A Liturgia Adonhiramita

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A Liturgia Adonhiramita

▪ Peculiaridades do Rito Adonhiramita



▪ Algumas das principais peculiaridades do Rito Adonhiramita que o identificam e o
diferenciam dos demais Ritos são: A sua profunda espiritualidade;O tratamento de
"Am.ʹ. Ir.ʹ.” ; O uso do nome histórico; Adonhiram como personagem central; O
Cerimonial do Fogo; O uso de velas e não de lâmpadas; O pé direito à frente na marcha
do Grau; As doze badaladas; O revigoramento e o adormecimento da Chama Sagrada;
O uso das luvas brancas; O uso da gravata branca; A posição dos AAm.ʹ. lIr.ʹ. VVig.ʹ.;
A posição das CCol.ʹ. J e B; A abertura do L.ʹ. da L.ʹ. no evangelho de João; A formação
do Pálio; A Cerimônia de Incensação; A proteção mística do Am.ʹ. Ir.ʹ. Cobr.ʹ. Int.ʹ.;O
uso do sinal do G.ʹ. na circunavegação; A circunavegação em forma do símbolo do
infinito; O uso do chapéu em todas as sessões pelos MMestr.ʹ.; O uso da espada pelos
MMestr.ʹ., a palavra de Aclamação , além de muitas outras particularidades que fazem
o Rito Adonhiramita singular, místico e esotérico.

▪ Fundamentos e tradições do Rito Adonhiramita

▪ Este Rito é histórico e tradicional de profunda espiritualidade. Têm por base teológica
os mistérios egípcios, a volta dos judeus do cativeiro e as verdades bíblicas reveladas
no Antigo e Novo Testamento, particularmente, no que concerne à construção do
Templo de Salomão e às origens do Cristianismo, com atenção especial voltada para
os aspectos proféticos e apocalípticos de ambos os documentos sagrados. Podemos
constatar esta profunda espiritualidade ainda no Átrio, quando da entrada ao Temp.´.,
no momento em que o Am.ʹ. Ir.ʹ. M.ʹ. de CCer.ʹ. diz: "... Silêncio meus AAm.ʹ. llr.ʹ.! Eu
vos peço um momento de reflexão a fim de ingressarmos no Templ.ʹ.. Neste momento
observa-se uma viagem interior, o V.I.T.R.I.O.L. cuja tradução é: "Visita o interior da
Terra e, retificando-se, encontrarás a Pedra Oculta". É uma viagem solitária e profunda,
um resgate dos mais puros valores inerentes ao ser, à busca do universo interior, a
busca do "conhece-te a ti mesmo". Uma viagem para a qual, as condições sociais
profanas, a cor, a raça, os credos religiosos e políticos, assim como os metais que
distinguem o rico do pobre, tornam-se fardos desnecessários e incômodos. Forma-se
então, a Egrégora, uma reflexão agora coletiva elevada ao Supremo Criador dos
Mundos, desejando a paz entre os homens, que todos possam se transformar em
homens de boa vontade, que os desesperados encontrem a esperança e os tiranos
possam encontrar o caminho da justiça.

▪ O tratamento de "Am.ʹ.Ir.ʹ." e o uso do Nom.ʹ. Hist.ʹ. no Rito Adonhiramita

▪ "Am.ʹ. Ir.ʹ. "era o tratamento usado entre os adeptos das comunidades religiosas mais
antigas, para significar o apreço, o respeito e a confiança mútua entre esses adeptos.
Era o tratamento escolhido pelos primitivos cristãos, até para se identificarem entre si;
tratamento este que ainda hoje é empregado pelos pregadores cristãos, ao se dirigirem
ao público dentro das Igrejas e Templos. Tratamento este que deverá ser conquistado
pelos méritos maçônicos de cada Ir.ʹ..Sejam quais forem as relações que um maçom
tiver com o outro é proibido usar de outra denominação que não seja a de Am.ʹ. Ir.ʹ.,
isto basta para o elogio na Maçonaria, porque este nome sagrado, encerra em si, todos
os sentimentos bons de que o coração humano é capaz de vivenciar. O Nom.ʹ. Hist.ʹ. é
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de todo útil, no momento da iniciação e durante toda a vida maçônica, receber a


guarda, a proteção e o exemplo de espíritos luminosos que, ricos de virtudes nesta
vida, sobretudo como maçons, se comportam, de certo modo, como Anjos-da-guarda,
mensageiros fiéis do G.ʹ.A.ʹ. D.ʹ. U.ʹ. Por isso, no Rito Adonhiramita, a cada Ir.ʹ., quando
de sua iniciação, é atribuído o nome de um personagem virtuoso em prol da
Humanidade, da Pátria, da Sociedade, etc., Maçom ou não, e que já tenha partido para
o Oriente Eterno, para ser seu Patrono, absorvendo-lhe o nome a que denominamos
"Nome Histórico". Com esse Nome Histórico, o Ir.ʹ. é batizado em momento próprio da
Iniciação com os seguintes dizeres: "E para que de profano nem o vosso nome vos
reste, eu vos batizo com o Nome Histórico de....” A prática tem grande valia para o
sigilo e a preservação da identidade civil, ao mesmo tempo em que constitui um símbolo
de profunda significação. Se a Maçonaria tem por objetivo transformar o homem
profano no homem iniciado, o gesto de lhe dar um novo nome por ocasião da iniciação
está a indicar que ele, dali em diante, deve se transformar num novo ser.

▪ A denominação Adonhiramita

▪ De acordo com a Bíblia, HIRAM era o arquiteto que se encarregara dos projetos da
construção do Templo de Salomão, filho da viúva de NEFTALI. A seu lado havia outro
HIRAM, enviado pelo rei de Tiro, que fornecera a Salomão grande parte dos materiais
utilizados na obra. Já ADONHIRAM, filho de Abda, era o funcionário encarregado dos
tributos na corte de SALOMÃO, por este estar incumbido do recrutamento dos operários
quando da construção do Templo. Como tal, vem designado no 1º Livro dos Reis, Cap.
IV com o título de “preposto às corvéias”. ADONHIRAM era a pessoa que recrutava os
operários, selecionava-os, dividia-os segundo suas capacidades ou necessidades da
obra e, por certo, também lhes pagava o salário, até porque era o tesoureiro de
SALOMÃO. Sendo assim para nós ADONHIRAMITAS é o personagem central da
Construção do Templo de Salomão.

▪ O Cerimonial do Fogo

▪ Dos quatro elementos tradicionais: terra, água, ar e fogo, o fogo é tido como princípio
ativo ou dinâmico, transformador, germe da geração, é o mais puro, animador e fonte
energética. Simboliza a força impulsionadora do universo, além de movimento e
energia. Seu movimento é para o alto, ascendente, e seu poder é de criação por
transformação. O Cerimonial do Fogo alude a uma invocação ao Senhor de Todas as
Luzes, ao G.ʹ.A.ʹ.D.ʹ.U.ʹ. cujos atributos infinitos estão novamente sintetizados nas três
palavras pronunciadas, por cada uma das Luzes da Loj.ʹ. Ven.ʹ. Mestr.ʹ. - Sabedoria; 1°
Vig.ʹ. - Força; e o 2° Vig.ʹ. - Beleza.

▪ A razão de utilizar velas e não lâmpadas

▪ As velas que usamos, sempre de cera pura de abelhas, como manda a tradição, emitem
uma chama pura e sem fuligem, emitem fogo, o que não acontece com as lâmpadas
elétricas. O fogo sempre acompanhou a humanidade desde os mais primitivos
ancestrais, e nesta sua marcha através da história foi assumindo sempre mais o aspecto
de ligação entre o homem e os espíritos, entre o homem e o G.ʹ.A.ʹ.D.ʹ.U.ʹ.. O fogo,
desde que o homem começou a percebê-lo conscientemente como um dos elementos
da natureza, foi sempre olhado como um elemento mágico e de origem divina, motivo
pelo qual, seu simbolismo foi mantido em nossas cerimônias.
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▪ O pé direito à frente na marcha do Grau

▪ Simbolicamente o lado direito é ativo, positivo, criativo, masculino e representa o poder
de realização, enquanto o lado esquerdo é passivo, negativo, receptivo, feminino e
representa a capacidade de modelação. Romper a marcha com o pé direito, representa
que o nosso poder criativo, masculino, positivo, se sobrepõem aos nossos aspectos
negativos que devem ser submetidos à nossa vontade e superados com a prática das
virtudes. Em simbologia, o lado direito sempre esteve ligado ao poder da Luz, e o lado
esquerdo ao poder das Trevas. Todavia, nada tem a ver com superstições, mas sim,
posturas que guardam um sentido simbólico.

▪ Doze badaladas

▪ Antigamente, na Maçonaria, o sino era de uso comum nas Cerimônias das Lojas
Simbólicas, a fim de anunciar a hora dos trabalhos. O Rito Adonhiramita, procurou
coexistir com o seu uso, não perdendo a tradição dos antigos, assim como a tradição
religiosa e os costumes iniciáticos dos mistérios. Em muitas civilizações antigas, o sino
era utilizado no sentido de conclamar todos os seres humanos, e, também, os
sobrenaturais, além de evocar as Divindades, se tornando daí, o símbolo do
chamamento ao G.ʹ. A.ʹ. D.ʹ. U.ʹ.! Assim, juntamente com a Cerimônia de Incensação o
Cerimonial do Fogo e as Doze Badaladas harmonizam as vibrações místicas e esotéricas
da egrégora formada em sintonia com a Luz Maior emanada pelo Supremo Criador dos
Mundos.

▪ O revigoramento e o adormecimento da Chama Sagrada

▪ O revigoramento e o adormecimento da Chama Sagrada simbolizam a ligação do antigo
com o novo, a continuidade e a ligação com o G.ʹ.A.ʹ. D.ʹ.U.ʹ., em consciência
compartilhada e identidade comum. Desde os antigos tempos a cultura da Chama
Sagrada era tida como primordial e essencial para a busca e manutenção da harmonia
e da paz, tanto para os lares, quanto, até mesmo, para as cidades da antiguidade.

▪ O uso das luvas brancas

▪ As luvas brancas representam a candura que reina na alma do homem de bem e a
pureza de seus atos, de coração e intenções. Motivo pelo qual o Am.ʹ.Ir.ʹ.M.ʹ. de CCer.ʹ.
antes da entrada ao Temp.ʹ., exclama: "... Meus AAm.ʹ. llr.ʹ., se desde a meia-noite,
quando se encerraram nossos últimos trabalhos, se conservastes vossas mãos limpas,
calçai as vossas luvas...". O calçar das luvas é para que as mãos de todos os obreiros
fiquem iguais. Tornam as mãos calejadas do operário, tão macias quanto às mãos do
intelectual, do médico, do engenheiro etc, assim como se igualam pelo uso uniforme
das outras peças do vestuário. As luvas simbolizam a pureza que deve estar presente
em todos os atos de um maçom. Pela mão direita se dá pela esquerda se recebe. Dá-
se com pureza e recebe-se com pureza.

▪ A gravata branca
▪ A gravata branca, por sua cor, está associada à paz e guarda a sua origem na
aristocracia francesa. Na prática, a gravata é uma peça da indumentária e de criação
recente, inspirada nos cordéis utilizados para o fechamento das camisas antes da
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invenção dos botões, que terminava em um laço à altura do pescoço. Logo, a gravata
é um complemento da camisa, e assim, parte integrante da mesma. Sendo a camisa
branca, consideramos que a gravata também deve ser branca para se manter em
harmonia interior.

▪ Onde se colocam os VVig.ʹ. e porque desta posição?

▪ No Oc.ʹ., para melhor observarem a passagem do Sol pelo meridiano. O Sol vem do
Oriente, e, portanto, para observá-lo, os VVig.ʹ. devem, ambos, estarem postados
numa mesma linha, de frente para o Oriente, o que só pode ocorrer se eles estiverem
sobre o mesmo meridiano. Por isso, os dois VVig.ʹ. no Rito Adonhiramita se posicionam
ao Ocidente, numa mesma linha, perpendicular à linha do Equador Or.ʹ. – Oc.ʹ. no
mesmo meridiano.

▪ Porque no Rito Adonhiramita, as CCol.ʹ. J e B ficam em posições invertidas em
comparação com outros Ritos?

▪ Os estudiosos do Rito afirmam que a posição das CCol.ʹ. J e B, e dos próprios VVig.ʹ.,
se deu quando das primeiras "revelações dos segredos da maçonaria", ou seja, em
1730, quando foi publicado na Inglaterra, o livro Maçonaria Dissecada, de autoria de
Samuel Pritchard.Esta obra em questão foi o fruto da traição perpetrada pelo autor que
a 13 de outubro de 1730, prestou depoimento juramentado perante um magistrado,
no qual relatava detalhes de sua iniciação na Maçonaria, inclusive ao Grau de Mestre.
O livro continha todos os sinais, toques e palavras utilizados à época, bem como citava
HIRAM, as marchas e todo o acervo sigiloso. Esta traição obrigou a Ordem a processar
algumas mudanças necessárias a confundir os curiosos profanos "bem informados",
que se utilizando de tais informações demandavam a invadir as Lojas como se fossem
verdadeiramente iniciados. Alguns autores vêem nestas mudanças a origens das
diferenças existentes entre o Rito Adonhiramita em relação aos demais Ritos no que se
referem à posição das colunas, os respectivos vigilantes e todos os detalhes oriundos
de suas posições. O Rito Adonhiramita permaneceu fiel motivo pelo qual, em
comparação com alguns ritos, se constata que as CCol.ʹ. e algumas funções estão
invertidas. Todavia, mesmo havendo, comparativamente, a inversão das CCol.ʹ., os
AAm.ʹ. Ilr.´. AApr.ʹ. continuam na Col.ʹ., da Beleza, ou seja, na Col.ʹ. do 2° Vig.ʹ..

▪ A abertura do L.ʹ. da L.ʹ. no Evangelho de João

▪ O Evangelho de João é o mais profundo dos quatro Evangelhos, cuja terminologia
significa "Boa Nova", e é o mais místico, o que mais causou polemica devido a sua
linguagem e filosofia. Todas as correntes ortodoxas do cristianismo primitivo,
destacando os antigos Gnósticos, se apoiavam nos escritos de João. A espiritualidade
é tema fundamental para o Rito Adonhiramita, assim como a tradição, e por esta,
registra-se que primitivamente todas as Lojas de origem Francesa abriam o L.ʹ. da L.ʹ.
no Evangelho de João."Houve um homem enviado por Deus que se chamava João."
Este João, é o Batista, ou seja, aquele que batizava, que iniciava aos antigos mistérios.
Lembrando ainda, que no momento da abertura do L.ʹ. da L.ʹ. a leitura do texto sagrado
e a colocação do esq.ʹ. e o comp.ʹ. na posição do grau, o Am.ʹ. Ir.ʹ. Orad.ʹ. está protegido
pelo Pálio.

▪ O Pálio
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▪ No Rito Adonhiramita, o Pálio, é formado, tal qual uma pirâmide, pelo Am.ʹ. Ir.ʹ. M.ʹ. de
CCer.ʹ. juntamente com um M.ʹ. da Col.ʹ. do S.ʹ. e outro M.ʹ.da Col.ʹ. do N.ʹ.. Estes AAm.ʹ.
llr.ʹ. o formarão postando suas espadas como extensão de seus braços direitos
estendidos em ângulo de 52°, tocando-se e cruzando-se no alto sobre o Alt.ʹ. dos JJur.ʹ.
e o Am.ʹ. Ir.ʹ. Orad.ʹ.. Estando na abertura, a espada do Am.ʹ. Ir.ʹ. M.ʹ. de CCer.ʹ. por
baixo das demais, dando sustentação, e no encerramento, por cima das demais,
sobrepondo-as. As espadas, como condutoras de energias em forma de pirâmide,
voltadas para cima, estão absorvendo as energias do alto, protegendo a abertura do
L.ʹ. da L.ʹ. pelo Oc.ʹ. pelo S.ʹ. e pelo N.ʹ. deixando livre apenas o lado do Or.ʹ. do qual se
emanará a Luz e a onipresença do G .ʹ. A.ʹ. D.ʹ. U.ʹ..

▪ A Cerimônia da Incensação

▪ A Incensação tem origem nos mais remotos costumes religiosos da civilização humana.
Esta cerimônia representa uma espécie de profilaxia ambiental, a Incensação deixa o
ambiente físico do Templo impregnado do agradável odor da essência utilizada, tais
como Benjoim, Mirra e Incenso entre outras. A incensação tem como valor simbólico
a associação do homem à divindade, do finito ao infinito e do mortal ao imortal. Ao
espargir a fumaça se está purificando o ambiente tanto no sentido físico por tratar-se
de substância com propriedades anti-sépticas, como espiritual, pois o incenso tem a
incumbência de elevar a prece para o céu. A incensação gera uma atmosfera de aroma
agradável e magnetiza com fluidos benéficos os obreiros e o ambiente, contribuindo
para a formação da egrégora e propiciando à reflexão. No ato da Incensação são
invocadas as três palavras que sintetizam atributos do G.ʹ. A.ʹ.D.ʹ.U.ʹ. SABEDORIA,
FORÇA e BELEZA. Por esses motivos, é que, ao nos incensarmos, nos limpamos nos
purificamos a nós e ao ambiente, favorecendo a permanência da egrégora. Também,
se torna necessário lembrar que durante a cerimônia da incensação, depois que o Am.ʹ.
Ir.ʹ.M.ʹ. de CCer.ʹ. efetua a incensação do Templ.ʹ. e de todos os llr.ʹ. ele troca de lugar
e função com o Am.ʹ. Ir.ʹ. Cobr.ʹ. e este, com a porta entre aberta, sem sair do Templ.ʹ.
incensa o átrio. Esta tarefa de incensar o átrio somente pode ser executada pelo Am.ʹ.
Ir.ʹ. Cobr.ʹ. porque ele é o único que está protegido e capacitado mística e
esotericamente para se expor às energias que circulam fora do Templ.ʹ..Tanto é que o
nosso próprio ritual aconselha que este cargo seja ocupado pelo ex-Ven.ʹ. Mestr.ʹ. mais
recente, pois este, dentre todos, é quem possui os atributos místicos e esotéricos para
suportar tais energias e impedir que as mesmas adentrem o interior do Templ.´..Por
este motivo também, é que o Am.ʹ. Ir.ʹ. Cobr.ʹ. ocupa o seu lugar sobre a linha simbólica
do equador, de frente para o Ven.ʹ. Mestr.ʹ. invertendo a polaridade das energias, ou
seja, atraindo para si, todas as energias negativas que excedam o suportável pela
Egrégora da Loja, como se fosse um para-raios.A própria troca de funções do Am.ʹ. Ir.ʹ.
Cobr.ʹ. com o Am.ʹ. Ir.ʹ. Mest.ʹ. de CCer.ʹ. através do giro, é um ato personalíssimo do
Rito Adonhiramita, pois ambos se interligam formando um X (xis) com as mãos, ou
seja, mão direita com mão direita e mão esquerda com mão esquerda, doando e
recebendo, ao mesmo tempo em que, girando, as energias e atributos são permutados
qualificando um e outro para sequência cerimonial. Destrocando logo em seguida, na
mesma forma.

▪ A circunavegação

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▪ Realizamos a circunavegação com o Sin.ʹ. do Gr.ʹ. uma vez que não seria possível ao
Obr.ʹ. caminhar com o Sin.ʹ. de Ord.ʹ. pois neste, o Obr.ʹ. necessita, além de estar com
o Sin.ʹ. do Gr.ʹ. estar também com os pp.ʹ. em esq.ʹ. formando a tríp.ʹ. esq.ʹ. com o p.ʹ.
dir.ʹ. voltado para a frente. Assim procedemos e desde que o Obr.ʹ. não esteja
conduzindo material litúrgico, quando então fica dispensado do Sin.ʹ. do Gr.ʹ.. A
circunavegação, é realizada em forma do símbolo matemático do infinito visto que este
símbolo representa, esotericamente, a estrada do tempo e da continuidade da vida,
pois todo começo contém em si o fim, e todo fim contém em si o começo. É o caminho
do constante renascimento. E o Rito Adonhiramita, por sua profunda espiritualidade,
filosofia mística e esotérica, concede ao seu adepto a possibilidade de caminhar nesta
senda na busca do conhecimento, da evolução e aprimoramento espiritual.

▪ MMestr.ʹ. usam chapéu em todos os Graus do Simbolismo

▪ O uso do Chapéu na Maçonaria é bem antigo; estes, conforme nos narra a história,
surgiram para substituir as antigas carapuças usadas na Idade Média. Os Chapéus
foram primeiro usados pelos sumérios e os egípcios na Antiguidade e posteriormente
pelos gregos que usavam um chapéu de palha de fundo pontudo que era denominado
de "THOLIA", e só se tem conhecimento do seu uso na Europa após o século XVII. Na
Maçonaria, o Chapéu passou a ser usado a partir do século XVIII como símbolo
hierárquico e esotérico. A maçonaria ocidental é também chamada de maçonaria
salomônica, devido ao fato da influência judaica ser indiscutível em sua base
filosófica.Trazendo da influência cabalística, o uso do chapéu como forma de cobertura
da primeira Sephirah da Árvore da Vida, como faz o povo semítico nas cerimônias de
culto ao Deus Único. O chapéu assume assim dois significados. O primeiro, de origem
cavalheiresca, advém da tradição que remonta ao início do século XVIII da qual
somente os pertencentes da aristocracia tinham o direito de usar chapéus, sendo a
princípio tolerado como uma regalia. O segundo, de caráter esotérico, simboliza que
apesar da eterna busca da verdade, a inteligência humana reconhece seus limites ante
o grande mistério da criação, motivo pelo qual devemos nos descobrir quando seja feita
menção ao G.ʹ. A.ʹ. D.ʹ.U.ʹ..

▪ MMestr.ʹ. usam espada em todos os Graus do Simbolismo

▪ O uso da espada é símbolo de autoridade de uma casta distinta e considerada nobre
em todas as sociedades antigas, os guerreiros. Quando o Rito de Heredon, fonte de
origem do Rito Adonhiramita, Escocês Antigo e Aceito e o Moderno, foi introduzido na
França, era praticado quase que exclusivamente por membros da aristocracia, pessoas
que possuíam o direito do uso da espada, símbolo naquela época, de condição social
elevada. Dos Ritos que tiveram origem no Rito de Heredon, somente o Adonhiramita
permaneceu fiel à tradição dos MMestr.ʹ. usarem a espada e o chapéu em todos os
graus do simbolismo. Devemos esclarecer também que, muito embora o uso das
espadas tenha se originado na aristocracia francesa, não é por este motivo que o Rito
Adonhiramita a mantém em suas cerimônias. Tão pouco tem ligação a ser guerreiro ou
militar! Seu uso no Rito Adonhiramita se dá exclusivamente ao misticismo e esoterismo
relacionados aos efeitos geomagnéticos, uma vez que todo o desempenho do Rito
Adonhiramita, interfere diretamente em correntes energéticas. Devido a isto, é que o
Am.ʹ. Ir.ʹ. (Nom.ʹ. Hist.ʹ.) Dig.ʹ. Cobr.ʹ. neste exato momento, assim como durante todo
o tempo em que permanece sentado, estará com a sua espada voltada com a lâmina

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para baixo em contato com o solo, descarregando as energias que absorve na função
de para-raios, conforme já mencionado anteriormente.

▪ A palavra de Aclamação

▪ A palavra de Aclamação Vivat (pronuncia-se Vivá) é a antiga saudação utilizada ainda
no inicio do Século XVIII. No Rito Francês ou Moderno, após a Revolução Liberal de
1789, ela foi substituída pela aclamação Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Vivat
tem o mesmo significado da saudação escocesa que se pronuncia Huzzé, Huzzé, Huzzé,
cuja tradução do hebraico é Vivá, Vivá, Vivá, que em latim corresponde ao Vivat, Vivat,
Vivat. Vivat deriva do verbo Latino 'Vivere' significando "VIDA" e expressa o profundo
querer por tudo o que existe. Os três Vivat, correspondem a estes três pedidos: "Que
Ele viva. Que todas as pessoas vivam, que toda a criação viva". Podemos lembrar-nos
de outras peculiaridades do Rito Adonhiramita, como o estalar dos dedos na aclamação,
a subida um a um dos degraus na circunavegação, a ausência das CCol.ʹ. Zodiacais, a
entrada em Procissão, a forma de executar a bateria do grau, além da cena da traição
e da câmara ardente na Sessão Magna de Iniciação. AAm.ʹ. llr.ʹ. em todos os seus graus
e qualidades, estas são algumas das principais peculiaridades da ritualística e da liturgia
do Rito Adonhiramita que o identificam e o diferenciam dos demais Ritos. Mas deixamos
bem claro, que estas peculiaridades não o tornam nem melhor e nem pior que os
demais ritos, apenas diferente, mas, com o mesmo objetivo de todos os Maçons e da
Maçonaria Universal, a busca do aperfeiçoamento de todos os seres humanos.

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