Apostila Amarração de Cargas
Apostila Amarração de Cargas
Apostila Amarração de Cargas
AMARRAÇÃO DE CARGAS
APOSTILA
Instrutor:
Eng. Rubem Penteado de Melo, MSc.
[email protected]
Baseada nos Manuais – readequados a Legislação Brasileira:
- European Best Practice Guidelines on Cargo Securing
- Load Restraint Guide – Australia
- Code of Practice, Safety of Loads on vehicles - Inglaterra
- Loading and Securing Cargo on Load Carriers
- Safe packing of cargo transport units
- Securing of Cargo on Vehicle During Transport
- Guidelines for packing of cargo transport units
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Amarração de Cargas - Apostila
SUMÁRIO
ITEM PAG
0. Referências Breves....................................................................................................5
1. Generalidades...........................................................................................................6
1.1 Introdução....................................................................................................6
1.2 Objetivos das orientações................................................................................7
1.3 Necessidade de acondicionamento da carga.......................................................7
1.3.1 Massa e Peso.....................................................................................8
1.3.2 Centro de Gravidade..........................................................................9
1.3.3 Forças exercidas pela carga...............................................................10
1.3.4 Deslizamento...................................................................................10
1.3.5 Inclinação e queda...........................................................................11
1.3.6 Rigidez da carga..............................................................................11
1.3.7 Distribuição da carga........................................................................11
1.3.8 Seleção e carregamento do veículo.....................................................12
1.3.9 Operações de transporte multimodal...................................................12
1.3.10 Formação sobre acondicionamento da carga.......................................13
2. Carroçaria do veículo e equipamento para fixação da carga............................................14
2.1 Painel de proteção da cabine..........................................................................14
2.2 Painéis laterais.............................................................................................15
2.3 Painéis traseiros...........................................................................................15
2.4 Carroceria tipo Furgão...................................................................................16
2.5 Rebocados com abertura lateral......................................................................16
2.6 Veículos com cortinas laterais (tipo Sider)........................................................17
2.7 Escoras ou fueiros........................................................................................18
2.8 Pontos de amarração....................................................................................18
2.9 Contêiner ISO..............................................................................................19
2.9.1 Painel traseiro.................................................................................19
2.9.2 Painéis laterais................................................................................19
2.9.3 Pontos de ligação e de amarração......................................................19
3. Sistemas de retenção...............................................................................................19
3.1 Travamento ou bloqueio................................................................................19
3.1.1 Travamento com material de enchimento............................................19
3.1.2 Travamento em altura e travamento com painel...................................22
3.1.3 Travamento entre as camadas de uma seção de carga..........................23
3.1.4 Travessas de madeira pregadas na plataforma de carga........................24
3.1.5 Calços de apoio................................................................................24
3.2 Amarração...................................................................................................25
3.2.1 Amarração de topo...........................................................................25
3.2.2 Amarração em laço...........................................................................26
3.2.3 Amarração com tirantes....................................................................27
3.2.4 Amarração envolvente......................................................................28
3.2.5 Amarração direta.............................................................................29
3.2.6 Equipamentos de amarração..............................................................30
3.2.7 Sistemas de cintas...........................................................................31
3.2.8 Amarração com correntes..................................................................33
3.2.9 Amarração com cabo de aço..............................................................34
3.2.10 Esticadores....................................................................................35
3.2.11 Rede ou toldos com amarrações.......................................................35
3.2.12 Cordas..........................................................................................36
3.2.13 Cintas de aço.................................................................................36
3.2.14 Calhas para dispositivos e amarrações em painéis laterais...................37
3.2.15 Painéis de travamentos intermediários..............................................37
3.3 Travamento.................................................................................................37
3.4 Combinações de sistema de retenção..............................................................39
3.5 Equipamento de apoio...................................................................................39
3.5.1 Materiais de Atrito............................................................................39
3.5.2 Divisórias de carga...........................................................................39
3.5.3 Calços de madeira............................................................................40
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É apresentada, a seguir, uma breve lista de regras básicas que são sempre válidas,
independentemente da carga transportada, e que devem ser lembradas ou observadas
durante uma operação de transporte. Esta lista não é isolada. Deve ser
complementada por explicações mais detalhadas que podem ser encontradas no
conteúdo desta apostila.
É necessário saber que, se uma carga não for acondicionada de forma adequada,
constituirá um perigo para as pessoas envolvidas nas operações de transporte e para
terceiros. A carga mal acondicionada pode cair do caminhão, tombar o veículo,
provocar congestionamento de tráfego e a morte ou lesões a terceiros. A carga mal
acondicionada pode provocar a morte ou lesões aos ocupantes do veículo quando de
uma frenagem de emergência ou de uma colisão frontal. A mudança de direção de um
veículo pode ser afetada pela forma como a carga se encontra distribuída e/ou
acondicionada, dificultando o controle do veículo.
Algumas das dez regras a seguir são essencialmente dirigidas ao motorista, na medida
em que este transporta a carga até ao seu destino e, deste modo, encontra-se
diretamente exposto aos riscos que envolvem a operação de transporte:
• Antes de carregar o veículo, verificar se a plataforma de carga, a carroçaria e o
equipamento de fixação da carga se encontram em boas condições de funcionamento.
• A carga deve ser acondicionada de modo a que não possa mover-se, rolar, tombar
ou deslizar devido a vibrações, cair do veículo ou fazer com que este se incline.
• Determinar o(s) sistema(s) de fixação que melhor se adapte(m) às características da
carga (travamento ou bloqueio, amarração direta, amarração de topo ou uma
combinação destas).
• Verificar se as recomendações do fabricante relativas ao veículo e ao material de
fixação são observadas.
• Verificar se o equipamento de fixação da carga é proporcional às condições da
viagem. As frenagens de emergência, as manobras bruscas para evitar obstáculos, as
estradas em más condições ou as condições meteorológicas adversas são situações
que devem ser consideradas como circunstâncias normais que podem ocorrer durante
os percursos. O equipamento de fixação deve ser capaz de suportar estas condições.
• Sempre que uma carga for carregada/descarregada ou redistribuída, é necessário
inspecioná-la e verificar se existe excesso de carga e/ou se o peso da carga está mal
distribuído antes de iniciar o transporte. Certificar-se de que a carga está bem
distribuída, de modo a que o centro de gravidade da carga assente o mais perto
possível do eixo longitudinal e seja mantido o mais baixo possível: as mercadorias
mais pesadas por baixo e as mais leves por cima.
• Sempre que possível, verificar periodicamente o acondicionamento da carga durante
o percurso. A primeira inspeção deve ser feita, de preferência, depois de percorridos
alguns quilômetros, num local de estacionamento seguro. Além disso, o
acondicionamento da carga deve ser inspecionado após uma frenagem de emergência
ou qualquer outra situação anormal que ocorra durante o percurso.
• Sempre que possível, utilizar equipamento que facilite o acondicionamento da carga,
por exemplo, materiais de atrito, divisórias de carga, correias ou cintas, cantoneiras,
etc.
• Certificar-se de que os dispositivos de acondicionamento não danificam as
mercadorias transportadas.
• Conduzir suavemente, ou seja, adaptar a velocidade às circunstâncias de modo a
evitar alterações bruscas de direção e frenagens de emergência. Se esta
recomendação for seguida, as forças exercidas pela carga manter-se-ão baixas e não
devem ocorrer problemas.
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1. GENERALIDADES
1.1. Introdução
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O princípio físico básico (1ª Lei de Newton) ligado às forças exercidas pela carga no
seu ambiente consiste na idéia de que um objeto em movimento, se não forem
exercidas forças, continuará a deslocar-se numa linha reta à mesma velocidade.
A velocidade de um objeto pode ser representada por uma seta: o comprimento da
seta é proporcional à velocidade do objeto; a direção da seta indica a linha reta que
o objeto seguiria se não fossem exercidas quaisquer forças.
Alterar a velocidade do objeto, isto é, alterar o comprimento e/ou a direção da seta
que o representa, gerará forças.
Em outras palavras, a única situação em que uma carga não exerce qualquer força
no seu ambiente (exceto pelo seu peso, evidentemente) é aquela em que a
condução é efetuada numa linha reta a uma velocidade constante.
Quanto mais esta situação for alterada (por exemplo, frenagem de emergência,
forte aceleração, manobra brusca num cruzamento, mudança rápida de faixa, etc.),
mais fortes serão as forças que a carga exerce no seu ambiente. No caso do
transporte rodoviário, estas forças são principalmente horizontais. Nestas
situações, o atrito raramente é suficiente para evitar o deslizamento de uma carga
mal acondicionada. É fundamentalmente um erro assumir que o peso da carga será
suficiente para mantê-la em posição. Durante uma frenagem de emergência, por
exemplo, a força exercida pela carga em direção à parte dianteira do veículo pode
ser muito elevada e praticamente igual ao peso da mesma. Deste modo, durante
uma frenagem de emergência, uma carga com 1 tonelada “empurrará” na direção
da parte da frente do veículo com uma força aproximada de aproximadamente 1
tonelada. No entanto, podem ser encontradas forças maiores se o veículo, por
exemplo, for envolvido num acidente. Os princípios relativos ao acondicionamento
da carga devem, deste modo, ser considerados como requisitos essenciais.
Em resumo, se um veículo freiar, a carga continuará a deslocar-se na direção
original para frente.
Quanto mais forte for a frenagem, maior será a força com que a carga “empurrará”
para a frente. Se a carga não estiver adequadamente fixada, continuará a deslocar-
se para a frente, independentemente da direção do veículo!
A recomendação geral consiste em: fixar sempre a carga de forma adequada e
conduzir suavemente, isto é, qualquer desvio a uma situação de linha
reta/velocidade constante deve ser efetuando lentamente. Se esta
recomendação for seguida, as forças exercidas pela carga manter-se-ão baixas e
não devem ocorrer problemas.
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Figura 1: Durante uma frenagem de emergência, o tubo de aço mal fixado atravessou o painel de
proteção e a cabine do condutor.
Massa
Peso
Figura 2: Massa versus peso
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Amarração de Cargas - Apostila
Quanto mais elevado for o centro de gravidade de uma carga, mais esta tenderá a
tombar quando submetida a forças horizontais. Se o centro de gravidade de uma
carga se situar verticalmente fora do centro relativo da projeção no solo da carga,
esta tenderá virar sobre a direção em que o centro de gravidade está mais próximo
dos limites dessa projeção. Para uma carga muito pesada, a posição do centro de
gravidade pode ser importante para um posicionamento e acondicionamento
corretos dessa carga no veículo, de modo a garantir a sua adequada distribuição.
Quanto mais elevado for o centro de gravidade do conjunto veículo/carga
considerado como um todo, maior será a probabilidade de o conjunto tombar.
1.3.4. Deslizamento
O atrito não pode ser a única força responsável por evitar o deslizamento da carga
mal acondicionada. Quando o veículo está em circulação, os movimentos verticais
provocados pelos buracos, lombadas e as vibrações da estrada reduzirão a força de
retenção provocada pelo atrito.
O atrito pode mesmo ser reduzido a zero se a carga “abandonar”
momentaneamente a plataforma do caminhão. Os dispositivos de amarração
superior ou outros sistemas de retenção, além do atrito, contribuem para o
acondicionamento adequado da carga. As forças de atrito dependem das
características mútuas das superfícies em contacto da carga e da plataforma do
caminhão.
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A rigidez da carga tem uma grande influência nos sistemas que devem ser
selecionados para o seu acondicionamento. Se for transportada numa plataforma
plana, a carga deve ser tão rígida quanto possível. Se a carga não for considerada
suficientemente rígida (sacas ou big-bags, por exemplo) para aplicar de forma
adequada dispositivos de amarração, a rigidez pode ser melhorada através da
utilização de material de enchimento, divisórias de carga e protetores de
extremidades. A quantidade de material necessária para o travamento/suporte da
carga depende da rigidez das mercadorias.
Quando é colocada uma carga num veículo, as dimensões, eixos e pesos brutos
máximos autorizados não devem ser excedidos (ver Anexo 8.1: Orientações
relativas à distribuição de carga). As cargas mínimas por eixo devem ser
igualmente consideradas para garantir estabilidade, manobras em curvas e
frenagem adequadas (especialmente no eixo dianteiro do caminhão – se a carga
mal colocada sobre a carroceria “aliar” o peso no eixo dianteiro, o veículo perde
dirigibilidade e pode provocar acidentes graves).
As dificuldades com a distribuição da carga no veículo ocorrem se este for
parcialmente carregado ou descarregado durante o percurso. O efeito no peso
bruto, nas cargas por eixo individuais, no acondicionamento e na estabilidade da
carga não deve ser negligenciado.
Embora a remoção de parte da carga reduza o peso bruto do veículo, a alteração na
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por exemplo. Essas forças são direcionadas alternadamente para cada lado do
navio e ocorrem regularmente, muitas vezes, durante longos períodos de tempo. O
navio pode igualmente balançar da popa até à proa em mar agitado, o que
provocará forças verticais extremamente elevadas. Por conseguinte, é sempre
importante determinar a forma como a carga será transportada para escolher o tipo
de sistema de fixação adequado.
Devem ser tomadas as seguintes precauções de
manuseamento/estiva/acondicionamento durante as operações de carga/descarga
de carga multimodal/combinada:
• A unidade deve estar protegida contra queda. Se uma carga for
carregada/descarregada através de uma empilhadeira de garfo, o semi-reboque
deve ser apoiado (através da colocação de apoios nas extremidades quando estiver
sem o veículo-trator, por exemplo).
• No interior da unidade, a carga deve ser acondicionada de modo a que não possa
deslizar no assoalho, nem tombar.
• Não carregar cargas pesadas sobre cargas leves. Sempre que possível, o centro
de gravidade do contentor carregado deve estar abaixo do ponto médio da sua
altura;
• Com uma carga de forma e tamanho regulares, deve procurar-se um
acondicionamento contínuo;
• Se existirem espaços vazios, a carga deve ser acondicionada com recurso a
madeiras de estiva ou outros meios adequados;
• A carga deve ser distribuída uniformemente (como regra geral para contentores,
não deve existir mais do que 60% da massa total da carga numa das metades do
contentor, longitudinal ou lateralmente);
• Devem ser tomadas medidas para garantir que a carga e as madeiras de estiva
não caiam quando as portas forem abertas;
• Existem disposições específicas relativas à estiva de produtos perigosos e devem
ser observadas.
Para obter informações sobre os valores máximos das forças exercidas durante os
diferentes modos de transporte.
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Figura 10: Requisitos de resistência dos painéis laterais das carroçarias tipo furgão
Legenda da figura: EN 12642 – 30% da carga útil
Os painéis laterais das carroçarias tipo furgão devem, ser capaz de suportar uma
força uniformemente distribuída equivalente a 30% do peso máximo da carga sem
deformação residual excessiva. Se a carga for imobilizada contra o painel lateral, a
capacidade deste deve ser levada em consideração ao calcular o número de
dispositivos de amarração.
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Figura 11: Requisitos de resistência dos paineis laterais dos tipos de semi-reboques com
cobertura rígida/não rígida ousemi- reboques de lona
Legenda da figura: EN 12642 – 6% da carga útil / 24% da carga útil
Figura 12: Requisitos de resistência dos paineis laterais dos veículos com cortinas
laterais (furgão Sider). Legenda da figura: EN 12642 – 0% da carga útil
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1 Piso
2 Apoio da base
3 Soleira da porta
4 Coluna de canto
5 Teto
6 Perfil do painel
7 Caixilho superior
8 Porta
9 Porta traseira
10 Painel traseiro
11 Apoio do teto
12 Pala de reforço
Os painéis laterais devem suportar uma carga interna (força) equivalente a 30% do
peso máximo da carga, distribuída uniformemente ao longo de toda a parede.
Os pontos de ligação devem ser concebidos e instalados deve fornecer uma carga
mínima de 1.000 daN aplicada em qualquer direção. Os pontos de amarração
devem ser concebidos e instalados de modo a fornecer uma carga mínima de 500
daN aplicada em qualquer direção.
3. SISTEMAS DE RETENÇÃO
Figura 17:
Legenda da figura: Cargo row – Fila ou camada de carga
Cargo section – Seção de carga
- Pallets de carga:
Os pallets de carga constituem frequentemente uma forma adequada de material
de enchimento. Pode ainda ser preenchida com material de enchimento adequado,
por exemplo, pranchas de madeira.
- Almofadas de ar:
As almofadas de ar insufláveis estão disponíveis como artigos descartáveis ou
produtos recicláveis. As almofadas são fáceis de instalar e são insufláveis com ar
comprimido, muitas vezes, através de um orifício no sistema de ar comprimido do
caminhão. Os fornecedores de almofadas de ar devem disponibilizar as instruções e
as recomendações relativas à capacidade de carga e à pressão de ar adequadas. É
importante evitar danos nas almofadas de ar devido ao desgaste e a eventuais
rasgos. As almofadas de ar nunca devem ser utilizadas como material de
enchimento contra portas ou superfícies ou partes não rígidas.
- Travessas de travamento:
Se existirem folgas muito grandes entre a carga e os dispositivos de travamento, e
forças de contraventamento elevadas, é, muitas vezes, adequado utilizar travessas
de travamento equipadas com separadores de madeira suficientemente fortes. É
importante que as travessas de travamento sejam instaladas de modo a que os
separadores fiquem sempre perpendiculares à carga que será calçada. Deste modo,
as travessas de travamento são mais eficazes para resistir às forças exercidas pela
carga.
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Os calços de travamento (do tipo cunha por bloqueio) podem ser utilizados para
evitar o deslocamento de objetos cilíndricos ao longo da plataforma de carga (ver
figura abaixo).
Os calços de travamento devem ter uma altura mínima de R/3 (um terço do raio do
cilindro) se não existir amarração de topo. Se forem utilizados em conjunto com
amarração de topo, a altura máxima recomendada é de 200 mm. O ângulo do calço
deve ser de aproximadamente 45°, como indicado abaixo.
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Calço de apoio
Os dois calços mais longos devem ser mantidos em posição através de um
travamento cruzado regulável, por exemplo, cavilhas ou correntes. O travamento
cruzado deve ser efetuado de modo a conseguir um espaço mínimo de 20 mm
entre o cilindro e a plataforma, a fim de garantir que o calço de apoio não se
desloca lateralmente.
A altura dos calços deve ser de:
- no mínimo, R/3 (um terço do raio do cilindro) se não existir amarração de topo ou
- no máximo, 200 mm em conjunto com amarração de topo.
3.2. Amarração
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A amarração com tirantes pode ser utilizada para prevenir a inclinação e/ou o
deslizamento para a frente e para trás.
A utilização da amarração com tirantes combinada com o travamento na base para
a frente ou para trás é um sistema de retenção que consiste numa amarra ao longo
do canto da camada da carga e duas amarras diagonais, a fim de evitar o
deslizamento e a inclinação da camada de carga. A amarração com tirantes pode
consistir também numa única linga redonda, colocada ao longo da aresta da
camada da carga e amarrada com uma amarração diagonal em cada lado. O ângulo
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Uma amarração diagonal com cinta de canto deve ser calculada tendo em conta o
ângulo, o atrito e a Capacidade de Amarração (CA) indicada no rótulo das amarras.
Dois pares opostos de amarras diagonais com cintas de canto podem ser
igualmente utilizados como alternativa a uma amarração envolvente.
Max 450
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Amarração de Cargas - Apostila
Figura 33: Amarração envolvente horizontal das duas últimas seções de carga.
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As cintas são utilizadas frequentemente para amarração de topo (por atrito), mas
também podem ser utilizadas para amarração direta (especialmente quando são
utilizadas amarrações de grandes dimensões).
No caso de cargas com arestas pontiagudas ou cortantes e de mercadorias
pesadas, tais como máquinas, peças em aço, equipamento militar, etc., podem ser
utilizadas correntes de amarração. As correntes devem, normalmente, ser
utilizadas para amarração direta.
Os cabos de aço são adequados para cargas mais pesadas e alguns tipos de cargas
de madeira, por exemplo toras redondas empilhados longitudinalmente.
No acondicionamento da carga, diferentes tipos de amarrações são utilizados com
diferentes fins. As cintas de amarração feitas de fibras sintéticas (normalmente
poliéster), as correntes de amarração ou os cabos de amarração em aço são
normalmente utilizados como dispositivos de amarração. Possuem um rótulo com a
especificação da Capacidade de Amarração (CA) e a força de tensão padrão para a
qual o equipamento foi projetado.
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Amarração de Cargas - Apostila
A força de tensão que pode ser atingida por uma força manual de 50 daN deve ser
indicada no rótulo como a força de tensão padrão do sistema de cintas (Capacidade
de Amarração - CA, Força Manual Padrão - FMP, Força de Tensão Padrão - FTP).
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Amarração de Cargas - Apostila
Nunca devem ser utilizadas correntes de amarração com nós ou ligadas com uma
cavilha ou parafusos. As correntes de amarração e as arestas das cargas devem ser
protegidas contra abrasão e danos, utilizando capas protetoras e/ou protetores de
canto. As correntes de amarração que apresentem sinais de danos devem ser
substituídas ou devolvidas ao fabricante para reparos.
Seguem-se alguns sinais de danos que requerem a substituição dos componentes
defeituosos:
- nas correntes: fissuras superficiais, alongamento superior a 3%, desgaste
superior a 10% do diâmetro nominal, deformações visíveis;
- nos componentes de ligação e dispositivos de tensionamento: deformações,
trincas, sinais pronunciados de desgaste, sinais de corrosão.
As reparações apenas devem ser efetuadas pelo fabricante ou pelos seus agentes.
Após o reparo, o fabricante deve garantir que o desempenho original das correntes
de amarração foi restaurado.
Os elos de ligação das correntes devem ser inspecionados antes de cada utilização.
As correntes apenas devem ser utilizadas em conjunto com tensionadores e
esticadores adequados com uma carga útil compatível com a da corrente.
Os cabos de aço são adequados para a amarração da carga quando são utilizados
de modo idêntico às correntes. Nunca devem ser utilizados cabos isolados para
amarração, uma vez que não é possível avaliar facilmente o seu bom
funcionamento e qualquer falha implicará a falha total da retenção.
A resistência dos cabos diminui se forem dobrados sobre as arestas, em função do
diâmetro de dobragem. Para que um cabo mantenha toda a sua resistência
mecânica, o diâmetro da dobragem deve ser, no mínimo, 6 vezes superior ao
diâmetro do cabo. Como regra prática, para um diâmetro de dobragem pequeno, a
resistência é reduzida em 10% para cada unidade abaixo de 6 (por exemplo, se o
diâmetro de dobragem for igual ao quádruplo do diâmetro do cabo, a resistência do
cabo é reduzida em 20%; assim, a resistência residual representa 80% do valor
nominal). Consulte sempre o Manual do Fabricante de cabo de aço.
Os fios e os cabos de aço, bem como todos os componentes de ligação, devem ser
examinados regularmente por uma pessoa qualificada. Alguns exemplos de sinais
de danos:
- fraturas localizadas; redução por abrasão do diâmetro da ponteira em mais do
que 5%;
- danos na ponteira ou na junção;
- fraturas visíveis do cabo em mais do que 4 filamentos num comprimento de 3d,
mais do que 6 filamentos num comprimento de 6d ou mais do que 16 filamentos
num comprimento de 30d; (d=diâmetro do cabo);
- desgaste ou abrasão notórios do cabo em mais do que 10% do diâmetro nominal
(valor médio de duas medições em ângulos retos);
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3.2.10. Esticadores
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Pode ser utilizado um toldo com dispositivos de amarração em vez de uma rede.
3.2.12.Cordas
3.2.13.Cintas de aço
Nunca devem ser utilizadas cintas de aço para fixar cargas em plataformas de
carroceria aberta.
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Os painéis laterais podem ter calhas longitudinais com pontos de ancoragem, sendo
cada ponto geralmente concebido para suportar uma carga de 2 toneladas na
direção longitudinal. As amarrações e os dispositivos com terminações adequadas
podem ser fixados rapidamente e proporcionar um travamento eficaz. Este é um
método extremamente eficaz para efetuar o travamento posterior das embalagens
restantes após uma descarga parcial, mas é necessário evitar a concentração de
peso junto aos pontos de fixação.
3.3 Travamento
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As seções de carga com muitas filas e camadas como, por exemplo, madeira
serrada, precisam frequentemente de ser estabilizadas por meio de
contraventamento transversal. As tiras de madeira de seção transversal quadrada
não são adequadas, uma vez que tendem a rodar em funcionamento. A relação
largura/altura da seção transversal deve ser, no mínimo, 2:1.
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3.5.6. Cantoneiras
Os protetores antidesgaste para cintas de fibra sintética são aplicados entre a carga
e as cintas de amarração quando existe risco das cintas ficarem danificadas. Estes
protetores podem ser feitos de materiais diferentes, por exemplo, poliéster e
poliuretano, e funcionam como apoios para hastes ou grampos.
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Amarração de Cargas - Apostila
As anilhas dentadas de dupla face são adequadas para manter juntas várias
camadas de uma carga. O travamento das várias camadas pode ser conseguido
através de anilhas dentadas, em vez de esteiras.
Estas anilhas apenas devem ser utilizadas com materiais macios (madeira, etc.) e
devem penetrar completamente no material.
NOTA: Uma vez que as anilhas dentadas não são visíveis quando são cobertas pela
carga, a sua função não é controlável. É necessário ter igualmente em atenção que
as anilhas dentadas podem danificar a superfície da plataforma e a carga. É
preferível utilizar materiais de atrito em vez de anilhas dentadas.
As anilhas dentadas nunca devem ser utilizadas em conjunto com substâncias
perigosas.
Rolos rígidos, tambores ou cargas cilíndricas, com formas rígidas, podem ser
estivados com o diâmetro na horizontal ou na vertical. A posição com o diâmetro na
horizontal é geralmente utilizada se for necessário proteger e preservar a superfície
da capa e a forma cilíndrica (por exemplo, rolos de papel).
Os rolos ou volumes cilíndricos com o diâmetro na posição horizontal devem,
preferencialmente, ser colocados com os respectivos eixos ao longo do veículo, de
modo a que a tendência de rolamento, geralmente evitada com a colocação de
calços de travamento ou calços de apoio, seja direcionada para a frente ou para
trás.
O acondicionamento de volumes cilíndricos deve ser efetuado de modo a que a
carga possa ser descarregada de forma segura e controlada. A utilização de calços
pontiagudos permite obter condições de carga e descarga seguras e controladas.
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Exemplo de rolos de papel dispostos em duas camadas e duas filas, com a camada
superior incompleta, estivados numa plataforma plana equipada com painéis
laterais:
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Amarração de Cargas - Apostila
6.3. Tambores
6.4. Caixas
As caixas, tais como outras mercadorias, devem ser carregadas de modo a evitar
que se desloquem em qualquer direção. Sempre que possível, devem estar
interligadas e ser carregadas a uma altura uniforme em cada linha ao longo do
veículo (seção de carga).
Para calcular a quantidade de carga a acondicionar a fim de evitar o deslizamento e
a queda, deve ser levado em conta o tamanho e o peso de cada seção. Se a altura
da carga exceder a altura dos painéis laterais e não forem utilizadas vigas de
borda, deve existir, no mínimo, um dispositivo de amarração por cada seção.
Sacas e sacos:
As sacas não têm normalmente uma forma rígida e devem, por isso, ser
amparadas. Este fato é particularmente verdadeiro nos casos em que o painel de
proteção da cabine e os painéis laterais e traseiros não possam ser utilizados para
travamento. É possível utilizar materiais de enchimento, painéis, divisórias de carga
e protetores de extremidades para obter um efeito de travamento.
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Figura 68: Fardos em duas camadas e, no máximo, três filas, com a última camada
incompleta, estivados numa plataforma de carga aberta equipada com painéis
laterais.
6.6. Palets
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Amarração de Cargas - Apostila
Quando são carregadas num palets, caixas de carga com tamanho igual ou inferior
ao mesmo, o palets constitui uma plataforma idêntica a uma plataforma de carga
sem painéis laterais. Devem ser adaptadas medidas para evitar que a carga oscile
ou tombe do palets, através de dispositivos de amarração idênticos aos descritos
acima. O atrito entre as superfícies da carga e do palets é, por conseguinte,
importante para o cálculo do acondicionamento da carga. Devem igualmente ser
tidos em conta o peso da carga e a relação altura/largura do palets carregado.
Neste caso, o peso do palets carregado corresponde ao peso de uma seção de
carga (consultar Seção 1.3.5: Inclinação e Queda).
Pode ser utilizada qualquer forma de acondicionamento da carga no palets, por
exemplo, dispositivo de amarração, capa de película retrátil, etc., desde que o
palets consiga suportar um ângulo de inclinação mínimo de 26° sem qualquer sinal
de distorção (consultar Seção 3.5.5).
Figura 71: Palets com rodas com suportes laterais e barras para grampos
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
1. Amarração em laço
2. Calço de apoio
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Amarração de Cargas - Apostila
1. Amarração em laço
2. Calço de apoio
3. Proteção das Extremidades
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Amarração de Cargas - Apostila
As bobinas devem ser firmemente presas ao “berço” com, pelo menos, dois
dispositivos de amarração com cintas ou por um sistema homologado de cintas de
aço.
Os dispositivos de amarração devem estar em contacto com as superfícies da
bobina e dos calços de madeira.
Se não for utilizada uma calha ou berço, as bobinas, ou as unidades bobina e berço,
devem ser acondicionadas por meio de correntes ou cintas com dispositivo de
tensionamento incorporado. Para efeitos de fixação, cada linha de bobinas, ao longo
da seção de carga do veículo, deve ser considerada e amarrada separadamente.
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
Figura 80: Unidade de grande porte com amarração em laço e travamento numa
plataforma sem painéis laterais
O volume é colocado numa base de madeira (3) e fixado lateralmente por meio de
correntes com amarração em laço (2).
O volume é acondicionado longitudinalmente por meio de travessas de travamento
à frente (4) e atrás (5). Para obter um travamento eficaz neste caso, a travessa de
travamento deve ser levantada através de ressaltos em madeira (6), sendo depois
chanfradas as travessas de espaçamento.
Deve ser utilizada uma travessa de travamento dupla, conforme indicado na figura
acima, sempre que forem utilizadas duas vigas de suporte atrás e/ou na frente de
uma plataforma plana convencional para absorver as forças aplicadas ao painel de
proteção frontal ou ao painel traseiro. Se o painel de proteção da cabine ou o painel
traseiro (painel traseiro, painel traseiro ou porta traseira) se destinarem a absorver
forças longitudinais distribuídas uniformemente ao longo de toda a largura da
plataforma de carga, deve ser utilizada uma travessa de travamento tripla (com
três travessas de espaçamento). É necessário ter em atenção que as travessas de
travamento devem ser fixadas lateralmente, a menos que a
• O volume está colocado numa base de madeira numa plataforma sem painéis
laterais.
• O volume está fixado lateralmente com amarrações em laço.
• O volume está fixado longitudinalmente com as travessas de travamento e, os
ressaltos de madeira e as escoras posteriores.
- 62 -
Amarração de Cargas - Apostila
1. Pontos de amarração
2. Amarrações em laço
3. Base de madeira
4. Travessas de travamento à frente
5. Travessas de travamento atrás
6. Ressaltos de madeira
7. Escoras posteriores
1. Pontos de amarração
2. Dispositivo externo travamento lateral
3. Material base
4. Travessas de travamento - frente
5. Travessas de travamento - atrás
6. Ressaltos de madeira
7. Calços de madeira
8. Travessas transversais
9. Escoras posteriores
O volume é colocado dos dois lados dos dispositivos extensíveis de travamento (2)
com uma base (3) e cunhas de apoio (7) em madeira e também com travessas
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Amarração de Cargas - Apostila
1. Pontos de amarração
2. Disp. ext. travamento lateral
3. Material base
4. Travessas de trav. frente
5. Travessas de travamento atrás
6. Ressaltos de madeira
7. Calços de madeira
8. Travessas transversais
9. Escoras posteriores
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Amarração de Cargas - Apostila
1. Amarração
2. Material base
3. Travessas de travamento - frente
4. Calço para veículo
A grande seção de carga acima apenas pode ser colocada diretamente numa
plataforma plana se uma das superfícies de contacto for em madeira ou num
material com propriedades de atrito equivalentes. Se existir qualquer possibilidade
de contacto entre partes metálicas, deve ser colocada uma divisória de carga entre
a carga e a plataforma para aumentar o atrito.
São aplicadas de modo simétrico, lateral e longitudinalmente, quatro amarrações
(1), feitas com correntes ou outro equipamento de amarração adequado, entre as
fixações do volume e os bordos da plataforma.
No caso de volumes mais pesados, a frente deve ser travada por meio de uma
travessa de travamento ou um calço para veículo.
- 65 -
Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
DISTRIBUIÇÃO DO PESO
Sempre que se procede à estiva de unidades de carga na carroceria, o centro de
gravidade deve ser tão baixo quanto possível de modo a obter a melhor
estabilidade possível quando o veículo freia, acelera ou muda de direção. As
mercadorias pesadas, em particular, devem ser colocadas o mais baixo e o mais
perto possível do centro da plataforma do veículo.
RESISTÊNCIA DA EMBALAGEM
A carga com embalagem pouco resistente é geralmente leve. Por este motivo, as
cargas com embalagens mais frágeis podem ser normalmente colocadas nas
camadas superiores sem criar problemas de distribuição de peso. Se tal não for
possível, a carga deve ser separada em diferentes seções de carga.
TRAVAMENTO
Utilizando uma combinação adequada de vários tamanhos de embalagens
retangulares, é possível obter com facilidade um sistema de travamento satisfatório
contra o painel de proteção da cabine, os painéis laterais e o painel traseiro.
MATERIAL DE ENCHIMENTO
Os espaços vazios que possam resultar das diferenças de tamanho e de forma das
unidades de carga devem ser preenchidos a fim de proporcionar sustentação e
estabilidade suficientes à carga.
PALETIZAÇÃO
Os palets permitem que partes individuais da carga e mercadorias de dimensões e
natureza idênticas possam constituir unidades de carga. A carga em palets pode ser
manuseada mais facilmente por meios mecânicos, o que reduz o esforço necessário
para a manusear e transportar. As mercadorias em palets devem ser
acondicionadas cuidadosamente no palets (ver seção 6.6.).
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
Figura 86: Madeira serrada em lotes numa plataforma plana com escoras
Centrais
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Amarração de Cargas - Apostila
Figura 87: Madeira serrada em lotes numa plataforma plana com escoras
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Amarração de Cargas - Apostila
Figura 88: Exemplo de veículo para toras de madeira equipado com fueiro, painel frontal e traseiro,
conforme Resolução do CONTRAN
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Amarração de Cargas - Apostila
Figura 89: Toras empilhadas transversalmente com painéis laterais com tela
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Amarração de Cargas - Apostila
Vista de topo
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Amarração de Cargas - Apostila
As cargas a granel soltas podem ser descritas genericamente como cargas que não
se adaptam facilmente a qualquer forma de embalagem, por exemplo, areia,
agregados, etc. Para facilitar o carregamento, são normalmente transportadas em
veículos de caixa aberta.
A queda de cargas a granel soltas tem maiores probabilidades de ocorrer sob a
forma de pequenas quantidades de materiais que caem através de folgas na
carroçaria ou que são levantadas por turbulências do ar a partir do topo do
compartimento da carga.
O compartimento da carga deve ser mantido em boas condições para minimizar o
risco de fuga. Deve ser prestada especial atenção à existência de danos ou
deformações nos painéis laterais e traseiros, que pode levar facilmente à perda de
parte da carga através de pequenas folgas. Todos os paineis traseiros e laterais
devem ficar instalados corretamente, de modo a evitar o derramamento de areias,
cascalho ou outras cargas soltas transportadas.
Todos os pontos de fixação da carroçaria ao chassis, bem como os acessórios da
carroçaria, tais como mecanismos de fecho dos paineis traseiros, tensores dos
painéis laterais, etc., devem estar em boas condições de funcionamento.
As partes laterais da carroçaria devem ser suficientemente altas, não só para
conter completamente a carga quando é carregada, como também para reduzir o
risco de queda ou de descarga sobre o bordo de pequenas partes da carga que
possam ter-se movido durante a viagem.
O compartimento da carga deve ser coberto se existir risco de queda ou de
deslocamento para o exterior de parte da carga. O tipo de cobertura utilizada
depende da natureza da carga transportada. Materiais como areia seca, cinza e
limalha de ferro são particularmente susceptíveis ao vento e devem ser cobertos
adequadamente. A cobertura com uma rede pode, por vezes, reter adequadamente
cargas constituídas por peças grandes, tais como sucata metálica e resíduos de
construção. Se for utilizada uma rede, o tamanho da malha deve ser inferior à peça
mais pequena transportada e a rede deve ser resistência suficiente para impedir a
fuga de qualquer peça transportada.
Painéis como vidro ou madeira, etc., podem ser estivados numa plataforma plana,
utilizando cavaletes tipo A. Os cavaletes devem, por sua vez, ser fixados na
plataforma de carga.
Figura 92: Painéis estivados numa plataforma plana, utilizando cavaletes tipo A.
A seção dianteira é travada contra o painel dianteiro e o espaço entre as secções da
carga é travado com material de enchimento adequado (3)
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
7.7. Veículos
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Amarração de Cargas - Apostila
7.8.1.1. Exemplo
Se um veículo for transportado numa plataforma horizontal ou com uma inclinação
máxima de 10° (ou seja, 1/6) na direção da frente, devem ser utilizados calços.
Devem ser colocados dois calços à frente das rodas dianteiras e dois atrás de
qualquer par de rodas.
As amarrações devem ser aplicadas no par de rodas mais avançado. (Figuras A e B)
Se o peso total dos veículos exceder 3.500 daN, as amarrações devem ser
aplicadas nas rodas dianteiras e traseiras. Devem igualmente ser colocados calços à
frente e atrás de todas as rodas. Se forem transportados reboques, a lança de
reboque deve ser fixada adequadamente no dispositivo de acoplamento ou o mais
perto possível deste.
7.8.1.2. Exemplo
Se o veículo for transportado conforme descrito no primeiro parágrafo do ponto
7.11.1.1 e não for possível colocar os calços à frente das rodas dianteiras, estes
devem ser posicionados à frente das duas rodas traseiras, que também devem ser
amarradas.
7.8.1.3. Exemplo
Se o veículo for transportado numa plataforma com um ângulo superior a 10° na
direção da frente do veículo de transporte, devem ser colocados dois calços à frente
do par de rodas mais avançado e dois atrás do último par de rodas. As amarrações
devem ser aplicadas às rodas dianteiras e traseiras.
7.8.1.4. Exemplo
Se o veículo for transportado conforme descrito na seção 7.8.1.2 e não for possível
posicionar calços à frente das rodas mais avançadas, os calços podem, em
alternativa, ser posicionados à frente das rodas traseiras.
7.8.1.5. Exemplo
Se o veículo for transportado numa plataforma com um ângulo superior a 10° na
direção da traseira, devem ser utilizados calços. Os calços devem ser posicionados
à frente das rodas mais avançadas do veículo transportado. As amarrações devem
ser aplicadas nas rodas que foram calçadas.
- 82 -
Amarração de Cargas - Apostila
Se o veículo estiver envolvido por todos os lados (incluindo por cima) pela estrutura
do veículo de transporte ou por outros veículos, pode ser transportado sem ser
amarrado.
Mesmo se as amarrações forem consideradas desnecessárias, o veículo deve
sempre ser sujeito a travamento.
Para ser considerada uma plataforma de carga envolvida lateralmente e por cima, o
espaço da carga deve ser limitado pela estrutura ou equipamento idêntico
- 83 -
Amarração de Cargas - Apostila
AVISO: Os pés ou sapatas de apoio, as gruas, os painéis traseiros, etc., devem ser
estivados e travados em conformidade com as instruções do fabricante antes do
veículo circular.
O veículo no qual uma tal peça ou equipamento não possam ser travados não deve
ser utilizado até que sejam efetuadas as reparações necessárias para corrigir a
falha. As correntes soltas dos veículos pequenos sem carga devem igualmente ser
fixadas, de modo a não constituírem perigo para os outros usuários das vias.
AVISO: Os veículos não devem nunca ser conduzidos, por muito curta que seja a
distância,com equipamentos distendidos ou em posição “não travada”.
Especial atenção deve ser dada aos veículos do tipo Basculante, para impedir o
acionamento inadvertido da caixa de carga (caçamba) durante o percurso, e com
isso chocar-se contra passarelas de pedestres e outras obras rodoviárias.
Os equipamentos soltos, tais como cintas, cabos, coberturas, etc., devem
igualmente ser transportados de modo a não constituírem perigo para os outros
usuários das vias. Uma boa prática consiste em possuir um compartimento
separado onde possam ser armazenados em segurança estes elementos quando
não estão a ser utilizados. No entanto, se forem mantidos na cabine do condutor,
devem ser estivados de modo a que não possam interferir com qualquer dos
controles do condutor.
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
Figura 99: Reportagem com acidente com bobinas em CVC (bitrem) – bobina da
2ª-unidade caiu sobre a pista (fonte: Reportagem Rede Record)
- 88 -
Amarração de Cargas - Apostila
Figura 101: Pressão causada pelo vento de acordo com sua velocidade
- 90 -
Amarração de Cargas - Apostila
Figura 102: Ilustração de uma carga hipotética (em azul), um dos cabos do sistema
de fixação (em verde) e os ângulos principais “A” e “B” (em vermelho).
FZ = F ⋅ sen(A)
Fx = F ⋅ cos(A) ⋅ sen(B)
Fy = F ⋅ cos(A) ⋅ cos(B)
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Amarração de Cargas - Apostila
- 92 -
Amarração de Cargas - Apostila
Assim, além das cargas acima calculadas, caso o veículo transite em pista
inclinada, deve-se adequar o sistema de fixação a carga extra causada por
essa inclinação. Além disso a suspensão do lado interno da inclinação será
submetida a carga maior, em função da transferência do peso do lado mais
alto para o lado mais baixo, e deve ser adequada a essa situação.
PX = Peso ⋅ sen(C)
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Amarração de Cargas - Apostila
- 95 -
Amarração de Cargas - Apostila
8. ANEXOS
A maioria destes dados pode ser obtida nas placas instalados no veículo,
documentos de registro, documento de homologação ou através da medição do
veículo. No entanto, algumas destas informações apenas poderão ser obtidas junto
do fabricante .
Legenda do gráfico:
Load distribution plan – Plano de distribuição da carga
Load (metric tons) – Carga (toneladas métricas)
Position on load panel – Posição no painel de carga
Nota: o veículo do gráfico constitui uma representação esquemática; as dimensões não se referem
necessariamente às dimensões utilizadas no exemplo de cálculo apresentado a seguir. Embora o comprimento do
painel de carga no exemplo seja de 6,5 m, o diagrama foi elaborado com um comprimento de 12,5 m de modo a
mostrar as curvas.
Exemplo:
- 97 -
Amarração de Cargas - Apostila
É necessário carregar uma carga pesada com uma massa total de 10 t num veículo
com uma capacidade total de 16 t. O centro de gravidade da carga ainda não é
conhecido e deve ser calculado primeiro. São conhecidas a massa e a posição das
três partes da carga que deve ser carregada no veículo, bem como o centro de
gravidade das três partes.
A carga deve ser deslocada para a traseira do veículo, mas ocorrem então dois
outros problemas:
• A carga projeta-se para fora do veículo.
• A carga não pode ser acondicionada corretamente devido à sua distância ao
painel de proteção da cabine.
- 98 -
Amarração de Cargas - Apostila
Quanto maior for o coeficiente de atrito, maior será a contribuição das forças de
atrito para a fixação da carga. Nas Orientações, os cálculos da amarração de topo
baseiam-se no atrito estático enquanto na norma Européia se baseiam apenas no
atrito dinâmico. O atrito dinâmico é considerado 70% do atrito estático. Os
coeficientes de atrito estático e dinâmico entre os vários materiais são indicados
nas tabelas.
A melhor opção para determinar o atrito efetivo entre o veículo e a carga consiste
na sua medição. Os valores indicados na tabela seguinte podem ser considerados
como regra prática se essa medição não for possível. Estes valores apenas poderão
ser aplicáveis se a plataforma de carga estiver em boas condições, limpa e seca.
- 99 -
Amarração de Cargas - Apostila
PELÍCULA RETRATIL
Película retratil / plyfa 0,3
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Amarração de Cargas - Apostila
Coeficiente de
Combinação de materiais na superfície de contacto atrito
µD
Madeira serrada
- 101 -
Amarração de Cargas - Apostila
Coeficiente de
Combinação de materiais na superfície de atrito
contacto µD
Palets
Legenda da figura:
Inclination – Inclinação
Forward – Para a frente
Sideways, backward – Lateral, para trás
γ factor – Coeficiente γ
Coeficiente γ = largura da base dividida pela altura (L/A)
- 103 -
Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
Acelerações previstas
expressas em partes da aceleração da gravidade (1g = 9,81 m/s2)
Se as mercadorias não tiverem uma forma rígida, podem ser necessárias mais
amarrações do que as estabelecidas no presente manual.
• Todas as dimensões indicadas em toneladas são equivalentes a toneladas
métricas de 1000 kg.
• Os termos ‘lateral’, ‘para a frente’ e ‘para trás’ referem-se a uma UTC com carga
estivada longitudinalmente.
TRAVAMENTO
Entende-se por ‘travamento’ a estiva da carga contra estruturas de travamento
fixas e instalações das UTC (Unidade de Transporte de Carga). Pedaços de madeira,
calços, madeiras de estiva, sacos de estiva e outros dispositivos suportados direta
ou indiretamente por estruturas de travamento fixas são considerados igualmente
como dispositivos de travamento.
O travamento é, essencialmente, um método para impedir o deslizamento da
carga, mas se o travamento atingir ou exceder o centro de gravidade da carga
também evita a inclinação da mesma. O travamento deve ser utilizado na medida
do possível.
MÉTODOS DE AMARRAÇÃO
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Amarração de Cargas - Apostila
Amarração de topo
Amarração em laço
Se forem fixadas unidades de carga extensas com amarrações em laço, devem ser
utilizados, no mínimo, dois pares de amarras para evitar a torção da carga
Amarração direta/cruzada
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
Nota:
- A alternativa A não é totalmente eficaz para evitar a inclinação.
- A alternativa C possui duas partes e amarra o dobro dos valores indicados nas
tabelas.
PROTETORES DE EXTREMIDADES
ATRITO
Os diferentes materiais de contacto possuem diferentes coeficientes de atrito. A
tabela acima indica valores recomendados para o coeficiente de atrito. Os valores
são válidos desde que ambas as superfícies de contacto se encontrem secas, limpas
e sem geada ou gelo. Os valores são válidos para o atrito estático.
Se a carga começar a deslizar, o atrito altera-se de estático para dinâmico. O atrito
dinâmico é inferior ao atrito estático. Se for utilizado um método de fixação da
carga que permita um pequeno deslocamento da carga, o atrito a utilizar deve ser
70% do atrito estático. Este efeito está incluído nas tabelas para as amarrações em
laço, com tirantes e as amarrações diretas/cruzadas.
- 109 -
Amarração de Cargas - Apostila
PELÍCULA RETRATIL
OLHAIS DE AMARRAÇÃO
INCLINAÇÃO
- 110 -
Amarração de Cargas - Apostila
Definições de A (H), L (B) e C (L) a utilizar nas tabelas relativas à inclinação das
unidades de carga com o centro de gravidade afastado do seu centro geométrico.
- 111 -
Amarração de Cargas - Apostila
As tabelas são válidas para as cintas e correias com uma pré-tensão mínima de
4.000 N (400 kg). Os valores indicados nas tabelas são proporcionais à pré-tensão
das amarrações. Os pesos indicados nas tabelas são válidos para uma amarração
de topo.
- 112 -
Amarração de Cargas - Apostila
Deve ser colocada no centro da carga uma amarração de topo que evite a
inclinação para a frente e para trás.
CINTAS E CORREIAS
AMARRAÇÃO EM LAÇO
As tabelas são válidas para as cintas e correias com uma MSL de 13 kN (1,3 t) e
uma pré-tensão mínima de 4.000 N (400 kg).
Os pesos indicados nas tabelas infra são válidos para um par de amarrações em
laço.
- 113 -
Amarração de Cargas - Apostila
CINTAS E CORREIAS
AMARRAÇÃO DIRETA/CRUZADA
As tabelas são válidas para as cintas e correias com uma MSL de 13 kN (1,3 t) e
uma pré-tensão mínima de 4.000 N (400 kg). Os valores indicados nas tabelas são
proporcionais à carga máxima de segurança (MSL) das amarrações.
Todos os pesos são válidos para uma amarração direta/cruzada.
- 114 -
Amarração de Cargas - Apostila
AMARRAÇÃO DIRETA/CRUZADA
DESLIZAMENTO
- 115 -
Amarração de Cargas - Apostila
CINTAS E CORREIAS
As tabelas são válidas para as cintas e correias com uma MSL de 13 kN (1,3 t) e
uma pré-tensão mínima de 4.000 N (400 kg). Os valores indicados nas tabelas são
proporcionais à carga máxima de segurança (MSL) das amarrações.
Os pesos indicados nas tabelas são válidos para uma amarração com tirantes.
- 116 -
Amarração de Cargas - Apostila
- 117 -
Amarração de Cargas - Apostila
Método 1 (simples)
- 118 -
Amarração de Cargas - Apostila
Método 2 (avançado)
Para saber exatamente a quantidade de carga que uma amarração pode suportar e
fixar é necessário, muitas vezes, efetuar uma série de cálculos complexos. Para
simplificar esse trabalho, estes cálculos foram efetuados e apresentados em tabelas
nos Guias Breves sobre Amarrações
O processo normal consiste em começar pelas amarrações de topo. Para calcular o
número de amarrações necessário para impedir o deslizamento e/ou a inclinação,
são necessários os seguintes passos:
- 119 -
Amarração de Cargas - Apostila
Passo 1:
De acordo com a tabela, o coeficiente de atrito (µ) para uma caixa de madeira
numa plataforma de madeira é µ=0,5.
Passo 2:
Na tabela relativa ao deslizamento, é possível observar que se o atrito for µ=0,5
não existe risco de a caixa começar a deslizar lateralmente. O valor para frente
indica que uma única amarração impede o deslizamento de 0,8 t (800 kg) de carga.
Para trás não ocorreria deslizamento. A caixa pesa 2,1 t, o que dá o seguinte
número de amarrações necessárias:
- 120 -
Amarração de Cargas - Apostila
Passo 3:
Para altura (H)=2,4 m, largura (B)=2 m e comprimento (L)=1,8 m obtêm-se:
A/L = 2,4/2 = 1,2
A/C = 2,4/1,8 = 1,33 ---- 1,4
Número de filas: 1
Passo 4:
Na tabela relativa à inclinação, é possível observar que para A/L = 1,2 não existe
risco de inclinação lateral para uma fila de carga, para A/C = 1,4 não existe
igualmente risco de inclinação para trás, enquanto, por outro lado, existe risco de
inclinação para frente e que cada amarração suporta 2 t de carga.
A caixa pesa 2,1 t, o que dá:
- 121 -
Amarração de Cargas - Apostila
Passo 5:
O número de amarrações necessário para impedir o deslizamento para frente é o
maior dos números de amarrações calculados nos passos 1 a 4.
Deste modo, são necessárias três amarrações de topo para prender a caixa
no exemplo acima.
Se, por outro lado, a caixa estiver travada na frente com, por exemplo, um palets,
já não existe risco de deslizamento para frente e seria necessário utilizar apenas
duas amarrações para impedir a inclinação para frente ou o deslizamento para trás.
- 122 -
Amarração de Cargas - Apostila
Passo 1:
De acordo com a tabela, o coeficiente de atrito (µ) para uma caixa de madeira
numa plataforma de alumínio estriado é µ=0,4.
Passo 2:
Na tabela relativa ao deslizamento, é possível observar que se o atrito for µ=0,4,
uma única amarração impede o deslizamento lateral e para trás de 3,2 t de carga.
Do mesmo modo, impede o deslizamento para frente de 0,5 t, mas, neste caso, as
caixas de madeira estão travadas na frente e não são necessárias amarrações para
impedir o deslizamento para frente.
Cada caixa de madeira pesa 3,05 t, o que dá o seguinte número de amarrações
necessárias:
Deslizamento lateral
3,05/3,2 = 0,95 ---- 1 amarração
- 123 -
Amarração de Cargas - Apostila
Passo 3:
Para a altura (H)=2,0 m, largura (B)=2,0 m e
Comprimento (L)= 1,6 m, obtém-se:
A/L = 2,0/2,0 = 1,0
A/C = 2,0/1,6 = 1,25 ---- 1,4
Número de filas: 1
Passo 4:
Na tabela relativa à inclinação, é possível observar que para A/L = 1,0, não existe
risco de inclinação lateral para uma fila de carga. Para A/C = 1,4, não existe
igualmente risco de inclinação para trás, enquanto, por outro lado, existe risco de
inclinação para frente e cada amarração suporta 2 t de carga, em conformidade
com a tabela. Mas uma vez mais as caixas de madeira estão travadas na frente e
não são necessárias amarrações para impedir a inclinação para frente.
- 124 -
Amarração de Cargas - Apostila
Passo 5:
O número de amarrações necessário para evitar o deslizamento lateral (e para trás)
é o maior dos números de amarrações calculados nos passos 1 a 4.
Deste modo, é necessária uma amarração de topo por cada seção de carga
para amarrar as caixas de madeira no exemplo acima, ou seja, 8
amarrações no total.
- 125 -
Amarração de Cargas - Apostila
Passo 3:
Para a altura (H)=2,4 m, largura (B)=2,4 m e
Comprimento (L)= 1,2 m, obtém-se:
A/L = 2,4/2,4 = 1,0
A/C = 2,4/1,2 = 2,0
Número de filas: 3
- 126 -
Amarração de Cargas - Apostila
Passo 4:
Na tabela relativa à inclinação, é possível observar que para A/L = 1,0, existe risco
de inclinação lateral para três filas de carga e que cada amarração suporta 2,3
toneladas de carga.
Para A/C = 2,0, existe risco de inclinação para frente e para trás e cada amarração
suporta 0,8 toneladas de carga, em conformidade com a tabela.
Uma vez que as grades estão travadas acima do centro de gravidade, não existe
risco de inclinação para frente.
Passo 5:
O número de amarrações necessário para impedir a inclinação lateral é o maior dos
números de amarrações calculados nos passos 1 a 4.
Deste modo, é necessária uma amarração de topo por seção de carga para
amarrar as grades de aço no exemplo acima, ou seja, 11 amarrações no
total.
- 127 -
Amarração de Cargas - Apostila
Foi carregado um recuperador de calor numa caixa de madeira reforçada com pés e
cantos metálicos num caminhão com plataforma de madeira. A caixa tem 2,0 m de
altura, 0,9 m de largura, 2,1 m de comprimento e pesa 2 toneladas. O centro de
gravidade da caixa está distanciado do centro 1,35 x 0,45 x 1,05 m (a x l x c).
A caixa está travada na parte inferior na direção da frente através de uma travessa
de madeira pregada, conforme indicado na figura.
Passo 1:
A combinação de materiais, aço sobre plataforma de madeira, não existe
diretamente na tabela de atrito. No entanto, para este exemplo, pode ser utilizado
o coeficiente de atrito (µ) para aço sobre uma plataforma de madeira µ=0,4.
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Amarração de Cargas - Apostila
Passo 2:
Na tabela relativa ao deslizamento, é possível observar que se o atrito for µ=0,4,
uma única amarração impede o deslizamento lateral e para trás de 3,2 t de carga.
Do mesmo modo, impede o deslizamento para frente de 0,5 t, mas a caixa está
travada na direção da frente e, por isso, não são necessárias amarrações para
impedir o deslizamento na direção da frente.
O recuperador de calor pesa 2 t, o que dá o seguinte número de amarrações
necessárias:
Deslizamento lateral
2,0/3,2 = 0,63 ---- 1 amarração
Passo 3:
O centro de gravidade está deslocado do centro e, por isso, são utilizadas as
distâncias a×l×c para calcular A/L e A/C.
Para altura (H)=1,35 m, largura (B)=0,45 m e comprimento
(L)=1,05 m, obtém-se:
A/L = a/l =1,35/0,45 = 3,0
A/C = a/c = 1,35/1,05 = 1,28 ----- 1,4.
Número de filas: 1
Passo 4:
Na tabela relativa à inclinação, é possível observar que para A/L = 3,0, existe risco
de inclinação lateral para uma fila de carga e que cada amarração suporta 1,6
toneladas de carga.
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Amarração de Cargas - Apostila
Para A/C = 1,4, não existe risco de inclinação para trás, enquanto, por outro lado,
existe risco de inclinação para frente e cada amarração suporta 2 t de carga, em
conformidade com a tabela.
Inclinação lateral
2,0/1,6 = 1,25 ---- 2 amarrações
Passo 5:
O número de amarrações necessário para impedir a inclinação lateral é o maior dos
números de amarrações calculados nos passos 1 a 4.
Deste modo, são necessárias duas amarrações de topo para fixar o
recuperador de calor na caixa de madeira no exemplo acima.
Número de pregos
Uma condição para os equipamentos de amarração acima é que a travessa de
madeira esteja presa com pregos suficientes. É possível calcular um número
aproximado de pregos.
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Amarração de Cargas - Apostila
Exemplo 1:
Uma das alternativas do exemplo 1 consiste em travar a caixa contra o painel de
proteção da cabine. As duas amarrações de topo reduzem o peso que atua sobre o
painel de proteção da cabine em
A força de atrito do peso “restante” também pode reduzir a carga sobre o painel de
proteção da cabine. Com µ=0,5, o peso sobre o painel de proteção da cabine será:
Exemplo 2:
Deslizamento
A fila de caixas do exemplo 2 está travada contra o painel de proteção da cabine.
Em conformidade com a tabela, uma amarração de topo impede o deslizamento
para frente de 0,5 t de carga se µ=0,4. Assim, as 8 amarrações de topo impedirão
que 8 × 0,5 = 4,0 t de carga deslizem para frente.
Uma vez que o peso de cada caixa é 3,05 t, o peso restante a fixar será
24,4 – 4,0 = 0,5 t
A força de atrito do peso “restante” também pode reduzir a carga sobre o painel de
proteção da cabine. Com µ=0,4, o peso sobre o painel de proteção da cabine será
20,4 – 20,4 × 0,4 = 12,2 t
Assume-se que um painel de proteção para cabines fabricado em conformidade
suportará uma carga de 12,2 t na sua parte inferior.
Inclinação
A estiva de várias embalagens encostadas umas às outras aumenta
consideravelmente a estabilidade no que respeita à inclinação ("efeito de estiva"),
de acordo com o número 5.0.7
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Amarração de Cargas - Apostila
Exemplo 3:
Deslizamento
As grades de aço do exemplo 3 estão travadas contra o painel de proteção da
cabine na direção da frente e contra a aresta de travamento do veículo na direção
lateral. Em conformidade com a tabela, uma amarração de topo impede o
deslizamento para frente de 0,5 t de carga se µ=0,4. Assim, as 11 amarrações de
topo impedirão que
11 × 0,5 = 6,5 t de carga deslizem para frente.
Uma vez que o peso total da carga é 22 t, o peso restante da carga a fixar será
22,0 – 6,5 = 15,5 t
A força de atrito do peso “restante” também pode reduzir a carga sobre o painel de
proteção da cabine. Com µ=0,4, o peso sobre o painel de proteção da cabine será
15,5 – 15,5 × 0,4 = 9,3 t
Assume-se que um painel de proteção para cabines construído em conformidade
suportará uma carga de 9,3 t na sua parte inferior.
Inclinação
A estiva de várias embalagens encostadas umas às outras aumenta
consideravelmente a estabilidade no que respeita à inclinação ("efeito de estiva").
Assume-se que um painel de proteção para cabines fabricado em conformidade
impedirá, se necessário, que a carga se incline para a frente.
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Amarração de Cargas - Apostila
Legenda da figura:
Vertical 1 g / 100% of the weight of the load – 1 g vertical / 100% do peso da carga
Cornering 0,5 g / 50 % of the weight of the load – 0,5 g lateral / 50% do peso da carga
Longitudinal 0,8 g / 80 % of the weight of the load – 0,8 g longitudinal / 80% do peso da
carga
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Amarração de Cargas - Apostila
Existem diferenças entre amarração por atrito (de topo) e amarração diagonal. A
amarração por atrito consiste no tensionamento das amarrações para aumentar a
força de pré-tensão e, consequentemente, o coeficiente de atrito entre a carga e a
superfície de apoio, para impedir o deslizamento da carga.
O valor da força de pré-tensão ou do atrito entre a carga e a superfície de apoio é
diretamente proporcional ao número de fixações necessárias ou inversamente
proporcionais ao volume de carga que pode ser fixada, respectivamente. Deve ser
tido em consideração o ângulo formado pela fixação e a carga, que afeta a
componente vertical da força de pré-tensão (ver gráfico infra).
A Força de Tensão Padrão (FTP) de uma Catraca normalizada (50 mm, CA 2500
daN) representa 250 daN; para atingir este valor, é necessária uma força manual
de 50 daN. A FTP realizável deve ser marcada no rótulo do dispositivo de
tensionamento. Se forem utilizadas Catracas de alavanca, com o princípio de tração
em vez de compressão, pode ser conseguida uma força de tensão de 100 daN. Se
forem utilizados indicadores de tensão, a pré-tensão efetiva pode ser utilizada para
o cálculo.
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Amarração de Cargas - Apostila
ângulo vertical α
O melhor ângulo prático para o acondicionamento é entre 20° e 65°.
ângulo horizontal β
O melhor ângulo prático para o acondicionamento da carga está compreendido
entre 6° e 55°.
As forças da pré-tensão nas amarrações são contrabalançadas, não sendo, por isso,
capazes de contrariar as acelerações horizontais. Os pequenos movimentos da
carga na superfície de carga (resultantes das acelerações horizontais) aumentam a
tensão nas amarrações da carga, enquanto a tensão nas amarrações do lado
oposto é reduzida. A pré-tensão das amarrações não deve exceder 10% do limite
de carga útil (WLL – Working Load Limit), uma vez que valores mais elevados
reduzirão a margem de segurança da amarração.
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
Exemplo 2:
Para uma carga de 3 toneladas, são necessários dois pares de amarração com uma
CA de 1.000 daN cada.
Para uma carga de 35 toneladas, são necessários dois pares de amarração com
uma CA de 6.300 daN cada
(por exemplo, uma corrente de 8 mm).
Nas células da tabela marcadas com “---- “: não existe equipamento de amarração
com uma CA tão elevada; neste caso, devem ser utilizadas mais amarrações ou
sistemas de fixação adicionais como, por exemplo, travamento.
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Amarração de Cargas - Apostila
Coeficiente de
Combinação de materiais na superfície de contacto atrito
µD
Madeira serrada
Caixas de papelão
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Amarração de Cargas - Apostila
Palets
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
A maioria dos tipos de embalagens pode, em geral, ser fixada por travamento e, se
necessário, com amarrações. Fixar uma carga apenas por travamento contra os
painéis de uma superestrutura rígida ou não rígida pode ser experimentada se as
condições seguintes forem preenchidas:
• A carga imobilizada contra os painéis da superestrutura rígida não deve exceder
um determinado peso (ver tabela acima);
• A superestrutura rígida dos porta-carga deve cumprir os requisitos de resistência
da relativos à carroçaria dos veículos comerciais;
• Os painéis da superestrutura rígida devem estar em boas condições de
funcionamento;
• Todas as camadas de carga, com exceção da camada superior, devem apresentar
um aspecto nivelado.
O peso da carga deve, na medida do possível, ser uniformemente distribuído ao
longo dos painéis.
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Amarração de Cargas - Apostila
Introdução
O veículo deve estar dotado dos equipamentos abaixo mencionados. Os
equipamentos podem ser escolhidos livremente, desde que sejam seguros e a
carga possa ser carregada, transportada e descarregada em segurança. Por
exemplo, um carregamento seguro exige que a cortina lateral possa ser retirada e
que os painéis possam ser baixados.
O estado do veículo deve permitir a execução segura dos trabalhos. Por exemplo,
os painéis da plataforma de carga do veículo não devem estar danificados.
No mínimo, devem estar disponíveis os equipamentos normais; para o transporte
de produtos siderúrgicos especiais, o veículo deve ser dotado de equipamentos
adicionais.
Seguem-se as especificações dos dois tipos de equipamentos, que serão tidos em
consideração no presente capítulo.
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Amarração de Cargas - Apostila
Equipamentos especiais:
• calha(s) ou berço(s) para bobinas
• viga (transversal) ou viga H
• calço de apoio
• toldo
1. Equipamentos normais
Painel de proteção da cabine
O veículo deve estar dotado de um painel de proteção entre a cabine e a plataforma
de carga.
Plataforma de carga
A superfície da plataforma de carga deve ser plana e fechada (sem painéis partidos
ou em falta). A carga não deve ficar úmida por baixo. A plataforma de carga deve
estar seca e limpa quando for iniciado o carregamento.
Pontos de fixação
Os pontos de fixação devem constituir uma parte integrante da construção do
veículo.
Dispositivos de fixação
Podem ser utilizados dois tipos de dispositivos de fixação: correntes ou cintas (ou
correias) em fibra sintética.
O tensionador deve facilitar o aperto da amarração e ser protegido contra
desprendimentos inesperados.
O acondicionamento, o tensionamento e/ou a fixação devem ser sempre feitos
antes do início do transporte, mesmo que o percurso seja curto.
Apenas devem ser utilizados dispositivos de fixação seguros, que possam ser
verificados através de uma inspeção visual. Não devem ser utilizados dispositivos
danificados.
Recomenda-se a utilização de cintas de fibra sintética.
2. Equipamentos especiais
Berços
É recomendada a utilização de berços para o transporte de bobinas de aço em
geral, conforme especificações da Resolução 699 do CONTRAN
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Amarração de Cargas - Apostila
Características de um berço
Viga (transversal) ou viga H
A utilização de uma viga (transversal) é fortemente recomendada, uma vez que se
trata de um dispositivo eficaz para fixar bobinas. A viga transversal é utilizada para
bobinas de diâmetro horizontal em calha ou berço e para bobinas de diâmetro
vertical em palets.
Toldo
Se os produtos necessitarem permanecer secos durante o transporte, devem ser
cobertos de modo a manterem-se secos sob todas as condições climáticas.
Se for utilizado um toldo, deve ser possível removê-lo sem dificultar as operações
de carga/descarga.
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Amarração de Cargas - Apostila
B. Rolos laminados
Modo de transporte
Os rolos laminados devem ser transportados na posição vertical em duas vigas de
madeira presas (ou seja, atadas com cintas de aço) aos rolos.
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Amarração de Cargas - Apostila
1. Tambores soltos num reboque com abertura lateral (reboques com cobertura
rígida/não rígida ou reboques de lona).
2. Palets de tambores combinados com amarração de topo num reboque com
cortinas laterais ou num reboque com abertura lateral (reboques com cobertura
rígida/não rígida ou reboques de lona).
3. Palets de tambores combinados com estruturas de fixação num reboque com
abertura lateral (reboques com cobertura rígida/não rígida ou reboques de lona).
4. Palets de GRG (grandes recipientes para granel) combinados com amarração de
topo num reboque com cortinas laterais ou num reboque com abertura lateral
(reboques com cobertura rígida/não rígida ou reboques de lona).
5. Palets de sacos combinadas com estruturas de fixação num reboque com
abertura lateral (reboques com cobertura rígida/não rígida ou reboques de lona).
6. Palets de sacos combinadas com estruturas de fixação num reboque com
abertura lateral (reboques com cobertura rígida/não rígida ou reboques de lona).
7. Sacos de grandes dimensões (Big-bags) combinados com amarração de topo
num reboque com cortinas laterais ou num reboque com abertura lateral (reboques
com cobertura
rígida/não rígida ou reboques de lona).
8. Sacos de grandes dimensões combinados com estruturas de fixação num
reboque com abertura lateral (reboques com cobertura rígida/não rígida ou
reboques de lona).
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Amarração de Cargas - Apostila
8.9.2.1- Tambores soltos num reboque com abertura lateral (reboques com
cobertura rígida/não rígida ou reboques de lona)
Os tambores devem ser encostados ao painel de proteção da cabine e aos painéis
laterais do reboque em filas alternadas para criar um travamento.
Os tambores assinalados com a cor laranja sobressaem. São aplicados dois pontos
de fixação atrás, um à traseira e outro no meio, para aliviar a força exercida sobre
o painel de proteção da cabine. As últimas filas são imobilizadas através de cintas
ou correias horizontais simples.
8.9.2.2- Palets de tambores combinadas com amarração de topo num reboque com
cortinas laterais ou num reboque com abertura lateral (reboques com cobertura
rígida/não rígida ou reboques de lona)
Os tambores devem ser encostados ao painel de proteção da cabine, em filas de
dois palets.
Em cada fila, deve ser utilizada uma amarração de topo.
As cintas de amarração são suportadas por arestas rígidas para evitar que
escorreguem entre os tambores.
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Amarração de Cargas - Apostila
8.9.2.4- Palets de GRG combinadas com amarração de topo num reboque com
cortinas laterais ou num reboque com abertura lateral (reboques com cobertura
rígida/não rígida ou reboques de lona)
Os GRG devem ser encostados ao painel de proteção da cabine. Deve ser utilizada
uma amarração de topo por cada fila de dois GRG.
Pode ser utilizado material adicional de atrito caso o atrito entre a carga e o piso
seja fraco e não possa ser compensado com amarração de topo.
8.9.2.5- Palets de sacos combinadas com amarração de topo num reboque com
cortinas laterais ou num reboque com abertura lateral (reboques com cobertura
rígida/não rígida ou reboques de lona)
Deve ser utilizada uma amarração de topo por cada fila de dois sacos. Devem ser
utilizados protetores em papelão para evitar danificar os sacos. Pode ser utilizado
material adicional de atrito caso o atrito entre a carga e o piso seja fraco e não
possa ser compensado com amarração de topo.
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Amarração de Cargas - Apostila
8.9.2.6- Palets de sacos combinadas com estruturas de fixação num reboque com
abertura lateral (reboques com cobertura rígida/não rígida ou reboques de lona)
O espaço livre total lado a lado deve ser inferior a 8 cm. Caso contrário, deve ser
preenchido com material de enchimento para prender a carga de forma adequada.
Na traseira, deve ser utilizado um ponto de fixação atrás com dois palets e duas
amarras.
Caso o atrito do piso da carga em conjunto com a pré-tensão da amarração de topo
não seja suficiente, deve ser considerada a utilização de materiais antiderrapantes
por baixo dos palets.
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
Tambores de aço fixados com filme de polímero auto-adesivo muito resistente, que
é preso firmemente aos painéis laterais interiores do contentor. A umidade pode
reduzir o efeito de segurança.
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Amarração de Cargas - Apostila
8.10. Planejamento
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Amarração de Cargas - Apostila
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Amarração de Cargas - Apostila
Figura 8.4 Pode ocorrer problemas se os requisitos do destinatário não forem considerados
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