Zoologia Sisematica PDF

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Biodiversidade e a Distribuição das Espécies

Rosalina António Nhantumbo


Nhantumbo: Cód. 708212429

Curo: Licenciatura em Ensino de Biologia


Disciplina: Zoologia Sistemática
Ano de Frequência: II° Ano

Tutor:
Hélder Wong

Maputo, Outubro de 2022.


Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
3.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área de
estudo
 Exploração dos
2.5
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação parágrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
2.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Recomendações de melhoria:
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Índice

1. Introdução ........................................................................................................................... 5
1.1. Objectivos ................................................................................................................ 5
1.1.1. Objectivo Geral ......................................................................................... 5
1.1.2. Objectivos Específicos .............................................................................. 5
1.2. Metodologia ............................................................................................................. 5
2. Biodiversidade e a Distribuição das Espécies ..................................................................... 6
2.1. O Que é Biodiversidade? ......................................................................................... 6
2.1.1. Importância da biodiversidade .................................................................. 6
2.1.2. Factores que ameaçam a conservação da biodiversidade ......................... 7
2.2. Distribuição das espécies ......................................................................................... 7
2.3. Nova e Velha Sistemática ........................................................................................ 8
2.4. Lista de espécies existentes na minha região ........................................................... 9
3. Conclusão.......................................................................................................................... 12
4. Referências Bibliográficas ................................................................................................ 12
1. Introdução

O presente trabalho tem como tema “Biodiversidade e a Distribuição das Espécies”


conteúdo que faz parte da Zoologia Sistemática, cuja classificação científica em zoologia é o
método pelo qual os zoologistas agrupam e categorizam organismos pelo seu tipo biológico,
como géneros e espécies. A classificação biológica é uma forma de taxonomia científica.

As classificações biológicas modernas têm raízes no trabalho de Lineu, que agrupou as


espécies de acordo com características físicas em comum.

Seguindo a divisão proposta por Lineu, o reino animal é um dos 5 reinos, e é


subdividido principalmente nos seguintes Filos: Porifera, Cnidários, Platelmintos,
Nematelmintos, Anelídeos, Moluscos, Artrópodes, Equinodermos, e Cordados: Peixes,
Répteis, Anfíbios, Aves e Mamíferos – animais com corda dorsal.

Cada reino é dividido recursivamente até que cada espécie tenha uma classificação
separada. A ordem é: Domínio; Reino; Filo; Classe; Ordem; Família; Género; Espécie. O
nome científico dos organismos é gerado do seu género e epíteto específico.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral

 Compreender a Biodiversidade e a Distribuição das Espécies

1.1.2. Objectivos Específicos

 Explanar sobre a Biodiversidade e a Distribuição das Espécies


 Emanar sobre a nova e velha sistemática;
 Apresentar uma lista de espécies existente na minha região.

1.2. Metodologia

Para a elaboração da presente pesquisa, foi possível pelo uso do método de pesquisas
bibliográficas. Que segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66) a pesquisa bibliográfica trata-se
do levantamento, selecção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o assunto
que está sendo pesquisado, em livros, revistas, jornais, boletins, monografias, teses,
dissertações, material cartográfico, com o objectivo de colocar o pesquisador em contacto
directo com todo material já escrito sobre o mesmo.

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2. Biodiversidade e a Distribuição das Espécies

2.1. O Que é Biodiversidade?

“A diversidade biológica ou biodiversidade em ecologia é a variedade


de organismos vivos, nas suas diversas formas e nos seus respectivos
ecossistemas. a biodiversidade abrange toda a variabilidade biológica de
genes, espécies, ecossistemas e nichos ecológicos. Os recursos genéticos são
considerados a componente determinante da biodiversidade dentro de uma
única espécie”. (UNESCO, 2010).
A biodiversidade possui três grandes níveis:

1. Diversidade genética - os indivíduos de uma mesma espécie não são geneticamente


idênticas entre si. Cada indivíduo possui uma combinação única de genes que fazem
com que alguns sejam mais altos e outros mais baixos, alguns possuam os olhos azuis
enquanto outros os tenham castanhos, tenham o nariz chato ou pontiagudo. As
diferenças genéticas fazem com que a Terra possua uma grande variedade de vida.
2. Diversidade orgânica - os cientistas agrupam os indivíduos que possuem uma
história evolutiva comum em espécies. Possuir a mesma história evolutiva faz com
que cada espécie possua características únicas que não são compartilhadas com outros
seres vivos. Os cientistas já identificaram cerca de 1,75 milhões de espécies. Contudo,
eles estão somente no começo. Algumas estimativas apontam que podem existir entre
10 a 30 milhões de espécies na Terra.
3. Diversidade ecológica - As populações da mesma espécie e de espécies diferentes
interagem entre si formando comunidades; essas comunidades interagem com o
ambiente formando ecossistemas, que interagem entre si formando paisagens, que
formam os biomas. Desertos, florestas, oceanos, são tipos de biomas. Cada um deles
possui vários tipos de ecossistemas, os quais possuem espécies únicas. Quando um
ecossistema é ameaçado todas as suas espécies também são ameaçadas.

2.1.1. Importância da biodiversidade

Portanto, a biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza por ser


responsável pelo equilíbrio e pela estabilidade dos ecossistemas. Além disso, a biodiversidade
é fonte de imenso potencial económico por ser a base das actividades agrícolas, pecuárias,
pesqueiras, florestais e também a base da indústria da biotecnologia, ou seja, da fabricação de
remédios, cosméticos, enzimas industriais, hormónios, sementes agrícolas. Portanto, a
biodiversidade possui, além do seu valor intrínseco, valor ecológico, genético, social,

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económico, científico, educacional, cultural, recreativo... Com tamanha importância, é preciso
conhecer e evitar a perda da biodiversidade!

2.1.2. Factores que ameaçam a conservação da biodiversidade

A perda da biodiversidade envolve aspectos sociais, económicos,


culturais e científicos. A situação é particularmente grave na região tropical.
Populações humanas crescentes e pressões económicas estão levando a uma
ampla conversão das florestas tropicais em um mosaico de habitats alterados
por acção humana. (LAMARCK, 1907).
Como resultado da pressão de ocupação humana, a Mata Atlântica ficou reduzida a
menos de 10% da vegetação original. Os principais processos responsáveis pela perda da
biodiversidade são:

 Perda e fragmentação dos habitats; Introdução de espécies e doenças exóticas;


 Exploração excessiva de espécies de plantas e de animais;
 Uso de híbridos e monoculturas na agro-indústria e nos programas de
reflorestamento;
 Contaminação do solo, água e atmosfera por poluentes;
 Mudanças climáticas.

2.2. Distribuição das espécies

O conhecimento da distribuição geográfica é fundamental para


embasar estudos evolutivos e ecológicos das espécies. Porém, a sua
delimitação é um desafio devido à existência de concentração espacial
desigual de informação de distribuição das espécies, alto custo de trabalhos de
campo, e às variações que ocorrem nessa distribuição ao longo do tempo.
Tendo em vista essa problemática, os métodos de Modelagem de Distribuição
de Espécies surgiram como uma grande contribuição para os estudos
realizados nessas áreas. Os modelos de distribuição são muito utilizados, por
exemplo, para priorizar áreas para conservação (NÓBREGA &
De MARCO JUNIOR 2011), discutir padrões biogeográficos (Werneck et al.
2012) e, com a disponibilização de dados modelados de clima passado e
futuro, prever mudanças na distribuição dos organismos ao longo do tempo
(BONNACORSO et al. 2006).
A teoria do nicho ecológico é o principal fundamento para o desenvolvimento de
MDEs (Peterson 2011) considerando que indivíduos de uma mesma espécie respondem a um
conjunto de recursos e condições que definem sua distribuição (GRINNELL 1917;
HUTCHINSON 1957).

A União Internacional para Conservação da Natureza, utiliza um conjunto de critérios


objetivos e quantitativos para categorizar o status de conservação de espécies em escala global
(IUCN 2001). Um desses critérios diz respeito ao tamanho actual da distribuição de uma
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espécie e como esse espaço geográfico tem sido alterado por acção antrópica. Assim, a
categorização da situação de ameaça depende de quão bem estimada é a distribuição
geográfica das espécies em avaliação.

Os padrões de distribuição de espécies em áreas geográficas


geralmente podem ser explicados por uma combinação de factores históricos,
tanto biológicos como geológicos e ambientais. Factores biológicos incluem a
especiação e a extinção, enquanto que os factores geológicos incluem a deriva
continental, a glaciação, as variações do nível do mar, as organização de vias
fluviais e a captura fluvial. Outros factores ambientais, como as características
do habitat e as fontes de energia disponíveis no ecossistema, em combinação
com restrições geográficas relacionadas com a distribuição de massas de terra,
que leva ao potencial isolamento de ecossistemas, contribuem para esta
distribuição. (PAGLIA & FONSECA 2009).
Para compreender o padrão de distribuição dos organismos é preciso estar consciente
de que este padrão decorre da interacção de dois tipos de processos. Estes são os processos
espaço-temporais dos organismos vivos (bióticos) e do planeta (abióticos); são processos que
ocorrem diversamente no espaço ao longo do tempo. Os processos são de três tipos principais:
extinção, dispersão e vicariância:

1. A extinção é o processo onde a população é dividida após um evento de extinção


central que, de certa forma, isola as populações restantes e estas podem sofrer
especiação por quebra de fluxo génico;

2. Dispersão é um conjunto dos processos que possibilitam a fixação de indivíduos de


uma espécie num local diferente daquele onde viviam os seus progenitores, e pode
ocorrer através da colonização de áreas afastadas e promover uma especiação por
quebra de fluxo genético;

3. Vicariância é um processo evolutivo que é desencadeado pela ocorrência de um ou


mais eventos geológicos em uma área habitada por um determinado grupo, que separa
significativamente os indivíduos deste grupo, impossibilitando o fluxo génico,
causando assim uma especiação alopátrica.

2.3. Nova e Velha Sistemática

a) Velha Sistemática

A velha sistemática considerava os grupos dos animais independentes uns dos outros,
muitas vezes eles organizavam os animais numa linha lógica, não havendo nunhuma
independência.

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Mayr escreveu em 1953 que a velha sistemática é caracterizada pela posição central de
uma espécie concebida tipologicamente e definida morfologicamente e é essencialmente não
dimensional.

Aqui as espécies eram invariáveis no espaço e no tempo isto é o animal é hoje como
sempre foi. Tudo o que fugisse do indivíduo central (espécie tipo) era chamado de aberração.

b) Nova Sistemática

A nova sistemática considera grupos de animais como identidades dependentes ligados


por relação Filogenética (parentesco).

E uma Sistemática evolutiva, importa-se pela formação de grupos e as transformações


que os grupos sofrem.

Ela chegou a conclusão que as semelhanças maiores ou menores entre os grupos,


resulte do maior ou menor grau de parentesco entre eles isto é quanto mais próximo for o grau
de parentesco maior é a semelhança.

Na nova sistemática os grupos de animais não são uma mera colecção de animais nos
quais existem ocasionalmente caracteres comuns e constantes mais sim, derivam uns dos
outros por transformações que operam ao longo do tempo.

A definição da espécie puramente morfológica foi substituída Por uma definição


biológica que tem em consideração factores ecológicos, geográficos e outros.

Na nova sistemática acredita-se que nas espécies existem várias formas e seres dai
series e formas, acredita-se que as espécies variam no espaço e no tempo Series locais ou
Topográficos; acredita na evolução em que podemos ter a mesma espécie no mesmo local
mas em tempos diferentes Séries Cronológicos

Comparando todos seres podemos estudar as variações no espaço (Séries e formas), as


variações locais com as séries locais ou topográficas e as series cronológicas as variações que
os animais sofrem no decorrer dos anos no tempo.

2.4. Lista de espécies existentes na minha região

 Bovinos  Caprinos  Ovinos


 Suínos  Asininos  Galinhas
 Patos  Gansos  Perus
 Coelhos  Sardinhas  Atum albacora

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 Elefante (Loxodonta africana),  Búfalo (Syncerus caffer),

 Leopardo (Panthera pardus),  Leão (Panthera leo),

 pala-pala (Hippotragus niger)  Flamingos

 Licanos  Cegonhas Andorinhas Marinhas

 Lagarto Achatado das Rochas (Platysaurus ocellatus).

 Gamba  Atum Peixe à linha e com covos

 Kapenta (sardinha de água doce)  Camarão de águas pouco profundas

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3. Conclusão

Ao longo do desenvolvimento da biologia, vários estudiosos buscaram classificar os


seres vivos de acordo com suas características comuns ou com o grau evolutivo estabelecido a
partir das ideias evolutivas darwinianas.

A partir da classificação dos seres vivos, é possível conhecer e analisar a


biodiversidade do planeta, esquematizar os graus de parentesco evolutivo entre indivíduos e,
até, estabelecer modelos matemáticos que demonstrem o momento da evolução no qual o
ambiente e seus organismos foram submetidos aos processos adaptativos.

A sistemática é a área da biologia que visa estudar a biodiversidade a partir de uma


classificação chamada taxonomia. É importante dizer que a sistemática não é uma área
exclusiva da zoologia, mas é utilizada para classificar todos os seres vivos existentes no
planeta, incluindo os animais.

Dentro da taxonomia, todos os organismos são classificados em categorias que


recebem o nome de táxon. São nove táxons principais que compõem uma escala ascendente
de organização, ou seja, os maiores táxons englobam os menores táxons.

O menor táxon classifica os seres vivos em espécie, descritos com nome científico,
que é composto (duas palavras), sendo o primeiro nome o gênero (táxon anterior) e, o
segundo nome, a espécie. O nome científico é sempre em latim e é escrito em itálico ou
sublinhado.

As espécies são agrupadas em géneros similares, que são agrupados em famílias que,
por sua vez, são agrupadas em ordem.

O táxon ordem está incluído dentro do táxon classe, que está incluído no táxon filo,
que compõe, por fim, o táxon reino.

Actualmente, os reinos podem ser agrupados dentro do táxon domínio, ou super reino,
e este pode, ainda, ser incluído dentro do primeiro táxon, que é chamado de super domínio.
No super domínio, os seres são divididos em Biota, aqueles que são considerados seres vivos;
e Abiota, incorporando os vírus, organismos que, por muitos estudiosos, não são considerados
seres vivos.

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4. Referências Bibliográficas

BONNACORSO, E. KOCH, I. & PETERSON, T. (2006). Pleistocene fragmentation of


Amazon species’ranges. Diversity and Distributions, 12(2):157-164

COSSA, A. A. (s/d). Zoologia Sistema. UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE


Centro de Ensino à Distância.

DOBZHANSKY, Th. (1937). Genetics and the origin of species. Columbia Univ. Press, New
York.

GRINNELL, J. (1917). Field tests of theories concerning distributional control. The


American Naturalist, 51(602):115-128.

HUXLEY, J. (1940). The new systematics. Oxford Univ. Press.

LAMARCK, J. (1907). Philosophic zoologique. Schleicher Frè-res, Ed. Paris.

MAYR, E. (1942). Systematics and the origin of species. Columbia Univ. Press, New York.

NÓBREGA, C. C. & De MARCO JUNIOR, P. (2011). Unprotecting the rare species: a


niche-based gap analysis for odonates in a core Cerrado area. Diversity and
Distributions, 17(3):491-505.

PAGLIA, A. P. & FONSECA G. A. B. (2009). Assessing changes in the conservation status


of threatened Brazilian vertebrates. Biodiversity and Conservation.

PARENTI, L. R. (1981). A phylogenetic and biogeographic analysis of cyprinodontiform


fishes (Teleostei, Atherinomorpha). Bull. Amer. Mus. Nat. Hist., 168 (4) :335-557.

PETERSON, A. T. (2011). Ecological niche conservatism: a time-structured review of


evidence. Journal of Biogeography, 38(5):817-827.

WERNECK, F. P et al. (2012). Deep diversification and long-term persistence in the South
American dry ‘dry diagonal’: integrating continent-wide phylogeography and
distribution modeling of geckos. Evolution, 66(10):3014-3034.

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