Avaliação Da Vitalidade Fetal
Avaliação Da Vitalidade Fetal
Avaliação Da Vitalidade Fetal
INTRODUÇÃO
A avaliação da vitalidade fetal permite identificar fetos de risco para eventos
adversos ou para o óbito e, assim, atuar preventivamente para evitar o insucesso
da gestação.1
- Negativo: ausência de
desacelerações tardias
- Positivo: desacelerações
tardias em ≥ 50% das
contrações, mesmo se
houver < 3 contrações em
10 minutos
- Suspeito: desaceleração
tardia intermitente ou
Cardiotocografia - Pelo menos 3 contrações
desacelerações variáveis
na presença de de ≥ 40s em 10 minutos
significativas
contrações
- Equivocado devido
à taquissistolia:
desaceleração associada
a contrações a cada 2
minutos ou que duram
> 90s.
- Insatisfatório: < 3
contrações em 10
minutos ou erro técnico
no registro da CTG
60
Avaliação por 30 minutos (5
parâmetros):
- Padrão reativo na CTG na
ausência de contrações
- ≥ 1 movimento
Cada parâmetro recebe
respiratório fetal que dura
de 0 ou 2 pontos
≥ 30s
A. MOBILOGRAMA
B. CARDIOTOCOGRAFIA ANTEPARTO
62
Tabela 3 - Causas de Alterações no Batimento Cardíaco Fetal
64
• Tardias / Em “U” ou com redução da variabilidade: apresentam intervalo
de pelo menos 30s entre FCF basal e o seu nadir; ocorrem cerca de 20s
após o início da contração, têm um nadir depois do pico da contração e
retornam à FCF basal após a contração ter acabado. Indicam resposta de
quimiorreceptores à hipoxemia fetal. Importante: em um traçado com baixa
variabilidade e ausência de desacelerações, uma queda de 10 bpm - 15 bpm
também pode ser considerada uma desaceleração tardia.
66
Tabela 4 - Interpretação e Conduta na Cardiotocografia
CARDIOTOCOGRAFIA
Normal Atípica ou Anormal
(Categoria 1) indeterminada (Categoria 3)
Parâmetros
(Categoria 2)
Abreviaturas: US (ultrassonografia); PBF (perfil biofísico fetal); bpm (batimentos por minuto);
IG (Idade Gestacional).
Fonte: Adaptada de Macones et al., 2008; Tratado de Obstetrícia da Febrasgo, 2019.
INTERPRETAÇÃO DO PBF
10 ou 8 com MB normal ( ≥ 2 cm ) NORMAL - Baixo risco de asfixia aguda
(1/1000 em uma semana). Conduta:
conservadora.
68
6 com MB NORMAL ( ≥ 2 cm ) SUSPEITO - Possível asfixia fetal aguda.
Repetir teste com 6h. Interrupção da
gestação se <6.
D. DOPPLERFLUXOMETRIA
70
• Em gestações abaixo de 30/32 semanas, com grave insuficiência
placentária e presença de alterações importantes na oxigenação fetal, é
indicada a interrupção imediata da gestação, após corticoterapia, se valores
de IP do Ducto Venoso estiverem acima do percentil 95.15
72
Tabela 9. Achados anormais durante a cardiotocografia
ACHADOS ANORMAIS
Linha de base Abaixo de 110 bpm ou acima de 160 bpm
Desacelerações Presença de desacelerações repetitivas ou prolongadas
(> 3 minutos)
Alivia a compressão do
cordão umbilical
Tratamento da
taquissistolia
• CARDIOTOCOGRAFIA INTRAPARTO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De maneira geral, na insuficiência placentária com hipóxia fetal progressiva há
alterações biofísicas sequenciais de adaptação. Uma das primeiras alterações
que podem ser observadas é a alteração no Doppler da artéria umbilical,
seguida pelas anormalidades da frequência cardíaca fetal (FCF), detectadas
pela cardiotocografia e, por último, pelos outros parâmetros do Perfil Biofísico
Fetal (PBF)20.
REFERÊNCIAS
1. Signore, C. Overview of antepartum fetal surveillance. Up To Date, 2019.
2. Martin CB Jr. Normal fetal physiology and behavior, and adaptive responses with
hypoxemia. Semin Perinatol. Aug;32(4):239-42, 2008.
3. Melo ASO, Souza ASR, Amorim MMR. Avaliação biofísica fetal FEMINA,
2011. Acesso em 4 de nov de 2020. Disponível em: http://files.bvs.br/
upload/S/0100-7254/2011/v39n6/a2693.pdf.
74