Treino Bodyboard

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AUTOR:

Federação Portuguesa de Surf


EDIÇÃO: Instituto Português do Desporto e Juventude, I. P. - 2021
COORDENAÇÃO: Departamento de Formação e Qualificação
PAGINAÇÃO: BrunoBate-DesignStudio

LINGUAGEM INCLUSIVA: Por economia de espaço e simplificação da leitura, este documento


não faz recurso a uma referência explícita a ambos os sexos através
da marcação sistemática e simétrica do género gramatical, pelo que
o uso da forma masculina refere-se invariavelmente também à
forma feminina.

NOTAS ÚTEIS: Se já efetuou o carregamento deste documento há algum tempo,


verifique se existe uma versão mais atualizada, confirmando o
número na capa (canto superior esquerdo).

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3

Índice
A. Preâmbulo 5
B. Unidades de Formação 7
1. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO 8
2. ARBITRAGEM 10
3. DIDÁTICA ESPECÍFICA 11
4. METODOLOGIA DO TREINO ESPECÍFICA 16

C. Organização da Formação 21
1. REQUISITOS ESPECÍFICOS DE ACESSO 22
2. CONDIÇÕES LOGISTICAS PARA REALIZAÇÃO DO CURSO 23
3. ESTÁGIOS 23

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Os referenciais de formação específica vão caraterizar a segunda componente de formação dos cursos de treinadores,
contemplando as unidades de formação e os temas associados às competências do treinador diretamente relacionadas
com os aspetos particulares da modalidade desportiva em causa, respeitando, naturalmente, o perfil de treinador
estabelecido legalmente para essa qualificação e as necessidades da preparação dos praticantes nas etapas em que ele
pode intervir.
Seguindo uma estrutura e uma apresentação idêntica às utilizadas nos referenciais de formação geral, este documento
estará na base da homologação dos cursos de treinadores correspondentes, realizados por qualquer entidade formadora
devidamente certificada e em condições de organizar este tipo de formação.
A autoria deste documento pertence à Federação com Estatuto de Utilidade Pública Desportiva que regula a modalidade,
correspondendo, por isso, à opção por si assumida relativamente às necessidades de formação dos respetivos treinadores.
O Programa Nacional de Formação de Treinadores estabelece, para cada grau, uma carga horária mínima, podendo, cada
federação de modalidade chegar a valores superiores, em função das suas próprias características e necessidades.

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Unidades de Formação e Cargas Horárias Grau II
UNIDADES DE FORMAÇÃO HORAS

1. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO 2
2. ARBITRAGEM 2
3. DIDÁTICA ESPECÍFICA 34
4. METODOLOGIA DO TREINO ESPECÍFICA 22
Total 60

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UNIDADE DE FORMAÇÃO /

1. Organização e gestão
GRAU DE FORMAÇÃO_ II

SUBUNIDADES HORAS TEÓRICAS / PRÁCTICAS


(H)

1.1. GESTÃO DA ESCOLA DE BODYBOARD 1 1/0

1.2. BODYBOARD E TURISMO ATIVO 1 1/0

Total 2 2/0

SUBUNIDADE 1.
1.1. Gestão da escola de bodyboard
1.1.1. A estrutura da escola de bodyboard
1.1.2. Instalações e equipamentos
1.1.3. Transporte
1.1.4. Serviços
a. Aulas
b. ATL
c. Clínicas
d. Outros

COMPETÊNCIAS DE SAÍDA CRITÉRIOS DE EVIDÊNCIA


l Aplicar no funcionamento da escola de bodyboard a l Identifica para a sua prática como treinador a
organização e gestão das instalações e equipamentos organização da escola de bodyboard
l Identificar as licenças necessárias para o transporte de l Enumera os seguros e licenças necessárias para o
passageiros exercício da atividade
l Diferenciar os diferentes tipos de serviços

FORMAS DE AVALIAÇÃO RECOMENDADAS


l Teste escrito

SUBUNIDADE 2.
1.2. Bodyboard e turismo ativo
1.2.1. Conceito de turismo ativo
1.2.2. Caracterização do turismo de surfing e bodyboard
1.2.3. Sustentabilidade do turismo de bodyboard
1.2.4. Exemplos diferenciadores
a. Norte (Viana do Castelo/ Matosinhos/ Figueira Foz)
b. Centro (Peniche/ Ericeira)
c. Lisboa (Cascais/ Almada)
d. Costa Alentejana
e. Algarve

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COMPETÊNCIAS DE SAÍDA CRITÉRIOS DE EVIDÊNCIA
l Caracterizar o turismo de bodyboard e organizar a escola l Aplica o conceito de turismo, ativo na organização de
de bodyboard, para fornecer opções de turismo ativo uma escola de bodyboard
l Identificar as licenças necessárias para o funcionamento l Enumera os seguros e licenças necessárias para o exer-
enquanto empresa turística cício da atividade
l Diferenciar os diferentes tipos de serviços, de acordo l Apresenta diferentes pacotes relacionados com os di-
com a tipologia do turismo de bodyboard ferentes tipos de turismo de bodyboard

FORMAS DE AVALIAÇÃO RECOMENDADAS


l Teste escrito

1. Treinador de Bodyboard com grau III com experiência prática comprovada (mínimo
5 anos) como treinador de praticantes da via de competição (pelo menos num dos
seguintes escalões: sub 16, sub 18 e Open)
PERFIL DO FORMADOR ou
2. Mestre em ciências do desporto com experiência prática comprovada (mínimo 5 anos)
como treinador de praticantes da via de competição (pelo menos num dos seguintes
escalões: sub 16, sub 18 e Open) e também com experiência como formador

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UNIDADE DE FORMAÇÃO /

2. Arbitragem
GRAU DE FORMAÇÃO_ II

SUBUNIDADES HORAS TEÓRICAS / PRÁCTICAS


(H)

2.1. CRITÉRIOS DE JULGAMENTO 1 1/0

2.2. MÉTODO DE JULGAMENTO NO BODYBOARD 1 1/0

Total 2 2/0
SUBUNIDADE 1.
2.1. Critérios de julgamento
2.1.1. Empenho e grau de dificuldade
2.1.2. Manobras progressivas e inovadoras
2.1.3. Combinação de manobras fortes
2.1.4. Variedade de manobras
2.1.5. Velocidade, potência e fluidez

COMPETÊNCIAS DE SAÍDA CRITÉRIOS DE EVIDÊNCIA


l Conhecer os critérios de julgamento para os l Identifica exemplos práticos para a adequação da
transmitir aos bodyboarders, para que estes consigam prestação do bodyboarder, às regras de julgamento
rentabilizar a sua prestação, em função das condições das provas de bodyboard
de prova l Seleciona a informação a transmitir, em função das
características do bodyboarder e do contexto da prova

FORMAS DE AVALIAÇÃO RECOMENDADAS


l Teste escrito e questionamento oral sobre exemplos práticos

SUBUNIDADE 2.
2.2. Método de julgamento no bodyboard
2.2.1. Escala de pontuação (revisão)
2.2.2. Cálculo da nota final (revisão)
2.2.3. Julgamento em condições difíceis (provas ETB e APB)
2.2.4. Julgamento em baterias difíceis (provas ETB e APB)

COMPETÊNCIAS DE SAÍDA CRITÉRIOS DE EVIDÊNCIA


l Conhecer os métodos de julgamento para os transmitir l Identifica exemplos práticos para a adequação da
aos surfistas, para que estes consigam rentabilizar a prestação do surfista, aos métodos de julgamento das
sua prestação, em função das condições de prova provas de surf
l Seleciona a informação a transmitir, em função das
características do surfista e do contexto da prova

FORMAS DE AVALIAÇÃO RECOMENDADAS


l Teste escrito e questionamento oral sobre exemplos práticos

PERFIL DO FORMADOR Juiz de nível A com licença atualizada, em atividade, e com experiência (5 anos) como formador

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UNIDADE DE FORMAÇÃO /

3. Didática específica
GRAU DE FORMAÇÃO_ II

SUBUNIDADES HORAS TEÓRICAS / PRÁCTICAS


(H)

3.1. PLANO DE DESENVOLVIMENTO A LONGO PRAZO 4 4/0

3.2. TREINO DA TÉCNICA NO BODYBOARD 18 0/18

3.3. TREINO DA TÁTICA NO BODYBOARD 4 0/4

3.4. ANÁLISE DA TÉCNICA E DA VIAGEM NA ONDA 8 4/4

Total 34 8/26
SUBUNIDADE 1.
3.1. Plano de desenvolvimento a longo prazo
3.1.1. Conceito de desenvolvimento a longo prazo
a. Evidencias científicas que fundamentam desenvolvimento do atleta a longo prazo
b. Fatores chave para desenvolvimento do atleta a longo prazo
c. Etapas de desenvolvimento do atleta a longo prazo
i. Desportos precoces
ii. Desportos tardios
3.1.2. Desenvolvimento do bodyboarder a longo prazo
a. Início ativo
b. Fundamentos
c. Aprender a treinar
d. Treinar para treinar
e. Treinar para competir
f. Treinar para ganhar
g. Vida ativa

COMPETÊNCIAS DE SAÍDA CRITÉRIOS DE EVIDÊNCIA


l Descrever as evidencias científicas, que fundamentam l Aplica os fatores chave para preparar um plano de desen-
o desenvolvimento do atleta a longo prazo volvimento do atleta a longo prazo
l Enumerar os fatores chave para o desenvolvimento do l Relaciona as etapas de desenvolvimento do bodyboard,
atleta a longo prazo enquanto desporto precoce
l Identificar as diferenças entre o desenvolvimento l Identifica as etapas de desenvolvimento do bodyboarder
a longo prazo, para atletas de desportos precoces, a longo prazo, adequadas para determinado grupo de
comparativamente com atletas de desportos tardios praticantes
l Enumerar as etapas de desenvolvimento do bodyboarder l Elabora um conjunto de progressões adequadas ao
a longo prazo nível do praticante de acordo com as etapas
l Identificar os objetivos de cada etapa e o que se deve l Relaciona o desenvolvimento motor de base com o
desenvolver em cada uma delas treino das capacidades motoras e com o treino técnico
l Basear a sessão em fundamentos da didática, no processo l Relaciona os diferentes conteúdos da sessão ao longo da
de ensino – aprendizagem do bodyboard mesma e de acordo com as etapas de desenvolvimento
l Iniciar a prática numa lógica de progressão pedagógica do bodyboarder a longo prazo

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FORMAS DE AVALIAÇÃO RECOMENDADAS
l Realização de trabalho com aplicação das etapas de desenvolvimento em contexto de trabalho a pares

SUBUNIDADE 2.
3.2. Treino da técnica no Bodyboard
3.2.1. Revisão da estrutura da sessão
a. Análise das condições da sessão
b. O aquecimento
c. Parte principal
i. Conteúdos técnicos
ii. Conteúdos táticos
d. Finalização
i. Retorno à calma
ii. Balanço da sessão
3.2.2. Revisão das Técnicas Base do Bodyboard
a. As técnicas de deslocamento:
i. Remada e pernada
ii. Passar a rebentação por cima da espuma
iii. Passar a rebentação com mergulho de pato
b. As técnicas na onda
i. Take off
ii. Drop
iii. Bottom turn
iv. Trimming
3.2.3. As manobras na onda
a. Cutback
b. Rotação de 360
c. 360 normal - no sentido da onda
d. 360 invertido - no sentido contrário a onda
e. Tubo
f. Rolo
3.2.4. As manobras aéreas
a. Rolo aéreo
b. Invert
c. 360º aéreo
d. 360º invertido aéreo
e. ARS
f. Backflip
g. Front flip
h. Invert reverse
3.2.5. Finalizações (terminar viagem na onda)

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COMPETÊNCIAS DE SAÍDA CRITÉRIOS DE EVIDÊNCIA
l Respeitar a estrutura da sessão l Escolhe o material a utilizar por cada praticante, em
l Identificar e descrever o material, adequado para cada função da técnica
praticante, em função da técnica l Reconhece se existem condições de mar para a prática
l Caracterizar as condições de prática, em função do l Identifica as diferentes técnicas e demonstra-as dentro
treino técnico e fora de água
l Descrever as diferentes técnicas de deslocamento, l Identifica e aplica as correções técnicas
distinguindo os seus objetivos e as suas componentes l Relaciona e usa as progressões técnicas adequadas,
l Identificar os erros técnicos dos praticantes e as tendo em conta o nível do praticante
correções adequadas l Identifica e aplica as correções técnicas, na conjugação
l Selecionar as progressões adequadas tendo em conta das manobras
o nível do praticante l Identifica e aplica as correções técnicas, relativas à
trajetória na onda

FORMAS DE AVALIAÇÃO RECOMENDADAS


l Observação direta da prática com aplicação de grelhas de observação em contexto de trabalho a pares
l Questionamento oral

SUBUNIDADE 3.
3.3. Treino da tática no Bodyboard
3.3.1. Dinâmica no uso das prioridades e das táticas do Bodyboard nos sistemas “3 a 4 competidores” e “man on man”
a. Apanhar ondas com prioridade e sem prioridade
b. Escolher posicionamento, quais a melhores ondas e como realizar a viagem
c. Número de ondas pontuadas nos primeiros 5 minutos
d. Definir um total a atingir ao fim de 10 minutos
3.3.2. Escolha de ondas
a. Esquerdas e direitas
b. Ondas de set e ondas intermédias
c. Identificar o potencial das ondas de acordo com os critérios de pontuação
d. Escolher ondas de acordo com a nota pretendida
3.3.3. Conjugação de manobras.
a. Manobra forte no arranque, a meio e a finalizar a viagem na onda (em função da onda)
b. Variedade de manobras na mesma onda
c. Variedade de manobras em ondas diferentes
d. Ligação de manobras (combos)
3.3.4. Trajetórias na onda.
a. Fases na trajetória (Colocar e retirar pressão na prancha)
b. Trajetória ideal (adequada a cada manobra)
c. Utilização do espaço da onda
i. Trajetórias em W, em u minúsculo e em U aberto
ii. Fluidez (linhas sem quebras)

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COMPETÊNCIAS DE SAÍDA CRITÉRIOS DE EVIDÊNCIA
l Descrever as diferentes prioridades e táticas do body- l Identifica as diferentes opções táticas e demonstra-as
board, distinguindo os seus objetivos dentro e fora de água
l Identificar os erros na gestão da prioridade e as corre- l Identifica e aplica as correções táticas
ções adequadas l Avalia a escolha de ondas e apresenta novas soluções
l Identificar os erros na tática utilizada e as correções
adequadas

FORMAS DE AVALIAÇÃO RECOMENDADAS


l Observação direta da prática com aplicação de grelhas de observação em contexto de trabalho a pares
l Questionamento oral

SUBUNIDADE 4.
3.4. Análise da técnica e da viagem na onda
3.4.1. Modelo de intervenção
a. Preparação, Observação, Diagnóstico e Intervenção
b. Métodos de observação
i. Análise qualitativa (registo de ocorrências e registo de duração)
ii. Análise quantitativa
iii. Análise estrutural
c. Análise do treino
i. Observação das Técnicas de Intervenção Pedagógica (treinador)
ii. Observação dos movimentos/ tarefas (bodyboarders)
iii. Tempo útil, Ondas/minuto, Manobras/onda
iv. Objetivos de treino vs resultado final
d. Análise da competição
i. Quadro competitivo (nº baterias, nº bodyboarders, sistema apuramento)
ii. Observação dos movimentos/ tarefas (bodyboarders)
iii. Tempo útil, Ondas/minuto, Manobras/onda
iv. Objetivos da competição vs resultado final
3.4.2. Análise da tarefa
a. Objetivo da Tarefa
i. Resultado
ii. Execução
b. Divisão da tarefa
i. Fase de colocação, de ação principal e de finalização
ii. Ações segmentares e aspetos mecânicos
c. Análise das técnicas (padrão vs modelo)
i. Movimento da cabeça
ii. Movimento dos ombros
iii. Posição do tronco e colocação do centro de massa
iv. Colocação da prancha e trajetória na onda
3.4.3. Análise do desempenho em treino
a. Relação entre constrangimentos da tarefa, do bodyboarder e do envolvimento
b. Observação, diagnóstico e intervenção
i. Avaliar a prestação (técnica e trajetória na onda)

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ii. Reajustar o treino (exercícios propostos)
iii. Análise da intervenção do treinador
iv. Análise da estrutura do treino (volume e intensidade)
3.4.4. Análise do desempenho em competição
a. Quadro competitivo
b. Condições das ondas e características do local
c. Objetivos de resultado (classificação e pontuação)
d. Objetivos de desempenho
i. Técnica, manobras
ii. Trajetórias (viagem na onda)
iii. Escolha de ondas
e. Aplicação prática

COMPETÊNCIAS DE SAÍDA CRITÉRIOS DE EVIDÊNCIA


l Identificar e descrever o modelo para a avaliação, da l Relaciona o processo de treino com os conceitos:
execução das técnicas do bodyboard e da viagem na onda observação, diagnóstico e intervenção
l Adotar métodos de observação e análise da tarefa, para l Justifica os métodos de observação, para análise do treino
análise do treino e da competição, que promovam compor- e da competição, para potenciar e auxiliar os bodyboarders,
tamentos que potenciem a prestação dos bodyboarders nas suas prestações em treino e competição
l Identificar e descrever o processo de análise da l Relaciona o processo de análise da tarefa com os con-
tarefa, para a avaliação da execução das técnicas do ceitos: fase de colocação, ação principal e finalização
bodyboard l Justifica o processo de análise da tarefa, para análise
l Identificar e descrever os métodos de instrução em do treino e da competição, com o intuito de melhorar
treino desportivo o rendimento dos bodyboarders, nas suas prestações
l Identificar e descrever os elementos básicos, para a em treino e na competição
avaliação da execução das técnicas do bodyboard e da l Relaciona o processo de treino com os conceitos:
viagem na onda observação, diagnóstico e intervenção
l Adotar modelos de intervenção que promovam atitudes e l Justifica os modelos de intervenção do treinador para
comportamentos proactivos por parte dos bodyboarders a afiliação dos bodyboarders ao processo de treino
l Identificar e descrever o processo de análise do desem- l Relaciona o processo de desempenho em competição
penho em competição, para a avaliação da prestação com os conceitos: objetivos de resultado e objetivos de
dos bodyboarders desempenho
l Justifica o processo desempenho em competição, com o
intuito de melhorar o rendimento dos bodyboarders, nas
suas prestações em competição e no seu processo evolutivo

FORMAS DE AVALIAÇÃO RECOMENDADAS


l Observação direta da prática com aplicação de grelhas de observação em contexto de trabalho a pares
l Questionamento oral

1. Treinador de Bodyboardcom grau III com experiência prática comprovada (mínimo


5 anos) como treinador de praticantes da via de competição (pelo menos num dos
seguintes escalões: sub 16, sub 18 e Open)
PERFIL DO FORMADOR ou
2. Mestre em ciências do desporto com experiência prática comprovada (mínimo 5 anos)
como treinador de praticantes da via de competição (pelo menos num dos seguintes
escalões: sub 16, sub 18 e Open) e também com experiência como formador

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UNIDADE DE FORMAÇÃO /

4. Metodologia do treino Específica


GRAU DE FORMAÇÃO_ II

SUBUNIDADES HORAS TEÓRICAS / PRÁCTICAS


(H)

4.1. TREINO DAS CAPACIDADES MOTORAS NO BODYBOARD 10 0/10

4.2. TREINO PARA BODYBOARDERS COM DEFICIÊNCIA 4 0/4

4.3. TREINO COMPLEMENTAR 8 0/8

Total 22 0/22

SUBUNIDADE 1.
4.1. Treino das capacidades motoras no bodyboard
4.1.1. Coordenação no bodyboard
a. Métodos de treino da coordenação específicos
i. Precisão espácio-temporal dos movimentos para o bodyboard
ii. Orientação espacial para o bodyboard
iii. Equilíbrio para o bodyboard
iv. Ritmo para o bodyboard
b. Avaliação da coordenação
4.1.2. Flexibilidade no bodyboard
a. Métodos de treino da flexibilidade específicos
i. Passivo
ii. Estático
iii. Dinâmico
iv. PNF
b. Avaliação da flexibilidade
4.1.3. Velocidade no bodyboard
a. Métodos de treino da velocidade adequados ao bodyboard
i. Tempo de reação
ii. Velocidade de remada
iii. Velocidade de execução
1. Ação flexão/extensão tronco pernas
2. Rotação tronco
3. Rotação das pernas
b. Avaliação da velocidade
4.1.4. Força no bodyboard
a. Métodos de treino da força específicos
i. Hipertrofia muscular
ii. Taxa de produção de força
iii. Reativos
b. Treino em circuito específico para o bodyboard
c. Avaliação da força

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4.1.5. Resistência no bodyboard
a. Métodos de treino da resistência adequados ao bodyboard
i. Contínuo
ii. Intervalos
b. Avaliação da resistência

COMPETÊNCIAS DE SAÍDA CRITÉRIOS DE EVIDÊNCIA


l Aplicar exercícios de treino da coordenação, da flexibili- l Escolhe e respeita a sequência dos exercícios, no
dade, da velocidade, da força e da resistência, de acordo treino e no microciclo, para o desenvolvimento da
com objetivos, respeitando os princípios metodológicos e coordenação, da flexibilidade, da velocidade, da força
adaptando-os às características dos bodyboarders e da resistência, em função das restantes capacidades
l Escolher as formas de avaliação da coordenação, da motoras
flexibilidade, da velocidade, da força e da resistência, l Discute e interpreta resultados de testes de coordena-
mais adequadas ao bodyboard ção, da flexibilidade, da velocidade, da força e da resis-
tência, adequados ao bodyboard

FORMAS DE AVALIAÇÃO RECOMENDADAS


l Realização de trabalho, baseado na observação direta da prática com aplicação de grelhas de observação em
contexto de trabalho a pares e com questionamento oral

SUBUNIDADE 2.
4.2. Treino para bodyboarders com deficiência
4.2.1. Estratégia para a sessão
a. Adaptação do material técnico
b. Controlo da sessão promovendo a segurança e qualidade consoante as deficiências
i. Interação/ feedbacks
ii. Deslocamento/dinâmica
c. Programação do treino adaptado, consoante tipo de deficiência, na vertente lúdica
d. Programação do treino adaptado, consoante tipo de deficiência, de acordo com as categorias competitivas
e. Cuidados na manutenção da integridade física do aluno (lesões, cuidados com a pele)
4.2.2. Orientação da sessão com bodyboarders com deficiência
a. Estratégias de intervenção consoante as diferentes deficiências (motora, visual, auditiva, intelectual
ou multideficiência)
i. Planificação/orientação prévia da sessão com restantes elementos da equipa
ii. Controlo/dinâmicas ao nível de posição e deslocamentos adequados para garantir a manutenção
da segurança e qualidade da sessão de bodyboard
iii. Interação com aluno, ao nível de feedback(s) pertinentes na otimização da qualidade na
manutenção da segurança e qualidade da sessão de surf (nos diferentes momentos da aula:
introdução, parte principal e finalização
iv. Cuidados a ter com os alunos nos diferentes momentos da aula (introdução, parte principal e
finalização)
b. Deslize nas ondas
i. Componentes de adaptação
1. Relação com o mar
2. Relação com a prancha

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3. Técnicas para viagem na onda
ii. Progressões
1. Equilíbrio deitado, sentado e em pé
2. Deslize deitado, sentado e em pé
3. Deslize na espuma e na parede da onda
4. Deslize na parede da onda
- Drop
- Viragem na base, na parede e no topo da onda
4.2.3. Aplicação das Técnicas e Táticas Competitivas
a. Escolha de ondas
i. Identificar o potencial das ondas de acordo com os critérios de pontuação
ii. Escolher ondas de acordo com a nota pretendida
b. Conjugação de manobras
i. Variedade de manobras na mesma onda
ii. Variedade de manobras em ondas diferentes
iii. Ligação de manobras (combos)
c. Trajetórias na onda
i. Fases na trajetória (Colocar e retirar pressão na prancha)
ii. Trajetória ideal (adequada a cada manobra)
iii. Utilização do espaço da onda

COMPETÊNCIAS DE SAÍDA CRITÉRIOS DE EVIDÊNCIA


l Reconhecer a existência de aspetos fundamentais no l Apresenta soluções e opções para adaptar o material
controlo da sessão com vista à manutenção da segurança de bodyboard para a prática de bodyboard adaptado
e qualidade l Demonstra os cuidados a ter na relação bodyboard/
l Identificar os cuidados físicos básicos a ter na manutenção tipo de deficiências
da integridade física dos alunos com deficiência l Identifica e aplica as correções táticas
l Identificar erros na tática utilizada e as correções adequadas l Avalia a escolha de ondas e apresenta novas soluções
l Identificar erros técnicos dos praticantes e as correções l Identifica e aplica as correções técnicas na conjugação
adequadas das manobras
l Selecionar as progressões adequadas tendo em conta o l Identifica e aplica as correções técnicas relativas à
nível do praticante e respetivas deficiências trajetória na onda
l Relaciona e usa as progressões técnicas adequadas
tendo em conta o nível do praticante e respetivas
deficiências

FORMAS DE AVALIAÇÃO RECOMENDADAS


Questionamento oral e avaliação prática:
em grupos de 3 a 4 formandos, que acompanham um aluno com deficiência, numa sessão de treino de 60 minutos
l

realizam uma avaliação inicial da funcionalidade do surfista, do nível técnico do bodyboarder e das condições do mar
l

escolhem em que categoria o surfista poderá ser colocado segundo os padrões internacionais da ISA para a
l

realização da sessão
fazem o plano de uma sessão de bodyboard adaptado
l

dirigem a sessão de acordo com o plano apresentado


l

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SUBUNIDADE 3.
4.3. Treino complementar
4.3.1. Fundamentos gímnicos para o surf
a. Aquecimento
i. Posições base (deitado, sentado, de pé)
ii. Relação tronco pernas (fecho, abertura, flexão lateral)
iii. Colocação dos segmentos
b. Solo (progressões e intervenção manual)
i. Rolamentos (frente e retaguarda)
ii. Saltos
iii. Apoio invertido
iv. Roda
c. Saltos Plinto (progressões e intervenção manual)
i. Salto entre mãos
ii. Salto ao eixo
iii. Rolamento lateral
1. Rolamento à frente
4.3.2. Treino técnico com trampolins
a. Saltos verticais (progressões e intervenção manual)
i. Vela, engrupado, encarpado e pirueta (solo e plano elevado)
ii. Vela, engrupado, encarpado e pirueta (minitrampolim e trampolim)
b. Receções (progressões e intervenção manual)
i. Sentado, ventral e dorsal (plano elevado)
ii. Sentado, ventral e dorsal (minitrampolim e trampolim)
iii. Sentado, ventral e dorsal com piruetas (plano elevado)
iv. Sentado, ventral e dorsal com piruetas (minitrampolim e trampolim)
c. Mortais (progressões e intervenção manual)
i. Frente e retaguarda (minitrampolim e trampolim)
4.3.3. Treino técnico com treino funcional
a. Treino funcional
i. Plataformas
ii. Superfícies instáveis
iii. Sistemas de suspensão
iv. Resistências
b. Treino técnico
i. Posição base
ii. Take-off
iii. Rotações
iv. Saltos
c. Treino técnico em circuito

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20
COMPETÊNCIAS DE SAÍDA CRITÉRIOS DE EVIDÊNCIA
l Identificar fundamentos do treino dos fundamentos l Explica e demonstra com qualidade as técnicas de base
gímnicos no processo de treino do bodyboard l Elabora um conjunto de progressões adequadas ao
l Identificar fundamentos do treino com trampolins no nível do praticante
processo de treino do bodyboard l Aplica os exercícios de acordo com o nível de prática de
l Identificar fundamentos do treino funcional no processo cada aluno, respeitando as progressões pedagógicas e
de treino do bodyboard a intervenção manual
l Identificar fundamentos do treino com skates no processo l Respeita os princípios do transfere entre as técnicas e
de treino do bodyboard utiliza as diferentes pranchas
l Identificar e aplicar as progressões pedagógicas dos l Reconhece erros, determinando causas e meios de
vários elementos correção
l Identificar e aplicar a intervenção manual especifica para l Controla as cargas de treino
os elementos gímnicos
l Selecionar e adequar os conteúdos em função do praticante
l Organizar uma sessão de fundamentos gímnicos para o
treino do bodyboard
l Organizar uma sessão de treino com trampolins para o
treino do bodyboard
l Organizar uma sessão de treino funcional para o treino do
bodyboard
l Organizar uma sessão de treino com skates para o treino
do bodyboard

FORMAS DE AVALIAÇÃO RECOMENDADAS


l Realização de trabalho, baseado na observação direta da prática com aplicação de grelhas de observação em
contexto de trabalho a pares e com questionamento oral

1. Treinador de Bodyboardcom grau III com experiência prática comprovada (mínimo


5 anos) como treinador de praticantes da via de competição (pelo menos num dos
seguintes escalões: sub 16, sub 18 e Open)
PERFIL DO FORMADOR ou
2. Mestre em ciências do desporto com experiência prática comprovada (mínimo 5 anos)
como treinador de praticantes da via de competição (pelo menos num dos seguintes
escalões: sub 16, sub 18 e Open) e também com experiência como formador

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1. Requisitos específicos de acesso ao Curso de Treinadores a
cumprir pelos candidatos
Para ter acesso ao curso é necessário comprovar cumulativamente:
1. Comprovar o exercício de 1 ano de prática como treinador de surfing, depois de estar na posse do TPTD de Grau I.
a. A comprovação do exercício da função é feita através do documento identificador do local, onde exerceu a
prática como treinador, emitido por parte da entidade empregadora, devendo este ser assinado pelo diretor
técnico dessa entidade, sendo válido apenas e quando este tiver Grau II Treinador (ou Grau I com autonomia
no período de transição).

2. Comprovar a capacidade física e técnica para salvamento no meio aquático, feita de forma optativa, através de
uma das seguintes opções:
a. Documento emitido pela Instituto de Socorros a Náufragos (título de Nadador Salvador para o decorrente ano);
b. Aprovação na prova efetuada pela FPS/Entidade formadora, a pedido do candidato;
i. Caracterização da prova:
(1) Teste prático em piscina de 25 metros, com zona mais funda com um mínimo de 2 metros de profundi-
dade. Realiza em piscina 100 metros em nado ventral em menos de 2’50”.
(2) Realiza em piscina 400 metros em nado ventral em menos de 9’30”.
(3) Recolhe sem equipamento adicional, 3 objetos submersos a uma profundidade de 2 metros afastados
cerca de 2 metros entre si.
(4) Em propulsão subaquática realiza 20” de apneia.
(5) Demonstra uma técnica de salvamento.

3. Comprovar a capacidade técnica para prática do surf, feita de forma optativa, através de uma das seguintes opções:
a. Documento emitido pela FPS comprovando o ranking de surfista federado, pelo menos durante 5 anos;
b. Aprovação na prova efetuada pela FPS/Entidade formadora, a pedido do candidato;
i. Caracterização da prova:
(1) Ponto de partida na praia;
(2) Com prancha de surf;
(3) Deslocamento controlado na água, respeitando as correntes, passar a rebentação até chegar ao line-up;
(4) Realizar num máximo de 10 minutos, duas ondas pontuáveis;
(5) Deslizar para a direita ou para a esquerda, realizando no mínimo dois bottom turns e dois top turns,
terminando a viagem na onda de uma forma controlada (sem cair);
(6) Regressar à praia.
ii. Condições especiais de realização da prova:
1. Material a utilizar é da responsabilidade do/a candidato/a.
iii. Avaliação (processo e critérios):
A prestação não pode evidenciar erros técnicos graves, de acordo com critérios de julgamento, para
competições oficiais;
iv. Perfil do avaliador:
1. Treinador com TPTD de BodyboardGrau II, ou superior; ou
2. Juiz da FPS nível A ou B.

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2. Condições logísticas para a realização do Curso de Treinadores
INSTALAÇÕES EQUIPAMENTOS/INSTRUMENTOS PEDAGÓGICOS
Componente teórica l 1 computador
l Sala para 30 pessoas l 1 projetor multimédia

Unidade de formação Didática Especifica l 15 Pranchas de Bodyboard (39”, 40”, 41”, 42”)
l Praia l 2 Bandeiras marcação zona formação na praia
l 30 Lycras

Unidade de formação Metodologia do Treino Especifica l 2 bosus


l Ginásio, Pavilhão ou Estúdio l 5 elasticos
l 30 banda elásticas
l 15 cordas de saltar
l 2 cordas “battle rope”
l 5 kattlebell 5kg
l 5 sacos areia 5kg
l 5 bolas medicinais 5kg
l 3 bolas suiças
l 1 bomba para encher bolas
l 3 pranchas bodyboard
Unidade de formação Metodologia do Treino Especifica l 2 Minitrampolim
l Ginásio ginástica l 1 Trampolim
l 2 Colchões de receção
l 1 Colchão de receção XL (60 cm altura)
l 5 Tapetes ginástica
l 3 Plintos
l 1 trampolim Reuther
l 1 banco sueco
l 4 Caixas de Saltos
l 4 Steps
l 4 Bolas Medicinais
l 3 Bosus
l 8 Elásticos
l 3 Plataformas Reebok
l 4 Bandas
l 2 Pranchas
l 4 Bolas de Pilates
Unidade de formação Metodologia do Treino Especifica l 2 Tiralô
l Praia l 4 Pranchas de Surf de iniciação
l 4 Pranchas de Bodyboard 42”
l 2 Bandeiras marcação zona formação na praia
l 30 Licras

3. Estágios
O Estágio do Cursos de Treinadores de Grau I, deve reger-se por este regulamento, que contém o conjunto de
regras de organização, as normas de funcionamento e as indicações de avaliação a seguir na sua organização.

Regulamento de Estágios

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