FundaçSes Superficiais Cap 5
FundaçSes Superficiais Cap 5
FundaçSes Superficiais Cap 5
5.1. Introdução
Para o calculo da armadura longitudinal existem dois modelos de cálculo aplicáveis mais
comuns:
a) Sapata contínua
a a − a0 P( a − a0 ) P( a − a0 )
= ⇒ F= Fsd = γ F ≤ As f syd
h0 h 8h 8h
a0
h0
h
P
F(x) p=
a
x
a a
Fig. V.2 – Modelo de Labelle (Método das Bielas) para sapatas rígidas contínuas, idealizando um diagrama
uniforme de tensões no solo.
b b0
a0
Fig. V.3 – Modelo de Labelle (Método das Bielas) para sapatas rígidas isolada, idealizando um diagrama
uniforme de tensões no solo.
a 0 b0
Se a sapata for homotética, isto é, se: ≅ , então, por generalização, obtém-se:
a b
P (a − a 0 ) P ( b − b0 )
Fx = Fy =
8h 8h
N
y
a0
0.15 a 0
x
b
a
a'
P
p=
ab
Fig. V.4 – Modelo de laje ou de viga para sapatas flexíveis: a) contínua; b) isolada.
a' 2 a'2
M sd = γ f . p . ≤ M rd M sd , x = γ F . p . → Asx
2 2
b'2
M rd = 0,9. d . As . f syd M sd , y =γF . p. → Asy
2
O texto que se segue, até ao final ponto 5.2. (independentemente de outros itens deste
capítulo) foi baseado no Curso de Especialização em Fundações - dimensionamento
estrutural de elementos de fundação da FEUP [11] e nas referências [1,2] (1997).
5.2. Punçoamento
Dimensões da sapata Bx ; By ; H
N sd
Dimensões do pilar bx ; by
M sd, x
Esforços de cálculo no pilar
Nsd ; Msd,x ; Msd,y d/2
σ sd
- Verificação efectuada no contorno
crítico definido à distância de 0.5 d da
b 'x
face do pilar
d/2
bx Au
u = 2(bx + by) + πd u
4 −π 2
Au = (bx + d)(by+ d) - d
4 Bx
De facto, as tensões no terreno estão associadas aos esforços de cálculo transmitidos pelo
pilar, estando pois em correspondência em termos de coeficientes de segurança relativos
às acções de que resultam. No entanto, tendo em conta que o diagrama linear (ver figura
II.16), será prudente adoptar-se um critério seguro, principalmente em presença de alguns
tipos de solo. Assim poder-se-á por exemplo considerar que a redução só será feita para a
parcela de carga relativa a valores de serviço.
No entanto, este critério não foi aplicado no desenvolvimento deste texto.
σsd,0 - valor de cálculo da tensão média no interior do contorno crítico. Este valor poderá
ser afectado de um coeficiente para se ter em conta a incerteza no diagrama de tensões no
solo.
Segundo o REBAP este efeito pode ser considerado através de um factor de amplificação
das tensões de corte instaladas ou do esforço actuante de corte vindo para pilares
rectangulares:
ex + ey
Vsd , ef = Vsd , red 1 + 1.5
b' x b' y
sendo
M sd , x M sd , y
ex = ; ey =
N sd N sd
Com:
τ rd = (1.6 − d )τ 1 (d em mm) Vrd = τ rd ⋅ u ⋅ d
N sd
No contorno crítico temos: M sd, x
1.5d
u = 2(bx+by) + 3πd
36 − 9π 2
Au = (bx + 3d )(by + 3d ) − d
4 H d
∆Vsd = σ sd ,0 ⋅ Au
1.5d
Para outros casos deixa a possibilidade de se calcular β por outros métodos (EC2,
4.3.4.3(4)). Para o caso de sapatas isoladas poderá obter-se o valor de β por uma expressão
semelhante à proposta no MC90, adaptada para o contorno crítico situado a 1.5d.
k e k e
β = 1 + x x + y y u
wx wy
ex , ey – excentricidade da carga.
M sd , x M sd , y
ex = ; ey =
N sd N sd
bx2
wx = + bxb y + 3db y + 1.5πdbx + 9d 2
2
by2
wy = + bx by + 3dbx + 1.5πdby + 9d 2
2
bx / by 0.5 1 2 3 by / bx 0.5 1 2 3
kx 0.45 0.60 0.70 0.80 ky 0.45 0.60 0.70 0.80
Vsd,ef = β Vsd,red
0 < a ≤ 2d
a ≤ 2d
u = 2 (bx + by + π a)
Au = (bx by + 2 a bx + 2 a by + π a2)
H d
∆Vsd = σ sd ,0 ⋅ Au
A
u u
Este efeito é tido em consideração através da
B
amplificação do esforço actuante de punçoamento. Fig. V.7 - Contorno crítico pelo MC90
ke ke
Vsd ,ef = Vsd ,red 1 + x x + y y
wx wy
com:
kx , ky - coeficientes que traduzem a parcela dos momentos Msd,x e Msd,y resistida por
tensões de corte no contorno crítico.
bx / by 0.5 1 2 3 by / bx 0.5 1 2 3
kx 0.45 0.60 0.70 0.80 ky 0.45 0.60 0.70 0.80
bx2
wx = + bx by + 2 aby + πabx + 4a 2
2
by2
wy = + bxby + 2abx + πaby + 4a 2
2
Vrd = τrd u d
τ rd = 0,12ξ (100 ρ ƒ ck )
1/ 3 2d
a
ξ = 1+
200
(d em mm) ρ = (ρx ⋅ ρy )
d
ρx =
Asx
Bd
[
sendo B = min By , by + 6d ] ρy =
Asy
sendo B = min [Bx , bx + 6 d ]
Bd
ƒ
ƒ cd 2 = 0.61 − ck ƒ cd (Mpa)
250
A verificação deve ser efectuada para várias posições do contorno crítico 0 < a ≤ 2d,
sendo a condicionante aquela onde se verifica a diferença (τrd - τsd ) mínima.
Segundo [11], os valores da tensão resistente τrd obtidos pelo MC90 para um betão da
classe C20/25, variam para uma percentagem de armadura entre valores correntes em
sapatas entre 0.15% a 0.5%. Em sapatas rígidas normalmente temos percentagens próximas
dos mínimos 0.15%, para sapatas flexíveis a percentagem é mais elevada não
ultrapassando regra geral os 0.5%.
posição do contorno crítico, verificando-se que para r = 0.15% os valores de τrd são
aproximadamente 67% dos obtidos para r = 0.5%.
ex + ey β - poder-se-á adoptar o do k x ex k y ey
β = 1 + 1.5 β = 1+ +
bx'' b'y' MC90 com a = 1.5 d wx wy
bx2
wx = + bx by + 2 aby + πabx + 4a 2
2
by2
wy = + bxby + 2abx + πaby + 4a 2
2
τsd = Vsd,ef /ud
τrd = (1.6-d)τ1 τrd1=τrd k (1.2+40ρ)
τ rd = 0,12ξ (100 ρ ƒ ck )
1/3 2d
τ1 - REBAP Quadro VI ρ ≤ 0.015 a
k = (1.6 – d) ≥1 τ rd ≤ 0.5ƒ cd 2
Ainda de acordo com [11], uma comparação entre os valores de τrd obtidos pelo MC90 e
pelo EC2 ou REBAP pode ser feita para a posição do contorno crítico definido nestes
regulamentos.
Assim, constata-se que para a = 1.5d e para percentagens r próximas dos mínimos 0.15%
(situação corrente em sapatas) os valores são muito próximos entre MC90 e EC2,
acentuando-se as diferenças para valores mais elevados de r. É de salientar que o efeito da
percentagem r é muito mais relevante no MC90 do que no EC2.
Verifica-se que os valores de τrd obtidos pelo MC90 para a = 0.5d são substancialmente
mais do que os definidos pelo REBAP acentuando-se as diferenças subindo a percentagem
r, já que o REBAP não considera o seu efeito.
Verificamos que os valores de τrd obtidos pelo MC90 para a = 0.5 d são substancialmente
maiores do que os definidos pelo REBAP acentuando-se as diferenças subindo a
percentagem r, já que o REBAP não considera o seu efeito.
crítico tem um peso significativo. De facto, nestes casos o contorno crítico condicionante
surge para valores de a inferior a 1.5d, razão pela qual, nestes casos a altura da sapata
obtida pelo MC90 é superior à obtida pelo EC2. Evidencia-se na leitura destes resultados
que a aplicação do EC2 só é segura para sapatas flexíveis ao á 2H e mesmo assim só
para pequenas excentricidades (ou então considerando o valor de b segundo as indicações
do MC90).
Numa leitura ligeira do EC2 poderíamos ser levados a aplicá-lo a qualquer sapata
concluindo que bastaria dotá-la de uma altura que cumpra a relação ao [ 1.5d para não
termos rotura por punçoamento. De facto, isto não é correcto, já que em sapatas rígidas
com tensões elevadas o cone de punçoamento pode formar-se com uma maior inclinação
surgindo o contorno crítico a distâncias menores que 1.5d.
É, no entanto, necessário ter-se presente que as forças de tracção nas armaduras não
acompanham o desenvolvimento dos diagramas de momento, obrigando a algumas regras
na colocação e amarração das armaduras. Estas armaduras não devem ser interrompidas ao
longo da sapata.
I
Esforços no pilar Nsd ; Msd,x ; Msd,y A sy
Bx
Armadura segundo x
M I = σ sd ⋅ By ⋅ l I2 / 2 ; lI = Bx / 2 − 0.35bx
Armadura segundo y
M II = σ sd ⋅ Bx ⋅ l II2 / 2 ; l II = By / 2 − 0.35by
M II
Asy ≅ armadura total a distribuir na dimensão Bx
0.85d ƒ syd
a1
0,15a1 II
I
d/2
d/2
b b1 I I
II
0,15b1
ly
I lx II
a
Disposição da armadura
0,15a v
d 1,5v
S1
0,15a
Fig. V.10 – Eixos de cálculo de flexão e disposições geométricas em sapatas com face superior inclinada.
Nsd ( Bx - bx ) Nsd ( Bx - bx )
Asy = (armadura total) ou (armadura por metro)
8 × d × Fsyd 8 × d × Fsyd × By
a) v b) v
d d
Fig. V.11 – Efeito de arco: transmissão das acções do solo por meio de bielas.
b B
a
>H
A s1 A sc
A s1
B
B1 >
a + 2 H
2B
Asc = As , a distribuir em B1 , Asl = Astotal − Ase , a distribuir nas faixas laterais.
A+ B
Outro critério existe em que a sapata só é considerada alongadas quando uma dimensão é
maior que o dobro da outra, não podendo b’, em qualquer caso, ser inferior ao valor a+2h.
A distribuição da armadura é idêntica à acima preconizada.
a'
b'
Terá que se verificar o corte em viga larga, verificação do esforço transverso tipo laje sem
armadura de corte, quando v>1,5b’.
Fig. V.14 – Condição de verificação do esforço transverso tipo laje, sem armadura de corte.
Conforme se poderá verificar pela figura V.9, a amarração das armaduras longitudinais
depende da relação entre a altura da sapata e a distância entre a face do pilar e a face da
sapata (consola).
No que diz respeito à amarração das armaduras principais inferiores é boa prática
estabelecer a amarração da totalidade da armadura na face lateral, em particular, se a
largura da sapata nessa direcção é pequena (a ≈ a0 + 2H). Nestes casos (próximos do
comportamento de consola curta) a variação da força F na face inferior é pequena sendo
importante fazer a amarração já na face, portanto.
a0 > Η a0 < Η
H Ib.net
I
H b.net
P P
σ= ; σ dx = d x
B B
x x B−b
f . d x = σ dx =σ dx
h0 h B
h0
h Ø
f.dx
σ.dx
x
B
B
B−b B 2 P (B − b )
N0 = ∫ f . dx = σ =
2
0 Bh 8 8h
B
B−b B 2 x2 x
2
N(x ) = ∫ f . dx = σ − = N 0 1 − 4
2
x Bh 8 2 B
La
N1
y=- x
fmáx La
N0
N1
N(x)
B − b
valor máximo N0, e tangente em cada ponto f(x) Tmáx = σ .
2h
aderência admissível).
O comprimento necessário para as barras, a partir do ponto médio da sapata, é L, tal que,
N1 (x ) ≥ N ( x ) . Procura-se L, de modo a que a recta de inclinação N1 / La, seja tangente à
parábola N (x) :
N1
y=− x+C
la
x
2
y = N 0 1 − 4
B
Determinando c de forma a que recta seja tangente à parábola, pode obter-se, com
y = 0, x = L.
f máx B
- se η Π ∅ ≤τa ⇒ l ≤ 2
, suficiente terminar os varões em gancho;
16 N 02
F2 +
- se f máx
〉 τa ⇒ C = B 2 ; F = η Π ∅τ e
ηΠ∅ N0 a
16
B2
C
l=
F
Ilustra-se ainda essa regra simples para sapatas com face superior não horizontal.
h
h
lb,net
h l b,net
v≤h v>h
Fig. V.20 – Amarração em sapatas com face superior não horizontal.
P terreno
M induzido
Muito embora, por estas razões e em geral, na face superior de sapatas isoladas não serem
necessárias armaduras (em termos de resistência às acções transmitidas pela estrutura), por
vezes dispõe-se uma armadura superior por razões meramente construtivas (rigidificar a
caixa de armaduras da sapata).
No caso de sapatas com cargas importantes e solos bons (rocha) obtêm-se sapatas de
reduzidas dimensões em planta. Nesta situações é conveniente o uso de uma armadura de
cintagem por forma a garantir-se a contenção do betão e uma eficaz ancoragem das bielas.
ARMADURA PERIMETRAL
(Eng. Nelson Vila Pouca e Eng. Carlos Delfim. FEUP. (1997). Nsd
[ ]
estrutural de elementos de fundação. Fundações superficiais). 11
ao
Pilar : bx = by = 0.40 m
Nsd = 1500 kN ; Msd,x = 150 kN.m (esforço de H
cálculo)
Sapata: Bx = By =2.45m, Materiais: Betão C20/25, Aço
2.45
A500
Estimativa da altura H
2.45 − 0.4
a0 = = 1.025
2
Condição de sapata rígida H ≥ 0.55
1500 6 × 150
σ sd 1.2 = ±
2.452 2.453
1500 1
σ sd , 0 = ⋅ = 166kPa
2.452 1.5
adoptou-se um coeficiente de 1.5 correspondente a assumir-se tensões de serviço no solo
(efeito da incerteza do diagrama).
Vsd ,ef
τ sd = = 226kPa
u⋅d
Esforço resistente
τ Rd1 = τ Rd k (1.2 + 40 ρ )
τ Rd1 = 260kPa
Estimativa de ρ
Momento na secção I
virá então:
τrd1 = 260(1.6-0.59)(1.2+40×0.0015)=330 MPa
A altura da sapata cumpre a condição de punçoamento τRd1 > τsd podendo ainda ser
reduzida.
Segundo o EC2 a percentagem mínima de armadura de lajes para que se possam aplicar as
disposições sobre o punçoamento é de 0.5%. No entanto, para sapatas rígidas esta
percentagem não se justifica, sustentando diversos autores ser suficiente percentagens na
ordem de 0.15 a 0.20% para que se mobilize o mecanismo resistente ao punçoamento
Fundações Superficiais / Dimensionamento das peças de fundação Cap. V / 25
Estruturas Betão Armado
Verifica-se que a altura é suficiente, surgindo no contorno crítico condicionante a/d entre 1
e 1.25 uma diferença τSd -τRd de 143 kPa podendo portanto reduzir-se a altura da sapata.
Neste caso a aplicação do EC2 conduz a bons resultados. De facto, temos pequena
excentricidade, tensões no solo moderadas e o contorno crítico condicionante não está
longe de 1.5d.
Solução adoptada
Bx = By = 2.45 m
H = 0.65 m
Asx = Asy - 12φ16
Dos Quadros 4.11 e 4.12 do EC2 temos para uma tensão σ s = 210 Mpa, φ ≤ 20 ou S ≤ 24
cm a solução adoptada cumpre uma destas condições, verificando-se assim o estada limite
de fendilhação.
0.40 × 0.40
ø 10
0.65
0.05 a 0.10
betão de limpeza # 12 ø 16
2.45 (× 2.45)
Demonstra-se [15] que a fundação superficial não pode suportar tracção, razão pela qual se
procura que a excentricidade não ultrapasse o terço central. No caso contrário é a
excentricidade que define a largura activa da sapata (distribuição da tensão de contacto
triangular em vez de trapezoidal).
Nsd
B (xL)
B'
σsd
σsd . B’ Nsd 3b 3b
L = Nsd ⇒ σsd = 2 , pelo que: B’ = 2 =
2 B’ . L 4 2
3b/2
b /2
C g
Só é viável para solos muitos resistentes (σrd elevado) senão o L vem muito grande, sendo
certo que este valor (L) deverá estar em sintonia com a altura da sapata, no sentido de se
garantir uma sapata rígida (que assegure uma distribuição aproximadamente uniforme de
tensões). No caso de a sapata não ser rígida, então L não deverá ultrapassar no dobro B,
dado que de outra forma o funcionamento de laje não existirá.
Observação:
Por outro lado, atendendo à acção benéfica do peso próprio da sapata, temos que a
resultante do efeito conjunto desta força e do esforço axial no pilar terão que cair no centro
do diagrama de tensões da reacção do terreno (mesmo ainda considerando, em soma,
algum momento que exista no pilar).
Assim, a dimensão óptima desta sapata será 3 vezes a distância da face exterior da sapata à
posição desta resultante.
c1
N R = N + P sapata
c2
c
P sapata
R
3c
Fig. V.26 – Diagrama de tensões sob sapata excêntrica isolada atendendo ao peso desta e à optimização de
geometria.
Para centrar mais as cargas pode aumentar-se o peso da sapata, aumentando o seu tamanho
ou dispondo de um maciço de betão sob a sapata propriamente dita, com o qual se aumenta
consideravelmente o peso e se desloca favoravelmente a resultante do sistema de forças
(figura V.15). Neste caso:
c
P sapata
R1
fc
P Maciço h
c2'
c'
R2
Fig. V.27 – Maciço de betão sob a sapata, aumentando o seu peso e deslocando a resultante.
f ck
Terá que se verificar a seguinte condição: f c ≤ f cd =
1,2γ c
Pela frequência com que aparecem as sapatas excêntricas, existem soluções específicas
para o problema.
Uma das soluções possíveis, mas muito pouco utilizada, é a da figura V.16, criando um
sistema de alavanca.
e L
Lastro
R2
Aqui o lastro de betão e terra equilibra a excentricidade do esforço axial do pilar (mais
eventual momento), sendo o contributo da volume de terras apresentado na figura V.16
conservativo, já que um prima que considera-se o ângulo do atrito interno do solo seria
mais razoável.
5.4.1.3. Com reacção uniforme no terreno por equilíbrio com viga do 1.º piso
e=(B-b)/2
Hsd
b
Nsd
Nsd
σ=
B.L
Fig. V.29 – Diagrama uniforme de tensões, já que o binário Hsd . h equilibra Nsd . e.
H-h
N
H
1 1
h
T
N
e
Bx
Fig. V.30 – Diagrama uniforme de tensões, já que o binário Hsd . h equilibra Nsd . e.
N.e = T.H
e
T=N
H
A componente horizontal T na base da sapata tem de ser absorvida por atrito, pelo que
deverá cumprir-se:
T≤
( N + W z ) tg δ γd = coe. de segurança ≥ 1,5
γd
A viga de betão armado deve ser dimensionada com a combinação da flexão própria mais a
tracção T.
O suporte na secção 11 deve dimensionar-se para absorver, para além das suas próprias
acções, um momento adicional de valor
M11 = T (H - h)
Usualmente, uma fundação com carga excêntrica é associada por meio de uma viga de
equilíbrio, com a de um pilar mais próximo.
Ideia base:
N1 N2
σα
A Secção A-A
S2
S1
P1 P2
L1 L2
B1
B2
Fig. V.33 – Planta da base da sapata excêntrica (S1) e da sapata interior (S2) que lhe proporciona o
equilíbrio.
Condições de equilíbrio:
ΣMp2 = 0;
ΣF = 0;
Geometria L1 = 2 (e + b1 / 2 )
P1 P2
σadm ⇒ = ≤ σadm
B1.L1 B2.L2
Pré-dimensionamento de S1 e S2 :
Nsd1
σsd1 = ≤ σrd → ( B1, L1 )
B1.L1
Nsd2
σsd2 = ≤ σrd → ( B2, L2 )
B2.L2
Cálculo de reacções:
R1 + R2 = Nsd1 + Nsd2
Nsd1 Nsd2
P1 l
P2
Msd1 Msd2
b1 b2
Ve
σsd1 σsd2
R1 R2
e
B1 B2
Fig. V.34 – Alçado da sapata excêntrica (S1) e da sapata interior (S2) que lhe proporciona o equilíbrio.
Nsd1 Nsd2
Msd1 Msd2
R1 R2
e l-e
Fig. V.35 – Esquema estrutural simplificado da viga de equilíbrio.:Equilíbrio estático do sistema e suas
componentes (por reacções).
VE
ƒ sd1= R1 ƒ sd2= R2
B1 B2
( Nsd2 - R2 )
( + )
Vsd
( - )
Estribos
Vsd, máx
Msd, máx
( - )
Msd1
( + ) Msd2
Msd
Armaduras longitudinais
Momentos Flectores
Esforço Transverso
↓
Importante porque é ≈ Nsd1
Disposição de armaduras
Viga
P1 As (Msdmáx) P2
Asw
≥( S ) mim
(Asw
S ) (Vsd,máx) Eventual dispensa
para descongestionar;
S1 S2 Nesta Sapata as
longitudinais são
nas duas direcções;
Direcção não - é a viga que absorve É fundamental ter As nas duas direcções
o esforço longitudinal; ( como sempre);
S1 S2
S2
S1
P1 P1 VE P2 P2
3 3
Corte: 33
Corte nesta consola (*)
- altura da Sapata S1 P2
Corte na consola
Flexão - As1 (mais desfavorável )-
S2 altura da Sapata S2
(Punçoamento)
(*)Verificação de corte em viga larga
(tipo laje sem armadura de corte) As2
σsd2
A altura da sapata deve ser tal que se dispensem armaduras para corte.
a'
h
h'
a+h
σ
b+h
a b
a+h
τseg – considerar os valores do 1.º quadro do art.º 35º do R.E.B.A, divididos por 1.5 (valores de serviço).
h/2
A a a+h
B'
B
Verificação na secção II, com largura a, para a carga na zona tracejada, se B’ > 1.5 A;
II
A a a
II
B'
B
d/2 l2 l
d d2 d
II II
b b1 b2=b1+d b2=b b
II
II
S2
d
d2
d2 1,5 v1
d/2 v1
(P + Ps ) tg ϕ d ≥ γ s .H (areias)
A . B . Cd ≥ γs H (argilas)
Nota: Contar eventualmente com efeito do piso térreo, ou seja: a sapata está embebida na
betonilha do pavimento e não consegue escorregar (situação idêntica aos muros de cave).
Ps
(P + Ps ) . B ≥ (M + H . ht ). γ d
2
P
H
Ps ht
0
B
Nsd1 Nsd2
x
P1 P2
R= Nsd1+Nsd2
Msd1 Msd2
l Eventuais limites
C1 a1 a2 C2
sapatas de fronteira )
G B
L/2 L/2
Nsd1+Nsd2 (+pp)
σsd2=
B.L
A ideia base é centrar a sapata com a linha de acção da resultante dos esforços dos pilares,
admitindo uma distribuição de tensões uniforme no terreno.
Posição da resultante:
∑ M(P1) = 0
⇓
R . x = Msd1 + Msd2 + Nsd2 . l (para os sentidos de momentos admitidos)
R = Nsd1 + Nsd2
⇓
Fica definida a posição do Centro de Gravidade da sapata
(para ter um diagrama de tensões constante)
Limites da sapata:
L a1 L a1
⇒ ≥ x + (+ f1) (e: ≤ x + + C1 )
2 2 2 2
L a2 L a2
⇒ ≥ ( l - x ) + (+ f2) (e: ≤ ( l - x ) + + C2 )
2 2 2 2
⇓ ⇓
Abrange pilares Eventuais limites superiores
Em geral:
Au1 Au2
u1 u2
aoy
aox
Armaduras:
⇒ Longitudinais:
Nsd1 Nsd2
P1 P2
Adis1
As
Ast1 Ast2
Vsd
As
Msd
Fig. V.49 – Diagramas típicos de esforços numa sapata comum a dois pilares.
⇒ Transversais:
Calcular a armadura para uma tensão uniforme em (a + 2h) que equilibra o Nsd de cada
pilar.
Msd2
Nsd2
Ast2 Nsd2
σsd2=
B . L2
EI
Fig. V.52 – Esquema de molas a simular a rigidez do terreno numa sapata comum a vários pilares.
A distribuição de tensões no solo é obtida com maior rigor analítico, só questionável pela
dificuldade de avaliar as rigidezes das molas. Se verificarmos que existem molas
traccionadas, há que recorrer a um cálculo iterativo de forma a retirar molas até que tal não
se verifique.
Sapata c/ largura B
l
P1 P2 P3
∆x
Inércia à flexão
EI
1 2 3 4 5 6 7 8 9
y1 y2 y3 y4 y5 y6 y7 y8 y9 Deformação yi
∆x
l/8
∆ x = l/8;
EI
K ( kN/m3 )
R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7 R8 R9
Ri
Fig. V.52 – Esquema de molas a simular a rigidez do terreno numa sapata comum a vários pilares.
∆x ∆x
i-1 a i b i+1
yi - 1 ya yi yb yi + 1
ya
Fig. V.53 – Esquema de molas a simular a rigidez do terreno numa sapata comum a vários pilares.
yi - yi-1
y’a =
∆x
yi+1 - yi
y’b =
∆x
Se y’’ = - M / EI , então :
yi + 1 - 2 yi + yi-1 M
= -
∆x2 EI
Então : Ri = k . ∆x . B . yi
Exemplo em relação a R5 :
Área de influência
↑
R5 = k . ∆x . B . y5 R5
{ ⇒ = k . y5
p =k.y ∆x . B
↓
pressão
y3 - 2y2 + y1 - R2 . ∆x - k . ∆x . B . y2 . ∆x
= =
∆x2 EI EI
Σ Pi = Σ Ri ⇒ 7 equações
Como:
Determinamos yi ⇒ Ri = k . ∆x . B . yi ⇒ T ⇒ M
yi + 1 - 2 yi + yi - 1 Mi
= -
∆x2 EI
sapata
eixo da sapata
1m
EA/l
Pórtico
Lei de Hook:
N ∼ k ( kN/m3 )
A
l
Fig. V.54 – Esquema de molas a simular a rigidez do terreno numa sapata comum a vários pilares.
σ=εE
l = 1 m;
A = 1 m2 } k’= E ⇒ módulo deformação do solo.
I≅0
Fig. V.55 – Esquema de molas a simular a rigidez do terreno numa sapata comum a vários pilares.
Sendo, mais uma vez, o coeficiente de Winkler: a tensão necessária aplicar ao solo para
obter uma deformação unitária;
0.30
( × 0.30 )
cinta ∅ 8
# 9 ∅ 12
0.45
# 6 ∅ 10
3 ∅ 10 na zona da J.D. J.D.
0.55 8 ∅ 16 10 ∅ 16
0.18
0.845 0.18 1.55 0.845
4 ∅ 10/m
0.50 5 ∅ 16/m
Betão de Limpeza
0.05 3.60 0.05
0.10
0.05
4 ∅ 10/m 5 ∅ 16/m
0.81
0.18
4 ∅ 10/m
3.60 1.50
5 ∅ 16/m
0.30 0.30
0.02
0.30
0.81
0.30 0.18 0.95 0.48