L P J G: Audo Erícia Udicial Rafotécnica

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LAUDO

PERÍCIA
JUDICIAL
GRAFOTÉCNICA

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AUTOS: 0308745-33.2017.8.24.0008
JUÍZO: 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE BLUMENAU – ESTADO DE SANTA CATARINA
REQUERENTE: JORGE LUIZ GOES DE JESUS
REQUERIDOS: NATURA COSMETICOS S/A E OUTROS
1. INTROITO

1. A Perita foi nomeada nos presentes autos pelo Douto Juízo para
proceder à análise grafotécnica do documento questionado, ora, Contrato de Consultoria
Natura, anexado em evento 95/CONTR2, supostamente fraudado e celebrado com a
Requerida Natura Cosméticos S.A em nome do Requerente.

2. Em 28 de junho de 2021, a Expert coletou os padrões gráficos do


Requerente para que pudesse elaborar o presente laudo, mediante comparações entre as
assinaturas autênticas e a questionada. A coleta foi, perfeitamente, concluída mediante a
plataforma virtual Skype, conforme vídeo colacionado aos autos, em evento 86.

3. O presente estudo foi baseado na cópia do documento questionado,


tendo em vista que a parte Requerida não encaminhou a via original ao endereço da Expert,
sob escusa de inexistência, conforme evento 95; cópia de documentos pessoais do
Requerente; procuração ad judicia e declaração de hipossuficiência do Requerente, ambas
digitalizadas, cartão de assinaturas encaminhado pelo 1º Tabelionato de Notas e Protestos
da Comarca de Blumenau ao endereço eletrônico da Expert, confeccionado no ano de 2011
e padrões gráficos contemporâneos do Requerente, coletados pela Expert.

2. OBJETIVO
1. A presente perícia judicial grafotécnica tem o fito de evidenciar,
mediante análise dos padrões gráficos, a autenticidade ou não da assinatura aposta no
documento questionado e imputada como sendo do Requerente.

2. O documento questionado foi supostamente confeccionado na data


de 06 de fevereiro de 2014, no município de Blumenau- Estado de Santa Catarina.

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3. A Grafoscopia objetiva detectar a autenticidade ou não do autor da
escrita. Como o grafismo está sujeito a inúmeras mudanças, decorrentes de causas variadas,
exige conveniente interpretação técnica para o complexo êxito dos exames grafoscópicos
periciais.
4. Válido advertir que as aparências podem ludibriar um leigo, desta
feita, calha aplicar as técnicas periciais para evidenciar as singularidades e particularidades
do grafismo.
5. Mesmo que a assinatura autêntica apresente variação de grafismo,
originada de causas normais, abrangida pela maturidade e velhice, há habitualidade gráfica
que a individualiza.

6. No caso em tela o documento questionado não é contemporâneo,


contudo, por não se tratar de grafismo senil não houve alterações significativas no
grafismo, motivo pelo qual inexiste redução de energia vital, tampo do tempo de resposta
dos elementos motores aos impulsos cerebrais.

7. Para tal, faz-se indispensável analisar não só as características


morfológicas, mas também outros elementos, tais como: calibre, espaçamento,
comportamento de pauta/base, proporcionalidade, valores angulares, curvilíneos,
inclinação axial, qualidade do traçado, velocidade e pressão.

8. A escrita nada mais é que a representação gráfica do pensamento. É


pessoal e insubstituível, assim como as impressões digitais, assim, não é possível encontrar
duas escritas iguais, apenas semelhantes, mesmo que feita do mesmo punho escritor.

9. O ataque (início do grafismo) e o remate (finalização do grafismo)


são dois elementos genéticos primordiais para análise da (in)autenticidade do grafismo.
Ambos são momentos gráficos intrínsecos do indivíduo, assim, o terceiro falsificador não
detém a capacidade técnica de “imitar”, sem que seja possível identificar a fraude de
grafismo.
10. Por se tratar de Gesto Gráfico Psicossomático, a escrita contém
número mínimo de elementos que possibilita a sua individualização. O Gesto Gráfico é

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caracterizado pelo movimento que o punho realiza no momento da escrita, criando o
hábito de lançamento caligráfico.

11. Na concepção do pai da Grafoscopia, Solange Pellat, “[...] o Gesto


Gráfico está sob influência direta do cérebro. Sua forma não pode ser modificada pelo
órgão escritor, caso este funcione normalmente e se encontre suficientemente adaptado a
sua função”.

12. Prestados os esclarecimentos pertinentes, adentra-se ao exame


pericial.

I. DOCUMENTO QUESTIONADO

CONTRATO QUESTIONADO

CAMPO ANALISADO:
I. Ficha de apresentação das condições comerciais de consultora(or) Natura

ASSINATURA CONSTANTE NO DOCUMENTO QUESTIONADO:

I.

4. INSPEÇÃO FÍSICA

1. Como dito, não foi disponibilizado o documento questionado em


via original, posto isso, restou-se prejudicada a inspeção física.

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2. Por outro lado, os documentos originais disponibilizados a Perita,
via correio, foram submetidos à análise ocular pormenorizada, em prol da identificação de
condições físicas do papel.

3. Os documentos se encontram em bom estado de conservação,


posto à inexistência de sinais de adulteração, rasgadura, dilaceração ou qualquer avaria
capaz de comprometer a nitidez e perfectibilidade dos conteúdos e assinaturas autenticas.

4. Por fim, no que tange ao documento da coleta de padrões gráficos


do Requerente, realizada mediante plataforma virtual, e encaminhado via correio ao
endereço da Perita, certifica-se que se trata de documento fidedigno, inexistindo qualquer
evidência ou indício de manipulação ou alteração de grafismo após a finalização da coleta.

5.METODOLOGIA APLICADA

1. Para confecção do presente Laudo Pericial foi necessário aplicar


procedimentos em consonância com o disposto no Código de Processo Civil Brasileiro,
bem como disposições específicas contidas na resolução nº 233, do Conselho Nacional de
Justiça.
2. O método de análise empregado foi o grafocinético, o qual consiste
no estudo aprofundado do grafismo, levando em conta não só os copiosos processos de
fraude gráfica, como também as causas provocadoras de variações nas escritas.

3. Por meio do exame pericial se verifica a autoria e/ou a autenticidade


de manuscritos, baseando-se em confronto dos grafismos questionados com padrões
gráficos correspondentes – escritas sabidamente produzidas pelo punho da pessoa a quem
são atribuídas.

4. Para obter importantes subsídios para conclusão do laudo, os


padrões gráficos deverão satisfazer a critérios de autenticidade, adequabilidade, espontaneidade,
contemporaneidade e quantidade.

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5. A adequabilidade estabelece que os padrões devam ser produzidos
nas mesmas condições em que foram à peça questionada, bem como produzir suas
características. Desta forma, assinaturas devem ser confrontadas com assinaturas, os
lançamentos de texto com textos de mesma natureza, e devem, inclusive, conter as mesmas
palavras.
6. Espontaneidade quer dizer que o documento padrão deve ser
confeccionado de forma espontânea, ou seja, uma reprodução da grafia habitual do autor.

7. Quanto à contemporaneidade, o material gráfico deve representar a


escrita normal do fornecedor e deve ter sido produzido em época não muito distante
daquela dos questionados, quando se tratar de grafismo senil, posto as alterações em razão
da diminuição da energia vital e redução de resposta dos elementos motores aos impulsos
cerebrais.

8. Quantidade concerne a que os padrões deverão ser numerosos e


variados, a fim de permitirem a verificação das alterações espontâneas sofridas nos hábitos
gráficos do escritor, e a presença ou ausência de eventuais disfarces gráficos.

9. Autenticidade diz respeito a que o padrão deve ser autêntico, isto é,


sua origem deve ser atestada e certa, sobre a qual não há qualquer resquício de dúvida. É
fundamental que os padrões tenham sido produzidos pela pessoa que detém essa
competência. A autenticidade está diretamente relacionada com a identidade da pessoa
competente.
10. Foi realizado estudo prévio dos autos para corroborar com análise
dos documentos questionados.

11. A metodologia aplicada consistiu no confronto entre a assinatura


questionada e as assinaturas paradigmas/autênticas, constantes em documento de padrão
gráfico, procuração ad judicia, declaração de hipossuficiência e documentos pessoais
colacionados na presente demanda.

12. De acordo com as normas técnicas preconizadas para exames desta


natureza, foram aplicados os seguintes métodos e equipamentos:
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 Inspeção ocular: finalidade de verificar o estado de conservação
dos documentos questionados;
 Exames de lente: utilização de luz emergente, luz incidente;
 Exames com lupas: utilização de lupas físicas e eletrônicas para
aumentar o campo de visão;
 Imagens digitalizadas e imagens originais ampliadas;
 Medidores: medição isoladas e comparativas;
 Scanner HP;
 Microscópio Digital em alta resolução;

13. Mediante a metodologia aplicada e equipamentos utilizados foram


analisadas as seguintes peculiaridades de grafismo:
 Calibre1;
 Espaçamento Gráfico2;
 Proporcionalidade Gráfica3;
 Valores angulares4;
 Valores curvilíneos5;
 Inclinação Axial6;
 Comportamento de pauta e base7;
 Pressão8;

1 Refere-se à altura das letras. As letras de pequeno calibre não ultrapassam 3mm de altura, as de calibre
médio medem entre 3mm e 4mm, e as de grande calibre são aquelas que medem mais de 4mm.
2 Analisa a simetria entre os elementos gráficos. O punho do autor, ao escrever, executa um determinado

gesto gráfico várias vezes, e o faz com similar simetria espacial. Assim, será analisada junto ao movimento
gráfico, as características do espaçamento, para analisar a autenticidade de um documento.
3 São relações dimensionais entre diversas partes da escrita. Refere-se, portanto, ao tamanho das letras ou

caracteres, quando comparados uns com os outros. São comparadas as letras maiúsculas com as minúsculas
não passantes; as minúsculas não passantes com suas respectivas passantes e as letras passantes entre si
4 É o tipo de escrita anguloso. As formações gráficas são marcadas por saliências pontiagudas e irregulares.
5 Indica a predominância de gramas curvos na escrita.
6 É a inclinação dos eixos gramáticos das letras em relação à pauta. A dextrógira tende ir para a direita, a

sinistrógira inclina para a esquerda, e a vertical, sem inclinação, isto é, reta.


7 Também chamado de alinhamento gráfico, é a direção e a distância da escrita em relação à pauta ou à base

de apoio. Isto é, verifica-se pelo comportamento da escrita sobre a linha de pauta.


8 Trata-se da força vertical da escrita. É o ato de comprimir o instrumento escritor (caneta, lápis, pena, etc.)

sobre o papel, ou seja, é a força ou intensidade do traço que provoca um contato do instrumento escritor
com o suporte.
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 Progressão9;
 Ataque10;
 Remate11.

14. Posto as confrontações de grafismo identificadas, a Perita analisa as


convergências e divergências gráficas encontradas, decorrendo a conclusão do presente do
raciocínio lógico no que tange aos resultados obtidos.

6.ANÁLISE TÉCNICA DAS PEÇAS PADRÕES E QUESTIONADA

1. Quando um grafismo é questionado no que tange a sua


autenticidade ou não, não resta outra alternativa senão examiná-lo comparativamente com
as assinaturas autênticas. Esta é a única maneira se reconhecer a autenticidade ou não de
um grafismo, sendo este o método mundialmente utilizado.

2. O material gráfico do Sr. Jorge Luiz Goes de Jesus atende os


requisitos preconizados para realização de confrontos grafotécnicos, ora, quantidade,
autenticidade, espontaneidade e adequabilidade.

3. O presente Laudo Pericial se encontra munido de documentos


constituídos por assinaturas autênticas do Sr. Jorge Luiz Goes de Jesus em quantidade
plausível para confrontação gráfica.

4. Com a análise dos padrões foi possível concluir que o grafismo do


Sr. Jorge Mario Correa Soares apresenta pressão intensa no traçado, movimento anguloso,
escrita média e inclinação axial dextrogira (inclinação à direita).

9 É a força horizontal da escrita. Ou seja, a força que impele e faz descolar o instrumento escritor na execução
de um escrito e sem a qual o grafismo produzido não passaria de um simples ponto.
10 É o ponto em que o escritor começa a escrita.
11 É o ponto em que o escritor termina a escrita.
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5. Outrossim, há que se mencionar que não se aprecia exclusivamente
a forma, como produto final, mas a própria gênese dos traços, os movimentos particulares
que deram forma às letras e caracteres.

6. Os principais movimentos da escrita são automatizados, portanto,


são emanados de maneira inconsciente e individual da vida psíquica, deles são extraídas as
características individualizadas do gesto gráfico, as quais são inconfundíveis. Algumas
características podem até se assemelhar, porém, impossível à concordância em todos os
hábitos gráficos, principalmente no que se refere aos mínimos gráficos.

7. O grafismo do Sr. Jorge Luiz Goes de Jesus possui diversas


peculiaridades e mínimos gráficos que individualizam a sua escrita, destoando do grafismo
contido no documento questionado, vejamos:

PEÇAS PADRÕES/PARADIGMAS E PEÇA QUESTIONADA

Observação: Imagens com bordas vermelhas são as questionadas. Imagens com bordas
azuis são paradigmas.

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Os confrontos gráficos levados a efeito entre as assinaturas objeto de
perícia e os padrões gráficos autênticos apresentaram significativas divergências:

 Nota-se que no caso em tela, atentando-se aos detalhes, é possível


perceber que o terceiro/falsificador detinha em mãos documento pessoal da parte
Requerente.

 Analisa-se a escrita da palavra “Jorge”

 Dada à análise pormenorizada do grafismo é possível apontar


divergências consideráveis entre as assinaturas questionadas e a autêntica.

 O punho escritor autêntico detém o hábito gráfico de manter a


lançada inferior da letra “j” longa, o que também se observa no grafismo da letra “g”. Já o
punho escritor, no que se observa o bucle (barriguinha inferior da letra) das letras
supracitadas, detém o hábito gráfico de manter a lançada inferior reduzida.

 A construção do grafismo também diverge. O punho escritor do Sr.


Jorge ao redigir a letra “j” apresenta presilha/laçada no canto superior esquerdo do platô.

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Já a questionada não apresenta este mínimo gráfico, sequer há presilha no traçado da letra
em comento.

 O punho escritor do falsário redige a letra “e” em formato oval, já o


punho escritor autêntico não possui essa característica no grafismo, eis que redige em
formato anguloso.

 No que tange ao grafismo da letra “o” se percebe que o punho


escritor da assinatura questionada elabora apenas desenho gráfico oval, já o punho escritor
autêntico além do elemento oval, há mínimo gráfico inserido ao meio, evidenciando a
discrepância na construção das assinaturas.

 O punho escritor do falsário detém mais familiaridade com a escrita


que o punho escritor autêntico, no entanto, tenta mascarar esta característica. Da mesma
forma que aquele pausa a escrita várias vezes, mantendo espaçamento entre as letras, tendo
em vista o levantamento do instrumento escritor do suporte, isso não se verifica nas
assinaturas autênticas.

 No que tange a palavra “Luiz”, da mesma forma, há divergências:

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 A construção da palavra é nitidamente distinta. O punho escritor
autêntico redige a palavra “Luiz” em um único momento gráfico, já o punho escritor do
falsário não, pois redige a letra “l”, faz o levantamento do instrumento escritor do suporte
para só depois redigir o poligrama “uiz”.

 Observa-se que os ataques são discrepantes, o punho escritor


autêntico inicia a letra “l” em arco, o punho escritor não. Ainda, enquanto este detém o
mínimo gráfico de incluir presilha no canto inferior da letra supracitada, o punho autêntico
não detém esse hábito.

 No que tange a palavra “Goes” também foram detectadas


divergências, além da construção do grafismo, o punho escritor redige em campo gráfico
superior ao punho escritor autêntico.

 Adentramos a palavra “Jesus”, a qual também apresenta


discrepâncias:

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 Justamente nessa palavra é que o punho escritor questionado
demonstra sua familiaridade com a escrita. Nota-se que o punho escritor autêntico
acrescenta na letra “j” o “pingo”, enquanto o punho escritor do falsário não.

 Os ataques são nitidamente discrepantes, o punho do falsário inicia


a escrita da primeira letra em linha reta, já o punho escritor autêntico elabora o mínimo
gráfico em formato triangular.

 O punho escritor do falsário detém remate (finalização da escrita)


apoiado em formato de arco, já o punho escritor autêntico não detém padrão de remate,
entretanto, dificilmente finaliza em arco.

 A proporção em que os exercícios se repetem, o escritor/falsário, de


modo inconsciente realiza alguns movimentos a sua maneira, introduzindo, na escrita
imitada, seus próprios hábitos gráficos.

 Os atributos fundamentais da ordem dos movimentos genéticos se


confrontam, comprovando escarrada divergência entre as assinaturas questionadas e a
elaborada pelo punho escritor do Sr. Jorge Luiz Goes de Jesus.

Por fim, diante de tais apontamentos e divergências, há indícios


suficientes para concluir que a assinatura questionada aposta na Ficha de apresentação das

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condições comerciais de consultora (or) Natura, objeto da demanda, não foi confeccionada
pelo punho escritor do Sr. Jorge Luiz Goes de Jesus.

7.CONCLUSÃO

1. Diante da análise e comparação pormenorizada entre a assinatura do


documento questionado e as peças paradigmas, foram detectadas divergências
consideráveis em relação aos elementos subjetivos e objetivos, conforme fundamentação
acima.
2. Na assinatura atestada como falsa, há divergências no alinhamento
gráfico12, calibre13, momentos gráficos14 e, mormente, nos hábitos gráficos.

3. São divergentes no que tange aos valores angulares e curvilíneos15,


método de construção16 dos alógrafos17, na morfogênese18, os quais não se enquadram na
variabilidade intrapessoal dos paradigmas

4. Nos confrontos apontados acima, percebe-se uma variabilidade


entre a assinatura questionada e seus paradigmas, mantendo assim as divergências no ritmo
gráfico19, demonstrando a antagonia no grau de habilidade nas peças cotejadas.

12 Alinhamento gráfico - posição da escrita em relação à pauta (impressa ou não).


13 Volume ocupado pela letra: tamanho.
14 Momento gráfico: extensão do traçado de um manuscrito feita sem o levantamento da caneta.
15Valores angulares e curvilíneos relacionam-se com o predomínio de estruturas angulares ou curvilíneas na

escrita examinada.
16 Método de construção ou gênese gráfica é a maneira com que os símbolos (letras, algarismos) são

produzidos, considerando-se seu início e término, bem como todo o caminho percorrido pela caneta entre
esses extremos.
17 Modelos de letras. Formas utilizadas por um escritor para representar cada uma das unidades do alfabeto

(grafemas), que podem ter formatos padronizados (aprendidos na escola) ou mesmo consistir em modelos
peculiares, personalíssimos.
18 Morfogênese - form da grafia.
19 O ritmo gráfico reflete a harmonia dos movimentos realizados para a produção da escrita, os quais

normalmente consistem em traços ondulatórios.


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8.RESPOSTAS AOS QUESITOS

1. Prejudicado, tendo em vista que, em que pese às partes devidamente


intimadas para tal, deixaram de apresentar quesitos, conforme artigo 465, §1º, do Código de
Processo Civil.

2. Por outro lado, os esclarecimentos prestados na fundamentação do


exame grafotécnico são suficientes para corroborar com o Poder Judiciário.

9.FINALIZAÇÃO
1. No caso em questão, foi possível a demonstração objetiva dos
pontos fundamentais dos exames, através das técnicas da grafoscopia, que resultaram nas
obtenções das conclusões corretas, seguras e precisas.

2. A Perita tem sempre em mente que não é defensora nem acusadora,


e que antes e acima de tudo prevalecem os fatos e a verdade, sendo esse o principal
objetivo no auxílio ao Magistrado na aplicação da Justiça.

10.ENCERRAMENTO
O presente laudo técnico é composto por 16 (dezesseis) laudas em formato
digital.

Pato Branco/PR, 11 de setembro de 2021.

JULIANA TERHORST DI DOMENICO


PERITA JUDICIAL

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