Regras e Limites

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Crescer, brincar e educar…

com regras e limites


Ação de Sensibilização

26 de novembro de 2015
Ana Filipa Venâncio
Objetivos da Ação

- Proporcionar um espaço de reflexão sobre a


importância das figuras parentais;

- Fornecer estratégias facilitadoras da adoção de


praticas parentais positivas.

Ação “Crescer, brincar e educar…com regras e limites”


Psicóloga – Ana Filipa Venâncio
Ação “Crescer, brincar e educar…com regras e limites”
Psicóloga – Ana Filipa Venâncio
Ação “Crescer, brincar e educar…com regras e limites”
Psicóloga – Ana Filipa Venâncio
Crescer, brincar e educar… com
regras e limites
A criança começa a aprender desde o momento do
seu nascimento:

Aprende a focar a atenção num objeto, a solicitar


atenção e cuidados, a andar, a falar, a escrever, etc.

Ocorre ao longo do seu crescimento em interação


com os agentes sociais e educativos que a rodeiam:
familiares, amigos, educadores, auxiliares, colegas e
até os meios de comunicação.

Ação “Crescer, brincar e educar…com regras e limites”


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Crescer, brincar e educar… com
regras e limites
 Neste percurso as crianças aprendem tanto
condutas de socialização adequadas, tais como
esperar pela sua vez, bem como
comportamentos inadequados como a
manipulação, as birras, a agressão.

 Um dos aspetos essenciais que condiciona a


regulação do comportamento pela criança, são
as consequências do comportamento.

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Crescer, brincar e educar… com
regras e limites
 Tendemos a repetir comportamentos que têm
consequências agradáveis (reforço positivo) e
gratificantes e a evitar as ações que acarretam
mal-estar (reforço negativo);

 É nos primeiros 5 anos de vida que as crianças


aprendem conceitos fundamentais como o
respeito, a tolerância, a aceitação e o afeto…

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Crescer, brincar e educar… com
regras e limites

O brincar é uma das formas mais comuns do


comportamento humano, principalmente durante a
infância.

Através do brincar, a criança desenvolve


capacidades importantes como a atenção, a
memória, a imitação e a imaginação.

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Crescer, brincar e educar… com
regras e limites

Ao brincar, exploram e reflectem sobre a realidade


e a cultura na qual estão inseridas, interiorizando-as
e, ao mesmo tempo, questionando as regras e
papéis sociais.

Ao brincar a criança aprende a conhecer, aprende a


fazer, aprende a conviver e sobretudo aprender a
ser.

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Crescer, brincar e educar… com
regras e limites

Para além de estimular a curiosidade, a


autoconfiança e a autonomia, proporciona o
desenvolvimento da linguagem, do pensamento e
da concentração e da atenção.

Brincar com alguém reforça os laços afetivos.


Dinâmica

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O grande
Educar = desafio da
paternidade

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Crescer, brincar e educar… com
regras e limites
As regras e os limites são essenciais para o
desenvolvimento harmonioso da criança, pois
permitem uma orientação para que consigam
distinguir claramente o certo do errado.

“Uma criança sem regras nunca poderá ser um


adulto emocional e socialmente equilibrado”
(Teresa Paula Marques)

Ação “Crescer, brincar e educar…com regras e limites”


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Crescer, brincar e educar… com
regras e limites
As regras preparam as crianças para o mundo real,
dando-lhe balizas de comportamento, para que
percebam o que se espera delas e o que pode
acontecer caso não correspondam.

Os limites familiares e as consequências de os


ultrapassar ajudam-na a adaptar-se mais facilmente
a situações novas.

Fornecem um sentido de ordem imprescindível ao


crescimento.
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Crescer, brincar e educar… com
regras e limites
Objetivos:

 Proporcionar à criança um sentimento de


estabilidade e segurança;

 Prevenir o comportamento desafiante ou


menos adequado da criança e tentar modificá-
lo.

 Reduzir a necessidade da criança de testar os


limites.

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Crescer, brincar e educar… com
regras e limites

“Estabelecer regras e limites dá muito mais trabalho


do que deixar as crianças fazer o que querem. Mas
não nos podemos esquecer que a nossa missão
enquanto pais é humanizar os nossos filhos,
prepará-los para o mundo”
(Magda Gomes Dias)

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Crescer, brincar e educar… com
regras e limites

Ação “Crescer, brincar e educar…com regras e limites”


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Para refletir…
Já se apercebeu do n.º de ordens seguidas que dá
aos seus filhos/as?

Curiosidade:
Sabia que em cada 10 ordens
dadas pelos pais, as crianças
costumam desobedecer cerca de
3 vezes?

As crianças ficam confusas com


a quantidade de ordens que lhes
são dadas.

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Regras para Criar Boas Regras

Não existem regras universais. Elas refletem os


valores da família, pelo que devem referir-se ao que
é realmente importante no seio da família e não ao
que parece certo ou normal.

Dicas:
1. O que faz sentido para os pais;
2. Crianças diferentes, regras diferentes;
3. Negociar o que for negociável;
4. Sentença ajustada ao “crime”;
5. Dar o exemplo.

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E quando surgem comportamentos
desviantes?

BIRRAS

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Gonçalo – 5 anos

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Marta – 5 anos

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Lourenço - 6 anos

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ESTRATÉGIAS
1. Dar ordens claras/ordens positivas específicas

Já lhe aconteceu dizer ao seu filho algumas


das seguintes frases?

-“Para com isso!”


-“Olha o que estás a fazer…”
-“Tem cuidado!”
-“Espera um momento!”
-“Desce as escadas como deve ser!”

Estas informações são pouco precisas e


confundem as crianças porque não dizem
qual é o comportamento desejado. São
vagas e indefinidas.

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ESTRATÉGIAS
1. Dar ordens claras/ordens positivas específicas
Outro tipo de ordem indefinida e confusa é aquela que começa
frases pela palavra “Vamos…”

“Vamos arrumar os brinquedos?”


“Vamos tomar banho?”
“Vamos dormir?”

A criança interpreta que a atividade que lhes é pedida é para fazer


em conjunto.

Exemplo Em vez de dizer: Seja mais preciso/a e diga:

Se a criança lhe pede para “Já vou!” “Dá-me 5 minutos, depois


brincar brinco contigo.”
Quando a criança entorna o “Tem cuidado, és sempre a “Pega no copo com as duas
sumo enquanto está a beber mesma coisa!” mãos.”
Arrumar os brinquedos “Vamos lá arrumar os “São horas de arrumares os
brinquedos.” brinquedos.”

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ESTRATÉGIAS

1. Dar ordens claras/ordens positivas específicas

Outra questão importante é que, por vezes, os pais fazem pedidos


(em forma de pergunta) aos filhos, em vez de lhes darem ordens.

“Queres ir tomar banho agora?”


“Queres comer agora?”

Uma forma de tornar as ordens mais eficazes e diretas é tentar


criar frases curtas e rápidas de dizer, colocando o verbo no início
da frase:

“Arruma os brinquedos”
“Vai para a cama”
“Fala mais baixo”

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ESTRATÉGIAS

1. Dar ordens claras/ordens positivas específicas

É importante avisar com algum tempo de antecedência que vai


chegar o momento de cumprir uma ordem (por exemplo, acabar
de brincar ou de ver televisão).

“Daqui a 5 minutos são horas de arrumar os legos”

Atenção a:
1. Se a criança já possui noção do tempo;
2. As crianças não são tão rápidas enquanto os adultos a realizar
as tarefas.

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ESTRATÉGIAS

1. Dar ordens claras/ordens positivas específicas

As ordens não devem ser contraditórias.

É importante que haja coordenação entre pai, mãe, tios/as e avós.

-Isto contribui para aumentar o nível de desobediência e de


conflituosidade na família;

-É importante assegurar-se que as crianças acabaram de cumprir


uma ordem dada por outra pessoa, antes de a mandar fazer
outra.

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ESTRATÉGIAS

2. Dizer “não”

NÃO…Não…não..não…SIM…SIM

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ESTRATÉGIAS
3. Ignorar
Não dar atenção à criança enquanto apresenta comportamentos
inadequados, evitando o contacto ocular e a discussão com a
criança.

Voltar a dar atenção à criança assim que esta parar com o


comportamento desafiante.

A utilizar apenas para comportamentos que não representem


perigo para a criança ou outros (gritar, amuar, birras, etc)

Muito importante:
- Não demonstrar impaciência ou irritação (contar até 10/por ordem
decrescente de 10 a 1).
- Distanciar-se fisicamente da criança (mas mantendo-a sob o seu campo
visual)
- Ser consistente.

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ESTRATÉGIAS
4. Consequências
O cumprir ou não cumprir as ordens deve ter consequências.

Depois de uma ordem, deve haver uma consequência ou


responsabilização pelo incumprimento da ordem.

Esquecimento de Falta de elogio ou de Pais


verificar cumprimento
de ordens
+ consequência no caso
de incumprimento
= ignorados

Fundamental elogiar quando cumprem.

-Vão dão mais atenção aos seus pedidos;


-Aumenta a probabilidade de serem obedientes.

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ESTRATÉGIAS
4. Consequências
Método de alteração do comportamento em que é apresentado à
criança um acontecimento desagradável ou retirado um estímulo
positivo.

Uma consequência lógica corresponde à retirada de um


determinado privilégio.

Muito importante:
- Dar consequências próprias para a idade;
- Não ameaçar várias vezes que se vai atribuir uma consequência e depois
não o fazer;
- A consequência deve ser seguida ao comportamento inadequado;
- Preparar-se para o fato de a criança testar a consequência;
- Não deve ser usado sempre o mesmo tipo de consequência.

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ESTRATÉGIAS
5. Tempo de Pausa
Ajuda a criança a acalmar-se e a refletir sobre o comportamento
desadequado, sendo uma técnica adequada para crianças com
idades compreendidas entre os 2 e os 10 anos.

Este tempo pode ser utilizado antes do mau comportamento se


concretizar.

Muito importante:
- Aplicar apenas a um numero reduzido de comportamentos (bater,
comportamentos destrutivos);
- Adequar o tempo de pausa à idade da criança (1 minuto por cada ano de
idade);
-Escolher um local sem elementos distratores, mas sem ser assustador;
-Usar imediatamente após ao comportamento inadequado, sem usar
sermões;
-Manter contacto visual enquanto se dá a instrução, com um tom de voz e
postura firmes;
-Ignorar a criança enquanto estiver em pausa.
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Parentalidade Positiva
Estas estratégias são
recursos importantes
na relação pais-filhos e
na promoção do
desenvolvimento da
criança… Mas não devem
nunca deixar de
transparecer à
criança o afeto que
os pais sentem por
ela…
Promover o diálogo saudável
Reforço Positivo
Mimo
Tempo especial
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Elogiar
A única forma das crianças aprenderem um determinado
comportamento é dando importância e valorizando esse mesmo
comportamento.

A falta de elogio e de reconhecimento do comportamento


correto, leva a mau comportamento.

Portanto….tente “apanhar” o/a seu/sua filho/a a portar-se bem.

Ao elogiar mostre entusiasmo e expresse-o com energia e


sinceridade. Para tornar o elogio eficaz tente ser o mais especifico
possível, ou seja, descreva exatamente o comportamento
realizado pela criança.

“Estás tão bem sentadinha ai na cadeira”


“Gostei muito de te ouvir dizer obrigada”
“Muito bem, arrumaste os legos quando eu te disse”
“Estou muito orgulhoso de ti, emprestas-te o brinquedo ao teu irmão!”

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Elogiar
Evite conjugar elogio e critica. Dê atenção apenas ao momento
presente/atual.

O elogio deve ser imediato. Só é eficaz se for dito nos 5 segundos


imediatamente após o comportamento ter aparecido.

O comportamento não tem de ser perfeito para merecer elogio.


Elogie as primeiras tentativas.

Incentive a criança a elogiar o seu comportamento e o dos outros.

Duplique o impacto do elogio (por exemplo, num jantar de


família).

Evite fazer comparações.

Separe o comportamento da criança. Ninguém é só “mau” ou só


“bom”.
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Exemplos de elogios verbais e não
verbais

Verbal Não verbal


-Parabéns - Abraçar
-É espetacular quando… - Fazer uma festa no cabelo
-Eu gosto quando… - Pôr o braço no ombro da criança
-Fantástico - Sorrir
-Fizeste isto tudo - Beijar
sozinho/a…Muito bem! - Fazer o sinal de “fixe”
-Isso deve ter dado muito - Piscar o olho
trabalho! - “Mais cinco”
-Esforçaste-te mesmo para…
-Por te teres portado tão bem, eu
e tu vamos…

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Elogiar…

ou

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Devagar se vai ao longe…

É preciso dar tempo à criança para crescer e se


desenvolver, portanto não espere mudanças
imediatas no seu comportamento.

Elas precisam de espaço para descobrir, sentir,


aprender com os seus próprios erros e fazer
correções…enfim de tempo para crescer.

Ninguém é perfeito. E também nós, pais, quando


vacilamos ou erramos, estamos a aprender!

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Sugestões de leitura
Costa, P.; Heleno, S.; Pinhal,C. (2010). Juntos no Desafio.
Leiria:Textiverso,Lda.
Plummer, D. (2012). Como aumentar a autoestima das
crianças. Porto: Porto Editora.
Stratton, C. (2010). Os anos incríveis. Braga: Psiquilibrios.
Winkler, C. (2003). O guia de bolso dos pais. Bizâncio.
Ramalho, V. (2001). Lá em casa mandam eles? Braga:
Psiquilíbrios.
Silva, A. P. & Esteves, J. (2012). Parentalidade Positiva.
Diagonaldesign.
Carvalho, C. (2013). O Pião Mágico do Formiguinho. Lisboa:
Chiado Editora.
O Rato Renato: as regras são importantes. Edições ASA.
Amorim, S. (2014). Nuvens na cabeça. Editora Cercica.

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Muito obrigada pela vossa Presença e pela vossa
Atenção!

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