Mueda
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Edição 2005
A informação incluída nesta publicação provém de fontes consideradas fiáveis e tem uma
natureza informativa, não constituindo parecer profissional sobre a estratégia de
desenvolvimento local. As suas conclusões não são válidas em todas as circunstâncias. Noutros
casos, deverá ser solicitada opinião específica ao Ministério da Administração Estatal ou à
firma MÉTIER - Consultoria & Desenvolvimento, Lda.
ÍÍnnddiiccee
PPrreeffáácciioo v
SSiiggllaass ee A
Abbrreevviiaattuurraass vii
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DO DIISSTTRRIITTO
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11 BBrreevvee CCaarraacctteerriizzaaççããoo ddoo D
Diissttrriittoo 2
11..11 LLooccaalliizzaaççããoo,, SSuuppeerrffíícciiee ee PPooppuullaaççããoo 2
11..22 CClliim
maa ee H Hiiddrrooggrraaffiiaa 2
11..33 IInnffrraa--eessttrruuttuurraass 4
11..44 EEccoonnoom miiaa ee SSeerrvviiççooss 5
22 H
Hiissttóórriiaa,, PPoollííttiiccaa ee SSoocciieeddaaddee CCiivviill 8
22..11 HHiissttóórriiaa ee ccuullttuurraa 8
22..22 CCeennáárriioo ppoollííttiiccoo aaccttuuaall ee ssoocciieeddaaddee cciivviill 8
33 D
Deem
mooggrraaffiiaa 11
33..11 EEssttrruuttuurraa eettáárriiaa ee ppoorr sseexxoo 11
33..22 TTrraaççoo ssoocciioollóóggiiccoo 11
33..33 LLíínngguuaass ffaallaaddaass 12
33..44 AAnnaallffaabbeettiissmmoo ee EEssccoollaarriizzaaççããoo 13
44 H
Haabbiittaaççããoo ee CCoonnddiiççõõeess ddee V
Viiddaa 14
55 O
Orrggaanniizzaaççããoo A
Addm Goovveerrnnaaççããoo
miinniissttrraattiivvaa ee G 16
55..11 GGoovveerrnnoo D Diissttrriittaall 16
55..22 RReeffoorrm maa ddoo sseeccttoorr ppúúbblliiccoo 18
55..33 SSíínntteessee ddooss rreessuullttaaddooss ddaa aaccttiivviiddaaddee ddooss óórrggããooss ddiissttrriittaaiiss 18
5.3.1 Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento Rural 19
5.3.2 Educação e Saúde 20
5.3.3 Cultura, Juventude e Desporto 20
5.3.4 Mulher e Coordenação da Acção Social 20
5.3.5 Justiça, Ordem e Segurança pública 21
55..44 DDeessm miinnaaggeem m 22
55..55 FFiinnaannççaass PPúúbblliiccaass 23
55..66 CCoonnssttrraannggiim meennttooss àà aaccççããoo dodo G Goovveerrnnoo D Diissttrriittaall 24
55..77 PPaarrttiicciippaaççããoo ccoom muunniittáárriiaa 24
55..88 A p o i o
Apoio externo e x te r n o 24
66 PPoossssee ee U
Ussoo ddaa TTeerrrraa 25
66..11 PPoossssee ddaa tteerrrraa 25
66..22 TTrraabbaallhhoo aaggrrííccoollaa 26
66..33 UUttiilliizzaaççããoo eeccoonnóómmiiccaa ddoo ssoolloo 26
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Índice
________________________________________________________________________________________________
77 E
Edduuccaaççããoo 28
88 SSaaúúddee ee A
Accççããoo SSoocciiaall 31
88..11 CCuuiiddaaddooss ddee ssaaúúddee ee qquuaaddrroo eeppiiddéém
miiccoo 31
88..22 A c ç ão S
Acção Social o c i al 32
99 G
Géénneerroo 33
99..11 EEdduuccaaççããoo 33
99..22 A miiccaa ee eexxpplloorraaççããoo ddaa tteerrrraa
Accttiivviiddaaddee eeccoonnóóm 33
99..33 GGoovveerrnnaaççããoo 34
1100 A
Accttiivviiddaaddee E
Eccoonnóóm
miiccaa 35
1100..11 PPooppuullaaççããoo eeccoonnoom miiccaammeennttee aaccttiivvaa 35
1100..22 OOrrççaam meennttoo ffaam miilliiaarr 36
1100..33 SSeegguurraannççaa aalliim meennttaarr ee eessttrraattééggiiaass ddee ssoobbrreevviivvêênncciiaa 37
1100..44 IInnffrraa--eessttrruuttuurraass ddee bbaassee 38
1100..55 AAggrriiccuullttuurraa ee D Deesseennvvoollvviimmeennttoo RRuurraall 39
10.5.1 Pecuária 40
10.5.2 Pescas, Florestas e Fauna bravia 40
1100..66 IInnddúússttrriiaa,, CCoom méérrcciioo ee SSeerrvviiççooss 41
A
Anneexxoo:: A
Auuttoorriiddaaddee CCoom Diissttrriittoo ddee M
muunniittáárriiaa nnoo D Muueeddaa 43
D
Dooccuum
meennttaaççããoo ccoonnssuullttaaddaa 45
L
Liissttaa ddee ttaabbeellaass
TABELA 1: População por posto administrativo, idade e sexo, 1/1/2005 11
TABELA 2: Agregados, segundo a dimensão e o tipo sociológico 12
TABELA 3: População, segundo o estado civil e a crença religiosa 12
TABELA 4: População, consoante o conhecimento de Português 12
TABELA 5: População, por condição de alfabetização, 1997 13
TABELA 6: Famílias, tipo de casa e condições básicas de vida 14
TABELA 7: População, por condição de frequência escolar 28
TABELA 8: População, por nível de ensino que frequenta 29
TABELA 9: População, por nível de ensino concluído 29
TABELA 10: Escolas, alunos e professores, 2003 30
TABELA 11: Unidades de saúde, camas e pessoal, 2003 31
TABELA 12: Indicadores de cuidados de saúde, 2003 31
TABELA 13: População, por condição de orfandade, 1997 32
TABELA 14: População deficiente, por idade e residência, 1997 32
TABELA 15: População activa, por ramo de actividade, 2005 36
TABELA 16: Produção agrícola, por principais culturas: 2000-2003 40
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Índice
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L
Liissttaa ddee ffiigguurraass
FIGURA 1: Famílias, por condições básicas de vida....................................................... 14
FIGURA 2: Habitações, por tipo de materiais usados .................................................... 15
FIGURA 3: Habitações, segundo a fonte de abastecimento de água............................ 15
FIGURA 4: Locais suspeitos de minas .............................................................................. 22
FIGURA 5: Estrutura do orçamento distrital, 2004 ........................................................ 23
FIGURA 6: Estrutura de exploração agrária da terra ...................................................... 26
FIGURA 7: População, por nível de ensino que frequenta............................................ 28
FIGURA 8: Indicadores de escolaridade, por sexos........................................................ 33
FIGURA 9: Quota das mulheres no trabalho agrícola e remunerado........................... 34
FIGURA 10: População activa, por ramo de actividade, 2005........................................ 35
FIGURA 11: Consumo familiar, por grupo de produtos e serviços .............................. 36
FIGURA 12: Distribuição das famílias, segundo o rendimento mensal ........................ 37
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República de Moçambique
Ministério da Administração Estatal
P
Prre
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Com 800 mil km2 de superfície e uma população de 19,5
milhões de habitantes, Moçambique inicia o séc. XXI, com
exigências inadiáveis de engajamento de todos os níveis da
sociedade e dos vários intervenientes institucionais e
parceiros de cooperação, num esforço conjugado de combate
à pobreza e desigualdade e de promoção do desenvolvimento económico e social do País.
Na esfera da governação, esta exigência abrange todos os níveis territoriais e cada uma das
instituições públicas, estando a respectiva política do Governo enunciada nos preceitos
Constitucionais sobre a Descentralização e a Reforma do Sector Público.
A Lei dos Órgãos Locais, n.º 8/2003 de 27 de Março, ao estabelecer os novos princípios e
normas de organização, competências e de funcionamento destes órgãos nos escalões de
província, distrito, posto administrativo e localidade, dotou o processo de um novo quadro
jurídico que reforça e operacionaliza a importância estratégica da governação local.
Estamos certos que este produto, apetrechará as várias Instituições públicas e privadas,
nacionais ou internacionais, com um conhecimento de todo o país, que potencia o
prosseguimento coordenado das acções de combate à pobreza em Moçambique.
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República de Moçambique
Ministério da Administração Estatal
Efectivamente, entendemos os Perfis Distritais como um contributo para um processo de
gestão que integra, por um lado, os aspectos organizacionais e de competências distritais e,
por outro, as questões decorrentes do desenvolvimento e da descentralização nas áreas da
planificação e da afectação e gestão dos recursos públicos.
A finalizar, referir que a publicação destes Perfis insere-se num esforço continuado, por
parte do Ministério da Administração Estatal e da sua Direcção Nacional de Administração
Local, de monitoria do desenvolvimento institucional da administração pública local e do seu
gradual ajustamento às exigências do desenvolvimento e crescimento em Moçambique.
Entusiasmamos, pois, todas as contribuições e comentários que possam fazer chegar a essa
Direcção Nacional, no sentido de melhorar e enriquecer o conteúdo futuro dos Perfis.
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Siglas e Abreviaturas
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S
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AD Administração Distrital
EN Estrada Nacional
PA Posto Administrativo
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Breve Caracterização do Distrito
________________________________________________________________________________________________
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Diissttrriitto
o
O
distrito de Mueda está localizado na parte norte da Província de Cabo Delgado,
confinando a Norte com o Rio Rovuma (fronteira com a República Unida da
Tanzania), a Sul com os distritos de Montepuez, Meluco e Muidumbe, a Este com o
distrito de Mocímboa da Praia e a Oeste com o distrito de Mecula da Proviíncia de Niassa.
Com uma superfície1 de 11.345 km2 e uma população recenseada em 1997 de 98.654
habitantes e estimada, à data de 1/1/2005, em 122.618 habitantes, este distrito tem uma
densidade populacional de 10.8 hab/km2.
11..22 C
Clliim
maa ee H
Hiiddrrooggrraaffiiaa
As temperaturas médias anuais no planalto são em regra inferiores a 22ºC, embora
localmente possam exceder esses valores. A precipitação média anual é superior a 1000 mm
e a evapotranspiração potencial de referência é de 1300 mm.
Os principais cursos de água que banham o Distrito de Mueda são: Rio Mueda, Rio Muilo,
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Breve Caracterização do Distrito
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Rio Rovuma e rio Lugenda. Nem todas as bacias hidrográficas mencionadas são navegáveis
e todas são de regime periódico devido aos seus fracos caudais.
A zona subplanáltica de transição para a zona litoral, com um relevo mais dissecado e
encostas mais declivosas intermédias, tem altitudes entre os 500 e os 1000 metros..
É dominada por solos de textura mais ligeira do tipo arenoso (Ferralic Arenosols, Cambic
Arenosols) a franco-argilo-arenoso (Cambisols) vermelhos, castanho avermelhados,
castanho acinzentados, profundos a moderadamente profundos respectivamente, bem a
excessivamente bem drenados e imperfeitamente a bem drenados respectivamente,
resultando numa baixa ou reduzida capacidade de armazenamento de água e por
conseguinte, agravando o deficite de água durante o período seco.
Uma parte considerável do interior é coberta pela zona R7, correspondendo ás terras de
altitudes compreendidas entre os 200 e 500 metros, de relevo ondulado, interrompido de
quando em quando pelas formações rochosas dos “inselbergs”. Fisiograficamente a área é
constituída por uma zona planáltica baixa que, gradualmente passa para um relevo mais
dissecado com encostas mais declivosas intermédias, da zona subplanáltica de transição para
a zona litoral.
Os dambos (ndabo nas línguas locais) são formas especiais dos vales, não sendo exclusivos
de uma zona agro-ecológica estão presentes de uma forma consideravel na zona R7. São
depressões hidromórficas suaves ou vales extensos, não profundos, sem escoamento de
água na forma de uma linha de drenagem ou mesmo leito de rio. O escoamento superficial é
lento e difuso para além de poder ainda beneficiar da contribuição do fluxo de água
subterrânea, principalmente nas zonas cujos depósitos apresentam texturas grosseira e
arenosa. Estas unidades de terreno são ainda características das áreas mais planas ao longo
dos divisores de água dos rios.
A fisiografia é dominada pela alternância de interflúvios e os vales dos rios que, devido á sua
largura, profundidade e posição (em relação aos rios), poderão alternar com dambos. Os
vales dos rios são dominados por solos aluvionares (Fluvisols), escuros, profundos, de
textura pesada a média, moderadamente a mal drenados, sujeitos a inundação regular. Nos
dambos encontram-se solos hidromórficos de textura variada, desde arenosos de cores
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Breve Caracterização do Distrito
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cinzentas, arenosos sobre argila a solos argilosos estratificados, de côr escura (Mollic, Gleyic
e Dystric Gleysols, e Haplic e Luvic Phaeozems).
Os topos e encostas superiores dos interfluvios são dominados por complexos de solos
vermelhos e alaranjados (Rhodic Ferralsols, Chromic Luvisols), e amarelos (Haplic Lixisols
e Haplic Ferralsols). A maioria dos solos apresentam texturas média a pesada, sendo
profundos, bem a moderadamente bem drenados. Nas encostas intermédias dos interflúvios
os solos variam de cor, desde solos com cores pardo-acastanhada a castanho-amareladas,
moderadamente bem drenados, com textura argilosa.
11..33 IInnffrraa--eessttrruuttuurraass
Têm sido realizadas obras de manutenção de rotina periódica de estradas com uso de mão-
de-obra intensiva. As estradas de terra batida são transitáveis ao longo de todo o ano,
excepto nos anos que se registam chuvas intensas.
Existe uma pista de aterragem asfaltada operacional, que tem permitido a movimentação
normal de aeronaves. O distrito é servido por transporte público terrestre, embora irregular.
O distrito dispõe de comunicações via rádio. Está em curso a fase de automatização da rede
telefónica. O Distrito ressente-se do facto de as TDM funcionarem apenas até às 17 horas.
Os correios funcionam normalmente, embora com pouca afluência.
No distrito de Mueda o sector da água enfrenta inúmeros problemas, e um pouco por todo
o distrito surgem conflitos sobre este recurso. Os subsistemas existentes têm avarias
permanentes, e muitas aldeias não têm acesso a fontes de água melhoradas, obrigando as
populações a percorrer distâncias que vão até um dia de caminhada.
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Breve Caracterização do Distrito
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O distrito possui 54 escolas (das quais, 48 do ensino primário nível 1), e está servido por 6
unidades sanitárias, que possibilitam o acesso progressivo da população aos serviços do
Sistema Nacional de Saúde, apesar de a um nível bastante insuficiente como se conclui dos
seguintes índices de cobertura média:
11..44 EEccoonnoom
miiaa ee S
Seerrvviiççooss
A agricultura é a actividade dominante e envolve quase todos os agregados familiares. De
um modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações familiares
em regime de consociação de culturas com base em variedades locais.
De uma forma generalizada pode-se dizer que a região é caracterizada pela ocorrência de
três sistemas de produção agrícola dominantes. O primeiro corresponde à vasta zona
planáltica baixa onde domina a consociação das culturas alimentares, nomeadamente
mandioca/milho/feijões nhemba e boer, como culturas de 1a época (época das chuvas) e a
produção de arroz pluvial nos vales dos rios, dambos e partes inferiores dos declives.
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Breve Caracterização do Distrito
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O fomento pecuário no distrito tem sido fraco. Porém, dada a tradição na criação de gado e
algumas infra-estruturas existentes, verificou-se algum crescimento do efectivo pecuário.
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Breve Caracterização do Distrito
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História, Política e Sociedade Civil
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2
2 H
Hiissttó
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Poollííttiicca
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Soocciie
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22..11 H
Hiissttóórriiaa ee ccuullttuurraa
A
população de Mueda é maioritariamente falante da língua Shimaconde. Outras línguas
faladas: Emakhua, Kisuahili, Makué,Yao, Mtambué, Ngoni e Kimuane; para além da
língua oficial, o Português.
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História, Política e Sociedade Civil
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História, Política e Sociedade Civil
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Através dos líderes comunitários, as populações têm-se envolvido na busca de soluções para
os problemas existentes, nomeadamente, no combate à criminalidade, em colaboração com
a Polícia Comunitária, através da apreensão e denúncia de delinquentes; no combate ao
cultivo, consumo e comercialização de estupefacientes (suruma); na abertura de vias de
acesso; na confecção de tijolos no âmbito do programa de “comida por trabalho” e na abertura
de poços comunitários usando material convencional ou local.
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Demografia
________________________________________________________________________________________________
3
3 D
Deem
moog
grra
affiia
a
O distrito tem uma superfície de 11.345 km2 e uma população, à data de
1/1/2005, de 123 mil habitantes. Com uma densidade populacional de 11
hab/km2, estima-se que o distrito atinja, em 2010, os 134 mil habitantes.
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Demografia
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Na sua maioria casados, após os 12 anos de idade, têm forte crença religiosa, dominada pela
religião Católica.
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Demografia
________________________________________________________________________________________________
33..44 A
Annaallffaabbeettiissm
moo ee EEssccoollaarriizzaaççããoo
Com 81% da população analfabeta, predominantemente mulheres, a taxa de escolarização
no distrito é baixa, constatando-se que somente 29% dos habitantes2 frequentam ou já
frequentaram a escola.
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Habitação e Condições de Vida
________________________________________________________________________________________________
4
4 H
Haab
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O tipo de habitação modal do distrito é “a palhota, com
pavimento de terra batida, tecto de capim ou colmo e
paredes de caniço ou paus”.
52%
23%
1% 0%
Com Água Canalizada Com retrete ou latrina Com electricidade Com Radio
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Habitação e Condições de Vida
________________________________________________________________________________________________
66%
70%
60%
50%
40% 33%
30%
20%
10%
0% 1% 0%
0%
Canalizada, Canalizada, fora Fontanário Poço ou furo Rio ou Lago
dentro de casa de casa
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 1997.
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Organização Administrativa e Governação
________________________________________________________________________________________________
5
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O
distrito tem cinco Postos Administrativos: Mueda-Sede, Chapa, Imbuho, Negomano e
N´gapa que, por sua vez, estão subdivididos em 12 Localidades.
MUEDA-SEDE
LIPELUA
LITEMBO
MIULA
MPEME
CHAPA
CHAPA - SEDE
IMBUHO
IMBUHO - SEDE
NAMAUA
NEGOMANO
NEGOMANO-SEDE
N'GAPA
N'GAPA - SEDE
CHIPINGA
NATSENGE
NONGE
55..11 G
Goovveerrnnoo D
Diissttrriittaall
O Governo Distrital, dirigido pelo Administrador de Distrito, está
estruturado nos seguintes níveis de direcção e coordenação:
Gabinete do Administrador, Administração e Secretaria;
Direcção Distrital da Agricultura e Desenvolvimento Rural;
Direcção Distrital da Educação;
Direcção Distrital da Saúde;
Direcção Distrital do Comércio, Indústria e Turismo;
Direcção Distrital das Mulher e Coordenação da Acção Social;
Delegação do Registo Civil e Notariado;
Comando Distrital da PRM.
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Organização Administrativa e Governação
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Organização Administrativa e Governação
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As instituições do distrito operam com base nas normas de funcionamento dos serviços da
Administração Pública, aprovadas pelo Decreto 30/2001 de 15 de Outubro, do Conselho
de Ministros, publicado no Boletim da república n° 41, I Série, Suplemento.
55..22 R
Reeffoorrm
maa ddoo sseeccttoorr ppúúbblliiccoo
O Decreto 30/2001 de 15 de Outubro, sobre a Reforma do Sector Público, está a ser
implementado no distrito. Com efeito, este instrumento foi objecto de estudo pelos
funcionários do Estado, de modo a garantir a sua correcta implementação pelos sectores.
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Organização Administrativa e Governação
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O início do século foi marcado pelo cenário de estiagem e seca caracterizado por chuvas
irregulares e abaixo do normal, que criaram uma situação de insegurança alimentar, exigindo
do Governo Distrital iniciativas enérgicas de mitigação, de que se destacam:
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Organização Administrativa e Governação
________________________________________________________________________________________________
O distrito está dotado de 1 Hospital Rural, 1 Centro de saúde de nível I e 4 do nível II/III,
com um total de 47 camas e 51 técnicos e assistentes de saúde.
Existem no Distrito 17 locais de interesse histórico, dos quais 7 são lugares de cultos
tradicionais, para além de 3 monumentos.
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Organização Administrativa e Governação
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Atendimento às Crianças e Idosos: Tem sido prestada assistência às crianças órfãs de pais,
havendo já 12 crianças identificadas e que vivem em situações extremamente difíceis.
Algumas destas crianças carentes beneficiam de isenção de pagamento de matrícula e de
outros emolumentos escolares. 148 idosos têm sido atendidos através do programa de
subsídio de alimentos, na Vila de Mueda; 37 idosos noutras aldeias.
A acção nesta área tem sido coordenada com as organizações não governamentais,
associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de oportunidades e de
direitos entre homem e mulher em todos aspectos de vida social e económica, bem como a
integração no mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida escolar.
Apesar dos esforços desenvolvidos, são ainda bem patentes no distrito os efeitos da
pobreza, calamidades naturais e da guerra que assolou Moçambique nas últimas décadas.
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Organização Administrativa e Governação
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55..44 D
Deessm
miinnaaggeem
m
As minas constituem ou constituíram, em algumas zonas identificadas, uma ameaça à
segurança da população e ao desenvolvimento económico. A acção de desminagem em
curso no país desde 1992, tem permitido diminuir o seu risco, sendo hoje a situação
existente no país e neste distrito mais controlada e conhecida.
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Organização Administrativa e Governação
________________________________________________________________________________________________
7%
10%
23%
4%
13% 54%
10%
79%
Impost o de Reconst rução Nacional T axas e licenças de Mercados Despesas com pessoal Combustíveis e comunicações
Out ras receit as e t axas Subsídio do O.E. Manutenção Out ros gast os materiais
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Organização Administrativa e Governação
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55..66 C
Coonnssttrraannggiim Goovveerrnnoo D
meennttooss àà aaccççããoo ddoo G Diissttrriittaall
Face à situação financeira descrita, o Governo Distrital tem enfrentado vários
constrangimentos à sua acção, de que se destacam os seguintes:
A participação comunitária tem sido essencial para suprir várias necessidades em matéria de
construção, reabilitação e manutenção de infra-estruturas, nomeadamente estradas
interiores, postos de saúde e escolas, bem como residências para professores e enfermeiros.
Para tal, o Governo Distrital tem estabelecido coordenação de acções com as ONG’s,
visando levar a efeito a reconstrução e construção de infra-estruturas com base em recursos
locais e nos programas “comida pelo trabalho” financiados pelo PMA.
55..88 A
Appooiioo eexxtteerrnnoo
Na sua actuação, o Governo Distrital tem tido apoio de vários organismos de cooperação,
que promovem programas sociais de assistência, protecção do ambiente e desenvolvimento
rural, que desempenham um papel activo e importante no apoio à reconstrução e
desenvolvimento locais.
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Posse e Uso da Terra
________________________________________________________________________________________________
6
6 P
Poosssse
eeeU
Usso
odda
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errrra
a 333
A informação deste capítulo tem por objectivo analisar os traços gerais que
caracterizam a base agrária do distrito, de forma a permitir inferir sobre
eventuais cenários de intervenção que reforcem o sector no contexto do
processo de desenvolvimento distrital.
Apesar das reservas quanto à representatividade ao nível distrital dos dados do CAP, este
capítulo permite avaliar os principais factores que fazem deste sector um veículo
privilegiado de intervenção no desenvolvimento económico e social do país.
Este padrão desigual da distribuição das áreas fica evidente se referirmos que 1/3 da área
cultivada pertence a somente 12% das explorações do distrito.
Na sua maioria os terrenos não estão titulados e, quando explorados em regime familiar,
têm como responsável, em quase 75% dos casos, o homem da família.
3 Baseado em trabalho analítico da MÉTIER, suportado pelos dados do INE do Censo Agro-pecuário de 1999-2000. Apesar de se
tratar de extrapolação s a partir duma amostra cuja representatividade ao nível distrital é baixa, considera-se que – do ponto de vista
da análise da estrutura de uso e exploração da terra - os seus resultados são um bom retrato das características essenciais do distrito.
Aconselha-se, pois, que mais do que os seus valores absolutos, este capítulo seja analisado tendo em vista absorver os principais
aspectos estruturais da actividade agrária.
Mueda
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Posse e Uso da Terra
________________________________________________________________________________________________
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
< 1/2 1/2 ha - 1 ha - 2 2 ha - 3 3 ha - 4 4 ha - 5 5 ha - 10 ha - ³ 100
ha 1 ha ha ha ha ha 10 ha 100 ha ha
Estas explorações estão divididas em cerca de 37 mil parcelas, metade com menos de meio
hectare e exploradas em cerca de metade dos casos por mulheres. De reter que, do total de
agricultores, 35% são crianças menores de 10 anos de idade, de ambos os sexos.
66..33 U
Uttiilliizzaaççããoo eeccoonnóóm
miiccaa ddoo ssoolloo
A maioria da terra é explorada em regime de consociação de culturas alimentares,
nomeadamente o milho, mandioca, feijão nhemba, amendoim.
Para além das culturas alimentares e de rendimento, o distrito tem fruteiras, coqueiros e
cajueiros.
Mueda
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Posse e Uso da Terra
________________________________________________________________________________________________
Mueda
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Educação
________________________________________________________________________________________________
7
7 E
Eddu
ucca
aççã
ãoo
Com 81% da população analfabeta, predominantemente
mulheres, a taxa de escolarização no distrito é baixa,
constatando-se que somente 29% dos habitantes4 frequentam ou
já frequentaram a escola primária.
A maior taxa de escolarização verifica-se no grupo etário dos 10 a 14 anos, onde 39% das
crianças frequenta a escola, seguido do grupo de 5 a 9 anos, o que reflecte a entrada tardia
na escola. Na sua maioria, os estudantes são rapazes a frequentar o ensino primário, dada a
insuficiente / inexistente rede escolar dos restantes níveis de ensino nalgumas localidades.
Primário 11%
100%
80%
60%
40%
20%
0%
PÁGINA 2 8
Educação
________________________________________________________________________________________________
PÁGINA 2 9
Educação
________________________________________________________________________________________________
O baixo grau de escolarização reflecte o facto de, apesar da expansão em curso, a rede
escolar e o efectivo de professores serem insuficientes e possuírem uma baixa qualificação
pedagógica. Tais factos são agravados por factores socio-económicos, resultando em baixas
taxas de aproveitamento e altas desistências, em algumas das localidades do distrito.
TABELA 10: Escolas, alunos e professores, 2003
NÍVEIS DE ENSINO E N.º de N.º de Alunos N.º de Professores
POSTOS ADMINISTRATIVOS Escolas M HM M HM
TOTAL DO DISTRITO 54 7.659 19.148 64 322
EP1 48 6.834 17.085 55 274
EP2 5 534 1.335 7 34
ESG I 1 291 728 3 14
Fonte: Administração do Distrito e Direcção Provincial da Educação
EP1 - 1º a 5º anos; EP2 - 6º e 7º anos; ESG I - 8º a 10º Anos.
A maioria dos professores tem uma formação escolar baixa, possuindo, em média, a 6ª
classe e, em alguns casos, um ano de estágio pedagógico, o que condiciona bastante a
qualidade do ensino ministrado.
Mueda
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Saúde e Acção Social
________________________________________________________________________________________________
8
8 S
Saaú
údde
eeeA
Accççã
ãooS
Soocciia
all
88..11 Cuuiiddaaddooss ddee ssaaúúddee ee qquuaaddrroo eeppiiddéém
C miiccoo
A rede de saúde do distrito, apesar de estar a evoluir a bom ritmo,
é insuficiente, evidenciando os seguintes índices de cobertura
média:
Uma unidade sanitária por cada 22 mil pessoas;
Uma cama por 2.800 habitantes; e
Um profissional técnico para cada 2.600 residentes no distrito.
A Direcção Distrital de Saúde distribui regularmente por cada Centro de Saúde “Kits A e B”
e pelos Postos de Saúde “Kits B”. A tabela seguinte apresenta, para o ano de 2003, a
posição de alguns indicadores que caracterizam o grau de acesso e de cobertura dos serviços
do Sistema Nacional de Saúde.
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Saúde e Acção Social
________________________________________________________________________________________________
O quadro epidémico do distrito é dominado pela malária, diarreia e DTS e SIDA que, no
seu conjunto, representam quase a totalidade dos casos de doenças notificados no distrito.
88..22 A
Accççããoo S
Soocciiaall
A integração e assistência social a pessoas, famílias e grupos sociais em situação de pobreza
absoluta, dá prioridade à criança órfã, mulher viúva, idosos e deficientes, doentes crónicos e
portadores do HIV-SIDA, tóxico-dependentes e regressados.
Neste distrito existem, segundo os dados do Censo de 1997, cerca de 2 mil órfãos (dos quais
25% de pai e mãe) e cerca de 2 mil deficientes (64% com debilidade física, 13% com
doenças mentais e 23% com ambos os tipos de doença).
A acção social no distrito tem sido coordenada com as organizações não governamentais,
associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de oportunidades e de
direitos entre homem e mulher em todos aspectos de vida social e económica, bem como a
integração no mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida escolar.
Mueda
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Género
________________________________________________________________________________________________
9
9 G
Géén
neerro
o
O distrito tem uma população de 123 mil habitantes - 64 mil do sexo feminino - sendo 6%
das famílias do tipo monoparental chefiados por mulheres.
99..11 EEdduuccaaççããoo
Tendo por língua materna dominante o Emakuwa, só 26% das mulheres tem conhecimento
da língua portuguesa. A taxa de analfabetismo na população feminina é de 89%, sendo de
72% no caso dos homens.
Das mulheres do distrito com mais de 5 anos, 80% nunca frequentaram a escola e somente
5% concluíram o ensino primário.
A maior taxa de escolarização feminina ocorre no grupo etário dos 10 a 14 anos, em que
33% das raparigas frequentam a escola. Este indicador evidencia o baixo nível escolar e a
entrada tardia na escola da maioria das raparigas, sobretudo nas zonas rurais.
72%
33% 26%
45% 11%
Homens
5%
Mulheres
12%
62%
80%
Ensino primário concluído Sem frequência escolar
PÁGINA 3 3
Género
________________________________________________________________________________________________
82%
90%
80%
70% 57%
50% 50%
60%
43% Homens
50% Mulheres
40%
18%
30% 10%
20%
10%
0%
Responsável pelas Trabalhadores % de a ssalaria dos % de agricultores
explorações agrícolas com menos de 10
anos de idade
99..33 G
Goovveerrnnaaççããoo
Ao nível do distrito tem-se privilegiado a coordenação das acções de
algumas organizações não governamentais, associações e sociedade
civil, promovendo a criação de igualdade de oportunidades e direitos
entre sexos em todos aspectos de vida social e económica, e a
integração da mulher no mercado de trabalho, processos de geração
de rendimentos e vida escolar.
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Potencial Distrital e Linhas de Desenvolvimento
________________________________________________________________________________________________
1
100 A
Accttiiv
viid
daad
deeE
Ecco
onnó
ómmiicca
a
1100..11 PPooppuullaaççããoo eeccoonnoom meennttee aaccttiivvaa
miiccaam
A estrutura etária da população reflecte uma relação de dependência económica aproximada
de 1:1.2, isto é, por cada 10 crianças ou anciões existem 12 pessoas em idade activa.
De um total de 123 mil habitantes, 72 mil estão em idade de trabalho (15 a 64 anos).
Excluindo os que procuram emprego pela primeira vez, a população economicamente activa
é de 58 mil pessoas, o que reflecte uma taxa implícita de desemprego de 20%.
Da população activa, 97% são trabalhadores familiares ou por conta própria, na maioria,
mulheres. A percentagem de assalariados é somente de 3% da população activa, sendo - de
forma inversa, dominada por homens (as mulheres representam apenas 10% do total de
assalariados).
2% 3% 3%
28%
69%
95%
Mueda
10
Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.
PÁGINA 3 5
Potencial Distrital e Linhas de Desenvolvimento
________________________________________________________________________________________________
1100..22 O
Orrççaam
meennttoo ffaam
miilliiaarr
O distrito tem um Índice de Incidência da Pobreza 12 estimado em cerca de 68% no ano de
200313. Com um nível médio mensal de receitas familiares de 60% em espécie, derivados do
autoconsumo e da renda imputada pela posse de habitação própria, a população do distrito
apresenta um padrão de consumo concentrado nos produtos alimentares (60%) e nos
serviços de habitação, água, energia e combustíveis (17%).
6% 2%
8%
7%
60%
17%
(*) Inclui o autoconsumo da produção agrícola e a imputação da renda por posse de habitação própria
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, IAF - 2002/03.
11 Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.
12 O Índice de Incidência da Pobreza (povery headcount índex) é a proporção da população cujo consumo per capita está abaixo da linha
da pobreza. Mueda
13 Estimativa da MÉTIER, a partir de dados do Relatório sobre Pobreza e Bem-Estar em Moçambique: 2ª Avaliação Nacional
(2002-03), DNPO, Gabinete de Estudos do MPF.
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Potencial Distrital e Linhas de Desenvolvimento
________________________________________________________________________________________________
Com variância significativa, a distribuição da receita familiar está concentrada nas classes
baixas, com 55% dos agregados na faixa de rendimentos mensais inferiores a 1.500 contos.
15,4% 15,3%
12,4%
9,2% 10,1%
5,8%
4,2%
Com m enos De 500.000 a De 1.000.000 De 1.500.000 De 2.000.000 De 2.500.000 De 5.000.000 Com m ais de
de 500.000 1.000.000 MT a 1.500.000 a 2.000.000 a 2.500.000 a 5.000.000 a 10.000.000 10.000.000
MT MT MT MT MT MT MT
Mueda
14
Nomeadamente, os Médicos sem fronteira.
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Potencial Distrital e Linhas de Desenvolvimento
________________________________________________________________________________________________
As famílias com homens activos recorrem ao trabalho remunerado nas cidades mais
próximas, já que as oportunidades de emprego no distrito são reduzidas, dado que a
economia ter por base, essencialmente, as relações familiares.
Existe uma pista de aterragem asfaltada operacional, que tem permitido a movimentação
normal de aeronaves. O distrito é servido por transporte público terrestre, embora irregular.
Das vias rodoviárias principais, estão transitáveis os troços de ligação aos distritos
confinantes de Muidumbe, Nangade e Mocímboa da Praia. As demais vias, todas tendo
Mueda (sede) como ponto de partida, não são transitáveis no tempo das chuvas intensas.
Todas são estradas do tipo rural terciária não classificada e ligam às localidades de
Negomano, N’gapa, Chapa e Imbuo.
O distrito dispõe de comunicações via rádio. Está em curso a fase de automatização da rede
telefónica. O Distrito ressente-se do facto de as TDM funcionarem apenas até às 17 horas.
Mueda
PÁGINA 3 8
Potencial Distrital e Linhas de Desenvolvimento
________________________________________________________________________________________________
No distrito de Mueda o sector da água enfrenta inúmeros problemas, e um pouco por todo
o distrito surgem conflitos sobre este recurso. Os subsistemas existentes têm avarias
permanentes, e muitas aldeias não têm acesso a fontes de água melhoradas, obrigando as
populações a percorrer distâncias que vão até um dia de caminhada.
Apesar dos esforços realizados, importa reter que o estado geral de conservação e
manutenção das infra-estruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água
a necessitar de manutenção, bem como a rede de estradas e pontes que, na época das
chuvas, tem problemas de transitibilidade.
1100..55 A
Aggrriiccuullttuurraa ee D meennttoo R
Deesseennvvoollvviim Ruurraall
A agricultura é a actividade dominante e envolve quase todos os agregados familiares. De
um modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações familiares
em regime de consociação de culturas com base em variedades locais.
De uma forma generalizada pode-se dizer que a região é caracterizada pela ocorrência de
três sistemas de produção agrícola dominantes. O primeiro corresponde à vasta zona
planáltica baixa onde domina a consociação das culturas alimentares, nomeadamente
mandioca/milho/feijões nhemba e boer, como culturas de 1a época (época das chuvas) e a
produção de arroz pluvial nos vales dos rios, dambos e partes inferiores dos declives.
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Potencial Distrital e Linhas de Desenvolvimento
________________________________________________________________________________________________
10.5.1 Pecuária
O fomento pecuário no distrito tem sido fraco. Porém, dada a tradição na criação de gado e
algumas infra-estruturas existentes, verificou-se algum crescimento do efectivo pecuário.
Os animais domésticos mais importantes para o consumo familiar são as galinhas, os patos
e os cabritos, enquanto que, para a comercialização, são os bois, os cabritos e as ovelhas.
PÁGINA 4 0
Potencial Distrital e Linhas de Desenvolvimento
________________________________________________________________________________________________
Foi montado um viveiro central onde são produzidas espécies florestais, cuja distribuição
privilegia as comunidades da área de influência da rede de extensão rural e as escolas.
Operam 3 empresas de exploração florestal numa área de 175.032 ha, aproximadamente.
No distrito de Mueda existem laranjeiras, papaieiras, goiabeiras, abacateiros, ateiras e
coqueiros. Os maiores constrangimentos da silvicultura em Mueda são a falta de mudas, as
pragas e a insuficiente qualidade da terra.
A guerra e as queimadas descontroladas reduziram a população animal que hoje se resume
na existência de cudos, cabritos selvagens, elefantes, macacos e numerosa variedade de aves
e répteis. Para a defesa de pessoas e bens da população têm sido abatidos leões, e outros
animais ferozes.
No domínio das pescas, não são registadas actividades de vulto que tenham expressão na
economia do Distrito.
1100..66 IInnddúússttrriiaa,, C
Coom Seerrvviiççooss
méérrcciioo ee S
A actividade industrial do distrito de Mueda resume-se à existência de unidades de agro-
processamento, turísticas e caseiras. No sector de industria agro-processamento existem as
seguintes unidades: 21 moageiras das quais 18 operacionais e 3 paralisadas, 2 maquinetas de
descasque de arroz. No sector da indústria madeireira funcionam as seguintes unidades: 3
serrações móveis e 1 carpintaria.
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Potencial Distrital e Linhas de Desenvolvimento
________________________________________________________________________________________________
O comércio informal está mais activo no distrito face à incapacidade dos operadores da
área. Este comércio é, predominantemente, praticado pelos jovens e mulheres.
Não existe nenhuma instituição bancária a operar no distrito, nem nenhum sistema formal
de crédito em condições acessíveis aos operadores locais.
Mueda
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Autoridade tradicional
________________________________________________________________________________________________
Anexo:
Anexo: Autor
Autoriid
daad
deeC
Coom
muun
niittá
árriia
anno
oDDistrito
istrito de
de M
Muue
edda
a
(Fonte de dados: Direcção Nacional da Administração Local)
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Página 43
Autoridade tradicional
________________________________________________________________________________________________
Mueda
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Página 44
Documentação consultada
________________________________________________________________________________________________
D
Dooccu
umme
enntta
aççã
ãoo cco
onnssu
ulltta
adda
a
Administração do Distrito, Balanço de Actividades Quinquenal para a 4ª Reunião Nacional, 2004.
PÁGINA 4 5
Documentação consultada
________________________________________________________________________________________________
Ministério do Plano e Finanças, Gabinete de Estudos, DNPO, Relatório sobre Pobreza e Bem-
estar em Moçambique: 2ª Avaliação Nacional (2002-03).
Ministério do Plano e Finanças, Plano de Acção Para a Redução da Pobreza Absoluta (2001-2005),
Conselho de Ministros, 2001.
Mueda
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Série: Perfis Distritais
Edição: 2005