Disciplina 1 - Aula 3 - Investigação de Acidentes
Disciplina 1 - Aula 3 - Investigação de Acidentes
Disciplina 1 - Aula 3 - Investigação de Acidentes
Investigação de Acidentes
Maria Beatriz de Freitas Lanza
CONTEÚDO
ANÁLISE DE ACIDENTES
Beatriz Lanza
ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES
RÁPIDA REVISÃO AULA 2
Teoria de Heinrich
Beatriz Lanza
organização na qual você trabalha está em
relação à SST.
Beatriz Lanza
Elas acreditam que a segurança é mais uma
questão de sorte do que de gerenciamento
e que "acidentes acontecem". Com o passar
do tempo, acontecem mesmo.
Fonte: http://www.dupont.com.br/produtos-e-servicos/consulting-services-process-technologies
/segurancadotrabalho/usos-e-aplicacoes/bradley-curva.html, disponível em 04.09.2013
Estágio Dependente
As pessoas encaram a segurança como uma questão
Beatriz Lanza
de seguir as regras elaboradas por alguém. As taxas
de acidente diminuem e a equipe de gerenciamento
acredita que a segurança poderia ser controlada "se
as pessoas só seguissem as regras".
Fonte: http://www.dupont.com.br/produtos-e-servicos/consulting-services-process-technologies/segurancadotrabalho/
usos-e-aplicacoes/bradley-curva.html, disponível em 04.09.2013
Estágio Independente
As pessoas assumem responsabilidades para
Beatriz Lanza
si mesmos. Elas acreditam que a segurança é
pessoal e que podem fazer a diferença com
suas próprias ações. Isso reduz ainda mais os
acidentes.
Fonte: http://www.dupont.com.br/produtos-e-servicos/consulting-services-process-technologies/
segurancadotrabalho/usos-e-aplicacoes/bradley-curva.html, disponível em 04.09.2013
Estágio Interdependente
As equipes de funcionários sentem-se donos da segurança
Beatriz Lanza
e assumem responsabilidades para si mesmos e outros.
As pessoas não aceitam baixos padrões e assumem riscos.
Elas conversam ativamente com outros para entender seu
ponto de vista. Elas acreditam que o verdadeiro
aprimoramento só pode ser alcançado como grupo e que
a ausência de lesões é uma meta viável.
Fonte: http://www2.dupont.com/sustainable-solutions/pt-br/dss/ua/bradley-curva.html
INVESTIGAÇÃO DE
ACIDENTES
ANÁLISE E INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
A investigação dos acidentes do trabalho devem ser
realizadas pelo empregador, a fim de apurar as causas
Beatriz Lanza
do evento.
Proporciona a adoção de medidas de controle para
evitar que outros acidentes ocorram.
Proporciona a verificação da implementação das ações
corretivas e preventivas.
A investigação visa a levantar fatos e dados,
através de:
• entrevistas;
• reuniões;
• evidências de campo;
• documentos; dentre outros
Deve-se adotar mecanismos para que todas as
informações necessárias capazes de propiciar
a reconstrução dos fatos que levaram à
ocorrência do acidente sejam avaliadas.
Existem várias técnicas de análise e investigação
de acidentes e cada empresa deve implementar
sua metodologia de investigação e análise,
sendo que no final deve-se gerar um relatório
conclusivo que deverá ser divulgado na
organização.
Adotaremos para estudo nesta aula o
Beatriz Lanza
trabalhadores ou de indivíduos do público.”
(MTE, 2010, p.8)
INCIDENTE
“Ocorrência que sem ter resultado em danos à
saúde ou integridade física de pessoas tinha
potencial para causar tais agravos. “(MTE, 2010,
p.8)
CIRCUNSTÂNCIA INDESEJADA
“condição, ou um conjunto de condições, com
potencial de gerar acidentes ou incidentes.
Exemplo: trabalhar em andaime fixado
inadequadamente (instável).” (MTE, 2010, p.8)
“PERIGO: fonte ou situação com potencial para
provocar danos.”
Beatriz Lanza
COMO E POR QUAIS RAZÕES OCORREU O EVENTO
ETAPAS DA ANÁLISE
“Etapa I Coleta de dados
Etapa II Análise das informações
Etapa III Identificação de medidas de controle
Etapa IV Plano de ação “.(MTE, 2010, p.20)
ESCOLHA DO MÉTODO
“Existem vários métodos para analisar a informação
coletada em uma investigação...”
“A equipe de análise deve escolher um método que domine
tecnicamente e que seja o mais adequado para o evento a
ser investigado. “
Beatriz Lanza
exemplo, explosão de um equipamento
desprovido de válvula de alívio, inexistente há
muitos anos; falta de corrimão nunca antes
existente em uma escada de onde caiu
um trabalhador, etc. (MTE, 2010, p.52)
Quando esse tipo de análise se encerra com a
identificação desses aspectos, não se
compreendem as razões da explosão e da
inexistência da válvula, ou as razões associadas à
queda do trabalhador e os motivos pelos quais já
não havia o corrimão muito antes do acidente.
Ao se desconsiderarem esses aspectos, diminuem
as possibilidades para práticas de prevenção
efetivas. (MTE, 2010, p.52)
Análise de Mudanças e Tipologia de
Acidentes segundo Monteau
TIPO 1
TIPO 2
Beatriz Lanza
OPERAÇÃO DE PRENSA COM ACESSO MÃOS ÁREA PERDA
OPERAÇÃO ABERTA DE RISCO
DEDOS
TIPO 1
Acidentes Tipo 1 constituem em “acidentes esperando
para acontecer”:
um descuido habitual e normal é suficiente para
desencadeá-los. Nesses
casos, a maioria dos fatores está presente na situação de
trabalho habitual. Pequena mudança ou modificação na
rotina da atividade, às vezes imperceptível ao próprio
acidentado, desencadeia o acidente.
(MTE, 2010, p.54)
TIPO 1
Eventos do Tipo 1 são frequentes em empresas onde inexiste
sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho ou onde
essa gestão é ineficaz.
A gravidade dos danos pode ser alta, inclusive com a
ocorrência de acidentes fatais.
Nessas empresas, as análises dos eventos adversos, quando
realizadas, quase sempre se restringem a recomendar
capacitação e uso de equipamentos de proteção individual,
e frequentemente o trabalhador é responsabilizado pelo
acidente ou punido. Dessa forma, outros acidentes
“ficam esperando para acontecer”. (MTE, 2010, p.54)
“ACIDENTES TIPO 2
• frequência: esporádica
• atividades em desenvolvimento: manutenção, recuperação
de incidentes, alterações não programadas ou não
esperadas, atividades sequenciais interdependentes, etc
• natureza dos problemas: relacionados a fatores da
organização do trabalho/gerenciamento da empresa
• diagnóstico a priori: baseado em bom nível de
conhecimento do sistema e das atividades.
• como diagnosticar: análises específicas
• sistema de gestão de SST: reativo e baseado
em controle de comportamentos
(MTE, 2010, p.54 e 55)
Exemplo
Durante atividades de conserto e manutenção, o motor
de uma empilhadeira quebra e, para consertá-lo, o
mecânico precisa de um equipamento para suspensão
que também está quebrado. O conserto é urgente
porque há entregas atrasadas e não há nenhum outro
equipamento de empilhar disponível. O mecânico
então apoia o motor em dois “sarrafos” de madeira.
O motor “escapa” e atinge a mão do mecânico,
ferindo-a. (MTE, 2010, p.55)
MOTOR
EMPILHADEIR
QA QUEBRA
Beatriz Lanza
CONCERTO
URGENTE
EQUIP. MOTOR ESCAPA E
SUSPENSÃO ATINGE MÃO DO
QUEBRADO OPERADOR
MOTOR
APOIADO
SARRAFOS
Eventos do Tipo 2 em geral ocorrem em
empresas com sistemas de gestão de SST
reativo e baseado em controle de
comportamentos, que fundamentam a
segurança na avaliação policialesca de falhas
visíveis e na capacitação, sem abandonar
a punição. (MTE, 2010, p.55 e 56)
ACIDENTES TIPO 3
Beatriz Lanza
ACIDENTE
As condições habituais de trabalho sofrem várias
modificações, que ocorrem de forma limitada no
tempo e quase simultaneamente, dando origem
ao acidente. “Da mesma forma que nos dois
exemplos anteriores (de eventos do Tipo 2),
uma inspeção de segurança tradicional teria
dificuldades para identificar os fatores
envolvidos. “(MTE, 2010, p. 57)
Se tivessem ocorrido separadamente - pane do
pegatoras, dificuldade de manutenção no turno
noturno, antecipação da chegada de matéria-
prima, deslocamento de um operador para
tarefas em outro turno, necessidade de acelerar
os trabalhos, e mesmo a operação de um
equipamento não habitual - como fatores
isolados poderiam não ter sido capazes de
gerar o acidente. (MTE, 2010, p. 57)
“Geralmente, a história do acidente revela
tolerância pregressa à presença de fatores que,
isoladamente, não seriam suficientes para
desencadeá-lo.
Beatriz Lanza
(MTE, 2010, p.59)
Barreiras Funcionais – intertravamentos, bloqueios
Barreiras Simbólicas – sinalização,
Beatriz Lanza
ORGANIZAÇÃO
DO TRABALHO
TRABALHADOR
ERGONOMIA X ACIDENTE DO TRABALHO
- tarefa e atividade;
- variabilidades – técnicas e humana;
- carga de trabalho;
- gestão dinâmica da atividade –cognição;
- limites das avaliações retrospectivas.
(MTE, 2010).
INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES
BASEADA EM OUTRA LITERATURA
Os próximos slides foram baseados no livro:
Investigação e análise de acidentes: conhecendo
o incidente para prevenir
Autores: Reginaldo Pedreira Lapa e
Maria Luiza Sampaio Goes. Edicon, 2011
FATORES QUE PODEM
PRECIPITAR O ACONTECIMENTO
DE UM INCIDENTE OU ACIDENTE
O erro humano
Atualmente a expressão “erro humano” esta
sendo utilizada para substituir o antigo termo
“ato inseguro”, o qual caracterizava e nomeava
os erros das pessoas. (LAPA E GOES, 2011)
Análise de acidentes deve ocorres de forma
holística, levando em consideração muitas
variáveis e não focar em procurar um culpado.
“O erro humano é uma falha em não completar
uma ação ou frustar seu resultado esperado.”
Beatriz Lanza
(LAPA E GOES, 2011, p. 77)
O ERRO DECORRE DE CARACTERíTICAS NATURAIS DO HOMEM
Beatriz Lanza
- Processo de eventos temporalmente
sequenciais.” (LAPA e GOES, 2011, p. 161)
MÉTODOS BASEADOS EM IDENTIFICAÇÃO
DE EVENTOS CRÍTICOS:
- BORA – Barrier Operational Risk Analysis – análise de
barreiras.
- Análise de mudanças;
- FTA – Fault Tree Analysis – Análise de Árvore de falhas.
(LAPA e GOES, 2011)
A GESTÃO DE ACIDENTES E INCIDENTES
Sistema de Gestão de SSO é "parte do sistema de
gestão global que facilita o gerenciamento dos
riscos de SSO associados aos negócios da
organização. Isto inclui a estrutura organizacional,
atividades de planejamento, responsabilidades,
práticas, procedimentos, processos e recursos
para desenvolver, implementar, atingir, analisar
criticamente e manter a política de SSO da
organização". OHSAS 18.001:2007
ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES