Cenarios Macroeconomia e Impactos Na Construcao Civil
Cenarios Macroeconomia e Impactos Na Construcao Civil
Cenarios Macroeconomia e Impactos Na Construcao Civil
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 4
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8 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .................................................................... 44
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão
a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as
perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão
respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da
semana e a hora que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
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2 ECONOMIA, MACROECONOMIA, PIB
Fonte: https://md.uninta.edu.br
2.1 Economia
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Se hipoteticamente não houvesse escassez de recursos, ou seja, se todos
os bens fossem abundantes (bens livres), não haveria necessidade de
estudarmos questões como inflação, crescimento econômico, déficit no
balanço de pagamentos, desemprego, concentração de renda, etc. Esses
problemas provavelmente não existiriam, e obviamente nem a
necessidade de se estudar Economia. (VASCONCELLOS, 2015, p. 3)
2.2 Microeconomia
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2.3 Macroeconomia
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(S) e os impostos (T) têm impacto no resultado do PIB, ou seja, a redução da taxa
tributária não interfere em valores totais para o PIB já que o valor que for reduzido
da arrecadação de impostos será convertido na equação em consumo e poupança.
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3 UM BREVE HISTÓRICO DA ECONOMIA MUNDIAL E BRASILEIRA
Fonte: https://rpp.pe
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No pós-segunda Guerra Mundial, o mundo viveu um período de rápido
crescimento econômico, que persistiu até o início dos anos 1970. Essa
fase, chamada por alguns de “Idade de Ouro” do capitalismo, caracterizou-
se por uma forte presença do Estado na economia, na qual ele teria, entre
outras funções, garantir um elevado nível de emprego. Predominavam as
chamadas políticas keynesianas.
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comportamento até hoje presentes nas sociedades modernas. Com o
crescimento da locomotiva americana, a cultura de massas, as novas práticas
empresariais, o foco na eficiência e produtividade das empresas multinacionais
americanas e o crescimento do poderio do sistema econômico mudariam
definitivamente o cenário econômico mundial com reflexos sentidos até o dia de
hoje. (SILVA, 2008)
Conforme vemos em Da Silva (2008), o aumento significativo da liquidez
internacional a partir dos anos 1960, trouxe grandes implicações ao Brasil:
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O mundo entrou, portanto, na década de 1980 com a clara sensação da
premente necessidade de efetuar um enorme reajuste no sistema
capitalista. O modelo até então adotado; baseado na presença estatal
em quase todos os setores da economia, as ineficiências das empresas,
a necessidade de aumento dos componentes tecnológicos, a
necessidade de combustíveis alternativos e meios de produção mais
econômicos forçaram o repensar da estrutura capitalista implantado
principalmente nas quatro décadas anteriores.
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como um todo às novas demandas do mundo em processo de globalização.
Somente a partir de 1992, durante o final do período do governo Collor, que o
país começou a dar efetivamente os primeiros passos rumo à abertura
econômica e trabalhou mais arduamente no sentido de conter a inflação.
(SILVA, 2008)
Fonte: http://www.apatej.org.br
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com os constantes aumentos e repasses de preços que traziam consigo
um enorme componente inercial no índice geral de inflação. Para tanto foi
criada uma unidade de referência de valor (Unidade Real de Valor – URV),
que seria então corrigida diariamente e teria paridade fixa com o dólar, de
forma que o seu valor fosse exatamente a taxa de câmbio vigente
diariamente. Gradativamente, todos os preços da economia brasileira
foram sendo transferidos para essa unidade de valor, a URV (que, em 1.º
de julho de 1994, valia R$2.750,00), para posteriormente serem
convertidos em reais (R$) a essa paridade. (DA SILVA, 2008)
Para Pinheiro (2008, p.99), “uma crise financeira é uma forte e rápida perda
de riqueza e substância social, política e institucional em uma economia,
manifestada pelo colapso dos preços dos ativos, recessão e desemprego, gerando
ameaça à estabilidade da moeda e do sistema bancário”.
A crise de 2008, que teve origem nos Estados Unidos, continua sendo
estudada por diversos estudiosos de distintos seguimentos, visando identificar os
impactos dela nos anos subsequentes. Segundo Kothari (2012, p. 335) várias
causas da crise financeira foram citadas, incluindo uma regulamentação negligente
sobre os empréstimos hipotecários, uma crescente bolha imobiliária, o aumento de
instrumentos derivativos, como obrigações de dívida garantida e práticas bancárias
questionáveis. Para Bresser Pereira (2010, p. 3) “a crise financeira mundial de 2008
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foi consequência do processo de financeirização”, ou a criação fictícia de uma
riqueza financeira maciça que começou na década de 1980, e da hegemonia do
neoliberalismo, baseado em mercados autorregulados e eficientes”. Rajan e Luigi
(1998), comentam que os investidores tendem a ignorar a falta de uma adequada
estrutura de governança durante um boom da economia, entretanto, uma vez que
a crise financeira se instala e as expectativas de retorno falham substancialmente,
começam a questionar o sistema de governança. Couto (2012, p.54), por sua vez,
diz que “entender a crise de 2008 requer uma retrospectiva aos fatos históricos e o
entendimento de que ela foi um passo atrás na economia mundial, principalmente
para a americana”.
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4 A CONSTRUÇÃO CIVIL E A ECONOMIA DO BRASIL
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A Construção Civil tem papel fundamental na economia brasileira. Sendo
um dos setores o qual mais emprega – aproximadamente 7,6% da população
ocupada (IBGE, 2018). Ela é responsável por movimentar o país gerando vários
postos de trabalho, direto e indiretamente, além de ser um polo gerador de
investimento.
Segundo Plefh (2018), a construção civil tem uma participação significativa
na economia brasileira:
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ou seja, gera capital para o governo já que seu faturamento é alto e a taxa tributária
também. O que leva a sua importância no desenvolvimento do país como um todo.
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No decorrer da década de 60, o mercado de edificações residenciais e
comerciais era completamente desregulamentado e não existiam garantias nas
transações comerciais. O estabelecimento do "Memorial de Incorporação", em
1964, e a criação do extinto Banco Nacional de Habitação (BNH), em 66, foram um
marco para o setor. O primeiro instrumento ofertou mais garantias às operações,
pois as construções tinham que seguir estritamente o exposto nos documentos.
Estes contêm todas as informações e características referentes ao empreendimento
que será executado. Quanto ao BNH, este foi a primeira instituição a oferecer crédito
para a produção imobiliária no Brasil. Além disso, a instituição também ofertava
crédito para os adquirentes de unidades habitacionais. Surgiu então, a primeira
instituição com o objetivo de fomentar a construção e comercialização de unidades
residenciais no país. Apesar de não se configurar com uma política pública de
habitação, pela exclusão da população de baixa renda, foi a primeira ação do
governo federal, a fim de estimular o mercado de edificações residenciais. Até
então, o foco do governo era o suporte à edificação de serviços públicos e privados.
(CUNHA, 2012)
Ainda na década de 60, foram instituídos dois mecanismos financeiros
essenciais para sustentar as operações do BNH. São eles: o Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS) e do Sistema Brasileiro de Poupança e Crédito (SBPE)
que juntos formavam o arcabouço do Sistema Financeiro de Habitação. (CUNHA,
2012)
Cunha (2012), nos oferece informações interessantes sobre os recursos do
FGTS:
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A medida que o mercado foi sendo regulamentado, apoiado pelo BNH, e a
retomada do crescimento econômico no fim da década de 60, o setor de construção
civil retoma o crescimento que havia sido estagnado no início da década. O banco
utilizou os recursos do SFH para financiar a execução de projetos imobiliários
residenciais, aquisição de imóveis residenciais pelas classes média e alta da
sociedade, além de obras de infraestrutura e saneamento.
Nesse contexto, a maior importância do BNH não foi a produção em larga
escala de unidades residenciais, diminuindo o déficit habitacional no país. Pois,
sendo a população de baixa renda era excluída do processo, a “autoconstrução”
permaneceu sendo a maneira utilizada para a construção da casa própria. Todavia,
o BNH sedimentou duas ideias importantes para o futuro do setor. A primeira foi a
consolidação da incorporação imobiliária como requisito para a produção de
empreendimentos residenciais e a segunda a ideia da aquisição da casa própria,
via financiamento. (CUNHA, 2012)
Segundo Ferreira (2016), na década de 80, havia uma recessão mundial e
o Brasil enfrentava o descontrole inflacionário e uma crise econômica, que culminou
numa baixa atividade na construção civil.
Fochezatto e Ghinis (2011) destacam que com a criação do Plano Real em
1994, houve um equilíbrio na economia e uma estabilização da inflação,
favorecendo as condições de financiamento de longo prazo da habitação,
aumentando assim o poder de aquisição dos brasileiros. O reflexo na economia foi
imediato, incentivando fortemente o mercado da construção.
Cunha (2012) nos dá informações sobre diversos fatos ocorridos na década
de 90:
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propriedade ao comprador somente depois deste pagar toda a dívida. Esta
instrução serve hoje também como garantia aos investidores. Foi uma
medida que garante os investimentos feitos, atualmente, e podem ser a
garantia do financiamento à produção no futuro. Esse assunto será tratado
nos próximos capítulos. Outra medida importante foi o estabelecimento do
Patrimônio de Afetação, que veio a ofertar uma garantia ao mutuário, em
2004. Esta lei trata-se exclusivamente da separação de um
empreendimento do líquido da empresa produtora. No regime de afetação,
o terreno e as acessões objeto de incorporação imobiliária, bem como os
demais bens e direito a ela vinculados, permanecem apartados do
patrimônio líquido do incorporador e constituirão patrimônio de afetação,
destinado à consecução da incorporação correspondente e à entrega das
unidades imobiliárias aos respectivos adquirentes. Algumas instituições
bancárias já exigem das incorporadoras outro mecanismo para obter o
mesmo efeito do patrimônio de afetação: a constituição de uma Sociedade
de Propósito Específica (SPE) para cada empreendimento. A ideia é ter
uma empresa voltada, exclusivamente, para a produção do
empreendimento. (CUNHA, 2012)
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que nesse ano, o peso dos investimentos da estatal no valor total do investimento
brasileiro foi de aproximadamente 7,5%.
Fonte: https://www.cesan.com.br/
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2O PRIMEIRO ÓLEO DA CAMADA PRÉ-SAL DO CAMPO DE BALEIA FRANCA, LOCALIZADO A
CERCA DE 85 KM DA CIDADE DE ANCHIETA (ES)
Fonte: https://diariodopresal.wordpress.com
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Spitz (2011), comenta os programas de infraestrutura e desenvolvimento
para o PIB brasileiro:
Para Das Neves (2012, p. 42) “o setor da construção civil, a partir do ano
de 2004, experimentou significativo crescimento fazendo com que muitas empresas
optassem pela abertura de capital como um dos meios para financiar a expansão
de suas capacidades produtivas”.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afirma que no
período de 2004 a 2010, o setor da construção civil nacional cresceu 42,41%,
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representando uma taxa média de 5,18% ao ano. Gabriel, Abreu e Lemes (2014)
em seu estudo fazem uma previsão de crescimento no setor da construção civil:
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2011. Isto representa a geração de aproximadamente 225 mil vagas em 12 meses.
A maior geração de vagas no setor na última década foi determinante para que a
taxa de desemprego do setor atingisse um nível extremamente baixo.
Conforme a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo IBGE, em
seis Regiões Metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife,
Porto Alegre e Salvador) a média de Janeiro a Outubro de 2011 foi de 3,09%,
enquanto a mediana das estimativas da taxa de desemprego da economia como
um todo, considerando as seis metrópoles citadas, apresentou taxa de 6,18%.
(CUNHA, 2012)
Em Cunha (2012) encontramos a ainda outras informações sobre os
números de empregos gerados a partir da construção civil:
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setor alocava 4,3 milhões de trabalhadores formais e informais, o que representa
um aumento de 58,14%.
Cunha (2012), citando dados da PNAD, afirma que é possível verificar um
movimento positivo no setor: o aumento da formalização dos trabalhadores.
Fonte: https://clickpetroleoegas.com.br
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5 A OPERAÇÃO LAVA-JATO E SEU IMPACTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
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De acordo com Amorin (2015), a construção civil foi grandemente afetada
após o início da Operação Lava Jato, devido ao envolvimento de grandes
empreiteiras no esquema de corrupção em nosso país:
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Segundo Lagôa (2016), a indústria do cimento também sofreu redução de demanda.
O setor vivenciava a expansão do consumo em função do bom momento da
construção civil, mas em 2015 houve uma queda no consumo, a justificativa está no
arrefecimento dos investimentos em infraestrutura, resultante da paralisação de
obras em consequência da Operação Lava Jato.
Amorin (2015), por sua vez, afirma que “os anos de euforia que antecederam essa
crise resultaram em um excesso de oferta pelas construtoras de imóveis. Agora há
um excesso de estoque, e as construtoras pararam com os lançamentos. Há muita
oferta e pouca demanda”.
Em Oliveira e Ribeiro (2015), encontramos que os lançamentos residenciais
mostram queda de 25,3%. Também houve queda de 26,4% registrada nas obras
em fase de fundação, em consequência, também se reduz as obras nas fases de
construção, de estrutura e acabamento, seguintes à fundação. A fraqueza no setor
imobiliário é evidenciada pelo Índice de Atividade da Construção Imobiliária (IACI)
que mostrou recuo de 5,3% na área total em construção de obras imobiliárias em
2014.
Segundo Cavallini (2016), entre janeiro e dezembro de 2015, foram financiadas
compras e construções de 341,5 mil imóveis, comparando com o ano de 2014,
houve um recuo de 36,6%. Já o volume de empréstimos para aquisição e
construção de imóveis caiu 33% em 2015, comparando no mesmo período de 2014.
O cancelamento das vendas aumentou 12,4% em 2015.
E de acordo com os dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)
(2016), o número de estabelecimentos na Construção cresceu vertiginosamente até
o ano de 2014, mas em 2015 o mesmo decresceu.
Outro fato agravante para a economia como um todo e concomitantemente para o
setor da construção civil é o impacto da participação do setor na composição do
PIB. Pois segundo o BNDES (2013), o PIB brasileiro teve um crescimento
significativo entre 2004 e 2013. Mas, mesmo com o PIB brasileiro variando
negativamente e a economia enfrentando uma recessão, a participação da
construção civil no PIB aumentou. Segundo Castro (2011), a construção civil tem
grande participação na economia brasileira, pois além de empregar mão de obra
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menos qualificada e sem instrução escolar, ela absorve mão de obra qualificada
com profissionais formados em engenharia civil e arquitetura, responsáveis pelo
projeto de grandes obras pelo país. E obviamente o declínio da participação no PIB
a situação tanto do setor com da economia será afetada drasticamente e
consequentemente provocando uma desestabilização da contratação de mão-de-
obra como citado anteriormente. (FERREIRA, 2016).
Fato é que, segundo nos aponta Ferreira (2016):
Fonte: http://www.tribunadonorte.com.br
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6 CENÁRIOS E A CONSTRUÇÃO CIVIL
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lidar com riscos e incertezas, identificar quais informações são imprescindíveis ou
relevantes.
Diante disso, estratégias competitivas poderão ser formuladas através da
análise de cenários no ramo da construção civil.
O setor da construção civil possue seus pressupostos alicerçados em lógica
matemática linear, porém, quando se pretende ganhar em competitividade, outros
fatores estão relacionados ao processo decisorial para uma gestão de resultados,
como por exemplo mercadológicos e financeiros. (RODRIGUES et al., 2013)
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Rodrigues et al. (2013), citando Grumbach (2000), as características
principais dos estudos prospectivos, podem ser sintetizadas como segue:
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Gradvohl et al. (2011), faz uma consideração importante sobre as políticas
adotadas pelo Estado para a construção civil e a competição desigual entre as
grandes empresas dominantes e as de pequeno e médio porte:
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dos resultados. Abaixo uma abordagem detalhada acerca dos cinco níveis do
modelo através de uma visualização segmentada da implementação de cada uma
das etapas do modelo.
Fonte: http://revistas.utfpr.edu.br
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corresponde ao nível 3. Cada um dos cenários corresponde a uma antecipação de
possíveis alterações contextuais, ou até mesmo movimentos dos concorrentes.
Após simular os cenários, a organização avançará para a próxima fase. O
nível 4 trata da formulação de estratégias que, em função dos cenários, busca
reduzir o elemento risco quando o cenário for definido pelos acontecimentos.
(RODRIGUES et al., 2013)
Hoss, Rojo e Grapeggia (2010) acrescentam que a formulação de estratégias
depende de certos fatores. Um deles é em relação aos objetivos que podem ser
divididos em metas, para facilitar que se alcance um conjunto de resultados que
perfazem esses objetivos, e, além de que, em cada cenário simulado são apontados
problemas que requerem solução, e as estratégias são a formulação de soluções
para os problemas.
O nível 5 é o momento em que os dirigentes da organização, após definidas as
estratégias para os cenários simulados, deverão ajustar a formulação de cada
estratégia com a sua capacidade e forma de execução visando um alinhamento com
as metas a serem alcançadas para aproximá-la de seus objetivos.
Hoss, Rojo e Grapeggia (2010) acrescentam que no momento em que o cenário se
define, a organização não será tão comumente pega de súbito, tendo que configurar
seus movimentos de forma apressada para se ajustar às mudanças. Significa não
esperar as mudanças para definir o rumo e sim definir possibilidades de rumos para
esperar as mudanças.
Rojo (2006) enfatiza que, qualquer situação futura, dentre as quais os
dirigentes imaginaram que venha a se realizar, será assimilada com mais
tranquilidade, pois os dirigentes já pensaram sobre ela, antes mesmo de acontecer,
ou seja, criaram cenários. O que significa que a estratégia pensada como a mais
apropriada se encontrava traçada, e a organização poderá utilizá-la conforme o
plano de ação, com os ajustes que se fizerem necessários. (RODRIGUES et al.,
2013)
O mesmo autor esclarece ainda que, na medida em que vai sendo
executada a estratégia, os dirigentes deverão acompanhar e avaliar os resultados
para, sistematicamente, realimentar a inteligência competitiva, de acordo com as
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ferramentas escolhidas no nível 2, atualizar os cenários no nível 3, readequar as
estratégias no nível 4, para preparar a execução do plano de ação no nível 5.
(ROJO, 2006)
Segundo Rodrigues et al. (2013),
Periodicamente, podendo ser a cada dois meses, uma vez opor ano ou
quando houver percepção de possíveis alterações do ambiente, o autor
sugere que os dirigentes façam uma avaliação global do sistema,
retornando ao início e buscando atualizações que se fizerem necessárias
nas variáveis críticas que moldaram seu sistema de simulação de cenários,
aplicando novamente a Delphi.
Fonte: https://www.google.com
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7 O CENÁRIO POLÍTICO E A CONSTRUÇÃO CIVIL
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Se o cenário de estabilidade política com início de recuperação econômica
realmente se desenhar nos próximos anos, o controle da inflação será uma
consequência positiva, que deve auxiliar na manutenção do poder de compra da
população. Segundo informações da Sondagem da Indústria da Construção, os
indicadores de expectativa para os próximos meses mostram um menor pessimismo
desde agosto de 2015. (SEBRAE, 2016)
De acordo com o SEBRAE (2016), a perspectiva base desse cenário é que
o governo tenha controle e eficiência nos gastos públicos, com foco em novos
investimentos, além da possível adoção de um mecanismo de suspensão de novas
despesas.
A adoção de medidas que melhorem o ambiente de negócios, reduzindo a
insegurança jurídica das empresas atuantes na construção, é o outro ponto crucial.
Além do mais, é favorável para o setor a parceria público-privada, que pode ser
estimulada pelo governo por meio de mecanismos que favoreçam a execução de
projetos por estados e municípios. (SEBRAE, 2016)
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empreendimentos e serviços são demandados, o que resulta na geração
de empregos.
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8 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
AMORIN, Lucas. Construção vive crise sem precedentes no Brasil. São Paulo.
2015.
CAVALLINI, M. Abecip. Crédito para casa própria tem queda de 33% em 2015,
mostra Abecip. 2016.
44
COUTO, V. D.; FABIANO, D.; RIBEIRO, K. C. de Sousa. Gestão Financeira de curto
prazo: uma análise do comportamento das empresas do Ibovespa em resposta à
crise econômica. Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis
da UERJ, v. 16, n. 3, p. 46-64, 2012.
45
HOSS, O.; ROJO, C. A.; GRAPEGGIA, M. Gestão de ativos intangíveis: da
mensuração à competitividade por cenários. São Paulo: Atlas, 2010.
KOTHARI, S. P.; LESTER, R. The role of accounting in the financial crisis: Lessons
for the future. Accounting Horizons, v. 26, n. 2, p. 335-351, 2012.
46
PINHO, D. B.; VASCONCELLOS, M. A. S. de; TONETO JUNIOR, R. Manual de
Economia. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
RAJAN, R. G., & LUIGI, Z. 1998. Which Capitalism? Lessonsfrom the East Asian
Crisis. Journal of Applied Corporate Finance, 11, 40–48.
SCHERRER, Alberto; SILVA, José Luis Gomes da; BRITO, Luiz Antonio Perrone
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de resíduos solidos: estudo de caso no município de Caraguatatuba. Revista
Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, [S.l.], v. 10, n. 2, jun. 2014.
ISSN 1809-239X. Disponível em: <https://www.rbgdr.net>. Acesso em: 05 jun. 2020.
SCHWARTZ, P. The Art of the Long View . Chichester: John Wiley, 1991.
47