século XX, particularmente as manifestações estudantis de
maio de 1968 na França. Leia mais...
Escolástica
Com a Idade Média e as invasões bárbaras, a filosofia cristã centrou-se no ensino e na
manutenção do legado clássico nas escolas monacais. A cultura, representada especialmente
pelos livros, refugiou-se nos mosteiros e conventos, motivo pelo qual costuma-se dizer que a
igreja, sobretudo pela ação de seus monges copistas, salvou a cultura e acabou por absorver
os bárbaros da mesma maneira que Roma absorvera culturalmente a Grécia. Leia mais...
Espiritualismo
Para os espiritualistas, existem motivos, necessidades e interesses propriamente espirituais,
que nada têm a ver com os da vida animal ou corporal. Espiritualismo é a denominação
genérica de doutrinas religiosas ou filosóficas para as Quais a essência da realidade é o
espírito, entendido quer como substância psíquica, consciência universal, pensamento puro,
liberdade irrestrita, vontade absoluta ou divindade todo-poderosa. Leia mais...
Estoicismo
A necessidade de um guia moral na época de transição da Grécia clássica para a helênica
explica por que o estoicismo ganhou rapidamente adeptos no mundo antigo e também porque
renasceu todas as vezes em que os valores de uma sociedade entraram em crise profunda. O
estoicismo foi criado pelo cipriota Zenão de Cício por volta do ano 300 a.C. O termo tem origem
em Stoà poikilé, espécie de pórtico adornado com quadros de várias cores, onde Zenão se
reunia com seus discípulos. Leia mais...
Estruturalismo
A abordagem estruturalista dos fenômenos se baseia em duas relações principais de oposição:
a primeira delas se dá entre o histórico e o atemporal; a outra, entre o voluntário e o
contingente. Corrente de pensamento que se caracteriza pela oposição à compartimentação do
conhecimento em capítulos heterogêneos, o estruturalismo surgiu no começo do século XX e
foi incorporado ao método de diversas disciplinas humanísticas, como a lingüística, crítica
literária, antropologia, psicologia e teoria dos sistemas. Leia mais...
Existencialismo
O existencialismo surgiu numa Europa dilacerada por interesses antagônicos, onde o homem
se sentia ameaçado em sua individualidade e em sua realidade concreta. Daí sua ênfase na
solidão do indivíduo, na impossibilidade de encontrar a verdade por meio de uma decisão
intelectual e no caráter irremediavelmente pessoal e subjetivo da vida humana. Leia mais...
Finalismo
Os filósofos em geral recomendam o máximo cuidado no uso do termo finalismo, devido à
possibilidade de mal-entendidos, suscitada pela multiplicidade de sentidos das palavras fim e
finalidade. Doutrina que admite a causa final, ou finalidade, como explicadora e ordenadora dos
acontecimentos naturais ou culturais, para o finalismo todo o universo, na multiplicidade de
seus fenômenos, humanos ou não humanos, tende para um fim imediato ou mediato, próximo
ou longínquo, subjacente às manifestações concretas e isoladas de necessidade e de
causalidade. Leia mais...
Formalismo
O sentido comum do termo formalismo -- importância desmedida concedida às formalidades,
ao exterior -- ajusta-se ao sentido filosófico, que consiste em negar a existência real da matéria
e reconhecer-lhe somente a forma. O termo formalismo é utilizado com sentidos diferentes,
segundo o contexto de aplicação seja a lógica, a filosofia da matemática, a gnosiologia, a ética
ou a estética, mas sempre com a idéia de preponderância da forma sobre a matéria. Leia
mais...
Filosofia Analítica
Dentro do pensamento contemporâneo, o que se costuma chamar de filosofia analítica não é
exatamente um movimento homogêneo, e sim um conjunto de tendências. Mas essa
denominação genérica é plenamente justificável, na medida em que, diante dos problemas
filosóficos, essas tendências partilham uma determinada atitude que não tinha sido
desenvolvida anteriormente. O que faz essas correntes parecerem aparentadas entre si é a
ênfase em ver a filosofia, antes de tudo, como análise - ou seja, elucidação,
esclarecimento.Leia mais...
Filosofia Clássica
A concepção cristã de Deus, do homem e da natureza dominou por completo o Ocidente
medieval. Apesar disso, seria errôneo considerar o pensamento da época como um conjunto
monolítico. A filosofia foi, sem dúvida, o principal instrumento a serviço da teologia, mas o
problema sobre o grau de autonomia dessas áreas, tomadas uma em relação à outra, foi
motivo de contínuas polêmicas entre as diferentes escolas e de numerosas condenações
eclesiásticas. Leia mais...
Filosofia da Ciência
Já que a quase totalidade dos sistemas filosóficos tem tradicionalmente aspirado não só à
compreensão geral da realidade mas também ao estabelecimento de princípios éticos que
regulassem a organização da sociedade, as teorias da política e do direito acham-se
vinculadas de forma indissolúvel ao progresso da filosofia. Os dois grandes mestres do
pensamento ocidental, Platão e Aristóteles, estabeleceram em seus respectivos tratados --
República e Política -- o conceito da filosofia política como análise da origem, essência e valor
do estado e, se o primeiro criou o modelo de todas as "utopias" ou descrições do estado ideal,
o segundo, que definiu o homem como "animal político", estabeleceu, mediante a classificação
e ponderação das diferentes formas de governo, os fundamentos da moderna teoria política.
Leia mais...
Filosofia da História
Se a organização como ciências sociais independentes, no final do século XIX, de uma série de
disciplinas até então integradas à filosofia, como psicologia, sociologia e antropologia, e o
extraordinário progresso de outras, como lingüística e filosofia da linguagem, motivaram uma
crescente especialização e fragmentação nos estudos sobre o homem, também permitiram,
com os novos métodos estabelecidos por essas ciências, a reorganização de um extraordinário
caudal de conhecimentos. Leia mais...
Filosofia da História da Arte
Criação eminentemente alemã, a filosofia da história da arte ocupa um lugar intermediário entre
a estética, a teoria geral da arte e a história da arte. Com a estética, participa da investigação
filosófica da criação artística. Ao contrário do que faz a história descritiva da arte, procura
investigar as leis do desenvolvimento artístico, considerando-as sob o ângulo historicista. Ao
procurar fixar o ritmo desse desenvolvimento, visa estabelecer o sentido da história da arte. É
assim uma ciência-síntese e integra as chamadas ciências do espírito. Leia mais...
Filosofia do Século XIX
Em reação a tão dispersas propostas e posições filosóficas vindas à luz nos anos anteriores, as
primeiras décadas do século XX assistiram a um profundo debate sobre a natureza, objetivos e
métodos da filosofia. De maneira geral, esse debate deu lugar à formulação de duas grandes
orientações no pensamento contemporâneo: a filosofia analítica, interessada sobretudo nas
relações entre filosofia e ciência e na formalização da teoria do conhecimento, e as filosofias
humanistas ou existenciais, para as quais o homem é o objeto fundamental de reflexão. Leia
mais...
Filosofia do Século XX
Embora nem todos os autores coincidam na classificação das disciplinas filosóficas nem nos
conteúdos específicos que lhes correspondem, de maneira geral a tendência é distinguir, em
função de seus diferentes objetivos e métodos, cinco grandes ramos: metafísica, teoria do
conhecimento, lógica, ética e estética. Cada um desses ramos fundamentais, que têm diversas
subdivisões, acha-se estreitamente relacionado aos demais, e todo sistema filosófico que
pretenda oferecer uma compreensão unitária e abrangente da realidade aspira a integrá-los
num conjunto harmônico. Leia mais...
Filosofia Grega
A progressiva dissolução das cidades-estados gregas e a posterior decomposição do império
criado por Alexandre o Grande motivaram a decadência política da Grécia antiga. A
conseqüente descrença nos ideais clássicos traduziu-se claramente nas concepções
filosóficas. Assim, os grandes sistemas metafísicos se viram substituídos por outros mais
pragmáticos, centrados fundamentalmente na ética e na busca da paz interior. Leia mais...
Filosofia Indiana
Filosofia indiana é a denominação genérica que se dá ao conjunto de concepções, teorias e
sistemas desenvolvidos pelas civilizações do subcontinente indiano. Três conceitos
fundamentam o pensamento filosófico indiano: o eu, ou alma (atman), as ações (karma), e a
libertação (moksha). Exceto pelo charvaka (materialismo radical), todas as filosofias indianas
lidam com esses três conceitos e suas inter-relações, embora isso não signifique que aceitem
sua validade objetiva precisamente da mesma maneira. Leia mais...
Filosofia Islâmica
O pensamento árabe representou, em suas mais remotas origens, uma dinâmica projeção dos
grandes sistemas filosóficos gregos, ainda que vazado em língua semítica e fundamente
modificado sob a influência oriental. A dimensão desse fato torna-se imensa quando se
considera que o Ocidente deve aos filósofos árabes quase toda a preservação, já em nível
crítico, do platonismo e, sobretudo, do aristotelismo. Filosofia islâmica é o pensamento
expresso em língua árabe e intimamente relacionado à religião muçulmana que floresceu entre
os séculos VII e XV. Leia mais...
Filosofia Medieval
A filosofia do Renascimento, marcada pelos extraordinários descobrimentos científicos e o
auge do humanismo, revelou em sua riqueza e variedade as grandes transformações culturais,
econômicas e sociais da época. Sua gradual autonomia em relação à teologia, favorecida pelas
guerras de religião e a consolidação dos estados nacionais, propiciou o surgimento de uma
nova atmosfera ideológica que se caracterizou pela crescente secularização e autonomia do
saber. Leia mais...
Filosofia Moral
A ética, ou filosofia moral, é a disciplina que tem por objeto de estudo e reflexão os juízos sobre
o bem e o mal, ou o justo e o injusto, do ponto de vista da moral. Tem um caráter a um tempo
teórico e prático, já que, se por um lado deve indagar sobre questões como a natureza da
virtude, o bem e o mal, por outro constitui um fundamento indispensável para a organização
social e a ciência do direito. Leia mais...
Filosofia Renascentista
Assim como o pensamento renascentista se caracterizou pela decidida ruptura com as
convenções medievais e a assimilação de um vasto conjunto de novos conhecimentos e
inquietações, o período da filosofia moderna, que se iniciou no meado do século XVII com o
avanço do racionalismo e do empirismo e chegou ao ponto culminante com Immanuel Kant, foi
marcado pela disposição crítica e o desejo de estabelecer critérios de certeza que validassem o
conhecimento. Leia mais...
Hedonismo
A ambigüidade do conceito de prazer permitiu agrupar, sob a classificação geral de hedonismo,
várias linhas filosóficas claramente distintas. Hedonismo é definido como a doutrina que
considera o prazer (hedoné em grego) o objetivo supremo da vida. Apareceu muito cedo na
história da filosofia, em duas modalidades: a primeira toma o prazer como critério das ações
humanas; a segunda considera o prazer como único valor supremo. Leia mais...
Hermenêutica
O valor excepcional atribuído à Bíblia por judeus e cristãos trouxe como conseqüência o desejo
de aprofundar os estudos sobre ela e desentranhar o sentido de sua mensagem. Foi esse o
ponto de partida e o fundamento da hermenêutica. Hermenêutica é o estudo dos princípios
gerais da interpretação bíblica, em cujos métodos se inclui a exegese ou interpretação crítica
dos textos. Por extensão, passou-se a chamar hermenêutica à interpretação de escritos
importantes em geral. Os principais campos de interesse hermenêutico são a religião, o direito,
a filosofia e a história. Leia mais...
Humanismo
Como primeira tentativa coerente de elaborar uma concepção do mundo cujo centro fosse o
próprio homem, pode-se considerar o humanismo a origem de todo o pensamento moderno.
Conhece-se por humanismo o movimento intelectual que germinou durante o século XIV, no
final da Idade Média, e alcançou plena maturidade no Renascimento, orientado no sentido de
reviver os modelos artísticos da antiguidade clássica, tidos como exemplos de afirmação da
independência do espírito humano. Leia
Idealismo
Na linguagem cotidiana, o Termo idealismo se emprega para designar o apreço por valores e
ideais. Filosoficamente, no entanto, refere-se ao conjunto de doutrinas que, por caminhos
diversos, afirmam a precedência da consciência sobre o ser, ou da realidade ideal sobre a
realidade material. Em sentido amplo, o idealismo constitui uma das duas correntes filosóficas
básicas. Contrapõe-se ao materialismo, para o qual toda realidade tem sempre caráter material
ou corporal. Leia mais...
Iluminismo
No decorrer do século XVIII, as idéias do Iluminismo sobre Deus, a razão, a natureza e o
homem cristalizaram-se numa cosmovisão que deitou raízes e acabou por produzir avanços
revolucionários na arte, na filosofia e na política. Iluminismo foi o movimento cultural e
intelectual europeu que, herdeiro do humanismo do Renascimento e originado do racionalismo
e do empirismo do século XVII, fundava-se no uso e na exaltação da razão, vista como o
atributo pelo qual o homem apreende o universo e aperfeiçoa sua própria condição. Leia mais...
Individualismo
Como atitude geral, o individualismo valoriza a liberdade pessoal, a autoconfiança, a
privacidade e o respeito pelos outros indivíduos e opõe-se à tradição, à autoridade e a todas as
formas de controle sobre o indivíduo, especialmente quando exercidas pelo estado. Teoria
filosófica segundo a qual cada pessoa deve usufruir da máxima liberdade e responsabilidade
para determinar seus objetivos, escolher os meios de alcançá-los e agir de acordo com tais
pressupostos, o individualismo sustenta a autodeterminação, a auto-suficiência e a liberdade
irrestrita do indivíduo. Leia mais...
Irracionalismo
Corrente filosófica que surgiu em contraposição à chamada idade da razão, o irracionalismo
sustenta que a capacidade humana para apreender a realidade é maior quando supera os
limites do racional. A negação da racionalidade exclui em geral o campo das ciências naturais e
matemáticas, bem como o da indústria e da técnica, para concentrar-se no das realidades
propriamente humanas, sociais e históricas. Leia mais...
Jansenismo
O jansenismo, surgido no seio da Igreja Católica no século XVII e condenado em várias bulas
papais, já foi definido como "a doutrina de santo Agostinho vista com olhos calvinistas".
Conhece-se como jansenismo a doutrina dos seguidores de Cornelius Jansen, teólogo
holandês que se tornou bispo católico de Ypres. Leia mais...
Liberalismo
Surgido em conseqüência da luta histórica da burguesia para superar os obstáculos que a
ordem jurídica feudal opunha ao livre desenvolvimento da economia, o liberalismo tornou-se
uma corrente doutrinária de importância capital na vida política, econômica e social dos
estados modernos. Liberalismo é uma doutrina política e econômica que, em suas formulações
originais, postulava a limitação do poder estatal em benefício da liberdade individual. Leia
mais...
Maniqueísmo
Considerado durante muito tempo uma heresia cristã, possivelmente por sua influência sobre
algumas delas, o maniqueísmo foi uma religião que, pela coerência da doutrina e a rigidez das
instituições, manteve firme unidade e identidade ao longo de sua história. Denomina-se
maniqueísmo a doutrina religiosa pregada por Maniqueu - também chamado Mani ou Manes -
na Pérsia, no século III da era cristã. Sua principal característica é a concepção dualista do
mundo como fusão de espírito e matéria, que representam respectivamente o bem e o mal.
Leia mais...
Marxismo
Fruto de décadas de colaboração entre Karl Marx e Friedrich Engels, o marxismo influenciou os
mais diversos setores da atividade humana ao longo do século XX, desde a política e a prática
sindical até a análise e interpretação de fatos sociais, morais, artísticos, históricos e
econômicos, e se tornou doutrina oficial dos países de regime comunista. Marxismo é o
conjunto das idéias filosóficas, econômicas, políticas e sociais que Marx e Engels elaboraram e
que mais tarde foram desenvolvidas por seguidores. Interpreta a vida social conforme a
dinâmica da luta de classes e prevê a transformação das sociedades de acordo com as leis do
desenvolvimento histórico de seu sistema produtivo. Leia mais...
Materialismo
A crescente sofisticação do conhecimento levou o homem a duvidar da milenar explicação
mágica do mundo e a tentar compreendê-lo com teorias que, baseadas na experiência objetiva,
abrangessem desde a natureza e a origem da vida e do universo até a relação do próprio ser
humano com essa realidade. Essas teorias dividiram-se de modo esquemático em duas
grandes tendências: materialismo e idealismo. Materialismo é toda concepção filosófica que
aponta a matéria como substância primeira e última de qualquer ser, coisa ou fenômeno do
universo. Leia mais...
Mecanicismo
Enunciado por Descartes e Leibniz no século XVIII, o mecanicismo clássico entrou em crise
principalmente depois que as noções de estrutura, campo e função demonstraram a
insuficiência das explicações baseadas na idéia da causalidade linear. No sentido cartesiano,
mecanicismo é a teoria filosófica segundo a qual os corpos se explicam por dois princípios: a
matéria homogênea e o movimento local. Sendo a matéria definida como inerte, um dos
problemas do mecanicismo seria explicar como nela se instala o movimento, problema que
remete à questão da causalidade.
Neokantismo
Um princípio metodológico foi comum a todos os pensadores neokantianos: a filosofia não é
apenas uma convicção ou visão pessoal do mundo, mas uma ciência cujas bases ainda
estavam por ser lançadas. Neokantismo é um movimento filosófico que inclui várias tendências,
direções, escolas e orientações influenciadas pela filosofia crítica de Kant. Leia mais...
Neoplatonismo
Mais que simples retomada das idéias de Platão -- que sustentava existirem dois mundos: o
visível, objeto dos sentidos, e o das idéias, objeto da inteligência -- e ao contrário do que o
nome pode sugerir, o neoplatonismo foi uma verdadeira refundação da metafísica clássica.
Última grande corrente filosófica da Grécia antiga, o neoplatonismo é a doutrina que se definiu
no século III da era cristã e predominou na filosofia pagã do período tardio da antiguidade, até
o ano 529. Leia mais...
Neotomismo
Para o neotomismo, toda a filosofia moderna a partir de Descartes se constituiria em erros e
equívocos, responsáveis pela crise do mundo moderno. Entendida como um desvio metafísico
e espiritual, essa crise só poderia ser superada com um retorno ao tomismo. Neotomismo é
uma corrente filosófica surgida no século XIX com o objetivo de reviver e atualizar a filosofia e a
teologia de santo Tomás de Aquino - o tomismo - a fim de atender aos problemas
contemporâneos. Leia mais...
Niilismo
Expressão exacerbada do materialismo e do positivismo, o niilismo negou toda autoridade ao
estado, à igreja e à família. Niilismo (do latim nihil, "nada") é uma doutrina filosófica e política
baseada na negação seja da ordem social estabelecida, seja de todas as formas de
esteticismo, assim como na defesa do utilitarismo e do racionalismo científico. Influenciado
pelas idéias de Feuerbach, Darwin, Nietzsche, Henry Buckle e Herbert Spencer, o niilismo
surgiu na Rússia czarista do século XIX. Leia mais...
Nominalismo
Uma das principais tendências filosóficas da Idade Média, o nominalismo, contrário ao realismo
e ao conceitualismo, rejeitou o pensamento alcançado por abstrações e abriu caminho para o
espírito de observação e a vulgarização da pesquisa indutiva. O nominalismo é uma doutrina
segundo a qual as idéias gerais, como gêneros ou espécies, não passam de simples nomes,
sem realidade fora do espírito ou da mente. A única realidade são os indivíduos e os objetos
individualmente considerados.
Panteísmo
Dos filósofos gregos à filosofia contemporânea, o panteísmo assumiu ao longo da história
várias formas doutrinárias, sempre polêmicas. Panteísmo (do grego pan, "tudo", "todas as
coisas", e theós, "deus") é a doutrina que afirma a identidade substancial de Deus e do
universo, os quais formariam uma unidade e constituiriam um todo indivisível. Para os
panteístas, Deus não é transcendente ao universo e dele não se distingue nem se separa. Pelo
contrário, é-lhe imanente, confunde-se com ele, manifesta-se nele e nele se realiza como uma
só realidade, total e substancial. Leia mais...
Personalismo
Admitem-se como personalistas, em geral, as doutrinas que situam a pessoa como centro da
concepção do mundo e da vida, opondo-a como unidade autônoma e inconfundível diante da
natureza e das coisas. Personalismo, na acepção mais antiga, significa a crença num Deus
pessoal, transcendente ao mundo, em oposição ao panteísmo, que o confunde com o mundo.
Nesse sentido, o vocábulo foi usado pela primeira vez por Friedrich Schleiermacher em Reden
an die Gebildeten (1799; Discursos aos homens cultos). Leia mais...
Perspectivismo
A realidade, como uma paisagem, pode ser vista a partir de inúmeras perspectivas, todas
verdadeiras. A única perspectiva falsa, segundo a filosofia perspectivista, é exatamente a que
pretende ser única. A ingenuidade das filosofias estáticas consistiria em ignorar que
interpretam o mundo como se o filósofo não estivesse situado no tempo e no espaço, mas
fosse "uma pupila anônima aberta para o universo". Leia mais...
Pragmatismo
"O que é a verdade e como se diferencia do erro?" Essa é a pergunta fundamental formulada
pelo pragmatismo, que se propunha a elaborar uma atitude filosófica adaptada às sucessivas
descobertas científicas surgidas ao longo do século XIX e às mudanças de uma sociedade em
rápida transformação. O pragmatismo é antes de tudo um método, do qual decorre uma teoria
da verdade. Leia mais...
Racionalismo
O desenvolvimento do método matemático, considerado como instrumento puramente teórico e
dedutivo, que prescinde de dados empíricos, e sua aplicação às ciências físicas conduziram,
no século XVII, a uma crescente fé na capacidade do intelecto humano para isolar a essência
no real e ao surgimento de uma série de sistemas metafísicos fundados na convicção de que a
razão constitui o instrumento fundamental para a compreensão do mundo, cuja ordem interna,
aliás, teria um caráter racional. Leia mais...
Silogismo
A doutrina do silogismo desenvolvida pelo filósofo grego Aristóteles no século IV a.C. constituiu
até a era moderna o principal instrumento da lógica. Silogismo, segundo a definição de
Aristóteles, é uma expressão proposicional na qual, admitidas certas premissas, delas
resultará, apenas por serem o que são, outra proposição diferente das estabelecidas
anteriormente. O termo vem do grego syllogismós, que significa argumento ou raciocínio. Leia
mais...
Tomismo
Tomismo é a doutrina filosófico-cristã elaborada no século XIII pelo dominicano Tomás de
Aquino, estudioso dos então polêmicos textos do filósofo grego Aristóteles, recém-chegados ao
Ocidente. O pensamento aristotélico, que se tornou conhecido no Ocidente no século XIII em
traduções do árabe, serviu de fundamento ao pensamento racionalista e ameaçou a concepção
cristã da realidade, tradicionalmente apoiada no platonismo. A filosofia de santo Tomás de
Aquino compatibilizou o pensamento lógico e racional com a fé cristã. Leia mais...
Utilitarismo
Surgido a princípio como filosofia ética de caráter pragmático voltada para a reforma da
sociedade e a distribuição de justiça equitativa para todos os homens, o utilitarismo converteu-
se em princípio metodológico das ciências sociais. Utilitarismo é a doutrina filosófica que
admite a utilidade como valor supremo da ação moral, entendendo-se como útil tudo o que
serve à vida e sua conservação, mediante acréscimo de felicidade e bem-estar. Leia mais...
Vitalismo
Concepção metafísica da vida situada em posição intermediária entre materialismo e
espiritualismo, o vitalismo remonta às origens mais remotas das doutrinas filosóficas gregas. O
vitalismo é uma doutrina que considera haver em cada indivíduo um princípio vital que, por
energia própria, gera a vida. Não redutível à alma ou à mente, a força vital é peculiar aos
organismos vivos e difere de todas as outras forças encontradas fora das coisas vivas. Leia
mais...