Marcello Caetano sucedeu Oliveira Salazar como Presidente do Conselho de Ministros em 1968, prometendo reformas políticas e modernização do país mas mantendo a guerra colonial. Apesar de algumas aberturas, não concretizou mudanças significativas e viu-se isolado, sendo deposto na Revolução dos Cravos em 1974.
Marcello Caetano sucedeu Oliveira Salazar como Presidente do Conselho de Ministros em 1968, prometendo reformas políticas e modernização do país mas mantendo a guerra colonial. Apesar de algumas aberturas, não concretizou mudanças significativas e viu-se isolado, sendo deposto na Revolução dos Cravos em 1974.
Marcello Caetano sucedeu Oliveira Salazar como Presidente do Conselho de Ministros em 1968, prometendo reformas políticas e modernização do país mas mantendo a guerra colonial. Apesar de algumas aberturas, não concretizou mudanças significativas e viu-se isolado, sendo deposto na Revolução dos Cravos em 1974.
Marcello Caetano sucedeu Oliveira Salazar como Presidente do Conselho de Ministros em 1968, prometendo reformas políticas e modernização do país mas mantendo a guerra colonial. Apesar de algumas aberturas, não concretizou mudanças significativas e viu-se isolado, sendo deposto na Revolução dos Cravos em 1974.
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Marcello Caetano nasceu a 17 de agosto de 1906, em
Lisboa, no bairro da Graça.
A sua infância foi marcada pela morte da mãe aos dez
anos e depois pelos anos conturbados da Primeira República.
Influenciado pelo pai, desejou tornar-se padre e, mais
tarde, médico,[3] acabando por cursar Letras no Liceu Camões e seguir para a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Marcello Caetano licenciou-se em Direito em 1927, e
doutorou-se em Ciências Político-Económicas, 1931; foi de resto o primeiro doutorado desse grupo, na Faculdade de Direito de Lisboa.
O Marcelismo correspondeu ao projeto político de
Marcello Caetano de criar uma certa abertura política e modernizar o país, mas sem descolonizar ou democratizar. De facto, procedeu a reformas na economia, na sociedade e no ensino, mas não conseguiu fazer vingar a sua solução federada para as colónias, onde manteve a guerra. A prometida abertura política não aconteceu, tendo endurecido a repressão. O Marcelismo é a designação do projeto político de Marcello Caetano, que substituiu Salazar na Presidência do Conselho de Ministros. Na sua tomada de posse, em 27 de setembro de 1968, prometeu aos mais liberais, reformas políticas, económicas e sociais e, aos mais conservadores, a manutenção da guerra colonial.
Caetano permitiu uma certa descompressão da repressão, alterando a
Censura para Exame Prévio e a PIDE para Direcção-Geral de Segurança (DGS). Apesar de recusar a democracia, autorizou o regresso de exilados políticos, como Mário Soares e o bispo do Porto, e convocou eleições que enunciou como livres, prometendo a consulta dos cadernos eleitorais, a fiscalização das mesas de voto e o direito de voto às mulheres alfabetizadas.
Apesar das promessas de liberdade, Caetano infletiu a sua política
quando a contestação estudantil contra a guerra colonial espoletou um movimento grevista e de apoio à CEUD e à CDE. Imediatamente endureceu a repressão sobre oposicionistas, trabalhadores, delegados sindicais, estudantes e professores, sendo muitos presos.
Os resultados das eleições vieram a comprovar nova fraude eleitoral: a
ANP elegeu todos os deputados e a oposição nenhum. Não obstante os deputados mais liberais eleitos pela ANP acabaram por não conseguir fazer passar nenhuma proposta de liberalização.
Esta regressão na marcha liberal marcou uma nova fase no
Marcelismo, mais centrada na guerra colonial, mesmo com as críticas aos gastos que esta comportava e com a manifestação, por alguns grupos económicos, da preferência pelo mercado europeu ao invés do colonial. No entanto, prevaleceram os interesses dos grandes grupos presentes nas colónias e Marcello, que sempre recusou a descolonização, não conseguiu que vingasse a solução federalista que defendia desde 1960.
A opção pela guerra colonial manteve o isolamento internacional de
Portugal, cujos acontecimentos mais dramáticos foram a receção dos dirigentes dos movimentos de libertação pelo Papa Paulo VI em 1970, o reconhecimento pela ONU da declaração unilateral da independência da Guiné-Bissau em 1973 e as manifestações contra os massacres de Wiriyamu, em Moçambique, aquando da sua visita a Londres.
No plano económico-social Caetano concretizou políticas de
modernização liberalizando o sistema corporativo e os sindicatos, e adotando medidas de assistência social, como a criação de centros de saúde, da Caixa de Previdência Rural e da ADSE.
Marcelo Caetano sucedeu a Oliveira Salazar em 1968, e o
país viveu a primavera marcelista, uma expetativa de mudança que não se concretizou. Cada vez mais sozinho, foi cercado no quartel do Carmo, em abril de 1974, e entregou o poder ao general Spínola. Formado em direito ajudou, ainda jovem, na redação da constituição do Estado Novo, sufragada em 1933.
Ligado ao ensino de direito ao longo de várias décadas começou a
carreira política nos anos quarenta na liderança da Mocidade Portuguesa.
Apontado como um dos delfins de Oliveira Salazar, assume a
presidência do Conselho de Ministros quando este último deixa o poder, incapacitado, após cair de uma cadeira. A sua nomeação, em 1968, abre grandes expetativas entre as correntes mais progressistas da União Nacional, o partido único no país, mas estas depressa saem goradas e Marcelo Caetano vê-se cada vez mais sozinho, abandonado tanto pela chamada linha dura como pelos progressistas do regime.
Em 1974 resiste à tentativa de golpe que tem lugar a 16 de Março, mas
o mesmo não acontece passado pouco mais de um mês. No dia 25 de Abril, cercado no quartel da GNR do Carmo, rende-se e entrega o poder ao General Spínola.
Morre em 1980 no Brasil, país onde se tinha exilado.