Sobre o Evangelho de Lucas

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O EVANGELHO DE LUCAS

O Evangelho Segundo Lucas (em grego: Τὸ κατὰ Λουκᾶν


εὐαγγέλιον; romaniz.: To kata Loukan euangelion) é o terceiro dos quatro evangelhos
canônicos do Novo Testamento (NT) da sagradas escrituras. A obra foi composta
em grego koiné.O livro contém ao todo 24 capítulos, 24 parábolas e 21 milagres.

AUTOR: Embora o autor não se identifique pelo nome, o testemunho unânime do


cristianismo primitivo e as evidências internas indicam a autoria de Lucas, um médico
grego (Cl 4.14).que viveu na cidade grega de Antioquia, na Síria Antiga. Ele não foi
testemunha ocular dos acontecimentos que narra no Evangelho (Lc 1.2), embora isso
não exclua a possibilidade de ter estado com os que seguiam a Jesus Cristo.
A primeira referência a Lucas encontra-se na Epístola a Filemon do
Apóstolo Paulo, no versículo 24. É mencionado também na epístola aos Colossenses,
4:14, chamado pelo Apóstolo Paulo de "O Médico Amado"bem como na segunda
epístola a Timóteo 4:11.
A segunda menção mais antiga a Lucas encontra-se no "Prólogo Anti-
Marcionita ao Evangelho de São Lucas", um documento que já foi datado do século
II, mas que recentemente já é considerado como do século IV. Contudo, Helmut
Koester defende que o seguinte excerto – a única parte preservada do documento
original, em grego – pode ter sido escrito, realmente no século II:
Tornou-se discípulo dos apóstolos e mais tarde seguiu a Paulo até ao seu
martírio. Tendo servido o Senhor com perseverança, solteiro e sem filhos, cheio da
graça do Espírito Santo, morreu com 84 anos de idade. pode ter sido um dos cristãos
do primeiro século que conviveu pessoalmente com os doze apóstolos.
Lucas foi o companheiro de Paulo, e segundo a quase unânime crença da antiga
igreja, escreveu o evangelho que é designado pelo seu nome, e também os Atos dos
Apóstolos.Parece que Lucas se juntou a Paulo em Trôade (At 16.10), e foi com ele até
à Macedônia - depois viajou com o mesmo Apóstolo até Filipos, onde tinha relações,
ficando provavelmente ali por certo tempo (At 17.1). Uns sete anos mais tarde,
quando Paulo, dirigindo-se a Jerusalém, visitou Filipos, Lucas juntou-se novamente
com ele (At 20.5). Se Lucas era aquele ‘irmão’, de que se fala em 2 Co 8.18, o
intervalo devia ter sido preenchido com o ativo ministério. Lucas acompanhou Paulo
a Jerusalém (At 21.18) e com ele fez viagem para Roma (At 21.1). E nesta cidade
esteve com o Apóstolo durante a sua primeira prisão (Cl 4.14 - Fm 24) - e achava-se
aí também durante o segundo encarceramento, precisamente pouco antes da morte de
Paulo (2 Tm 4.11). 

DATA: Tradicionalmente, a data de composição do Evangelho de Lucas é fixado


antes dos eventos finais do livro de Atos, entre os anos 59 e 63 d.C

DESTINATÁRIOS: O público alvo é a população de gentios de língua grega,


assegurando aos leitores que o cristianismo não era uma seita exclusivamente judaica,
mas uma religião mundial.
OBJETIVO DO LIVRO: O Evangelho de Lucas é especificamente endereçado a
Teófilo (Lucas 1:3;At 1.1), cujo nome significa "aquele que ama a Deus".  A maneira
mais natural de entender a expressão é que Teófilo é uma pessoa de verdade e
o mecenas de Lucas, provavelmente pagando os custos da publicação do livro, sendo
por isso a ele dirigido. O adjetivo "excelentíssimo" significa que Teófilo era uma
pessoa de posição.Teófilo, no entanto, era mais que um publicador. A mensagem
desse evangelho visava à instrução não só daqueles entre os quais o livro circularia,
mas também dele próprio (Lucas 1:4). Pensa-se que, como Marcos (e ao contrário
de Mateus), o público-alvo do Evangelho de Lucas são os gentios. O fato do
evangelho ser dirigido a Teófilo não reduz nem limita seu propósito.

O livro foi escrito para fortalecer a fé de todos os crentes e para reagir aos
ataques dos incrédulos. Foi apresentado para substituir relatórios desconexos e
infundados a respeito de Jesus. Lucas queria demonstrar que o lugar ocupado
pelo gentio convertido no reino de Deus basei-se nos ensinos de Jesus. Queria
recomendar a pregação do evangelho ao mundo inteiro.

De acordo com o prefácio do livro, o propósito é relatar o início


do cristianismo, enquanto procura o significado teológico da história. O evangelho
está dividido em três fases: a primeira termina com João Batista, a segunda consiste
no ministério terrestre de Jesus e a terceira é a vida da igreja após a ressurreição de
Cristo.
  O tema principal é Jesus, o salvador Divino. Ele é o único que conta qual o
método que o autor usou na sua composição. O conteúdo da introdução tem a
intenção de fortalecer a confiança do leitor naquilo que o Evangelho contará a
respeito de Cristo.
A obra tem uma ênfase especial sobre a oração, a atividade do Espírito Santo,
a alegria e o cuidado de Deus para com os pobres, as crianças e as mulheres. Lucas
apresenta Jesus como o Filho de Deus, mas volta sua atenção especialmente para a
humanidade d'Ele, com Sua compaixão para com os fracos, os aflitos e os
marginalizados.O Evangelho é escrito como uma narrativa histórica, muitos dos fatos
retratados nele são baseados em tradições orais e anteriores aos quatro evangelhos
canônicos.

CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS: A visão tradicional é que Lucas, que não foi


uma testemunha ocular do ministério de Jesus, escreveu seu evangelho após reunir as
melhores fontes de informação ao seu alcance (Lc 1:1-4), como afirma em seu
prólogo. 
Para a erudição crítica, a hipótese das duas fontes é a mais provável, ou seja, o
autor de Lucas usou como fontes para seu Evangelho o Evangelho de Marcos e o
hipotético documento Q, além do material exclusivo da Fonte L.A introdução da obra
mostra que o autor utilizou três fontes: várias narrações compostas antes dele (entre
elas o Evangelho de Marcos), informações recolhidas junto a testemunhas oculares e a
tradição oral da pregação apostólica.
O estilo do Evangelho constantemente lembra a septuaginta. As citações do
Antigo Testamento de Lucas são comumente tiradas daquela versão, e normalmente o
autor emprega as formas de nomes próprios achadas ali. Às vezes a linguagem de
Lucas contém hebraísmos e, às vezes, aramaísmos. Além disso, sua linguagem é mais
semítica nalguns trechos do que noutros. Esses fatos parecem melhor explicados
como sendo a reflexão das fontes de Lucas.
As parábolas neste capítulo, poderiam muito bem ter sido extraídas da própria vida

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