Caso Clinico

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UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

ERIC LIMA DA SILVA


UP19210864

ESTUDO DE CASO CLÍNICO


PACIENTE COM AMPUTAÇÃO SUPRAPATELAR POR DIABETES MELLITUS

FORTALEZA – CE
2022
INTRODUÇÃO
O diabetes mellitus (DM) destaca-se, no Brasil e no mundo, por sua
importância enquanto problema de saúde pública. O impacto epidemiológico
que produz é expresso nas crescentes taxas de morbidade e mortalidade e nas
conseqüentes seqüelas de incapacidade, como a cegueira, a retinopatia
diabética, a insuficiência renal terminal e as amputações de extremidades
inferiores (AEI) (ADA,1 1999).
Nos Estados Unidos, em 1995, a prevalência de amputações foi estimada
em 10% entre pessoas com diabetes (NIH, 12 1995).
Metade das AEI ocorre em diabéticos. Estudos indicam que a ulceração
dos pés precede cerca de 85% delas (NIH, 12 1995; ADA,2 1999). A longa
duração da doença, a hiperglicemia prolongada, a dislipidemia, os hábitos de
fumar e ingerir bebida alcoólica, a presença de neuropatia, de doença vascular
periférica e de lesões ulcerativas prévias são alguns dos fatores de risco para
AEI em pessoas com DM (Reiber, 13 1992; LEA,9 1995, Adler et al,4 1999; Moss
et al,11 1999).
As amputações de extremidades inferiores são cada vez mais frequentes
em pessoas com diabetes mellitus, tornando-se importante problema de saúde
pública, no Brasil e no mundo. presença de associações entre amputações e
variável
Existem algumas classificações para este distúrbio metabólico, com maior
predomínio se destaca a diabetes do tipo 1, conhecida também como diabetes
juvenil, pois o desenvolvimento ocorre principalmente durante a infância e
adolescência, nesse caso existe incapacidade de produção de insulina o que
torna o paciente tipo 1 em insulinodependente.
Há também diabetes tipo 2 ou diabetes tardio já que se desenvolve em
pacientes na faixa etária de 40/45 anos, nesse caso o indivíduo possui
resistência a ação da insulina, entretanto os sintomas podem ser controlados
sem a aplicação desta.
O mesmo corre o risco de futuramente ser insulinodependente, mais
especificamente a partir de seus 60 anos quando seu organismo pode já se
encontrar em um estado degenerativo.
Uma terceira classe, menos predominante é a diabetes gestacional, que
durante a gestação existe a dificuldade na manutenção da insulina e os pré-
diabéticos que ainda não possuem oficialmente este distúrbio, porém já
necessitam de cuidados. (BIANCO, 2018). Segundo as diretrizes da sociedade
brasileira de diabetes (2019),424,9 milhões de pessoas no mundo possuem
diabetes. Caso as tendências atuais persistam, estima-se que em 2045 o
número de pessoas com diabetes seja superior a 628,6 milhões. (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE DIABETES, 2019). 3 Após determinado tempo, os altos
índices glicêmicos originarão diversas lesões nos tecidos, decorrendo em
alterações micro e macrovasculares levando a disfunção, dano ou falência de
vários órgãos. (TAVARES et al., 2009).
Entre esses danos está à amputação, normalmente dos membros
inferiores, as quais estão relacionadas ao desenvolvimento de ulcerações, a
neuropatia e a vasculopatia periféricas que são os fatores mais importantes,
contudo, o comprometimento neural é a principal causa da maioria das lesões
no pé diabético. (BRASILEIRO et al., 2005).
A neuropatia pode representar-se sob três formas, primeiro a motora,
caracterizada por alteração da arquitetura do pé; segundo a autonômica que
resulta em redução da sudorese e alteração da microcirculação e terceira a
sensorial, a mais comum, na qual se observa perda da sensação protetora de
pressão, calor e propriocepção, sendo assim, os traumas nas suas mais
variadas intensidades não são percebidos pelos pacientes. (BRASILEIRO et
al., 2005).
A vasculopatia pode apresentar-se sob duas formas, porém a mais
relevante é a macroangiopatia que resulta em um processo aterosclerótico.
(BRASILEIRO et al., 2005). Aterosclerose é uma inflamação que ocorre na
parede das artérias devido ao acumulo de gordura, cálcio, entre outras
substâncias, e isso pode acarretar no estreitamento e enrijecimento das
mesmas, o que após determinado período de tempo gera a redução do fluxo
sanguíneo para região, diminuindo junto a distribuição de oxigênio e nutrientes
e resultando no comprometimento da função (Hospital Israelita Albert Einstein).
No membro inferior, os vasos mais afetados por arteriosclerose são as artérias
tibiais, sendo geralmente preservadas as artérias fibulares e as do pé.
(BRASILEIRO et al., 2005).

OBJETIVOS
GERAL: Desenvolver a sistematização da assistência de enfermagem a
paciente com amputação suprapatelar por diabetis mellitio.
ESPECÍFICOS:
• Descrever o caso clínico de um paciente com amputação suprapatelar por
diabetis mellitio;
• Elaborar um plano de cuidado com base na SAE .
• Estabelecer os resultados esperados relacionados aos Diagnósticos de
Enfermagem prioritários;
• Elencar as principais intervenções de enfermagem.

METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de caso descritivo, vivenciado pelos acadêmicos de
enfermagem, em um hospital de referência no município de Fortaleza/CE.
A pesquisa foi realizada em um Estágio Curricular do Curso de Graduação
em Enfermagem do Centro Universitário Estácio do Ceará, na Disciplina de
Ensino Clínico em Saúde da Mulher. Executamos atividades práticas em
hospital de referência em atendimento terciário, no setor de enfermarias do
alojamento conjunto.
A coleta de dados foi realizada durante o mês de setembro de 2019, o
levantamento de dados ocorreu através de entrevista, anamnese e/exame
físico e consulta ao prontuário.
Os dados foram analisados e os resultados apresentados de forma
descritiva utilizando-se a Taxonomia II da North American Nursing Diagnosis
Association (NANDA, 2018-2020), foram os Resultados esperados (NOC) e
posteriormente as Intervenções de Enfermagem de acordo com a Classificação
das Intervenções de enfermagem (NIC).
A pesquisa foi realizada a partir dessa vivência e a fundamentação teórica
foi a partir da busca na biblioteca virtual de saúde utilizando como ferramenta
os descritores: Parto Natural; Diagnósticos de Enfermagem; Exame físico e em
artigos disponíveis na íntegra no idioma português entre os anos de 2010 a
2019. Todo o procedimento realizado com a Paciente G.F.S foi esclarecido,
assim como a garantia de seu anonimato, dando-lhe o direito de desligar-se do
mesmo a qualquer momento, sendo respaldada a partir da Resolução 466/12
do conselho Nacional de Saúde para as pesquisas que envolvem seres
humanos (BRASIL, 2012).

RESULTADOS
Histórico

G.F.S, 56 anos, enfermaria 111.1, sexo masculino, casado, aposentado,


reside em Itapaje-CE com a parceira. Admitido no hospital Geral de Fortaleza
no dia 18/09/2019 por ruptura prematura da bolsa e contrações intrauterinas.
Nega tabagismo, alcoolismo e alergias medicamentosas até o momento.
Paciente diagnosticada previamente com asma o que a fez ser classificada
como um pré-natal de risco durante a gestação não ocorreram crises de Asma.
Fez acompanhamento na maternidade do próprio hospital terciário no total de
oito consultas de pré-natal, realizou todos os exames tendo o resultado
negativo em todos. Relata não ter sido uma gravidez planejada que ocorreu
durante a pausa do anticoncepcional (Diane 35), no entanto se trata de uma
gestação desejada pela mesma. No dia dezoito de setembro a Paciente deu
entrada no hospital com idade gestacional de 37S5D apresentando sintomas
pré-parto: dor; calafrio e cansaço. Evoluiu com boa dilatação o que permitiu a
realização de parto pela via vaginal dando a luz a uma Menina, pesando
3,800g, com 48 CM de comprimento, APGAR: 10, a paciente acabou tendo
laceração vaginal de nível 1, após a sutura da laceração a paciente seguiu
para o alojamento conjunto onde foi iniciado o aleitamento materno na primeira
hora de vida. Foram realizadas as orientações sobre a pega e a importância do
aleitamento materno.
Evolução:
Paciente J.B.D, 23 anos, sexo feminino, G1P1vA0, 1º DIH motivado por
dor e ruptura prematura da bolsa com idade gestacional de 37 semanas e 5
dias, residente em Fortaleza-CE, gestação não planejada. Evolui consciente
orientada no tempo e espaço, agitada, verbalizando suas necessidades,
deambulando com auxilio de cadeira de rodas, refere dor relacionada com as
contrações uterinas. Em dieta zero para a realização do parto por via vaginal.
Diurese presente sendo eliminada espontaneamente, a mesma relata
eliminações intestinais presentes. Paciente realizada suturação em Centro
Obstétrico de laceração perineal de nível 1. Trazendo CVP em MSD com soro
glicosado. Ao Exame Físico: normotensa (110x70 mmHG), dispneia, afebril
(36,7°C). Condutas de enfermagem realização de orientações sobre a
importância do aleitamento materno exclusivo nos 6 primeiros meses, da pega
correta do bebe, realizado ainda o contato pele a pele e amamentação ainda
na primeira hora após dar a luz. Segue sob os cuidados de enfermagem.

Diagnósticos (NANDA), Resultados Esperados (NOC) de Enfermagem e


Intervenções (NIC) DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM (NANDA)
RESULTADOS ESPERADOS (NOC) INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
(NIC)

CONCLUSÕES

A realização deste estudo de caso contribuiu de forma positiva para a


formação acadêmica e um conhecimento mais aprofundado sobre a
amputação suprapatelar por diabetes mellitus.
O contato com o paciente, o estudo da literatura sobre as patologias, o
estudo sobre as medicações, funções mentais e a realização da avaliação do
estado, possibilitou ampliar o conhecimento, despertar curiosidades, interesses
no campo da saúde e perder o medo e ansiedade frente à pacientes.
Por meio desta experiência e conhecimentos obtidos, foi proporcionado
prestar uma assistência de enfermagem mais adequada com base científica e
visão holística.
A realização do estudo de caso e a sistematização do mesmo foram
importantes, contribuirão com a formação acadêmica de colegas e para
conhecimento dos profissionais de saúde permitindo uma visão mais
abrangente da amputação suprapatelar por diabetes mellitus possibilitando
ações e cuidados mais efetivos com pacientes e familiares.

REFERÊNCIAS
Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São
Paulo, 2002.

BATISTA, N.N.L.A.L et al. Vivência de pessoas com diabetes e amputação de


membros. Revista Brasileira de Enfermagem, p. 244-250, 2012.

HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN. Aterosclerose. Acesso em: 29 de


setembro de 2019.

I.V.V (Instituto Vida Vascular). Doenças Vasculares. Acesso em: 05 de


novembro de2019.

LIDIA (Liga Interdisciplinar de Diabetes). Cicatrização no Diabetes. Acesso em:


05 de novembro de2019.

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