Relatório 1 - LL e LP

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 13

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - CAMPUS DE

RUSSAS DISCIPLINA: MECÂNICA DOS SOLOS I


PROFESSOR(A): DANIELA LIMA MACHADO DA SILVA
CURSO: ENGENHARIA CIVIL

DETERMINAÇÃO DO LIMITE DE LIQUIDEZ E LIMITE DE PLASTICIDADE

Guilherme Nunes Lopes – 498943


Moisés da Silva Vale – 497002
Rauey Jones Silva Pereira - 497103
Thiago Vidal Martins - 497487

Russas – CE

Maio 2022
Relatório de ensaio de determinação de
limite de liquidez e de plasticidade do solo
apresentado à disciplina de Mecânica dos solos I
do curso de Engenharia Civil da Universidade
Federal do Ceará (UFC) Campus Russas.

Russas – CE

Maio de 2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 3

2. OBJETIVOS 5

3. MATERIAIS E MÉTODOS 5

3.1.Materiais 5

3.2.Métodos 5

3.2.1. Limite de Plasticidade 5

3.2.2. Limite de liquidez 7

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 8

4.1.Limite de Liquidez 8

4.2.Limite de Plasticidade 9

5. CONCLUSÃO 11

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12

7. ANEXOS 13
1. INTRODUÇÃO
O engenheiro Albert Atterberg propôs o emprego de ensaios e índices, com a
presença de água, com o intuito de estudar a influência dos minerais argilosos no solo.
A partir desse comportamento, surgiu os limites de Atterberg ou limites de
consistências, que são métodos que definem o Limite de Liquidez (LL), Limite de
plasticidade (LP) e Limite de contração (LC), a partir de testes.
Na Figura 1 pode-se observar os limites de consistência a partir das transições
entres os estados sólido, semi-sólido, plástico e líquido. Logo, é possível verificar que o
teor de umidade é primordial para definir o comportamento do solo. Na prática, vemos
isso em solos argilosos, que logo após uma forte chuva ele se comporta como líquido.
À medida que a água vai evaporando, ele passa a se tornar plástico até chegar ao
ponto de seco, que é quando grande parte da água já foi evaporada.

Figura 1: Consistência do solo

De forma sucinta, o LL é caracterizado pelo teor de umidade, sendo este o


responsável por definir qual é o ponto de transição entre os estados plástico e líquido.
Segundo a NBR 6459, o LL é definido com o auxílio de uma equipamento que contém
uma concha, em que uma amostra do solo é submetida a 25 golpes até haver uma
união no sulco que é feito antes do procedimento começar. Para que o ensaio seja
completo, é preciso ter um número significativo de tentativas com teores de umidade
distintos para que se possa ter uma representação gráfica mais precisa.
Já o LP, é amparado pela norma NBR 7180, onde uma amostra do solo é
transformada em filete de aproximadamente 3 mm de diâmetro e 10 cm de
comprimento. Com isso, esse filete é submetido a uma placa de vidro que retem a
água. À medida que o filete vai tendo contato com a placa, ele vai ficando mais seco
devido a sua perda constante de água até começar a apresentar fraturas. Quando as
primeiras faturas são observadas, essa amostra é separada e levada para estufa, para
posteriormente formular o índice de plasticidade. Dessa forma, esse ensaio mostra a
transição do estado plástico para o semi-sólido.

2. OBJETIVOS

Determinar, através de experimentos, o limite entre o estado líquido e o estado


plástico do solo.

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1.Materiais
→ materiais utilizados no ensaio de limite de plasticidade:
- Balança de precisão ;
- Cilindro de comparação (gabarito) ;
- Placa de vidro esmerilhado ;
- 4 cápsulas ;
- Espátula de aço ;
- Amostra ;
- Estufa ;
- Seringa para adição de água ;
- Recipiente para mistura da amostra com água ;
→ materiais utilizados no ensaio de limite de liquidez:
- Estufa ;
- Balança de precisão ;
- Aparelho de Casagrande ;
- 5 Cápsulas ;
- Espátula de aço ;
- Recipiente para mistura da amostra com água ;
- Seringa para adição de água ;

3.2.Métodos

3.2.1. Ensaio de Limite de Plasticidade:

Foi utilizado o método do cálculo, após a obtenção dos resultados.


O procedimento iniciou-se na pesagem da amostra, após ser passada na peneira
de 0,42 mm .
Com a amostra já preparada, foi colocado em um recipiente 100 gramas de
amostra e adicionado água até a obtenção de uma massa plástica. Após isso,
pegamos uma pequena parte da amostra que é rolada sobre a placa de vidro, até a
mesma ficar com dimensões parecidas com o cilindro de comparação, onde o mesmo
é rolado na placa de vidro até demonstrar pequenas rachaduras, após isso, é quebrado
e colocado em uma cápsula que é levada para pesagem, onde ficará gravado o peso
da massa úmida e depois colocado na estufa para obtenção do peso da massa seca.
Esse procedimento foi repetido 4 vezes.

3.2.2. Ensaio de Liquidez :

Foi utilizado o método gráfico, após a obtenção dos resultados. O procedimento


iniciou-se na pesagem da amostra, após ser passada na peneira de 0,42mm. Com
isso, foi adicionado a amostra em um recipiente para mistura com água, que acontece
com o acréscimo de água até a obtenção de uma massa plástica, transfere-se a massa
para a concha do aparelho, onde a mesma é moldada de tal forma que, a parte central
do aparelho tenha uma espessura de aproximadamente 1 cm. Com isso, utilizamos o
cinzel para fazer uma ranhura no centro da concha, para dividir a massa plástica em
duas partes. Após isso, iniciou-se o movimento giratório da manivela, mais conhecido
como golpeamento da concha contra a base do aparelho, sendo dois golpes por
segundo, até que as duas bordas da amostra se unam até 1,3 cm de comprimento,
sendo registrado então o número de golpes. Repetindo esse procedimento até a
obtenção de 5 ponto, e a cada ponto é adicionado entre 1 a 3 cm³ de água .

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Limite de Liquidez

Para a obtenção dos resultados utilizamos 5 cápsulas, a tabela abaixo mostra a


quantidade de cada material constituinte para a obtenção dos resultados para o ensaio
de limite de liquidez.
Tabela 1 - resultados obtidos para o ensaio de limite de liquidez.

Nº de identificação cápsula cápsula e cápsula e umidade do


golpes da cápsula vazia(g) solo úmido solo seco solo %

37 1 9,16 13,65 12,68 27,5

34 2 8,68 12,38 11,50 31,2

24 3 9,71 14,34 13,15 34,6

23 4 9,37 13,91 12,70 36,3

18 5 9,20 13,51 12,30 39

11 6 8,79 13,04 11,78 42

massa do
solo = 100g

No gráfico 1 temos os valores dos teores de umidade. Observamos uma reta no


gráfico construída através dos valores da tabela 1 dos resultados do limite de liquidez
que foi definida de acordo com a NBR 6459, obtemos nela um teor de umidade
correspondente a 25 golpes. Como resultado obtivemos um limite de liquidez de 35%.

gráfico 1 - limite de liquidez


4.2 Limite de Plasticidade

Para a determinação do limite de plasticidade utilizamos nesta prática 4 pontos


onde os resultados obtidos constam na tabela abaixo.

Tabela 2 - resultados obtidos para o ensaio de limite de plasticidade


.

Massa do
solo =
100g

identificaç cápsula cápsula e cápsula e solo solo seco umidade


ão da vazia (g) solo solo seco úmido do solo %
cápsula umido (g) : Pa/Ps

7 10,07 11,54 11,29 1,47 1,22 20,49

8 9,11 9,61 9,53 0,5 0,42 19,05

9 9,09 9,68 9,58 0,59 0,49 20,41

10 9,00 10,20 9,99 1,2 0,99 21,21

Pela NBR 7180 através da média das umidades podemos obter o limite de
plasticidade, antes disso é de extrema importância observar se os valores destas
umidades não diferem em +- 5% em relação à média obtida, se isso for o caso
devemos calcular uma nova média pegandos as unidades que não desviaram +- os
5%, descartando-se assim as restantes. O objetivo central é repetir esse processo até
que se obtenham pelo menos 3 valores que não tenham esse desvio. Podemos fazer
tal verificação da seguinte forma:

Média 1: (20,49 + 19,05 +20,41 + 21,21) = 20,29 %

Para um desvio de ± 5% temos:


0,95*20,49 = 19,27 %
1,05*20,49 = 21,51%

Desta forma, analisando os valores individuais, o valor de umidade referentes a


cápsula 8 encontra-se fora do intervalo acima, assim o excluímos e determinamos uma
nova média.
Temos então que:

Média 2: (20,49 +20,41 + 21,21) = 20,70%

Para um desvio de ± 5% temos:


0,95 x (20,70) = 19,66 %
1,05 x 10,89 = 21,73 %

Feitos esses cálculos temos então todos os valores individuais restantes que
estão dentro do novo intervalo. Sendo assim esta nova média equivale ao limite de
plasticidade deste solo, ou seja, LP = 20,70 %. Como é um número inteiro, devemos
de acordo com a norma arredondá-lo, assim LP = 21%. Para o cálculo do Índice de
Plasticidade, usamos a seguinte fórmula: IP = LL – LP, lembrando que devemos usar o
limite de liquidez encontrado anteriormente. assim, temos: IP = 35 – 21 = 14 Conforme
observado na Figura 2, o solo estudado pode ser classificado de forma qualitativa
como um solo de plasticidade média .

tabela 3 - classificação qualitativa do solo de acordo com o IP. Fonte: Braja 6ª Ed

IP Descrição

0 não plástico

1-5 ligeiramente plástico

5-10 plasticidade baixa

10-20 plasticidade média

20-40 plasticidade alta

>40 plasticidade muito alta


5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para a determinação dos limites de liquidez e plasticidade foram necessárias


várias etapas em nosso estudo, seguindo todas as etapas chegamos a conclusão de
que é de fundamental importância a dependência dos limites um em relação ao outro,
através da análise dos limites podemos classificar o solo e ainda obter resultados
importantes para a determinação da resistência do mesmo.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- NBR 6459 – ABNT – “Solo – Determinação do Limite de Liquidez”.

- NBR 7180 – ABNT – “Solo – Determinação do Limite de Plasticidade”.

- Braja M. Das. Fundamentos da Engenharia Geotécnica. 6ª Edição.

- Suporte. Consistência do Solo - Ensaios Geotécnicos - Ensaios de Limite de


Liquidez (LL) e de Plasticidade (LP). Disponível em: <
http://www.suportesolos.com.br/blog/consistencia-do-
solo-ensaios-geotecnicos-ensaios-de-limite-de-liquidez-ll-e-de-plasticidade-lp/33/>.
Acesso em: 16/10/2020.
7. ANEXOS

Anexo 1 - Amostras coletadas no ensaio do Limite de Liquidez

Anexo 2 – Amostra com a ranhura ainda aberta antes de começar dar os golpes
Anexo 3 – Amostra com a ranhura com as bordas unidas após a aplicação dos golpes

Anexo 4 – Rolo cilíndrico sendo moldado sobre a placa de vidro no ensaio de Limite de
Plasticidade.

Você também pode gostar