Módulo - Pintura

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ENGENHARIA CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL II

MÓDULO: PINTURA
Norma PETROBRAS N-13 Rev. J
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CONSTRUÇÃO CIVIL II

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1. O QUE É PINTURA?
2. FINALIDADE DA PINTURA
3. CORROSÃO
4. PRINCIPAIS MEIOS CORROSIVOS
4.1. Atmosfera
4.1.1. Atmosfera marinha
4.1.2. Atmosfera junto à orla marinha
4.1.3. Atmosfera industrial
4.1.4. Atmosfera urbana e semi-industrial
4.1.5. Atmosfera rural e seca
4.2. Solos
4.3. Águas naturais (rios, lagos e do subsolo)
4.4. Água do mar
4.5. Produtos químicos
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5. FORMAS DE CORROSÃO
5.1. Uniforme
5.2. Alveolar
5.3. Puntiforme
6. GRAUS DE INTEMPERISMO
6.1. GRAU “A”
6.2. GRAU “B”
6.3. GRAU “C”
6.4. GRAU “D”
CAREPA DE LAMINAÇÃO (1)
7. PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIE
7.1. Preparação por meio de limpeza com solventes
7.2. Limpeza Manual - Padrão St 2
7.3. Limpeza Mecânica - Padrão St 3
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7.4. Preparação por meio de jateamento abrasivo


7.4.1. Padrão Sa 1 (Jateamento ligeiro BRUSH-OFF)
7.4.2. Padrão Sa 2 (Jateamento comercial)
7.4.3. Padrão Sa 2.1/2 (Jateamento ao metal quase branco)
7.4.4. Padrão Sa 3 (Jateamento ao metal branco)
7.5. Preparação por meio de hidrojateamento
7.5.1. Hidrojateamento a alta pressão
7.5.2. Hidrojateamento a hiperalta pressão
VÍDEO DE JATEAMENTO (2)
PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIE DO CONCRETO (3)
8. CONSTITUINTES DAS TINTAS
8.1. Resina
8.2. Pigmentos
8.3. Aditivos
8.4. Solventes
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9. PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS DOS REVESTIMENTOS POR


PINTURA
9.1. Aderência
9.2. Flexibilidade
9.3. Resistência à abrasão e impacto
9.4. Resistência à água
9.5. Resistência às condições de exposição atmosférica
10. TIPOS DE TINTAS
FISPQ (4)
11. ESQUEMAS DE PINTURA
11.1. Modelo de Esquema de Pintura Industrial
12. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DAS TINTAS
12.1. Trincha
12.2. Rolo
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12.3. Pistola de pulverização convencional


12.4. Pistola sem ar (airless spray)
NORMATIZAÇÃO DE CORES PARA TUBULAÇÕES (5)
NORMATIZAÇÃO DE CORES DE SEGURANÇA (6)
RENDIMENTOS TEÓRICO E PRÁTICO E VOLUME MORTO (7)
13. PERFIL DE RUGOSIDADE
14. CONDIÇÕES AMBIENTAIS PARA PINTURA
15. CONTROLE DE QUALIDADE
15.1. Ações de prevenção antes da aplicação da pintura
15.2. Ações de prevenção durante a aplicação da pintura
15.3. Ações de detecção de defeitos
CUIDADOS RELACIONADOS AO PROJETO E EXECUÇÃO DE ESTRUTURAS E
EQUIPAMENTOS (8)
16. PRINCIPAIS FALHAS E DEFEITOS DE PINTURA
16.1. Falhas de aplicação
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16.1.1. A trincha ou pincel


16.1.2. Pintura a rolo
16.1.3. Impurezas
16.1.4. Consumo elevado
16.2. Defeitos da pintura
16.2.1. Descaimento
16.2.2. Manchas ou manchamento
16.2.3. Over spray (pulverização deficiente)
16.2.4. Espessura irregular (falta ou excesso)
16.2.5. Porosidade ou poros
16.2.6. Sangramento
16.2.7. Cratera ou craterização
16.2.8. Pele de laranja
16.2.9. Empoamento ou engizamento
16.2.10. Empolamento (bolhas)
16.2.11. Fraturamento ou fendilhamento
16.2.12. Descascamento ou descolamento
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16.2.13. Enrugamento
17. PINTURA IMOBILIÁRIA
17.1. Reboco, concreto e blocos de cimento
17.1.1. Produtos
17.1.2. Modelo de Esquema de Pintura Imobiliária
17.2. Gesso
17.2.1. Produtos
17.2.2. Modelo de Esquema de Pintura Imobiliária
17.3. Madeira
17.3.1. Produtos
17.3.2. Modelo de Esquema de Pintura Imobiliária
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1. O QUE É PINTURA?
É a hábil técnica de se aplicar tintas.
Os substratos de aço carbono, concreto e galvanizado são os que mais se
deterioram em ambientes agressivos e por isso devem ser protegidos por
pintura.
2. FINALIDADE DA PINTURA
A pintura possui uma série de características importantes para a proteção de
estruturas e prédios, como facilidade de aplicação e de manutenção, relação
custo/benefício comparada a outras formas de proteção e reparação.
Dentre as principais finalidades destacam-se:
 Impedir a aderência de vida marinha ao casco de embarcações e bóias (A):
 Aplicação de tintas conhecidas como anti-incrustantes;
 Sinalização de estruturas e equipamentos industriais (B);
 Identificação de fluidos em tanques e tubulações (C);
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 Sinalização de vias (D);


 Estética (E):
 Pintura arquitetônica;
 Auxílio na segurança industrial;
 Impermeabilização:
 Pode ser utilizada para evitar a migração de íons agressivos para o interior do
concreto, pela construção civil;
 Diminuição de rugosidade superficial:
 Para facilitar o escoamento de fluidos;
 Identificação de falhas em isolamento térmico de equipamentos:
 Pode ser utilizada tintas indicadoras de temperatura, e onde houver falha no
isolamento térmico, a tinta mudará de cor.
 Permitir a maior ou menor absorção de calor:
 A cor branca é utilizada para reduzir a perda por evaporação e a cor preta é
utilizada para casos de necessidade de maior absorção de calor.
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A – Pintura anti-incrustante em casco de navio


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B – Pintura em chaminé para sinalização de área


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E
D

C – Proteção anticorrosiva e identificação de linhas de fluidos


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D
D – Pintura de sinalização horizontal de vias
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E – Pintura arquitetônica
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3. CORROSÃO
A corrosão é um processo de deterioração do material que produz alterações
prejudiciais e indesejáveis nos elementos estruturais.
O produto da corrosão é um elemento diferente do material original, assim, a
liga perde suas qualidades essenciais, como: resistência mecânica,
elasticidade, ductilidade e estética.
A corrosão consiste na deterioração dos materiais pela ação química ou
eletroquímica do meio, podendo estar ou não associado a esforços mecânicos.
Ao se considerar o emprego de materiais na construção de equipamentos ou
instalações é necessário que estes resistam à ação do meio corrosivo, além de
apresentar propriedades mecânicas suficientes e características de fabricação
adequadas.
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4. PRINCIPAIS MEIOS CORROSIVOS


4.1. Atmosfera: a ação corrosiva da atmosfera depende dos seguintes fatores:
 Umidade relativa do ar;
 Poluentes (partículas sólidas e gases);
 Temperatura;
 Tempo de permanência do eletrólito na superfície metálica.
Classificação das atmosferas segundo a corrosão relativa do aço carbono a
variadas atmosferas:
4.1.1. Atmosfera marinha: sobre o mar e na orla marítima (até 500 metros da
praia), com ventos predominantes na direção da estrutura a ser pintada.
4.1.2. Atmosfera junto à orla marinha: aquela situada além de 500 metros da
praia e até aonde os sais possam alcançar.
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4.1.3. Atmosfera industrial: envolve regiões com muitos gases provenientes de


combustão, processos químicos, etc.
4.1.4. Atmosfera urbana e semi-industrial: nas cidades aonde se tem uma
grande quantidade de gases, provenientes de veículos automotores, e uma
indústria razoavelmente desenvolvida.
4.1.5. Atmosfera rural e seca: geralmente encontrada no interior, onde não há a
presença de gases industriais, sais em suspenção e a umidade relativa do ar se
encontra em níveis sempre mais baixos.
4.2. Solos: os solos contêm umidade, sais minerais e bactérias. Alguns solos
apresentam também, características ácidas ou básicas.
4.3. Águas naturais (rios, lagos e do subsolo): estas águas podem conter
sais minerais, eventualmente ácidos ou bases, resíduos industriais, bactérias,
poluentes diversos e gases dissolvidos.
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4.4. Água do mar: a água do mar em virtude da presença acentuada de sais, é


um eletrólito por excelência.
4.5. Produtos químicos: desde que em contato com água ou com umidade e
sendo ionizáveis, formam um eletrólito, podendo provocar corrosão
eletroquímica.

5. FORMAS DE CORROSÃO

A caracterização da forma de corrosão auxilia bastante no esclarecimento do


mecanismo e na aplicação de medidas adequadas de proteção. Os aspectos
mais comuns são:
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5.1. Uniforme: a corrosão se processa em toda extensão da superfície,


ocorrendo perda uniforme de todo esquema de pintura;
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5.2. Alveolar: a corrosão produz sulcos ou escavações. Apresenta fundo


arredondado e profundidade geralmente menor que seu diâmetro;

(b)
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5.3. Puntiforme: a corrosão se processa em pontos ou em pequenas áreas


localizadas produzindo pites, que são cavidades geralmente maiores que seu
diâmetro.
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6. GRAUS DE INTEMPERISMO

Os graus de limpezas ou graus de intemperismo são estabelecidos pelas


normas SIS 05 59 00-1967 da Swedish Standards Instituition (norma sueca),
ISO 8501-1, ISO 8504. Podem ser comparadas às normas da SSPC e da
NACE, ambas americanas.
De acordo as normas supra citadas, o aço não revestido antes da preparação
de superfície (limpeza), pode se encontrar em quatro graus de intemperismo
conforme descritos a seguir:
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6.1. GRAU “A” - Superfície de aço com o recobrimento de carepa de


laminação, intacta aderente e isento de corrosão.
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6.2. GRAU “B” - Superfície de aço com pequenos pontos de corrosão onde a
carepa de laminação começa a destacar.
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6.3. GRAU “C” - Superfície de aço onde a carepa de laminação foi eliminada
através da ação da corrosão ou pode ser removida por raspagem ou
jateamento, podendo ser visualizada pequenas cavidades.
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6.4. GRAU “D” - Superfície de aço onde a carepa de laminação foi eliminada
através da ação da corrosão, e, ainda possui grande formação de cavidades
que podem ser visualizadas.
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CAREPA DE LAMINAÇÃO (1)


Ao compararmos uma camada de carepa de laminação com uma camada de
tinta, expostas em um ambiente altamente agressivo, pelo mesmo tempo, a
pintura apresentaria um desempenho superior.
A explicação é que a tinta apresenta flexibilidade suficiente para acompanhar os
movimentos diários de dilatação, por causa do calor do sol e de contração,
devido a temperaturas mais baixas durante as noites.
A carepa não possui flexibilidade suficiente e não acompanha os movimentos
do aço sobre o qual foi formada no processo siderúrgico.
Por isso a carepa sofre fissuramento ou trincamento, por ter coeficiente de
dilatação diferente do aço e acaba levando consigo a película de tinta.
Outro problema da pintura sobre a carepa de laminação é que, por ser uma
superfície muito lisa, há dificuldades de aderência da tinta.
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Degradação da carepa de laminação e da película de tinta


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7. PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIE

Essa etapa é a mais importante para que um esquema de pintura apresente o


desempenho desejado / projetado.
Esta preparação visa remover os contaminantes da superfície (carepa de
laminação, produtos de corrosão, sais, óleos, graxas, tintas velhas, etc.) e criar
condições que proporcionem aderência satisfatória aos esquemas de pintura. O
desempenho de um revestimento por pintura está diretamente ligado a escolha
adequada do tipo e do adequado preparo de superfície.
A disponibilidade de recursos e restrições a certos métodos também influenciam
na seleção do tipo de preparação de superfície do aço carbono.

7.1. Preparação por meio de limpeza com solventes: esta etapa visa
remover contaminantes oleosos, sais, terras, etc. (Norma PETROBRAS N-5)
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7.2. Limpeza Manual - Padrão St 2: A superfície deverá ser lixada, escovada


ou raspada manualmente de forma minuciosa, para poder eliminar a carepa de
laminação solta, respingos de solda e oxidações. Após este processo, deverá
ser utilizado ar comprimido seco ou escova totalmente limpa, procurando
manter a superfície com pequeno brilho metálico. Este processo não pode ser
utilizado para as superfícies que apresentarem “Grau A” de intemperismo.
(Norma PETROBRAS N-6)

Escova de aço Espátula


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7.3. Limpeza Mecânica - Padrão St 3: Fazer um lixamento, escovamento ou


raspagem manualmente ou mecanicamente de maneira minuciosa. Utiliza-se o
mesmo processo do padrão St 2, mas de uma forma mais rigorosa. Realizando
a limpeza e o escovamento por meio de lixadeiras e pistolas de agulha, o aço
deve possuir um intenso brilho metálico. Este processo também não pode ser
utilizado para as superfícies que apresentarem “Grau A” de intemperismo.

(Norma PETROBRAS N-7)

Lixadeira Pistola de agulha (desencrustador)


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7.4. Preparação por meio de jateamento abrasivo: consiste na remoção da


camada de óxidos e outras substâncias depositadas sobre a superfície, por
meio de aplicação de um jato abrasivo com granalha de aço, bauxita
sinterizada, escória de cobre, óxido de alumínio, micro esfera de vidro, dentre
outros. Este jato é obtido através de projeção das partículas dos abrasivos,
impulsionadas por um fluido, geralmente o ar comprimido.
É o tipo de limpeza mais adequado e recomendado para a aplicação de pintura,
pois possui grande rendimento de execução, proporciona limpeza adequada,
além de deixar a superfície com perfil de rugosidade (ABNT NBR 15488:2007)
excelente para boa ancoragem da película de tinta.
Neste processo somente os Padrões Sa 2.1/2 e Sa 3 são utilizados para as
superfícies que apresentarem “Grau A” de intemperismo.

(Norma PETROBRAS N-9a)


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7.4.1. Padrão Sa 1 (Jateamento ligeiro BRUSH-OFF): prevê a remoção de


carepa de laminação solta, óxidos e possíveis partículas estranhas não
aderentes. A retirada do produto de corrosão situa-se em torno de 5%.
7.4.2. Padrão Sa 2 (Jateamento comercial): prevê a remoção de praticamente,
toda a carepa de laminação, óxidos e partículas estranhas, em cerca de 50%.
Após o tratamento a superfície deverá apresentar uma coloração acinzentada.
7.4.3. Padrão Sa 2.1/2 (Jateamento ao metal quase branco): assegura a
remoção total da carepa de laminação, ferrugem e partículas estranhas, de tal
modo que possam aparecer leves sombras, listras ou descoloração na
superfície. Ao final da limpeza a retirada do produto de corrosão situa-se em
torno de 95%. Após o tratamento a superfície deverá apresentar uma coloração
cinza clara.
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7.4.4. Padrão Sa 3 (Jateamento ao metal branco): é o jateamento abrasivo


ideal, com remoção total da carepa de laminação, óxidos e partículas
estranhas. Após a limpeza a superfície deverá apresentar uma cor cinza de
tonalidade muito clara e uniforme, sem listras ou sombras.
Ao final do preparo de superfície por meio de jateamento abrasivo deve-se fazer
a remoção dos resíduos com ar comprimido seco e limpo.

7.5. Preparação por meio de hidrojateamento: processo em que a limpeza da


superfície é realizada por meio de água a altas pressões. O hidrojateamento é
classificado em:

7.5.1. Hidrojateamento a alta pressão: a pressão varia de 34 Mpa a 170 Mpa


(10.000 psi a 25.000 psi).
7.5.2. Hidrojateamento a hiperalta pressão: pressões acima de 170 Mpa
(25.000 psi).
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Jateamento abrasivo sendo realizado em cabine de jato


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Preparação de superfície por meio de hidrojateamento


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a d

c b

Equipamento de jato completo: (a) capacete + blusão para jatista; (b) bico de
jato; (c) distribuidor de ar; (d) máquina de jato
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VÍDEO DE JATEAMENTO (2)


Jateamento abrasivo ao Padrão Sa 2.1/2 realizado em uma embarcação.
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PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIE DE CONCRETO (3)


As superfícies de concreto deverão receber tratamento adequado para garantir
bom desempenho do sistema de pintura. Não aplicar revestimento se o
concreto não estiver seco e curado pelo menos por 28 dias. E nem sobre
concreto aditivado com acelerador de cura sem que testes representativos
indiquem a possibilidade de adesão satisfatória.
Preparação de superfície para pintura inclui:
a) Inspeção do substrato concreto: é crítica e é realizada para determinar
sua condição geral, integridade, presença de contaminantes, presença de
umidade e o melhor método para atender aos requisitos do
projeto/empreendimento.
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b) Remoção e substituição do concreto deteriorado: concreto deteriorado


ou fraco deve ser removido até encontrar partes em bom estado e substituído
por massa epóxi ou concreto polimérico ou por primer reparador.
Ocasionalmente, é utilizado concreto fresco novo sobre concreto já existente.
Quando isso for necessário, deve-se preparar a superfície por desbaste,
escarificação, jateamento abrasivo com granalha de aço, pistola de agulhas
(desencrustadores) ou hidrojateamento de alta pressão (10.000 a 25.000 psi).
Aplicar uma tinta epóxi 100% sólidos como selador ou agente de ligação e logo
em seguida colocar cimento fresco ou a argamassa.
c) Descontaminação da superfície de concreto: requer a remoção de óleos,
graxas, ceras, ácidos graxos e outros contaminantes e poderá ser
acompanhada do uso de tensoativos a base de água, esfregando com
escovas, limpeza por jato de água com alta pressão (menos que 15.000 psi),
limpeza com vapor ou limpeza química.
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O sucesso desta operação depende da profundidade da penetração do


contaminante, que é completamente dependente da sua viscosidade, da
permeabilidade do concreto e do tempo de exposição ao contaminante.
Contaminação por micróbios, particularmente em águas servidas (esgoto),
pode ser detectada analisando o pH do concreto. Concreto novo deve ter pH
na faixa de 11 a 13. Em áreas onde os contaminantes não podem ser
removidos, o concreto contaminado deve ser retirado (quebrado) e substituído,
como descrito no item b) Remoção e substituição do concreto deteriorado.
Advertência: descontaminações por métodos que utilizam grandes
quantidades de água podem contribuir para problemas relacionados com a
umidade do concreto. Neste caso, o tempo de espera para a secagem
completa deve ser maior.
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8. CONSTITUINTES DAS TINTAS


A tinta é uma composição química líquida ou sólida que, após a secagem e
cura, forma filmes com propriedades estéticas, decorativas, anticorrosivas,
impermeabilizantes, etc:
Os constituintes básicos das tintas são:
8.1. Resina:
Resina é a parte não volátil da tinta, que serve para ligar ou aglomerar as
partículas de pigmentos e é responsável pela transformação do produto, do
estado líquido para o sólido, convertendo-o em película. As resinas são
responsáveis pelas propriedades físico-químicas da tinta, determinando,
inclusive, o uso do produto e sua secagem. A resina é a parte da tinta que
solidifica para formar a película de tinta seca.
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8.2. Pigmentos:
Material sólido finamente dividido e insolúvel. São utilizados para dar cor,
opacidade, ação anti-corrosiva, poder de cobertura ao substrato, certas
características de resistência e outros efeitos. São divididos em pigmentos
ativos, que conferem cor/opacidade, e inertes (cargas), que conferem certas
propriedades, tais como diminuição de brilho e maior consistência.

8.3. Aditivos:
Ingredientes que proporcionam características especiais às tintas. São
utilizados para auxiliar nas diversas fases de fabricação e conferir
características necessárias à aplicação. Dentre os principais temos:
 Secante;  Plastificante;
 Anti-mofo;  Anti-sedimentante;
 Nivelante;  Dispersante;
 Anti-espumante;  Outros.
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8.4. Solventes:
Os solventes são substâncias usadas para solubilizar a resina, controlar a
viscosidade e facilitar a aplicação das tintas. Este deve ser plenamente
compatível com a resina.

9. PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS DOS REVESTIMENTOS POR


PINTURA

Há diversas propriedades físico-químicas importantes para a durabilidade do


revestimento por pintura. Os mais importantes são:
9.1. Aderência:
Para se obter boa aderência dos revestimentos por pintura aos substratos, a
preparação de superfície deve remover contaminantes da superfície (óleos,
graxas, sais, produtos de corrosão, pintura envelhecida, etc).
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9.2. Flexibilidade:
O revestimento deve ter flexibilidade adequada para que não ocorra fissuras
na película devido a sua dilatação e contração, geradas pelas variações
térmicas do meio.
9.3. Resistência à abrasão e impacto:
Duas propriedades importantes, dependendo das condições de trabalho e
exposição das estruturas ou equipamentos, para não afetar a proteção
anticorrosiva.
9.4. Resistência à água:
Propriedade importante independente do meio que o equipamento ou estrutura
esteja, já que estarão em contato com água de qualquer forma, seja sob
condições de imersão ou de exposição à umidade atmosférica.
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9.5. Resistência às condições de exposição atmosférica:


Os revestimentos ficam sujeitos à ação de diverso agentes que contribuem
para sua degradação, como radiação solar, umidade, sais, ventos, agentes
químicos, etc. Portanto, há a necessidade dos esquemas de pintura possuírem
resistência adequada às condições de exposição.
10. TIPOS DE TINTAS
Os principais tipos de tintas são:
 Alquídicas;  Vernizes;
 Epóxi;  Tintas para altas temperaturas.
 Acrílicas;

 Poiluretânicas;

 Nitrocelulose ou lacas;
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FISPQ (4)
FISPQ é a Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos e que
são elaboradas conforme a NBR 14725-4: 2009.
A FISPQ contém as seguintes informações:
 Identificação do produto e da empresa fabricante;

 Identificação dos perigos e os efeitos adversos à saúde humana;

 Composição e informações sobre os ingredientes ou impurezas que


contribuam para o perigo;
 Medidas de primeiros-socorros;

 Medidas de combate à incêndio;

 Medidas de controle para derramamento ou vazamento;

 Manuzeio, armazenamento e condições de armazenamento;

 Controle de exposição e proteção individual do usuário do produto;


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 Propriedades físico-químicas;
 Estabilidade e reatividade;
 Informações toxocológicas;
 Informações ecológicas (efeitos ambientais, comportamentos e impactos do
produto);
 Considerações sobre os métodos de tratamento e disposição;
 Informações sobre transporte (regulamentações nacionais e internacionais);
 Regulamentações (informações sobre riscos e segurança, conforme
escritas no rótulo da embalagem do produto);
 Outras informações (referências bibliográficas, legenda).
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11. ESQUEMAS DE PINTURA


A correta especificação do esquema de pintura é, também, um fator importante
para se obter a proteção anticorrosiva desejada com uma relação
custo/benefício atraente. Fatores básicos que norteiam a especificação de um
esquema de pintura:
 O tipo de substrato a ser revestido;

 O tipo de pintura a ser feita (nova, de manutenção, repintura total, etc.);

 A complexidade geométrica das estruturas ou dos equipamentos;

 As condições possíveis de preparação de superfície;

 As condições de exposição e de trabalho das estruturas ou dos


equipamentos.
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11.1. Modelo de Esquema de Pintura Industrial:


ESQUEMA DE PINTURA

N.º DE NORMATIZAÇÃO MÉTODO DE INTERVALO


ESPECIFICAÇÃO DA TINTA ESPESSURA
DEMÃOS (PETROBRAS) APLICAÇÃO ENTRE DEMÃOS

ROLO / TRINCHA /
1ª N-2630 PRIME EPOXI POLIAMIDA 120 µm PISTOLA 24 HORAS

ROLO / TRINCHA /
TINTA INTERMEDIARIA PISTOLA
2ª N-2628 EPOXI POLIAMIDA 120 µm 24 HORAS
TINTA DE ACABAMENTO ROLO / TRINCHA /
POLIURETANO ACRÍLICO PISTOLA
3ª N-2677 ALIFÁTICO BRILHANTE 60 µm 12 HORAS
TINTA DE ACABAMENTO ROLO / TRINCHA /
POLIURETANO ACRÍLICO PISTOLA
4ª N-2677 ALIFÁTICO BRILHANTE 60 µm 12 HORAS
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12. MÉTODOS DE APLICAÇÃO DAS TINTAS


Os principais métodos de aplicação das tintas são:

12.1. Trincha:
É uma ferramenta simples e, consequentemente, de custo baixo, com as
seguintes características:
 Baixa produtividade, mas eficiente para pintura de estruturas delgadas ou
tubulações de pequeno diâmetro em locais sujeitos a muito vento;
 Indicado para primeira demão de tinta (recorte) ou pintura de reforço em
cordões de solda, reentrâncias, cantos vivos, bordas, arestas, etc.;
 Perda de tinta menor que outros métodos;

 Não ocasiona overspray;

 Não indicado para tintas ricas em zinco a base de silicatos.


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12.2. Rolo:
É um método tradicional e bastante utilizado, com as seguintes características:
 Boa produtividade, podendo ser utilizado em grandes áreas;

 Não ocasiona overspray;

 Não indicado para tintas ricas em zinco a base de silicatos;

 Os mais indicados são os de lã de carneiro, pois resistem aos solventes


orgânicos.

Rolo de lã Rolo de espuma


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12.3. Pistola de pulverização convencional:


Apresenta alta produtividade e fornece películas com excelente aspecto visual
e espessura uniformes, devendo ser evitado em locais com muito vento, pois
há perda excessiva de tinta.

Equipamento de pintura (pistola + tanque)


Pistola de pintura
convencional (de caneca)
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12.4. Pistola sem ar (airless spray):


A vantagem da pistola sem ar em relação à pistola convencional é a maior
eficiência quanto à rentabilidade da pintura. Permite a obtenção de películas
de alta espessura e evita perdas por overspray.

Pistola sem ar (airless spray) Equipamento


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NORMATIZAÇÃO DE CORES PARA TUBULAÇÕES (5)


As cores da tintas a serem adotadas para identificação das tubulações são de
acordo com a norma da ABNT NBR 6493/94:
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NORMATIZAÇÃO DE CORES DE SEGURANÇA (6)


As cores da tintas a serem adotadas com o objetivo de advertência devem
estar de acordo com a norma da ABNT NBR 7195/95:
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RENDIMENTOS TEÓRICO E PRÁTICO E VOLUME MORTO (7)


a) Rendimento teórico: o rendimento teórico de uma tinta é calculado através
da seguinte expressão:
RT = SV x 10 / EPS
Onde:
RT = Rendimento teórico da tinta expresso em m²/l;
SV = Sólidos por volume da tinta expresso em %;
EPS = Espessura de película seca da tinta expresso em µm.
b) Rendimento prático: o rendimento prático de uma tinta é calculado através
da seguinte expressão:
RP = RT x FA
Onde:
RP = Rendimento prático da tinta expresso em m²/l;
RT = Rendimento teórico da tinta expresso em m²/l;
FA = Fator de aproveitamento.
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O fator de perda normalmente na pintura industrial tem a seguinte variação: 30


a 50%. Esta variação é em função do método de aplicação, locais com ação
de vento e tipo de estrutura
Fator de perda não significa desperdício. Desperdício ou perda de tinta no
fundo do balde, na mangueira ou no equipamento de pintura gira em torno de
3 a 5%.
As informações do rendimento teórico, sólidos por volume e a espessura do
filme seco são encontradas no boletim técnico da tinta.
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Método de Aplicação Fator de Perda (%) Fator de Aproveitamento

Pistola Convencional 20 a 40% 0,6 a 0,8

Pistola sem ar “Air Less” 10 a 20% 0,8 a 0,9

Rolo 5 a 20% 0,8 a 0,95

Pincel 5 a 10% 0,9 a 0,95

Tabela para obtenção do fator de perda para pintura industrial


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c) Volume morto: é a quantidade de tinta utilizada para preencher a


rugosidade da superfície jateada. Isso porque a espessura película seca (EPS)
é medida acima do plano médio dos picos maiores e o volume utilizado para
cobrir os vales não é considerado.
A fórmula do cálculo do volume morto é a seguinte:
Vt = CVM / SV
Onde:
Vt = Volume de tinta a ser acrescentado expresso em l/m²;
CVM = Coeficiente de volume morto;
SV = Sólidos por volume da tinta.
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Perfil de Rugosidade Médio (µm) Coeficiente de Volume Morto (CVM)


15 1
30 2
45 3
60 4
75 5
90 6
105 7
120 8
135 9
150 10

Tabela para obtenção do coeficiente de volume morto (CVM)


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d) Espessura de Película Úmida (EPU): Para se calcular a espessura úmida,


deve-se aplicar a seguinte fórmula:
EPU = EPS x (100 + D) / SV
Onde:
RT = Rendimento teórico da tinta expresso em m²/l;
SV = Sólidos por volume da tinta expresso em %;
EPS = Espessura de película seca da tinta expresso em µm;
D = Diluição recomendada no boletim técnico da tinta expressa em %.
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13. PERFIL DE RUGOSIDADE


Perfil de rugosidade é a altura máxima da rugosidade produzida pelo abrasivo
na superfície, medindo desde os vales (b) até os picos (a) mais altos. A
profundidade obtida é controlada pelo tamanho do grão do abrasivo utilizado
O perfil de rugosidade ideal é determinado entre 1/4 e 1/3 da espessura total
especificado no esquema de pintura.
A sua medição é feita através do rugosimetro.
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picos (a)

vales (b)

Rugosidade excessiva Rugosidade insuficiente Rugosidade ideal

A norma ABNT NBR 15488 trata da determinação do perfil de rugosidade e a norma


ABNT NBR 10443 determina como medir espessura de camada de tinta sobre
superfícies rugosas.
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Rugosímetro analógico Rugosímetro digital


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14. CONDIÇÕES AMBIENTAIS PARA PINTURA


Os parâmetros mais importantes estão listados a seguir:
 Não deve ser feita nenhuma aplicação de tinta quando a temperatura
ambiente for inferior a 5 °C.
 Nenhuma tinta deve ser aplicada, se houver a expectativa de que a
temperatura ambiente possa cair até 0 °C, antes de a tinta ter secado.
 Não deve ser aplicada tinta quando a temperatura de substrato for inferior à
temperatura de ponto de orvalho + 3ºC ou inferior a 2ºC.
 Não deve ser aplicada tinta quando a temperatura for superior a 52 °C. No
caso de tintas a base de silicatos inorgânicos ricos em zinco, a temperatura
da superfície metálica não deve exceder a 40 °C.
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 Não é recomendável a aplicação de tinta em tempo de chuva, nevoeiro, ou


quando a umidade relativa do ar for superior a 85%, nem quando haja
expectativa deste valor de umidade ser alcançado, exceto tintas específicas
que tenham sido formuladas com essa característica.
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15. CONTROLE DE QUALIDADE


O controle de qualidade, para se prevenir defeitos, é de fundamental
importância na aplicação de tintas. Esse controle deve ser realizado antes,
durante e após a aplicação da tinta.
15.1. Ações de prevenção antes da aplicação da pintura: é feito a fim de
evitar o aparecimento de defeitos durante o controle da qualidade ao final da
aplicação:
 Explicitação do esquema de pintura;
 Qualidade das tintas utilizadas;
 Treinamento de capacitação do pessoal;
 Elaboração de procedimentos de preparação de superfície e aplicação de
pintura;
 Elaboração de planos de inspeção;
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 Calibração dos aparelhos e instrumentos de medição e testes.


15.2. Ações de prevenção durante a aplicação da pintura: tem por objetivo
avaliar a eventual presença de contaminantes da superfície, que possam
prejudicar suas condições de limpeza ou prejudicar a adesão do esquema de
pintura. Temos algumas dessas ações:
 Avaliação das condições atmosféricas;
 Inspeção de recebimento de abrasivos e água;
 Inspeção de recebimento de tintas;
 Avaliação do grau de limpeza da superfície;
 Medição do perfil de rugosidade;
 Acompanhamento da mistura, homogeneização e diluição das tintas;
 Avaliação do método de aplicação e das espessuras úmidas das tintas.
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15.3. Ações de detecção de defeitos: por mais abrangente e cuidadosas que


sejam as ações de prevenção de defeitos, as ações de detecção de defeitos
não podem ser dispensadas. Temos algumas dessas ações:
 Avaliação de eventuais falhas das películas de tinta;
 Medição de espessura de película seca (EPS) de tinta;
 Teste de adesão das películas de tinta (em “X” ou quadriculado)
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Medidores de película seca ou microtest


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Medidores de película úmida


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Medidores de umidade relativa do ar ou termohigrômetro


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CUIDADOS RELACIONADOS AO PROJETO E EXECUÇÃO DE


ESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS (8)

No intuito de maximizarmos a durabilidade dos revestimentos por pintura é


importante que, na fase de projeto das estruturas e equipamentos, sejam
observadas alguns aspectos:
 Prever condições de acesso para inspeção e manutenção;

 Evitar a presença de locais que permitam a estagnação de água;

 Evitar presença de frestas;

 Evitar ou tratar adequadamente os cantos vivos;

 Prever cordões de solda bem acabados;

 Evitar contato de metais de potenciais diferentes.


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16. PRINCIPAIS FALHAS E DEFEITOS DE PINTURA


Durante o processo de preparação e pintura é de fundamental importância
seguir exatamente as recomendações sobre a preparação básica das
superfícies, pois os problemas listados a seguir são ocasionados devido à má
preparação das superfícies e correm o risco de retornar se o procedimento
para sua correção não for devidamente seguido.
16.1. Falhas de aplicação:
16.1.1. A trincha ou pincel: o defeito mais comum é o de sinais de cerdas ou
mesmo de cerdas soltas impregnadas á tinta, o que ocasiona apenas um
aspecto estético não prejudica o desempenho da pintura
16.1.2. Pintura a rolo: um defeitos consiste em rugosidades superficiais e
impregnações de chumaços do rolo, quando o uso de rolos pouco resistentes
a alguns solventes fortes usados em alguns tipos de tintas como epóxi e
poliuretano.
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16.1.3. Impurezas: o aparecimento de impurezas, bolhas e similares


representa um sinal de mangueiras sujas ou ar filtrado deficiente.
16.1.4. Consumo elevado: em locais desabrigados, pode ser causado por
vento excessivo, porém é muito comum ser causado pelo manuseio incorreto
da pistola como “balanceio” exagerado e interrupção do movimento de
aplicação muito além do término da superfície (aplicação no vazio). Pressão
muito elevada pode também contribuir para consumo elevado por perda de
tinta.
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16.2. Defeitos da pintura:


Além dos defeitos de aplicação, diversos outros são ocasionados por fatores
internos do filme de tinta ou influencias das condições climáticas e das
características do metal, os mais comuns são:
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16.2.1. Descaimento: excessiva fluidez da tinta em superfícies verticais,


ocorrendo sob a forma de ondas ou gotas.
 Causas: excesso de espessura; diluição excessiva da tinta.
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16.2.2. Manchas ou manchamento: o filme da película apresenta-se


manchado.
 Causas: contaminação da superfície, dos equipamentos ou da área de
trabalho; tinta mal misturada; respingos de solventes sobre a tinta fresca
ou seca; respingos de água sobre a tinta fresca.

16.2.3. Over spray (pulverização deficiente): superfície sem brilho, áspera.


 Causas: diluição incorreta; ventos excessivos; forte calor do ambiente;
pressão de pulverização muito alta; falta de controle da película úmida;
superfícies difíceis de pintar.
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16.2.4. Espessura irregular (falta ou excesso): falta de uniformidade do filme


de pintura, fora das tolerâncias médias especificadas no esquema de pintura.
As áreas em escassez apresentam pouca cobertura, podendo favorecer a
corrosão.
 Causas: trincha ou rolo inadequado; pintura a pistola com ventos
excessivos; diluição incorreta; falta de controle da película úmida;
superfícies difíceis de pintar.
16.2.5. Porosidade ou poros: a pintura apresenta diminutas descontinuidades
em formas de orifícios, invisíveis a olho nu, somente detectável com aparelhos.
 Causas: oclusão de ar ou solvente no filme; superfície contaminada;
rugosidade muita alta; temperatura da superfície muito quente; falta de
controle do filme úmido.
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16.2.6. Sangramento: a pintura apresenta manchas grandes, de cor diferente.


 Causas: ressolubilização de pintura existente do tipo termoplástica pelo
solvente da demão subsequente, independente do método de aplicação,
quando a demão existente é tinta betuminosa ou derivada que migra para
a demão superior.
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16.2.7. Cratera ou craterização: defeito semelhante a pequenas e uniformes


crateras que ocorre no filme de tinta e que são formadas de bolhas que após
romperem não mais se nivelam.
 Causas: oclusão de ar ou solvente no filme; água no ar do equipamento
de pintura; superfícies quentes; pressão alta; respingo d’água sobre a
tinta fresca.
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16.2.8. Pele de laranja: corresponde á aparência rugosa da casca de laranja, é


causada por alta viscosidade da tinta, baixa pressão do ar, manuseio incorreto.
 Causas: alta viscosidade da tinta, baixa pressão do ar, manuseio
incorreto.
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16.2.9. Empoamento ou engizamento: formação de camada de pó sobre a tinta


após exposição prolongada ao sol. As ondas ultravioletas da luz solar
decompõem a resina da tinta liberando pigmento e/ou cargas (comum nas
tintas a base de alcatrão e epóxi).
 Causas: especificação de pintura inadequada.
16.2.10. Empolamento (bolhas): proveniente da passagem de um fluido
através de partes do metal e / ou de parte da película do primer e acúmulo
sobre a tinta de acabamento, em geral, mais permeável.
 Causas: é ocasionado por umidade excessiva, migração de fluidos
como hidrogênio do interior do equipamento, pintura sobre camada
ainda não seca (retenção de solvente ente camadas);
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16.2.11. Fraturamento ou fendilhamento: produzido pela perda de flexibilidade


da película de tinta durante seu tempo de exposição.
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16.2.12. Descascamento ou descolamento: causada pela perda de adesão da


tinta à superfície metálica ou á demão subjacente, devido ao mau preparo de
superfície, impurezas não removidas, contaminação posterior ao preparo da
superfície ou incompatibilidade entre as diversas camadas de tintas.
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16.2.13. Enrugamento: causado normalmente por espessura excessiva do


filme, com demãos aplicadas umas sobre as outras.
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17. PINTURA IMOBILIÁRIA


17.1. Pintura em alvenaria
 Complementos
 Tintas
 Texturas
17.2. Pintura para uso específico
 Gesso
 Azulejo (epóxi)
 Piso (acrílica e epóxi)
 Telhas e pedras (silicone, resinas)
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17.3. Pintura em madeira


 Complementos
 Tinta óleo
 Esmaltes
 Sintéticos
 Base água
 Vernizes
17.4. Pintura em metal
 Complementos
 Esmaltes
 Sintéticos
 Base água
 Tinta óleo
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Recomendações Gerais:
 Antes de pintar qualquer superfície, certifique-se de que ela esteja
preparada de acordo com as recomendações dadas e que a tinta escolhida
seja apropriada ao tipo de superfície.
 Nunca aplique massa corrida em superfícies externas. Use sempre massa
acrílica nestas superfícies.
 Nunca utilize o cal como fundo de pintura, nem aplique tinta diretamente
sobre paredes caiadas. Antes, deve-se raspar/escovar toda superfície,
eliminando-se o cal tanto quanto possível. Depois, recomenda-se aplicar
uma demão de fundo preparador de paredes diluído com diluente na
proporção 1:1.
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 Tanto em pinturas em superfícies externas e internas devem ser evitadas


em dias chuvosos ou quando houver condensação de vapor de água na
superfície pintada. Ou ainda quando da ocorrência de ventos fortes, que
possam transportar poeira ou partículas em suspensão no ar.
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17.1. Reboco, concreto e blocos de cimento:


17.1.a. Superfícies de reboco, concreto e blocos de cimento
 Lixar e eliminar o pó.

 Aplicar previamente fundo preparador de paredes.

17.1.b. Reboco novo


 Aguardar a cura e secagem da argamassa de cimento e areia por no
mínimo 30 dias.
 Lixar e eliminar o pó.

 Aplicar selador acrílico.


 Caso não seja possível, aguardar a cura, esperar a secagem da superfície e aplicar
uma demão de fundo preparador de paredes.
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17.1.c. Reboco fraco e/ou velho, caiação e partes soltas


 Lixar e eliminar o pó e partes soltas.

 Aplicar fundo preparador de paredes.

17.1.d. Imperfeições acentuadas na superfície


 Lixar e eliminar o pó.

 Corrigir as imperfeições com massa acrílica (exteriores) ou massa corrida


(interiores).
17.1.e. Partes mofadas
 Lavar com solução de água e água sanitária em partes iguais.

 Esperar 6 horas e enxaguar bem.

 Aguardar a secagem.
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17.1.f. Superfícies com brilho


 Lixar e eliminar o pó e o brilho.

 Limpar com pano umedecido com água.

 Aguardar a secagem.

17.1.g. Superfícies com gordura ou graxa


 Lavar com solução de água e detergente neutro e enxaguar.

 Aguardar a secagem.

17.1.h. Superfícies em bom estado


 Lixar e eliminar o pó.

17.1.i. Superfícies com umidade


 Identificar a origem e tratar de maneira adequada.
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17.1.1. Produtos
17.1.1.a. Complementos:

 Fundo preparador de paredes


Características:
 Exterior e Interior
 Aumenta o rendimento da tinta na repintura

INFORMAÇÕES DO PRODUTO

DILUIÇÃO RENDIMENTO
SUPERFÍCIE
(COM ÁGUA POTÁVEL) M²/DEMÃO EMBALAGEM
30 a 50 GALÃO (3,6 L)
GESSO 10%
150 a 250 LATA (18 L)
30 a 50 GALÃO (3,6 L)
DEMAIS SUPERFÍCIES 10 a 20%
150 a 250 LATA (18 L)
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 Selador acrílico
Características:
 Exterior e Interior
 Aumenta o rendimento da tinta na pintura
 Indicado para primeira pintura

INFORMAÇÕES DO PRODUTO

RENDIMENTO
DILUIÇÃO
SUPERFÍCIE
(COM ÁGUA POTÁVEL) M²/DEMÃO EMBALAGEM

REBOCO, CONCRETO, 16 a 24 GALÃO (3,6 L)


10%
BLOCOS DE CONCRETO 80 a 120 LATA (18 L)
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 Massa corrida
Características:
 Interior
 Fácil de lixar
 Nivela e corrige imperfeições da parede

INFORMAÇÕES DO PRODUTO
DILUIÇÃO RENDIMENTO
SUPERFÍCIE
(COM ÁGUA POTÁVEL) M²/DEMÃO EMBALAGEM
SUPERFÍCIES NÃO 2 a 2,5 1/4 DE GALÃO (0,9 L)
SELADAS (PINTURAS
NOVAS): REBOCO, 8 a 10 GALÃO (3,6 L)
PRONTA PARA USO
GESSO, CONCRETO,
BLOCOS DE
CONCRETO 40 a 50 LATA (18 L)
2,5 a 3 1/4 DE GALÃO (0,9 L)
SUPERFÍCIES SELADAS 10 a 12 GALÃO (3,6 L)
PRONTA PARA USO
(REPINTURAS)
50 a 60 LATA (18 L)
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 Massa acrílica
Características:
 Exterior e Interior
 Alta resistência para áreas úmidas
 Nivela e corrige imperfeições da parede

INFORMAÇÕES DO PRODUTO
DILUIÇÃO RENDIMENTO
SUPERFÍCIE
(COM ÁGUA POTÁVEL) M²/DEMÃO EMBALAGEM
SUPERFÍCIES NÃO
2 a 2,5 1/4 DE GALÃO (0,9 L)
SELADAS (PINTURAS
NOVAS): REBOCO, 8 a 10 GALÃO (3,6 L)
PRONTA PARA USO
GESSO, CONCRETO,
BLOCOS DE
CONCRETO 40 a 50 LATA (18 L)
2,5 a 3 1/4 DE GALÃO (0,9 L)
SUPERFÍCIES SELADAS
PRONTA PARA USO 10 a 12 GALÃO (3,6 L)
E REPINTURAS
50 a 60 LATA (18 L)
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17.1.1.b. Tintas:

 Acetinado / Acrílica (semi-brilho ou fosco)


Características:
 Exterior e Interior
 Acabamento Sofisticado
 Lavável
INFORMAÇÕES DO PRODUTO
DILUIÇÃO RENDIMENTO
SUPERFÍCIE
(COM ÁGUA POTÁVEL) M²/DEMÃO EMBALAGEM
MASSA CORRIDA OU 1ª demão 20 a 30% 44 a 66 GALÃO (3,6 L)
MASSA ACRÍLICA demais 10 a 20% 220 a 330 LATA (18 L)
REBOCO, GESSO, 36 a 66 GALÃO (3,6 L)
1ª demão 20 a 30%
CONCRETO, BLOCOS
demais 10 a 20% 180 a 330 LATA (18 L)
DE CONCRETO
15 a 20% todas as 44 a 66 GALÃO (3,6 L)
REPINTURA
demãos 220 a 330 LATA (18 L)
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 Látex
Características:
 Interior
INFORMAÇÕES DO PRODUTO

DILUIÇÃO RENDIMENTO
SUPERFÍCIE
(COM ÁGUA POTÁVEL) M²/DEMÃO EMBALAGEM
MASSA CORRIDA OU 1ª demão 20 a 30% 44 a 66 GALÃO (3,6 L)
MASSA ACRÍLICA demais 10 a 20% 220 a 330 LATA (18 L)
REBOCO, GESSO, 36 a 66 GALÃO (3,6 L)
1ª demão 20 a 30%
CONCRETO, BLOCOS
demais 10 a 20%
DE CONCRETO 180 a 330 LATA (18 L)
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17.1.1.c. Texturas:
 Clássica
Características:
 Exterior e Interior  Lavável
 Hidrorrepelente  Método de aplicação: rolo
 Diversos efeitos

INFORMAÇÕES DO PRODUTO

DILUIÇÃO RENDIMENTO
SUPERFÍCIE
(COM ÁGUA POTÁVEL) M²/DEMÃO EMBALAGEM
Reboco, Blocos de 2,3 a 5 GALÃO (5,2 KG)
Concreto, Concreto,
Pronto p/ uso (p/ texturar)
Fibrocimento, Massa
30 a 50% (p/ selar)
Corrida, Massa
Acrílica e Repintura 11 a 25 LATA (26 KG)
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 Rústica
Características:
 Exterior e Interior  Lavável
 Hidrorrepelente  Método de aplicação: desempenadeira
 Diversos efeitos

INFORMAÇÕES DO PRODUTO

DILUIÇÃO RENDIMENTO
SUPERFÍCIE
(COM ÁGUA POTÁVEL) M²/DEMÃO EMBALAGEM

Reboco, Blocos de 1,2 a 2,2 GALÃO (5,8 KG)


Concreto, Concreto,
Pronto p/ uso (p/ texturar)
Fibrocimento, Massa
30 a 50% (p/ selar)
Corrida, Massa
Acrílica e Repintura 6 a 11 LATA (29 KG)
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TEXTURA RÚSTICA
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17.1.2. Modelo de Esquema de Pintura Imobiliária:


Condição A:
Características:
 Parede de reboco
 Reboco antigo
 Ambiente externo
ESQUEMA DE PINTURA
MÉTODO DE INTERVALO ENTRE
ESPECIFICAÇÃO N.º DE DEMÃOS
APLICAÇÃO DEMÃOS
FUNDO PREPARADOR DE
ROLO / TRINCHA 4 HORAS 1 DEMÃO
PAREDES

ESPÁTULA /
MASSA ACRÍLICA 4 HORAS 2 DEMÃOS
DESEMPENADEIRA

TINTA ACRÍLICA ROLO / TRINCHA 4 HORAS 2 DEMÃOS


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Condição B:
Características:
 Parede de reboco
 Reboco novo
 Ambiente externo
ESQUEMA DE PINTURA
MÉTODO DE INTERVALO ENTRE
ESPECIFICAÇÃO N.º DE DEMÃOS
APLICAÇÃO DEMÃOS

SELADOR ACRÍLICO ROLO / TRINCHA 4 HORAS 1 DEMÃO

ESPÁTULA /
MASSA ACRÍLICA 4 HORAS 2 DEMÃOS
DESEMPENADEIRA

TINTA ACRÍLICA ROLO / TRINCHA 4 HORAS 2 DEMÃOS


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Condição C:
Características:
 Parede de reboco
 Reboco antigo
 Ambiente interno

ESQUEMA DE PINTURA
MÉTODO DE INTERVALO ENTRE
ESPECIFICAÇÃO N.º DE DEMÃOS
APLICAÇÃO DEMÃOS
FUNDO PREPARADOR DE
ROLO / TRINCHA 4 HORAS 1 DEMÃO
PAREDES

ESPÁTULA /
MASSA CORRIDA 4 HORAS 2 DEMÃOS
DESEMPENADEIRA

TINTA LÁTEX ROLO / TRINCHA 4 HORAS 2 DEMÃOS


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Condição D:
Características:
 Parede de reboco
 Reboco novo
 Ambiente interno

ESQUEMA DE PINTURA
MÉTODO DE INTERVALO ENTRE
ESPECIFICAÇÃO N.º DE DEMÃOS
APLICAÇÃO DEMÃOS

SELADOR ACRÍLICO ROLO / TRINCHA 4 HORAS 1 DEMÃO

ESPÁTULA /
MASSA CORRIDA 4 HORAS 2 DEMÃOS
DESEMPENADEIRA

TINTA LÁTEX ROLO / TRINCHA 4 HORAS 2 DEMÃOS


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17.2. Gesso:
17.2.a. Superfície em bom estado, com ou sem pintura
 Lixar e eliminar o pó.

17.2.b. Superfície com umidade


 Antes de pintar, identificar e resolver o que está causando o problema.

17.2.c. Imperfeições acentuadas na superfície


 Lixar e eliminar o pó.

 Corrigir com argamassa de gesso e massa corrida.


 Se utilizarmos massa corrida, aplicar antes uma demão de fundo para gesso, para
selar a superfície.
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17.2.d. Com mofo


 Misturar água e água sanitária em partes iguais e lavar bem a área.

 Esperar 6 horas e enxaguar com bastante água.

 Aguardar a secagem e pintar.

17.2.e. Com gordura


 Misturar água com detergente neutro e lavar a superfície.

 Depois, enxaguar com bastante água.

 Aguardar a secagem e pintar.


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17.2.1. Produtos
17.2.1.a. Tintas:

 Acrílica (semi-brilho ou fosco)


Características:
 Interior
 Acabamento Sofisticado
 Elimina 99% das bactérias das paredes
INFORMAÇÕES DO PRODUTO
DILUIÇÃO RENDIMENTO
SUPERFÍCIE
(COM ÁGUA POTÁVEL) M²/DEMÃO EMBALAGEM
12 a 17 1/4 DE GALÃO (0,9 L)
GESSO 40% 48 a 68 GALÃO (3,6 L)
240 a 340 LATA (18 L)
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17.2.2. Modelo de Esquema de Pintura Imobiliária:


Características:
 Parede de gesso
 Ambiente interno
ESQUEMA DE PINTURA
MÉTODO DE INTERVALO ENTRE
ESPECIFICAÇÃO N.º DE DEMÃOS
APLICAÇÃO DEMÃOS

FUNDO PARA GESSO ROLO / TRINCHA 4 HORAS 1 DEMÃO

ESPÁTULA /
MASSA CORRIDA 4 HORAS 2 DEMÃOS
DESEMPENADEIRA

TINTA LÁTEX ROLO / TRINCHA 4 HORAS 2 DEMÃOS


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17.3. Madeira:
17.3.a. Madeira nova
 Lixar as farpas e eliminar o pó.

 Aplicar uma demão de fundo sintético nivelador.

17.3.b. Imperfeições acentuadas na superfície


 Lixar as farpas e eliminar o pó.

 Aplicar uma demão de fundo sintético nivelador.

 Em caso de fissuras, corrigir as imperfeições com massa a óleo.

 Aplicar mais uma demão de fundo sintético nivelador.

 Superfície pronta para pintura.


ENGENHARIA CIVIL
CONSTRUÇÃO CIVIL II

17.3.c. Madeira com graxa ou gordura


 Para madeiras maciças:
 Limpar com água e sabão ou detergente neutro.
 Enxaguar bem e aguardar a secagem.
 Para as demais madeiras:
 Limpar com aguarrás.
 Enxaguar bem e aguardar a secagem.
17.3.d. Repintura
 Lixar até eliminar o brilho.

 Limpar toda a superfície com um pano umedecido em aguarrás.

 Superfície pronta para pintura.


ENGENHARIA CIVIL
CONSTRUÇÃO CIVIL II

17.3.1. Produtos:
17.3.1.a. Complementos:

 Fundo sintético nivelador ou fundo branco fosco


Características:
 Exterior e Interior
 Uniformizar a absorção nas superfícies de madeira nova
 Aumenta o rendimento da tinta na repintura
INFORMAÇÕES DO PRODUTO

DILUIÇÃO RENDIMENTO
SUPERFÍCIE
(AGUARRÁS) M²/DEMÃO EMBALAGEM
7,5 a 9 1/4 DE GALÃO (0,9 L)
MADEIRA 10%
30 a 36 GALÃO (3,6 L)
ENGENHARIA CIVIL
CONSTRUÇÃO CIVIL II

 Massa a óleo
Características:
 Exterior e Interior
 Nivela e corrige imperfeições da madeira
 Aumenta o rendimento da tinta

INFORMAÇÕES DO PRODUTO

DILUIÇÃO RENDIMENTO
SUPERFÍCIE
(AGUARRÁS) M²/DEMÃO EMBALAGEM
3 a 3,5 1/4 DE GALÃO (1,5 KG)
MADEIRA PRONTA PARA USO
12 a 15 GALÃO (3,6 L)
ENGENHARIA CIVIL
CONSTRUÇÃO CIVIL II

17.3.1.b. Tintas:
 Esmalte sintético (brilhante ou fosco) / Tinta óleo
Características:
 Exterior e Interior
 Ótimo acabamento

INFORMAÇÕES DO PRODUTO

DILUIÇÃO RENDIMENTO
SUPERFÍCIE
(AGUARRÁS) M²/DEMÃO EMBALAGEM
10 a 12,5 1/4 DE GALÃO (0,9 L)
MADEIRA PRONTA PARA USO
40 a 50 GALÃO (3,6 L)
ENGENHARIA CIVIL
CONSTRUÇÃO CIVIL II

 Tinta base água


Características:
 Interior
 Sem cheiro

INFORMAÇÕES DO PRODUTO

DILUIÇÃO RENDIMENTO
SUPERFÍCIE
(ÁGUA POTÁVEL) M²/DEMÃO EMBALAGEM
18 a 20 1/4 DE GALÃO (0,9 L)
MADEIRA 10%
72 a 80 GALÃO (3,6 L)
ENGENHARIA CIVIL
CONSTRUÇÃO CIVIL II

17.3.2. Modelo de Esquema de Pintura Imobiliária:


Condição A:
Características:
 Externo / Interno
 Pintura nova

ESQUEMA DE PINTURA
MÉTODO DE INTERVALO ENTRE
ESPECIFICAÇÃO N.º DE DEMÃOS
APLICAÇÃO DEMÃOS

FUNDO BRANCO FOSCO ROLO / TRINCHA 8 HORAS 1 DEMÃO

ESPÁTULA /
MASSA A ÓLEO 3 HORAS 2 DEMÃOS
DESEMPENADEIRA

FUNDO BRANCO FOSCO ROLO / TRINCHA 8 HORAS 1 DEMÃO

ESMALTE SINTÉTICO / TINTA


ROLO / TRINCHA 8 HORAS 2 DEMÃOS
ÓLEO
ENGENHARIA CIVIL
CONSTRUÇÃO CIVIL II

Condição B:
Características:
 Interno
 Repintura
ESQUEMA DE PINTURA
MÉTODO DE INTERVALO ENTRE
ESPECIFICAÇÃO N.º DE DEMÃOS
APLICAÇÃO DEMÃOS

FUNDO BRANCO FOSCO ROLO / TRINCHA 8 HORAS 1 DEMÃO

ESPÁTULA /
MASSA A ÓLEO 3 HORAS 2 DEMÃOS
DESEMPENADEIRA

TINTA BASE ÁGUA ROLO / TRINCHA 2 HORAS 2 DEMÃOS

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