Edificações - Aula 22 - Resistência Dos Materiais

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Aula 22

Edificações p/ ITEP-RN (Perito Criminal - Engenharia Civil) Com videoaulas

Professor: Marcus Campiteli


Edificações ITEP-RN/2018
Teoria e Questões
Prof. Marcus V. Campiteli Aula 22

AULA 22: RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

SUMÁRIO PÁGINA

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 1

1. DEFORMAÇÕES E ANÁLISE DE TENSÕES 2

2. TORÇÃO 22

3. FLEXÃO 29

4. ESTADO PLANO DE TENSÕES 43

5. QUESTÕES COMENTADAS 54

6. QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 76

7. GABARITO 89

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 90

Esta aula baseia-se no livro “Resistência dos εateriais”, dos


autores Beer e Johnston.

Boa sorte a todos !

Qualquer dúvida é só enviar para o fórum.

Abraços!

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1 – DEFORMAÇÕES E ANÁLISE DE TENSÕES

A análise das deformações pode auxiliar na determinação das


tensões. Para determinar a real distribuição de tensões na peça, é
necessário visualizar as deformações que nela ocorrem.
Por exemplo, pode-se considerar a barra BC a seguir:

A força P provoca o alongamento da barra, obtendo-se um


diagrama tensão-deformação, a exemplo da figura a seguir:

Quanto maior o valor da força P, maiores são as deformações.


Este diagrama não pode ser usado diretamente para prever
deformações de barras de mesmo material, mas com outras
dimensões.
Para causar a mesma deformação em uma barra B’C’, de
comprimento L, mas com o dobro da área transversal, 2A, precisa-se
de uma força 2P. ζos dois casos o valor da tensão é a mesmo: =
P/A. A carga P aplicada à barra B”C” de mesma área A, mas com

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comprimento 2δ, provoca uma deformação 2. na barra, o dobro da


deformação produzida em BC. Nos dois casos, a deformação por
unidade de comprimento da barra é a mesma, igual a /δ. Essa
deformação por unidade de comprimento é chamada deformação
específica ( ).

Marca-se em um gráfico a tensão = P/A e a correspondente


deformação específica = /δ, obtendo-se uma curva que caracteriza
as propriedades do material e que não depende das dimensões da
barra em estudo. Essa curva é chamada diagrama tensão-deformação
específica, ou abreviadamente, diagrama tensão-deformação.
O diagrama tensão-deformação varia muito de material para
material, e, para um mesmo material, podem ocorrer resultados
diferentes em vários ensaios, dependendo da temperatura do corpo
de prova ou da velocidade de crescimento da carga.
Entre os diagramas tensão-deformação de vários grupos de
materiais é possível, no entanto, distinguir algumas características
comuns que possibilitam dividir os materiais em duas importantes
categorias: materiais dúcteis e materiais frágeis.

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Os materiais dúcteis, que compreendem o aço estrutural e


outros metais, caracterizam-se por apresentarem escoamento a
temperaturas normais. O corpo de prova é submetido a carregamento
crescente, e seu comprimento aumenta, de início, lentamente,
proporcionalmente ao carregamento. Desse modo, a parte inicial do
diagrama tensão-deformação é uma linha reta com grande
coeficiente angular. Quando se atinge um valor crítico de tensão, o
corpo de prova sofre uma longa deformação com pouco aumento de
carga.
Essa deformação é causada por deslizamento relativo de
camadas do material ao longo de superfícies oblíquas, ou seja, por
tensões de cisalhamento.

Quando o carregamento atinge um certo valor máximo, o


diâmetro do corpo de prova começa a diminuir, devido à perda de
resistência local. Esse fenômeno é conhecido como estricção. Após
isto, o corpo continua a se deformar com menor carregamento, até a
sua ruptura.
A ruptura ocorre segundo uma superfície em forma de cone,
que forma um ângulo aproximado de 45º com a superfície inicial do
corpo de prova, o que mostra que a ruptura dos materiais dúcteis
ocorre sob tensão de cisalhamento e que, com carga axial, as
maiores tensões de cisalhamento ocorrem em planos que formam
45º com a direção da carga.

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A y do diagrama acima corresponde ao início do escoamento e


é chamado de tensão de escoamento do material. A tensão u

corresponde à máxima carga aplicada ao material e é conhecida


como tensão última. E a tensão R corresponde ao ponto de ruptura e
chama-se tensão de ruptura.
Materiais frágeis, como o ferro fundido, vidro e pedra,
caracterizam-se por uma ruptura sem nenhuma mudança sensível no
modo de deformação do material. Assim, nos materiais frágeis, não
existe diferença entre tensão última e tensão de ruptura. A
deformação até a ruptura é muito menor nos materiais frágeis do que
nos materiais dúcteis, conforme o diagrama a seguir.

Não ocorre estricção nos materiais frágeis e a ruptura ocorre


em uma superfície perpendicular ao carregamento. Daí conclui-se que
a ruptura dos materiais frágeis deve-se principalmente às tensões
normais.
Seguem exemplos de diagramas tensão-deformação:

Esses diagramas mostram que o aço estrutural e o alumínio,


ambos materiais dúcteis, apresentam diferente comportamento no
escoamento.

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No primeiro, as tensões permanecem constantes para uma


grande variação das deformações após o início do escoamento. Em
seguida, a tensão cresce para que o material continue a alongar, até
atingir a tensão U. Isso ocorre devido a uma propriedade do material
conhecida como recuperação. A tensão de escoamento do aço
estrutural é obtida por observação dos valores da carga durante o
teste de tração. Após um período de crescimento constante, observa-
se que a carga cai subitamente para um valor ligeiramente menor,
que se torna invariável durante a ocorrência do escoamento. Quando
o teste é realizado cuidadosamente, é possível distinguir entre o valor
superior de escoamento, correspondente à força que atua
imediatamente antes do escoamento. Como o valor superior é
momentâneo, adota-se o valor inferior para a determinação da
tensão de escoamento do material.
No caso do alumínio e de muitos outros materiais dúcteis, o
início do escoamento não se caracteriza pelo trecho horizontal do
diagrama (patamar de escoamento). Mas sim, as tensões continuam
aumentando até que a tensão última é alcançada. Começa então a
estricção que pode levar à ruptura. A tensão convencional de
escoamento é obtida tomando-se no eixo das abscissas a deformação
específica = 0,2% e por esse ponto traçando-se uma reta paralela
ao trecho linear inicial do diagrama. A tensão y corresponde ao
ponto de interseção dessa reta com o diagrama, a qual é definida
como tensão convencional a 0,2%.

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Os testes de tração são efetuados com os materiais à


temperatura ambiente. Entretanto, um material dúctil à temperatura
ambiente pode apresentar características de material frágil a
temperaturas muito baixas, enquanto um material frágil pode
apresentar-se como material dúctil a altas temperaturas. Portanto,
para temperaturas diferentes do ambiente devemos nos referir a uma
material em estado dúctil ou um material em estado frágil.
Uma medida usual da ductibilidade de um material é o seu
alongamento percentual, dado pela fórmula:

Onde Lo e LR são, respectivamente, o comprimento inicial do


corpo de prova e seu comprimento final no instante da ruptura.
Outra medida da ductibilidade que pode ser usada é a redução
percentual da área, definida como:

Onde Ao e AR são, respectivamente, a área da seção transversal


do corpo de prova e a área mínima antes da ruptura. Para o aço
estrutural, uma redução de 60 a 70% é comum.
Se em vez de teste de tração o corpo de prova de material
dúctil recebesse uma carga de compressão, o diagrama tensão-
deformação seria o mesmo, desde o trecho reto inicial, passando pelo
trecho de escoamento e pelo de recuperação do material. Para o aço,
a tensão de escoamento é a mesma para a tração e a compressão.
Para altos valores de deformação específica, o comportamento nos
dois casos passa a ser diferente e a estricção não ocorre na
compressão.

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Na maior parte dos materiais frágeis, a tensão última de


compressão é muito maior que a tensão última na tração. Isso se
deve a imperfeições do material, como fendas e cavidades, que
debilitam o material, diminuindo sua resistência à tração.

1.1 – Lei de Hooke – módulo de elasticidade

As estruturas correntes são projetadas para sofrerem pequenas


deformações, dentro do trecho reto do diagrama tensão-deformação.
Na parte inicial do diagrama, a tensão é diretamente
proporcional à deformação específica , conforme a seguinte fórmula:
= E. . O coeficiente E chama-se módulo de elasticidade do
material, ou módulo de Young.
Ao maior valor da tensão para a qual a Lei de Hooke é válida
denomina-se limite de proporcionalidade do material. Quando o
material é dúctil e possui início de escoamento em um ponto bem
definido do diagrama, o limite de proporcionalidade coincide com o
ponto de escoamento.
Algumas propriedades físicas dos materiais estruturais, como
resistência, ductibilidade, resistência à corrosão etc, podem ser
modificadas por tratamento térmico, pela presença de ligas metálicas
ou pelo próprio processo usado na sua manufatura, conforme os
diagramas a seguir:

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Nota-se que existem várias diferenças de tensões de


escoamento, tensões últimas e valores finais de deformação
específica (ductibilidade) para esses metais. Todos eles, entretanto,
têm o mesmo módulo de elasticidade dentro da região linear do
diagrama. O módulo de elasticidade também é denominado de
rigidez, que representa a capacidade de resistir a deformações.

1.2 - Comportamento Elástico e Comportamento Plástico

Um material tem comportamento elástico quando as


deformações causadas por um certo carregamento desaparecem com
a retirada do carregamento. Chama-se limite de elasticidade do
material ao maior valor de tensão para o qual o material ainda
apresenta comportamento elástico.
Se o material tem o início de escoamento bem definido, o limite
de elasticidade e o limite de proporcionalidade coincidem com a
tensão de escoamento. Assim, o material comporta-se como elástico
enquanto as tensões mantêm-se abaixo do valor do escoamento.
Se o material atinge o escoamento e se deforma, quando a
carga é retirada, as tensões e deformações decrescem de maneira
linear, ao longo de uma linha reta CD paralela à reta AB da curva de
carregamento, conforme a figura a seguir:

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O fato de não retornar ao ponto zero indica que o material


sofreu uma deformação permanente ou plástica. Para a maior parte
dos materiais, a deformação plástica não depende apenas da tensão
máxima a que o material fica sujeito, mas também do tempo
decorrido até a retirada do carregamento. A parcela da deformação
plástica que depende da tensão é chamada de deformação lenta do
material e a parcela que depende do tempo de carregamento, e da
temperatura, é chamada de fluência.

1.3 - Cargas Repetidas – Fadiga:

Uma certa carga, que produza tensões dentro de valores do


regime elástico, ao ser repetida muitas vezes, faz o corpo de prova
retornar às condições iniciais quando é retirado o carregamento,
quando um número de repetições da ordem de dezena ou centena.
Para um número de repetições do carregamento da ordem de
milhares ou milhões de vezes, essa situação deixa de ser válida.
Nesses casos, a ruptura ocorre a uma tensão bem abaixo da tensão
de ruptura obtida no carregamento estático. A esse fenômeno dá-se o
nome de fadiga. A ruptura por fadiga é sempre uma ruptura frágil,
mesmo para materiais dúcteis.
A figura abaixo mostra uma curva típica – n para o aço. O
número de ciclos necessário para causar a ruptura é relativamente
baixo para valores altos da tensão aplicada. À medida que a
intensidade das tensões vai baixando, o número de ciclos de
carregamento necessário para causar a ruptura aumenta, até que se

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atinge um valor das tensões conhecido como limite de duração, para


o qual a ruptura não ocorre, mesmo para um número muito grande
de ciclos. Para o aço de baixo teor de carbono, o limite de redução à
aproximadamente metade da tensão de ruptura do aço.

(Liquigas/2013 – Cesgranrio) Considere as informações a


seguir para responder às questões de 51 a 53.

Um pilar de concreto (fc28 = 50 MPa) de 20 cm x 20 cm recebe


uma carga normal concêntrica de 200 kN. Em determinada
altura abaixo, ele recebe mais 2,2 MN e tem sua seção
transversal aumentada, conforme esquemas a seguir.

1) 51 - A carga atuante em S2, em relação à carga atuante


em S1, vale

(A) 120%

(B) 500%

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(C) 840%

(D) 1000%

(E) 1200%

2) 52 - Considere as seguintes faixas, nas quais x ≤ Fn < y

As tensões em S1 e S2, comparadas à resistência


característica do concreto (fc28), encontram-se,
respectivamente, nas faixas

(A) F1 e F4

(B) F1 e F6

(C) F2 e F5

(D) F3 e F2

(E) F4 e F5

3) 53 - Ao fazer uma vistoria nesse pilar, foi detectado que


houve uma redução de 5 cm de espessura em direção ao
centro do pilar, em cada uma das quatro faces, onde se situa a
seção S2, durante sua construção. Independentemente de
qualquer outro fator, a tensão nessa seção transversal, em
relação à projetada,

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(A) se manteve constante.

(B) ficou reduzida à metade.

(C) ficou reduzida à terça parte.

(D) passou a valer 1,5 vez o valor anterior.

(E) passou a valer 2 vezes o valor anterior

4) (42 – Analista Legislativo-SP/2010 – FCC) Uma barra de


aço com 20 cm2 de área da seção transversal e comprimento
de 2 m, submetida a uma carga axial de tração de 30 kN,
apresenta um alongamento de 0,15 mm. O módulo de
elasticidade do material, em GPa, é

(A) 100

(B) 200

(C) 250

(D) 350

(E) 450

5) (75 – TCE-AM/2012 – FCC) Após a aplicação de uma


carga axial de tração de 60 kN em uma barra de aço, com
módulo de elasticidade longitudinal de 200 GPa, comprimento
de 1,0 m e área da seção transversal de 10 cm2, o
alongamento produzido na barra, em mm, é

(A) 0,003

(B) 0,030

(C) 0,300

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(D) 3,000

(E) 30,00

6) (47 – MPE-SE/2009 – FCC) Considere a ilustração a


seguir.

Se a uma barra de aço, cujo comportamento estrutural é


ilustrado no gráfico tensão-deformação, com comprimento de
1 m e área da seção transversal de 10 cm2, for tracionada por
uma força axial de 20 kN, o seu alongamento será

(A) 10,0 mm.

(B) 1,0 mm.

(C) 0,1 mm.

(D) 0,01 mm.

(E) 0,001 mm.

7) (50 – MPU/2007 – FCC) A deformação de uma barra de


aço Ø16 mm por uma força de tração de 9,0 tf é, em cm, de:

Dados:
Comprimento da barra = 12,0 m

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Módulo de elasticidade do aço


(E) = 2 × 106 Kgf/cm2

(A) 5,4.
(B) 4,7.
(C) 3,8.
(D) 3,4.
(E) 2,7.

8) (54 – MPE-SE/2009 – FCC) Uma barra de aço CA 50 com


diâmetro de 16 mm foi ensaiada à tração. Como a barra
apresentou um alongamento de 8 mm, tomando-se como base
o comprimento de 10 diâmetros, a deformação específica da
barra é

(A) 5%.
(B) 12%.
(C) 20%.
(D) 32%.
(E) 50%.

9) (43 – Analista Legislativo-SP/2010 – FCC) Sobre o


diagrama tensão × deformação dos aços estruturais, é correto
afirmar:

(A) Na região plástica, as tensões são diretamente


proporcionais às deformações.

(B) O escoamento é a fase inicial do ensaio de tração do aço.

(C) Durante a fase de escoamento, não se verificam


deformações significativas no aço.

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(D) Existem basicamente as regiões elástica e plástica.

(E) Encruamento é a perda de resistência do aço após o


escoamento.

10) (60 – TCE-SE/2011 – FCC) Para o cálculo e


dimensionamento à flexão de uma viga de concreto armado de
um edifício, no estado limite último, utilizou-se o módulo de
deformação tangente inicial com valor de 28.000 MPa. Para as
análises elásticas de projeto, especialmente a verificação dos
estados limites de serviço, deve-se utilizar o módulo de
elasticidade secante, cujo valor, em MPa, é

(A) 11.200
(B) 14.000
(C) 23.800
(D) 35.400
(E) 56.000

11) (37 – MPE-SE/2009 – FCC) Em regime elástico, a


propriedade do aço de absorver energia mecânica é
denominada

(A) plasticidade.

(B) resiliência.

(C) fluência.

(D) ductilidade.

(E) elasticidade.

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12) (55 – MPE-SE/2009 – FCC) Uma barra de aço CA 60, que


será utilizada na construção de uma estrutura de concreto
armado, foi ensaiada à tração. O valor mínimo de tensão de
escoamento que a barra deverá suportar é

(A) 60 MPa.
(B) 600 GPa.
(C) 60 GPa.
(D) 6 GPa.
(E) 600 MPa.

1.4 - Problemas estaticamente indeterminados

Uma estrutura é estaticamente indeterminada toda vez que


estiver ligada a mais suportes do que o necessário para manter o seu
equilíbrio. O número de reações a calcular é maior que o número de
possíveis equações de equilíbrio.

- Método da Superposição

Nas estruturas estaticamente indeterminadas é comum chamar


um dos suportes da estrutura de superabundante e eliminá-lo para
resolver o problema.
Não é possível modificar as condições iniciais do problema de
modo arbitrário, então a reação proporcionada pela ligação
superabundante deve ser mantida na resolução. Essa reação
superabundante será tratada como uma força desconhecida, que,
juntamente com as demais forças aplicadas, deve levar à estrutura
valores de deformações compatíveis com as ligações originais.
A solução do problema é conduzida considerando-se
separadamente as deformações causadas pelas cargas aplicadas e

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aquelas provenientes da ação da reação superabundante. Essas


deformações, ao final da resolução, são somadas – ou superpostas –
para a obtenção do resultado final.
Portanto, este método se baseia no princípio da superposição,
que afirma que o efeito provocado em uma estrutura por
determinado carregamento combinado pode ser obtido
determinando-se separadamente os efeitos dos vários carregamentos
e combinando-se os resultados obtidos. Duas condições se fazem
necessárias para a aplicação do princípio:
- cada efeito é diretamente proporcional à carga que o
produziu;
- a deformação causada por qualquer dos carregamentos é
pequena e não afeta as condições de aplicação dos outros
carregamentos.
No caso do estado múltiplo de carregamento, a primeira
condição será satisfeita se as tensões não excederem o limite de
proporcionalidade do material, enquanto a segunda condição fica
satisfeita se as tensões em uma das faces não causarem em outra
face dos elementos deformação que possa alterar o cálculo das
tensões nessa face.

1.5 - Coeficiente de Poisson

Em todos os materiais, o alongamento produzido por uma força


P na direção dessa força é acompanhado por uma contração em
qualquer direção transversal.
Assumindo que o material é isotrópico, ou seja, que suas várias
propriedades mecânicas independem da direção considerada, a
deformação específica deve ser a mesma para qualquer direção
transversal: z = y. Esse valor é chamado de deformação específica
transversal. O valor absoluto da relação entre a deformação

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específica transversal e a deformação específica longitudinal é


chamado coeficiente de Poisson:

1.6 - Deformação de Cisalhamento:


b

A figura abaixo mostra um caso de estado de tensões geral,


onde estão presentes as tensões de cisalhamento ( yx, xz, zy). As
deformações de cisalhamento tenderão a deformar o cubo elementar
em um paralelepípedo oblíquo.

Considere-se um cubo elementar de lado unitário sujeito às


tensões de cisalhamento xy, yx, aplicadas às faces do cubo,
perpendiculares, respectivamente, aos eixos x e y, conforme figura a
seguir:

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O elemento deforma-se assumindo a forma de um rombóide de


lado unitário, conforme a figura a seguir:

Dois dos ângulos formados pelas quatro faces do cubo que


estão sob tensão se reduzem para o valor ( /2 – xy), enquanto os
outros dois aumentam do valor /2 para o valor ( /2 + xy).

O pequeno ângulo xy (expresso em radianos) define a


distorção do cubo e é chamado deformação de cisalhamento
correspondente às direções x e y. Quando a deformação provoca uma
redução no ângulo formado pelas faces orientadas segundo os eixos x
e y, respectivamente, a deformação de cisalhamento xy é positiva.
De modo contrário, ela é negativa.
Marcando-se em um gráfico os valores xy e os valores
correspondentes de xy, obtém-se o diagrama tensão-deformação de
cisalhamento para o material em estudo. Isso pode ser conseguido
realizando-se um teste de torção. O diagrama é semelhante àquele
das tensões normais obtido para o mesmo material por um teste de
tração. Todavia, valores tais como escoamento, tensão última etc.,

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para um certo material, resultam em torno de metade dos valores


obtidos no ensaio de tração desse material. Como no caso das
tensões e deformações específicas normais, a parte inicial do
diagrama tensão-deformação no cisalhamento é uma linha reta. Para
os valores de tensão que não excedam o limite de proporcionalidade
no cisalhamento, escreve-se (materiais homogêneos e isotrópicos):

Essa relação é a Lei de Hooke


3 para tensões e deformações de
cisalhamento, e a constante G é chamada módulo de elasticidade
transversal do material. Esse módulo é menor que a metade e maior
que um terço do módulo de elasticidade E do mesmo material.
O módulo de elasticidade transversal G apresenta a seguinte
relação com o módulo de elasticidade E e o coeficiente de Poisson:

13) (50 - MPE-SE/2009 – FCC) A ligação da figura está unida


por um parafuso com diâmetro de 20 mm e submetida a uma
força de tração P = 31,42 kN.

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Nessas condições, a tensão de cisalhamento no parafuso é

(A) 500 MPa.

(B) 100 MPa.

(C) 50 MPa.

(D) 10 MPa.

(E) 5 MPa.

2 – TORÇÃO

Peças submetidas a torção são encontradas em muitas


aplicações, sendo o caso mais comum o dos eixos de transmissão,
utilizados para transmitir potência de um ponto a outro, como no
caso de uma turbina a vapor ligada a um gerador de eletricidade, ou
de motores acoplados a máquinas e ferramentas, bem como no caso
da transmissão de potência do motor de um carro ao eixo.
No caso da turbina, constata-se que ela exerce sobre o eixo o
momento torcional ou torque T, e o eixo exerce sobre o gerador um
torque de mesma intensidade. O gerador reage, exercendo sobre o

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eixo o momento torcional contrário T’, da mesma maneira que a


reação ao eixo à ação da turbina é também o momento torcional T’.

Uma importante propriedade dos eixos circulares é que quando


um eixo circular é submetido à torção, todas as seções transversais
permanecem planas e indeformadas, ou seja, embora as várias
seções transversais ao longo do eixo girem em diferentes ângulos,
cada seção transversal gira como um disco sólido e rígido.
Esta propriedade é característica das barras circulares, sejam
elas cheias ou vazadas. Não vale para elementos de seção transversal
não circular, a exemplo da barra de seção transversal quadrada da
figura a seguir, submetida à torção, em que suas várias seções

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transversais empenam, sofrendo deslocamentos longitudinais e não


permanecem planas.

As seções transversais de uma barra circular permanecem


planas e indeformadas porque uma barra circular é axissimétrica, isto
é, sua aparência permanece a mesma quando ela é vista de uma
posição fixa e girada sobre seu próprio eixo por um ângulo arbitrário.
Já as barras quadradas, mantêm a mesma aparência somente se
forem giradas de 90º ou 180º.
Com essa propriedade das barras circulares, pode-se
determinar a distribuição de deformações específicas de cisalhamento
em um eixo circular e concluir que a deformação específica de
cisalhamento varia linearmente com a distância ao centro do eixo.
A figura seguinte mostra de que forma a torção atua sobre uma
barra circular:

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Se todas as seções da barra, de uma extremidade a outra,


devem permanecer planas e indeformadas, deve-se garantir que os
momentos sejam aplicados de maneira que as extremidades da barra
permaneçam planas e indeformadas, o que pode ser conseguido
aplicando-se os momentos T e T’ a discos rígidos presos
solidariamente às extremidades da barra, conforme a seguir:

Todos os círculos igualmente espaçados girarão a mesma


quantidade em relação aos seus vizinhos, e cada uma das linhas
retas será transformada em uma curva (hélice), interceptando os
vários círculos com o mesmo ângulo.
Considerando a barra da figura abaixo, presa a um suporte em
uma das suas extremidades, constata-se que se um torque T é
aplicado à outra extremidade, a barra sofrerá rotação, com sua
extremidade livre girando de um ângulo Ø chamado ângulo de torção.
Dentro de um certo intervalo de valores de T, o ângulo de torção Ø é
proporcional a T. Verifica-se também que Ø é proporcional ao
comprimento L da barra.

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A deformação de cisalhamento em dado ponto de uma barra


circular em torção é proporcional ao ângulo de torção Ø e à distância do
eixo da barra. Assim, a deformação de cisalhamento em uma barra
circular varia linearmente com a distância do eixo da barra, conforme
figura a seguir.

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Com isso, conclui-se que a deformação de cisalhamento é


máxima na superfície da barra onde = c, obtendo as equações:

A figura abaixo mostra a distribuição de tensões em uma barra


circular cheia de raio c e em uma barra circular vazada.

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A tensão de cisalhamento a qualquer distância do eixo da


barra circular pode ser obtida pela equação:

Onde J é o momento polar de inércia da seção transversal em


relação ao ponto O.
Os materiais dúcteis geralmente falham em cisalhamento. Por
isso, um corpo de prova de material dúctil, quando submetido à
torção, rompe-se ao longo de um plano perpendicular ao seu eixo
longitudinal. Por outro lado, materiais frágeis falham mais em tração
do que em cisalhamento. Assim, quando submetido à torção, um
corpo de prova de material frágil tende a se romper ao longo das
superfícies perpendiculares à direção na qual a tensão de tração é
máxima, isto é, ao longo das superfícies que formam um ângulo de
45º com o eixo longitudinal do corpo de prova, conforme as figuras
seguintes:

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O torque T aplicado a um eixo quando ele transmite uma


potência P pode ser obtida pela fórmula:

==b739f==

Onde f é a frequência de rotação, isto é, número de rotações


por segundo.

3 – FLEXÃO

Temos como exemplo de corpos sob flexão pura elementos


prismáticos submetidos a momentos fletores ε e ε’ iguais e opostos
atuando no mesmo plano longitudinal.

Outro exemplo seria uma barra com pesos iguais nas


extremidades e a distâncias iguais dos apoios intermediários,
conforme o esquema a seguir:

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Devido à simetria do diagrama de corpo livre da barra, as


reações nos apoios devem ser iguais e opostas aos pesos. Portanto,
com relação à parte média CD da barra, os pesos e as reações podem
ser substituídos por dois momentos fletores iguais e opostos,
mostrando que a parte central da barra está em flexão pura. Uma
análise similar do eixo de um pequeno trailer mostraria que, entre os
dois pontos em que ele está o preso ao trailer, o eixo está em flexão
pura.
Voltando à barra AB acima, submetida a conjugados iguais e
opostos ε e ε’, observa-se que se uma seção da barra AB for cortada
em algum ponto arbitrário C, as condições de equilíbrio da parte AC
da barra requerem que os esforços internos na seção sejam
equivalentes ao conjugado M. Assim, os esforços internos em
qualquer seção transversal de uma barra de seção simétrica em
flexão pura são equivalentes ao conjugado. O momento M daquele
conjugado é chamado de momento fletor na seção, conforme a figura
a seguir:

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Cabe lembrar que um momento fletor M consiste em duas


forças iguais e opostas e que a soma dessas forças em qualquer
direção é zero.
Ao analisar as deformações provocadas pelos momentos M e
ε’, verifica-se que o elemento sofrerá flexão fazendo com que a linha
AB, antes reta, transforme-se em um arco de circunferência de centro
C, e que AB diminuirá seu comprimento enquanto A’B’ se tornará
mais longa:

Em qualquer ponto de uma viga delgada em flexão pura, tem-


se um estado de tensão uniaxial.
Considerando que AB e A’B’, respectivamente, diminuem e
aumentam em comprimento, nota-se que a deformação x e a tensão
x são negativas na parte superior da viga (compressão) e positivas
na parte inferior (tração). Isso permite concluir que existe uma
superfície paralela às faces superior e inferior da viga onde x e x são
zero. Essa superfície chama-se superfície neutra. Ela intercepta o
plano de simetria ao longo de um arco de circunferência denominada
linha neutra:

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A deformação normal longitudinal específica x varia


linearmente com a distância y da superfície neutra.
Se a viga possui um plano vertical e horizontal de simetria (p.e.
uma viga com seção transversal retangular), e se a curva tensão-
deformação específica é a mesma em tração e compressão, a
superfície neutra coincidirá com o plano de simetria.
No regime elástico, a tensão normal varia linearmente com a
distência da superfície neutra:

Em uma viga submetida à flexão pura, desde que as tensões


permaneçam no regime elástico, a linha neutra passará pelo centro
geométrico, ou centróide, da seção transversal.

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A tensão normal x para qualquer distância y da linha neutra


pode ser obtida pela fórmula de flexão em regime elástico:

Onde I é o momento de inércia ou momento de segunda ordem


da seção transversal em relação a um eixo que passa pelo centro
geométrico e é perpendicular ao plano do momento fletor M.
A tensão x provocada pela flexão da viga é chamada de tensão
de flexão.
A relação I/c depende somente da geometria da seção
transversal. Essa relação é chamada módulo de resistência W. Para
obtenção da tensão máxima m, aplica-se a fórmula:

Em uma viga de madeira com seção transversal retangular de


largura b e altura h, tem-se:

W = I/c = [(b.h3/12)/(h/2)] = (b.h2)/6 = (A.h)/6

Isso mostra que no caso de duas vigas com a mesma área A de


seção transversal, a viga com altura h maior terá um módulo de
resistência maior e, portanto, uma maior capacidade para resistir à
flexão.

14) (15 - Petrobras/2010 – Cesgranrio) Um pilar com seção


transversal circular de 1600 cm2 recebe uma carga de 300 kN
concêntrica e repassa para uma base circular com raio de 1,00
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m, com uma excentricidade de 10 cm. Desprezando o peso


próprio do pilar, o momento transmitido para o eixo da base,
referente a esta excentricidade, em N.m, vale

(A) 3.000

(B) 15.000

(C) 30.000

(D) 45.000

(E) 60.000

3.1 - Deformações em uma Seção Transversal

Considerando o efeito do coeficiente de Poisson, em uma viga


sob flexão pura, com compressão acima da superfície neutra e tração
abaixo, verifica-se que os elementos localizados acima da superfície
neutra expandirão nas direções y e z, enquanto os elementos
localizados abaixo contrairão:

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Pela figura verifica-se que a linha neutra da seção transversal


encurvar-se-á em um arco de circunferência de raio ’ = / , sendo
o coeficiente de Poisson. O centro C’ dessa circunferência está
localizado abaixo da superfície neutra (neste caso de M > 0), isto é,
do lado oposto do centro de curvatura C da viga. O inverso do raio de
curvatura ’ representa a curvatura da seção transversal e é
chamado de curvatura anticlástica.
No caso das vigas sob flexão pura, no regime elástico, de
material homogêneo que segue a Lei de Hooke, considera-se que
todas as seções transversais devem permanecer planas e isentas de
tensões de cisalhamento.

3.2 – Carregamento Axial Excêntrico em um Plano de Simetria

A distribuição de tensões na seção transversal de uma viga sob


carregamento axial pode ser considerada uniforme somente se a
linha de ação das cargas P e P’ passa pelo centróide da seção

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transversal (carregamento centrado). Quando a linha de ação das


forças não passa pelo centróide da seção transversal, o carregamento
é excêntrico.
Considerando-se uma análise a barras que possuem um plano
de simetria e assumindo que as forças são aplicadas no plano de
simetria da barra, tem-se que, na figura abaixo, os esforços internos
que atuam sobre uma seção transversal podem ser representados por
uma força F aplicada no centróide C da seção e um momento fletor M
atuando no plano de simetria da barra.

As condições de equilíbrio do corpo livre AC requerem que a


força F seja igual e oposta a P’, e que o momento fletor ε seja igual e
oposto ao momento de P’ em relação a C. Chamando de d a distência
do centróide C até a linha de ação AB das forças P e P’, tem-se:

Observa-se que os esforços internos na seção poderiam ter sido


representados pela mesma força e momento se a parte reta DE da
barra AB tivesse sido destacada e submetida às forças P e P’ e aos
momentos fletores ε e ε’, conforme a seguir:

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Assim, a distribuição de tensões devido ao carregamento


excêntrico original pode ser obtida pela superposição da distribuição
uniforme de tensão correspondente às forças centradas P e P’ e da
distribuição linear correspondente aos momentos fletores ε e ε’.

Essa situação pode ser representada pela equação:

A relação obtida que a distribuição de tensões ao longo da


seção é linear mas não uniforme.
ζo caso abaixo, a linha da seção ao longo da qual x = 0
representa a linha neutra dessa seção.

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Esses resultados são válidos quando satisfeitas as condições de


aplicabilidade do princípio da superposição e do princípio de Saint-
Vernant, o que significa que as tensões envolvidas não devem
ultrapassar o limite de proporcionalidade do material. Esse requisito
mostra que o método da superposição não pode ser aplicado às
deformações plásticas.

3.3 - Flexão Assimétrica

Neste caso, a distribuição de tensões provocada pelo momento


M assimétrico é obtida superpondo-se as componentes de
distribuições de tensões nos planos correspondentes:

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3.4 – Vigas

As vigas são classificadas de acordo com a maneira como são


vinculadas ou apoiadas.

Às vezes duas ou mais vigas são conectadas por articulações


para formar uma estrutura única e contínua.

Considerando-se a viga AB abaixo, simplesmente apoiada,


sujeita a duas forças concentradas e uma força uniformemente
distribuída. Para determinarmos os esforços internos em uma seção
do ponto C, primeiro desenhamos o diagrama de corpo livre da viga
inteira para obter as reações nos apoios. Cortando a viga em C,
desenha-se o diagrama de corpo livre de AC, por meio da qwual
determina-se a força cortante V e o momento fletor M.

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O momento fletor M provoca tensões normais na seção


transversal, enquanto a força cortante V provoca tensões de
cisalhamento naquela seção. Na maioria dos casos, o critério
dominante no projeto de uma viga quanto à resistência é o valor
máximo da tensão normal na viga.
A distribuição de tensões normais em uma seção depende
somente do valor do momento fletor M naquela seção e da geometria
da seção. A tensão em um ponto da seção pode ser obtida pela
fórmula:

Onde I é o momento de inércia da seção transversal em relação


a um eixo que passa pelo centróide da seção transversal
perpendicular ao plano do momento, y é a distância da superfície
neutra.

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O valor máximo da tensão normal na viga ocorre na seção onde


M é maior.

3.5 - Relações entre Força, Força Cortante e Momento Fletor

Chamando de w a força distribuída por unidade de comprimento


(supondo-a positiva de cima para baixo), escreve-se:

Ou, na forma integrada:

VD – VC = -(área sob a curva da força entre C e D)


MD – MC = área sob a curva da força cortante entre C e D

Os pontos da viga onde o momento fletor é máximo ou mínimo


são pontos onde a força cortante é zero.

15) (42 – Fundação Casa/2013 – VUNESP) Para vigas em


balanço com uma carga concentrada P, comprimento da barra
L; módulo de elasticidade do material E; momento de inércia I
da seção transversal, a flecha na extremidade livre é dada por
y. Para a viga de 2 m da figura, com a aplicação de uma carga

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concentrada de 48 kN, de seção transversal retangular de


altura 20 cm e largura 12 cm, de material com E = 20 GPa,

o valor da flecha na extremidade livre é

(A) 1 cm.

(B) 5 cm.

(C) 8 cm.

(D) 10 cm.

(E) 12 cm.

16) (46 – UFTM/2013 – VUNESP) Para a viga em balanço


(esquematizada na figura) submetida a uma carga
concentrada P na extremidade livre, a flecha na extremidade
livre é dada por y (onde l é o comprimento da barra; E é o
módulo de elasticidade do material; I é o momento de inércia
da seção transversal). Para a viga com seção transversal
retangular de altura h = 20 cm e largura b = 12 cm, e material
com módulo de elasticidade E = 20 GPa, o valor da flecha na
extremidade livre é:

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(A) 5 mm.

(B) 10 mm.

(C) 20 mm.

(D) 25 mm.

(E) 30 mm.

4 – ESTADO PLANO DE TENSÕES

O estado mais geral de tensões em um ponto Q pode ser


representado por seis componentes: x, y, z, xy, yz e zx, sendo os
três primeiros as tensões normais exercidas nas faces de um pequeno
elemento cúbico, centrado em Q e de mesma orientação que os eixos
coordenados, e as outras três as componentes de tensões de
cisalhamento no mesmo elemento, conforme a figura a seguir:

O mesmo estudo de tensões poderá ser representado por um


conjunto diferente de componentes, se os eixos coordenados
sofrerem uma rotação.

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O estado plano de tensões ocorre quando duas das faces do


cubo elementar encontram-se isentas de tensões. Sendo o eixo z
perpendicular a essas faces, temos z = zx = zy = 0, permanecendo
somente x, y e xy. Com isso, temos:

Determinação das componentes de tensão x’, y’ e x’y’

referentes ao cubo elementar rodado de um ângulo em torno do


eixo z, em função das componentes x, y e xy e .

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Somando-se membro a membro das equações acima, obtém-


se:

Com isso, verifica-se que a soma das tensões normais de um


elemento submetido a um estado plano de tensões independe da
orientação desse elemento.

4.1 – Tensões Principais e Tensão de Cisalhamento Máxima

As equações apresentadas acima são as equações paramétricas


de uma circunferência. Relacionando matematicamente as equações
acima com o intuito de eliminar o ângulo , obtém-se o seguinte:

Fazendo:

Obtém-se a identidade:
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Que é a equação de uma circunferência de raio R com centro no


ponto C de abscissa media e ordenada 0, conforme a seguir:

O ponto A corresponde ao máximo valor da tensão


normal x e o ponto B corresponde ao menor valor dessa
tensão. Ao mesmo tempo, os dois pontos correspondem a um
valor nulo de tensão de cisalhamento.

O valor p, que seria o ângulo correspondente aos pontos A e


B, pode ser obtido pela equação:

Essa equação define dois valores 2 p com diferença de 180º ou


dois valores p com diferença de 90º. As faces do cubo elementar
obtido dessa maneira definem planos chamados planos principais no
ponto Q. As tensões normais máx e mín que agem nesses planos são

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chamadas tensões principais no ponto Q. Não ocorrem tensões de


cisalhamento nos planos principais.

Observa-se que:

Com os valore de média e R obtém-se:

Retornando ao círculo:

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Verifica-se que os pontos D e E localizados no diâmetro vertical


do círculo correspondem ao maior valor da tensão de cisalhamento
x’y’. Os pontos D e E têm a mesma abscissa média =( x + y)/2, e os
valores c do parâmetro que correspondem a esses pontos podem
ser obtidos por:

Essa equação define dois valores de 2 c com diferença de 180º


ou dois valores c com diferença de 90º. Qualquer um desses valores
pode ser usado para a determinação da orientação do elemento que
corresponde à tensão de cisalhamento máxima (igual ao raio R):

A tg 2 c é o inverso negativo da tg 2 p. Isto quer dizer que os


ângulos c e2 p têm diferença de 90º e, portanto, os ângulos c e p

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são separados de 45º. Assim, os planos de máxima tensão de


cisalhamento formam ângulos de 45º com os planos principais.

Considere o estado de tensão representado no elemento,


assim como os eixos e os dados, para responder às questões
41 e 42, que se referem ao estudo do plano de tensões e à
construção do círculo de Mohr

17) (41 – Petrobras/2012 – Cesgranrio) Considerando-se os


eixos e dados e a origem 0 (0,0), o par ordenado do centro
do círculo de Mohr é

(A) (−1,0)

(B) (0,1)

(C) (1,0)

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(D) (2,1)

(E) (2,3)

18) (42 – Petrobras/2012 – Cesgranrio) O valor do raio do


círculo de Mohr, em kgf/mm2 , é de

(A) 1,41

(B) 1,73

(C) 2,82

(D) 3,46

(E) 4,48

(Petrobras/2010 – Cesgranrio) Considere os dados abaixo


para responder às questões 17 e 18.

19) 17 – Para o estado plano de tensões fornecido, a maior


tensão normal possível ( máx), em MPa, vale

(A) 40

(B) 60

(C) 80

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(D) 120

(E) 140

20) 18 - De acordo com o estado plano de tensões fornecido,


a menor tensão normal ( mín), em MPa, vale

(A) – 40

(B) – 80

(C) – 120

(D) – 140

(E) – 160

21) (40 – Transpetro/2011 – Cesgranrio) A figura a seguir se


refere a um estado plano de tensões.

Para x = 100 MPa, y = 50 MPa e xy = 60 MPa, as tensões


principais 1 e 2, em MPa, são, respectivamente,

(A) 25 e 50

(B) 50 e 100

(C) 140 e 10

(D) 160 e 20

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(E) 200 e 100

22) (56 - BR Distribuidora/2008 – Cesgranrio) Considere as


afirmativas abaixo, relacionadas ao momento estático de uma
área “S” e ao centróide de uma área “S”, todos situados no
plano xy.

I - Se x e y são coordenadas de um elemento de área dS,


então o momento estático da área “S” em relação ao eixo x é

igual a .

II - Os momentos estáticos da área “S” podem ser expressos


pelo produto da área através das coordenadas de seu
centróide.

III - Quando uma área possui eixo de simetria, o momento


estático da área em relação a esse eixo é sempre diferente de
zero.

É(São) correta(s) a(s) afirmativa(s)

(A) I, apenas.

(B) II, apenas.

(C) III, apenas.

(D) I e II, apenas.

(E) I, II e III.

23) (62 – TCM-CE/2010 – FCC) Considere o perfil metálico


composto por chapas soldadas, com medidas em centímetros,
como mostrado na figura abaixo.

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A área, em cm2, e o momento de inércia, em cm4, em relação


ao eixo baricêntrico x, como usualmente considerado, ou seja,
na direção horizontal, são, respectivamente,

(A) 18 e 38

(B) 18 e 76

(C) 18 e 152

(D) 20 e 116

(E) 22 e 190

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5 – QUESTÕES COMENTADAS

(Liquigas/2013 – Cesgranrio) Considere as informações a


seguir para responder às questões de 51 a 53.

Um pilar de concreto (fc28 = 50 MPa) de 20 cm x 20 cm recebe


uma carga normal concêntrica de 200 kN. Em determinada
altura abaixo, ele recebe mais 2,2 MN e tem sua seção
transversal aumentada, conforme esquemas a seguir.

1) 51 - A carga atuante em S2, em relação à carga atuante


em S1, vale

(A) 120%

(B) 500%

(C) 840%

(D) 1000%

(E) 1200%

N2/N1 = (2.200 + 200)kN/200kN = 12 = 1200%

Gabarito: E

2) 52 - Considere as seguintes faixas, nas quais x ≤ Fn < y

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As tensões em S1 e S2, comparadas à resistência


característica do concreto (fc28), encontram-se,
respectivamente, nas faixas

(A) F1 e F4

(B) F1 e F6

(C) F2 e F5

(D) F3 e F2

(E) F4 e F5

S1 = 200 kN/(0,2.0,2) = 5000 kN/m2 = 5 MPa

S2 = 2.400 kN/(0,3.0,4) = 20.000 kN/m2 = 20 MPa

S1/fc28 = 5/50 = 10%

S2/fc28 = 20/50 = 40%

Gabarito: A

3) 53 - Ao fazer uma vistoria nesse pilar, foi detectado que


houve uma redução de 5 cm de espessura em direção ao
centro do pilar, em cada uma das quatro faces, onde se situa a
seção S2, durante sua construção. Independentemente de
qualquer outro fator, a tensão nessa seção transversal, em
relação à projetada,

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(A) se manteve constante.

(B) ficou reduzida à metade.

(C) ficou reduzida à terça parte.

(D) passou a valer 1,5 vez o valor anterior.

(E) passou a valer 2 vezes o valor anterior

Nova S2:

S2 = 2.400 kN/(0,2.0,3 m2) = 40 MPa

A nova tensão passou a ser o dobro da projetada, de 20 MPa.

Gabarito: E

4) (42 – Analista Legislativo-SP/2010 – FCC) Uma barra de


aço com 20 cm2 de área da seção transversal e comprimento
de 2 m, submetida a uma carga axial de tração de 30 kN,
apresenta um alongamento de 0,15 mm. O módulo de
elasticidade do material, em GPa, é

(A) 100

(B) 200

(C) 250

(D) 350

(E) 450

O módulo de elasticidade ou módulo de deformação


longitudinal, ou ainda módulo de Young, é o coeficiente de
proporcionalidade entre as tensões e as deformações.

= F/A = 30 kN/20 cm2 = 1,5 kN/cm2 = 15 MPa

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= E. 15 MPa = E. (0,15.10-3 m/2m) E = 30 MPa / 0,15.10-3

E = 200 GPa

Segundo Pfeil (2000), o módulo de elasticidade é praticamente


igual para todos os tipos de aço, valendo E = 205.000 MPa.

A norma NBR 8800/2008 considera, para efeitos de cálculo, o


módulo de elasticidade E = 200.000 MPa.

Segundo a NBR 6118/2007, na falta de ensaios ou valores


fornecidos pelo fabricante, o módulo de elasticidade do aço pode ser
admitido igual a 210 GPa = 210.000 MPa = 210 kN/mm2 = 21.000
kgf/mm2.

Gabarito: B

5) (75 – TCE-AM/2012 – FCC) Após a aplicação de uma


carga axial de tração de 60 kN em uma barra de aço, com
módulo de elasticidade longitudinal de 200 GPa, comprimento
de 1,0 m e área da seção transversal de 10 cm2, o
alongamento produzido na barra, em mm, é

(A) 0,003

(B) 0,030

(C) 0,300

(D) 3,000

(E) 30,00

= F/A = 60 kN/10 cm2 = 6 kN/cm2 = 60 MPa

= E. 60 MPa = 200.103 εPa. (∆δ/δ) ∆δ = 3.10-4 m

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∆L = 0,3 mm

Gabarito: C

6) (47 – MPE-SE/2009 – FCC) Considere a ilustração a


seguir.

Se a uma barra de aço, cujo comportamento estrutural é


ilustrado no gráfico tensão-deformação, com comprimento de
1 m e área da seção transversal de 10 cm2, for tracionada por
uma força axial de 20 kN, o seu alongamento será

(A) 10,0 mm.

(B) 1,0 mm.

(C) 0,1 mm.

(D) 0,01 mm.

(E) 0,001 mm.

= E. 400 MPa = E . 0,002 E = 200 GPa

= F/A = 20 kN/10 cm2 = 2 kN/cm2 = 20 MPa

= E. 20 MPa = 200.103 εPa. (∆δ/δ) ∆δ = 1.10-4 m

∆L = 0,1 mm

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Gabarito: C

7) (50 – MPU/2007 – FCC) A deformação de uma barra de


aço Ø16 mm por uma força de tração de 9,0 tf é, em cm, de:

Dados:
Comprimento da barra = 12,0 m
Módulo de elasticidade do aço
(E) = 2 × 106 Kgf/cm2

(A) 5,4.
(B) 4,7.
(C) 3,8.
(D) 3,4.
(E) 2,7.

Área = pi x 1,62/4 = 2,01 cm2


= 9 x 103 kgf / 2,01 cm2 = 4,5 x 103 kgf/cm2
= E. = /E = 4,5 x 103 kgf/cm2 / 2 x 106 kgf/cm2
= 2,24 x 10-3
∆L = 2,24 x 10-3 x 12 m = 0,027 m = 2,7 cm

Gabarito: E

8) (54 – MPE-SE/2009 – FCC) Uma barra de aço CA 50 com


diâmetro de 16 mm foi ensaiada à tração. Como a barra
apresentou um alongamento de 8 mm, tomando-se como base
o comprimento de 10 diâmetros, a deformação específica da
barra é

(A) 5%.
(B) 12%.
(C) 20%.

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(D) 32%.
(E) 50%.

= ∆δ/δ = 8 mm/(10 x 16 mm) = 0,05 = 5%

Gabarito: A

9) (43 – Analista Legislativo-SP/2010 – FCC) Sobre o


diagrama tensão × deformação dos aços estruturais, é correto
afirmar:

Abaixo, temos um diagrama tensão-deformação simplificado do


aço:

Diagrama Real

Diagrama simplificado para dimensionamento


Fonte: livro Curso de Concreto do autor José Carlos Sussekind

De acordo com Pfeil (2008), no diagrama tensão-deformação,


vemos que a lei física linear ou elástica (Lei de Hooke) é válida até

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certo valor da tensão. A inclinação do trecho retilíneo do diagrama é


o módulo de elasticidade E.
Ultrapassando o regime elástico, o material apresenta uma
propriedade chamada escoamento ou cedência, caracterizada pelo
aumento de deformação com tensão constante. A tensão que produz
o escoamento chama-se limite de escoamento (fy) do material.
Para deformações unitárias ( ) superiores ao patamar de
escoamento, o material apresenta acréscimos de tensões
(encruamento). Este acréscimo não costuma ser adotado nos
cálculos, pois corresponde a deformações exageradas.
O escoamento produz em geral uma deformação visível na peça
metálica. Por isso, a teoria elástica de dimensionamento utiliza o
limite de escoamento fy como tensão limite.
Denomina-se limite de escoamento convencional a tensão que
corresponde a uma deformação unitária residual (permanente) de
0,2% ou 2‰.

(A) Na região plástica, as tensões são diretamente


proporcionais às deformações.

Conforme vimos, é o contrário. Na região elástica as tensões


são diretamente proporcionais às deformações.
Gabarito: Errada

(B) O escoamento é a fase inicial do ensaio de tração do aço.

De acordo com Pfeil (2008), o ensaio de tração é muito


utilizado para medir as propriedades mecânica dos aços. As mesmas
propriedades são obtidas para compressão, desde que excluída a
possibilidade de flambagem.

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Pelo diagrama tensão-deformação, constatamos que o


escoamento ocorre após a fase inicial do ensaio, ou seja, após a fase
elástica.
Gabarito: Errada

(C) Durante a fase de escoamento, não se verificam


deformações significativas no aço.

Conforme vimos, ultrapassando o regime elástico, o material


apresenta uma propriedade chamada escoamento ou cedência,
caracterizada pelo aumento de deformação com tensão constante.

Portanto, as deformações passam a ser maiores frente a


menores acréscimos de tensão.

Gabarito: Errada

(D) Existem basicamente as regiões elástica e plástica.

Correta, de acordo com Pfeil (2008), no diagrama vemos que


até um certo valor da tensão, o material segue a lei linear de Hooke.
Essa tensão chama-se limite de proporcionalidade ou de elasticidade
do aço. Para tensão superior ao limite de proporcionalidade, o aço
apresenta um comportamento inelástico, ou seja, plástico.

Gabarito: Correta

(E) Encruamento é a perda de resistência do aço após o


escoamento.

Pelo contrário, o encruamento é acréscimos de tensões para


deformações unitárias ( ) superiores ao patamar de escoamento, e
correspondem a deformações exageradas.

Gabarito: D

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10) (60 – TCE-SE/2011 – FCC) Para o cálculo e


dimensionamento à flexão de uma viga de concreto armado de
um edifício, no estado limite último, utilizou-se o módulo de
deformação tangente inicial com valor de 28.000 MPa. Para as
análises elásticas de projeto, especialmente a verificação dos
estados limites de serviço, deve-se utilizar o módulo de
elasticidade secante, cujo valor, em MPa, é

(A) 11.200
(B) 14.000
(C) 23.800
(D) 35.400
(E) 56.000

Conforme vimos na questão anterior, o módulo de elasticidade


representa a inclinação do trecho retilíneo do diagrama tensão-
deformação do material.
No caso do concreto armado, a norma 6118 prevê que o
módulo de elasticidade secante a ser utilizado nas análises elásticas
de projeto, especialmente para determinação de esforços solicitantes
e verificação dos estados limites de serviço, deve ser calculado pela
expressão:
Ecs = 0,85.Eci
Onde Eci é o módulo de deformação tangente inicial.
Na avaliação do comportamento de um elemento estrutural ou
seção transversal pode ser adotado um módulo de elasticidade único,
à tração e à compressão, igual ao módulo de elasticidade secante
(Ecs).

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Na avaliação do comportamento global da estrutura e para o


cálculo das perdas de protensão, pode ser utilizado em projeto o
módulo de defornação tangente inicial (Eci).
Com isso, temos Ecs = 0,85 x 28.000 = 23.800 MPa.

Gabarito: C

11) (37 – MPE-SE/2009 – FCC) Em regime elástico, a


propriedade do aço de absorver energia mecânica é
denominada

(A) plasticidade.

(B) resiliência.

(C) fluência.

(D) ductilidade.

(E) elasticidade.

De acordo com Pfeil (2012), a resiliência e a tenacidade são


duas propriedades que se relacionam com a capacidade do metal de
absorver energia mecânica. Elas podem ser definidas com o auxílio
dos diagramas tensão-deformação.
Resiliência é a capacidade de absorver energia mecânica
em regime elástico, ou, o que é equivalente, capacidade de restituir
energia mecânica absorvida. Denomina-se módulo de resiliência ou
simplesmente resiliência a quantidade de energia elástica que pode
ser absorvida por unidade de volume do metal tracionado. Ele iguala
a área do diagrama tensão-deformação até o limite de
proporcionalidade.
Tenacidade é a energia total, elástica e plástica que o
material pode absorver por unidade de volume até a sua ruptura.

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Em tração simples, a tenacidade é representada pela área total do


diagrama tensão-deformação.

Gabarito: B

12) (55 – MPE-SE/2009 – FCC) Uma barra de aço CA 60, que


será utilizada na construção de uma estrutura de concreto
armado, foi ensaiada à tração. O valor mínimo de tensão de
escoamento que a barra deverá suportar é

(A) 60 MPa.
(B) 600 GPa.
(C) 60 GPa.
(D) 6 GPa.
(E) 600 MPa.

Conforme vimos na aula de Estruturas Metálicas, a designação


CA 60 significa que a tensão de escoamento do aço é de 6.000
kgf/cm2.
6.000 kgf/cm2 = 6000x10x104 N/m2 = 600 x 106 Pa = 600 MPa
Considerando g = 10 m/s2 1 kgf = 10 N

Gabarito: E

13) (50 - MPE-SE/2009 – FCC) A ligação da figura está unida


por um parafuso com diâmetro de 20 mm e submetida a uma
força de tração P = 31,42 kN.

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Nessas condições, a tensão de cisalhamento no parafuso é

(A) 500 MPa.

(B) 100 MPa.

(C) 50 MPa.

(D) 10 MPa.

(E) 5 MPa.

= P/2A = 31,42/[2.(3,142.(20.10-3)2)/4]

= 31,42/[(2.3,142.400.10-6)/4] = 5.104 kN/m2 = 50 MPa

Gabarito: C

14) (15 - Petrobras/2010 – Cesgranrio) Um pilar com seção


transversal circular de 1600 cm2 recebe uma carga de 300 kN
concêntrica e repassa para uma base circular com raio de 1,00
m, com uma excentricidade de 10 cm. Desprezando o peso
próprio do pilar, o momento transmitido para o eixo da base,
referente a esta excentricidade, em N.m, vale

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(A) 3.000

(B) 15.000

(C) 30.000

(D) 45.000

(E) 60.000

Momento = 300 kN x 0,10 m = 30 kN.m = 30.000 N.m

Gabarito: C

15) (42 – Fundação Casa/2013 – VUNESP) Para vigas em


balanço com uma carga concentrada P, comprimento da barra
L; módulo de elasticidade do material E; momento de inércia I
da seção transversal, a flecha na extremidade livre é dada por
y. Para a viga de 2 m da figura, com a aplicação de uma carga
concentrada de 48 kN, de seção transversal retangular de
altura 20 cm e largura 12 cm, de material com E = 20 GPa,

o valor da flecha na extremidade livre é

(A) 1 cm.

(B) 5 cm.

(C) 8 cm.

(D) 10 cm.

(E) 12 cm.

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I = (b.h3)/12 = (12.203)/12 = 8000 cm4

y = 0,048 MN.2003/[3.(20000.MN/10000cm2).8000]

y = 48.10-3.8.106/48.103

y = 8 cm

Gabarito: C

16) (46 – UFTM/2013 – VUNESP) Para a viga em balanço


(esquematizada na figura) submetida a uma carga
concentrada P na extremidade livre, a flecha na extremidade
livre é dada por y (onde l é o comprimento da barra; E é o
módulo de elasticidade do material; I é o momento de inércia
da seção transversal). Para a viga com seção transversal
retangular de altura h = 20 cm e largura b = 12 cm, e material
com módulo de elasticidade E = 20 GPa, o valor da flecha na
extremidade livre é:

(A) 5 mm.

(B) 10 mm.

(C) 20 mm.

(D) 25 mm.

(E) 30 mm.

I = (b.h3)/12 = (120.(2.102)3)/12 = 8.107 cm4

y = 96.10-3 MN.(103)3/[3.(2.104.MN/106 mm2).8.107]

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y = 96.106/48.105

y = 20 mm

Gabarito: C

Considere o estado de tensão representado no elemento,


assim como os eixos e os dados, para responder às questões
41 e 42, que se referem ao estudo do plano de tensões e à
construção do círculo de Mohr

17) (41 – Petrobras/2012 – Cesgranrio) Considerando-se os


eixos e dados e a origem 0 (0,0), o par ordenado do centro
do círculo de Mohr é

(A) (−1,0)

(B) (0,1)

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(C) (1,0)

(D) (2,1)

(E) (2,3)

Centro = média =( x + y)/2 = (-3 + 5)/2 = 1

A ordenada do centro situa-se em 0.

Logo, o par ordenado é (1,0).

Gabarito: C

18) (42 – Petrobras/2012 – Cesgranrio) O valor do raio do


círculo de Mohr, em kgf/mm2 , é de

(A) 1,41

(B) 1,73

(C) 2,82

(D) 3,46

(E) 4,48

2 2 1/2
R = {[( x - y)/2] + xy } = {[(-3-5)/2]2 + 22}1/2

R = (20)1/2 = 4,47 kgf/mm2

O valor mais próximo é o da letra E.

Gabarito: E

(Petrobras/2010 – Cesgranrio) Considere os dados abaixo


para responder às questões 17 e 18.

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19) 17 – Para o estado plano de tensões fornecido, a maior


tensão normal possível ( máx), em MPa, vale

(A) 40

(B) 60

(C) 80

(D) 120

(E) 140

máx = [( x + y)/2] + {[( x - y)/2]


2
+ 2 1/2
xy }

máx = [(-40+80)/2] + {[(-40-80)/2]2 + 802}1/2

máx = 20 + (3600 + 6400)1/2

máx = 120 MPa

Gabarito: D

20) 18 - De acordo com o estado plano de tensões fornecido,


a menor tensão normal ( mín), em MPa, vale

(A) – 40

(B) – 80

(C) – 120

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(D) – 140

(E) – 160

máx = [( x + y)/2] - {[( x - y)/2]


2
+ 2 1/2
xy }

máx = [(-40+80)/2] - {[(-40-80)/2]2 + 802}1/2

máx = 20 - (3600 + 6400)1/2

máx = - 80 MPa

Gabarito: B

21) (40 – Transpetro/2011 – Cesgranrio) A figura a seguir se


refere a um estado plano de tensões.

Para x = 100 MPa, y = 50 MPa e xy = 60 MPa, as tensões


principais 1 e 2, em MPa, são, respectivamente,

(A) 25 e 50

(B) 50 e 100

(C) 140 e 10

(D) 160 e 20

(E) 200 e 100

1 = [( x + y)/2] + {[( x - y)/2]


2
+ xy
2 1/2
}

1 = [(100+50)/2] + {[(100-50)/2]2 + 602}1/2

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1 = 75 + (625 + 3600)1/2

1 = 140 MPa

2 = [( x + y)/2] - {[( x - y)/2]


2
+ 2 1/2
xy }

2 = 75 - 65

2 = 10 MPa

Gabarito: C

22) (56 - BR Distribuidora/2008 – Cesgranrio) Considere as


afirmativas abaixo, relacionadas ao momento estático de uma
área “S” e ao centróide de uma área “S”, todos situados no
plano xy.

I - Se x e y são coordenadas de um elemento de área dS,


então o momento estático da área “S” em relação ao eixo x é

igual a .

Essa é a exata definição de momento estático da área S de


Johson (1982).

Gabarito: Correta

II - Os momentos estáticos da área “S” podem ser expressos


pelo produto da área através das coordenadas de seu
centróide.

De acordo com Johson (1982), o centroide da área S é definido


como o ponto C de coordenadas x e y que satisfazem a relação:

= S.x e = S.y

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Com isso, de acordo com Johnson (1982), os momentos


estáticos da área S podem ser expressos pelo produto da área
através das coordenadas do seu centroide.

Qx = S.y e Qy = S.x

Gabarito: Correta

III - Quando uma área possui eixo de simetria, o momento


estático da área em relação a esse eixo é sempre diferente de
zero.

Errado, quando uma área possui eixo de simetria, o momento


estático da área em relação a esse eixo é zero.

Gabarito: Errada

É(São) correta(s) a(s) afirmativa(s)

(A) I, apenas.

(B) II, apenas.

(C) III, apenas.

(D) I e II, apenas.

(E) I, II e III.

Gabarito: D

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23) (62 – TCM-CE/2010 – FCC) Considere o perfil metálico


composto por chapas soldadas, com medidas em centímetros,
como mostrado na figura abaixo.

A área, em cm2, e o momento de inércia, em cm4, em relação


ao eixo baricêntrico x, como usualmente considerado, ou seja,
na direção horizontal, são, respectivamente,

(A) 18 e 38

(B) 18 e 76

(C) 18 e 152

(D) 20 e 116

(E) 22 e 190

Cálculo da área: 2.6 + 3.2 = 18 cm2

Momento de inércia:

- 2 Retângulos verticais: (b = 1 cm e h = 6 cm)

Ix = (b.h3)/12 = 18 cm4

- Retângulo horizontal: (b = 3 cm e h = 2 cm)

Ix = (b.h3)/12 = 2 cm4

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- Ix = 2.18 + 2 = 38 cm4

Gabarito: A

6 – QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA

(Liquigas/2013 – Cesgranrio) Considere as informações a


seguir para responder às questões de 51 a 53.

Um pilar de concreto (fc28 = 50 MPa) de 20 cm x 20 cm recebe


uma carga normal concêntrica de 200 kN. Em determinada
altura abaixo, ele recebe mais 2,2 MN e tem sua seção
transversal aumentada, conforme esquemas a seguir.

1) 51 - A carga atuante em S2, em relação à carga atuante


em S1, vale

(A) 120%

(B) 500%

(C) 840%

(D) 1000%

(E) 1200%

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2) 52 - Considere as seguintes faixas, nas quais x ≤ Fn < y

As tensões em S1 e S2, comparadas à resistência


característica do concreto (fc28), encontram-se,
respectivamente, nas faixas

(A) F1 e F4

(B) F1 e F6

(C) F2 e F5

(D) F3 e F2

(E) F4 e F5

3) 53 - Ao fazer uma vistoria nesse pilar, foi detectado que


houve uma redução de 5 cm de espessura em direção ao
centro do pilar, em cada uma das quatro faces, onde se situa a
seção S2, durante sua construção. Independentemente de
qualquer outro fator, a tensão nessa seção transversal, em
relação à projetada,

(A) se manteve constante.

(B) ficou reduzida à metade.

(C) ficou reduzida à terça parte.

(D) passou a valer 1,5 vez o valor anterior.

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(E) passou a valer 2 vezes o valor anterior

4) (42 – Analista Legislativo-SP/2010 – FCC) Uma barra de


aço com 20 cm2 de área da seção transversal e comprimento
de 2 m, submetida a uma carga axial de tração de 30 kN,
apresenta um alongamento de 0,15 mm. O módulo de
elasticidade do material, em GPa, é

(A) 100

(B) 200

(C) 250

(D) 350

(E) 450

5) (75 – TCE-AM/2012 – FCC) Após a aplicação de uma


carga axial de tração de 60 kN em uma barra de aço, com
módulo de elasticidade longitudinal de 200 GPa, comprimento
de 1,0 m e área da seção transversal de 10 cm2, o
alongamento produzido na barra, em mm, é

(A) 0,003

(B) 0,030

(C) 0,300

(D) 3,000

(E) 30,00

6) (47 – MPE-SE/2009 – FCC) Considere a ilustração a


seguir.

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Se a uma barra de aço, cujo comportamento estrutural é


ilustrado no gráfico tensão-deformação, com comprimento de
1 m e área da seção transversal de 10 cm2, for tracionada por
uma força axial de 20 kN, o seu alongamento será

(A) 10,0 mm.

(B) 1,0 mm.

(C) 0,1 mm.

(D) 0,01 mm.

(E) 0,001 mm.

7) (50 – MPU/2007 – FCC) A deformação de uma barra de


aço Ø16 mm por uma força de tração de 9,0 tf é, em cm, de:

Dados:
Comprimento da barra = 12,0 m
Módulo de elasticidade do aço
(E) = 2 × 106 Kgf/cm2

(A) 5,4.
(B) 4,7.
(C) 3,8.
(D) 3,4.
(E) 2,7.
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8) (54 – MPE-SE/2009 – FCC) Uma barra de aço CA 50 com


diâmetro de 16 mm foi ensaiada à tração. Como a barra
apresentou um alongamento de 8 mm, tomando-se como base
o comprimento de 10 diâmetros, a deformação específica da
barra é

(A) 5%.
(B) 12%.
(C) 20%.
(D) 32%.
(E) 50%.

9) (43 – Analista Legislativo-SP/2010 – FCC) Sobre o


diagrama tensão × deformação dos aços estruturais, é correto
afirmar:

(A) Na região plástica, as tensões são diretamente


proporcionais às deformações.

(B) O escoamento é a fase inicial do ensaio de tração do aço.

(C) Durante a fase de escoamento, não se verificam


deformações significativas no aço.

(D) Existem basicamente as regiões elástica e plástica.

(E) Encruamento é a perda de resistência do aço após o


escoamento.

10) (60 – TCE-SE/2011 – FCC) Para o cálculo e


dimensionamento à flexão de uma viga de concreto armado de
um edifício, no estado limite último, utilizou-se o módulo de
deformação tangente inicial com valor de 28.000 MPa. Para as
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análises elásticas de projeto, especialmente a verificação dos


estados limites de serviço, deve-se utilizar o módulo de
elasticidade secante, cujo valor, em MPa, é

(A) 11.200
(B) 14.000
(C) 23.800
(D) 35.400
(E) 56.000

11) (37 – MPE-SE/2009 – FCC) Em regime elástico, a


propriedade do aço de absorver energia mecânica é
denominada

(A) plasticidade.

(B) resiliência.

(C) fluência.

(D) ductilidade.

(E) elasticidade.

12) (55 – MPE-SE/2009 – FCC) Uma barra de aço CA 60, que


será utilizada na construção de uma estrutura de concreto
armado, foi ensaiada à tração. O valor mínimo de tensão de
escoamento que a barra deverá suportar é

(A) 60 MPa.
(B) 600 GPa.
(C) 60 GPa.
(D) 6 GPa.
(E) 600 MPa.

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13) (50 - MPE-SE/2009 – FCC) A ligação da figura está unida


por um parafuso com diâmetro de 20 mm e submetida a uma
força de tração P = 31,42 kN.

Nessas condições, a tensão de cisalhamento no parafuso é

(A) 500 MPa.

(B) 100 MPa.

(C) 50 MPa.

(D) 10 MPa.

(E) 5 MPa.

14) (15 - Petrobras/2010 – Cesgranrio) Um pilar com seção


transversal circular de 1600 cm2 recebe uma carga de 300 kN
concêntrica e repassa para uma base circular com raio de 1,00
m, com uma excentricidade de 10 cm. Desprezando o peso

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próprio do pilar, o momento transmitido para o eixo da base,


referente a esta excentricidade, em N.m, vale

(A) 3.000

(B) 15.000

(C) 30.000

(D) 45.000

(E) 60.000

15) (42 – Fundação Casa/2013 – VUNESP) Para vigas em


balanço com uma carga concentrada P, comprimento da barra
L; módulo de elasticidade do material E; momento de inércia I
da seção transversal, a flecha na extremidade livre é dada por
y. Para a viga de 2 m da figura, com a aplicação de uma carga
concentrada de 48 kN, de seção transversal retangular de
altura 20 cm e largura 12 cm, de material com E = 20 GPa,

o valor da flecha na extremidade livre é

(A) 1 cm.

(B) 5 cm.

(C) 8 cm.

(D) 10 cm.

(E) 12 cm.

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16) (46 – UFTM/2013 – VUNESP) Para a viga em balanço


(esquematizada na figura) submetida a uma carga
concentrada P na extremidade livre, a flecha na extremidade
livre é dada por y (onde l é o comprimento da barra; E é o
módulo de elasticidade do material; I é o momento de inércia
da seção transversal). Para a viga com seção transversal
retangular de altura h = 20 cm e largura b = 12 cm, e material
com módulo de elasticidade E = 20 GPa, o valor da flecha na
extremidade livre é:

(A) 5 mm.

(B) 10 mm.

(C) 20 mm.

(D) 25 mm.

(E) 30 mm.

Considere o estado de tensão representado no elemento,


assim como os eixos e os dados, para responder às questões
41 e 42, que se referem ao estudo do plano de tensões e à
construção do círculo de Mohr

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17) (41 – Petrobras/2012 – Cesgranrio) Considerando-se os


eixos e dados e a origem 0 (0,0), o par ordenado do centro
do círculo de Mohr é

(A) (−1,0)

(B) (0,1)

(C) (1,0)

(D) (2,1)

(E) (2,3)

18) (42 – Petrobras/2012 – Cesgranrio) O valor do raio do


círculo de Mohr, em kgf/mm2 , é de

(A) 1,41

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(B) 1,73

(C) 2,82

(D) 3,46

(E) 4,48

(Petrobras/2010 – Cesgranrio) Considere os dados abaixo


para responder às questões 17 e 18.

19) 17 – Para o estado plano de tensões fornecido, a maior


tensão normal possível ( máx), em MPa, vale

(A) 40

(B) 60

(C) 80

(D) 120

(E) 140

20) 18 - De acordo com o estado plano de tensões fornecido,


a menor tensão normal ( mín), em MPa, vale

(A) – 40

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(B) – 80

(C) – 120

(D) – 140

(E) – 160

21) (40 – Transpetro/2011 – Cesgranrio) A figura a seguir se


refere a um estado plano de tensões.

Para x = 100 MPa, y = 50 MPa e xy = 60 MPa, as tensões


principais 1 e 2, em MPa, são, respectivamente,

(A) 25 e 50

(B) 50 e 100

(C) 140 e 10

(D) 160 e 20

(E) 200 e 100

22) (56 - BR Distribuidora/2008 – Cesgranrio) Considere as


afirmativas abaixo, relacionadas ao momento estático de uma
área “S” e ao centróide de uma área “S”, todos situados no
plano xy.

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I - Se x e y são coordenadas de um elemento de área dS,


então o momento estático da área “S” em relação ao eixo x é

igual a .

II - Os momentos estáticos da área “S” podem ser expressos


pelo produto da área através das coordenadas de seu
centróide.

III - Quando uma área possui eixo de simetria, o momento


estático da área em relação a esse eixo é sempre diferente de
zero.

É(São) correta(s) a(s) afirmativa(s)

(A) I, apenas.

(B) II, apenas.

(C) III, apenas.

(D) I e II, apenas.

(E) I, II e III.

23) (62 – TCM-CE/2010 – FCC) Considere o perfil metálico


composto por chapas soldadas, com medidas em centímetros,
como mostrado na figura abaixo.

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A área, em cm2, e o momento de inércia, em cm4, em relação


ao eixo baricêntrico x, como usualmente considerado, ou seja,
na direção horizontal, são, respectivamente,

(A) 18 e 38

(B) 18 e 76

(C) 18 e 152

(D) 20 e 116

(E) 22 e 190

7 - GABARITO

1) E 7) E 13) C 19) D

2) A 8) A 14) C 20) B

3) E 9) D 15) C 21) C

4) B 10) C 16) C 22) D

5) C 11) B 17) C 23) A

6) C 12) E 18) E

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8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. NBR


6118/2007 – Projeto de Estruturas de Concreto -
Procedimento.

- Bastos, Paulo Sérgio dos Santos. Vigas de Edifícios – Notas de


Aula. Acessado no sitio <wwwp.feb.unesp.br/pbastos>, em
18/05/2012.

- Beer, Ferdinand P. e Johnston Jr, E. Russell. Resistência dos


Materiais. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1982.

- Leonhardt, Fritz e Monnig, Eduard. Construções de Concreto,


volume 1. Rio de Janeiro. Interciência: 1977.

- Sussekind, José Carlos. Curso de Análise Estrutural, volume 1.


Rio de Janeiro: Globo, 1981.

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