AULA 12 - Herpesviridae
AULA 12 - Herpesviridae
AULA 12 - Herpesviridae
AULA 12 – Herpesviridae
Professor: M.e Med. Vet. Tarcísio Alves Teixeira
Herpesviridae
Morfologia
- Latência:
. Replicação do DNA viral (epissomal) quando a célula fizer replicação do seu
DNA.
. Pode haver também integração do DNA viral com cromossomas celulares.
. Ciclo lisogênico.
Herpesviridae
Classificação
- Família Herpesviridae possui três subfamílias:
. Todas as doenças que iremos abordar são causadas por vírus da subfamília
Alphaherpesvirinae.
Herpesvírus de bovinos
Herpesvírus bovino 1
Descrição
- Sigla: BoHV1
- Patogenia:
. Replicação viral em epitélio de trato respiratório, das narinas até bronquíolos.
. Há viremia associada a leucócitos.
- Sinais clínicos:
. Febre, inapetência, descarga nasal e ocular (serosa e depois mucopurulenta),
dispnéia, tosse e salivação.
. Lesões: necrose e úlceras na mucosa do trato respiratório; formação de
membrana diftérica.
Herpesvírus bovino 1
Rinotraqueíte infecciosa bovina
- Sinais clínicos:
. sem complicações , o quadro dura de 5 a 10 dias.
. Complicações: infecções bacterianas secundárias por Mannheimia haemolytica e
Pasteurella multocida.
- Transmissão
. Através de fômites, venérea ou sêmen infectado.
- Patogenia:
. Replicação viral em epitélio do trato genital (vulva, vagina, pênis e prepúcio), com
formação de áreas de necrose, ulcerações, edema, descarga vulvar.
. Formação de pústulas que coalescem e formam pseudomembranas.
Herpesvírus bovino 1
Doença genital
- Sinais clínicos:
. Febre, anorexia
. Cauda levantada, polaquiúria, disúria.
. Estágio agudo dura 4 a 5 dias, e lesões melhoram após 10-14 dias, se não houver
complicações.
- Confirmação laboratorial
- Antiinflamatórios não-esteroidais.
Herpesvírus bovino 1
Profilaxia e controle
- Vacinação:
. Não impede infecção, mas diminui severidade dos sinais clínicos.
. Aplicada antes do serviço e antes da situação estressante.
. Em casos de vacinas vivas: não aplicar em fêmeas prenhes e seus contatos (até
30 dias).
. Em países que estão tentando erradicar o BoHV1: vacinas com mutação
direcionada ou recombinantes.
- Sigla: BoHV-5
Herpesvírus bovino 5
Epidemiologia
- Afeta rebanhos no continente americano e Austrália.
- Sinais clínicos:
. Febre, depressão, descarga nasal e ocular;
. Ranger de dentes, ataxia, cegueira, nistágmo, opistótono, andar em círculos,
headpressing, convulsões.
Herpesvírus bovino 5
Diagnóstico, Tratamento, profilaxia e controle
- Diagnóstico: PCR a partir de tecido nervoso.
- Não há tratamento.
- Sigla: EqHV1
- Encefalomielite
. Aparecimento esporádico em um rebanho com animais infectados.
. Lesões se devem à replicação viral em vasos e capilares da medula espinhal
(mais raramento do encéfalo) → vasculite → trombose → isquemia e perda de
função.
. Sinais neurológicos vão depender da área afetada
> ataxia, incontinência urinária, paralisia de membros, óbito.
> prognóstico é melhor se não houver recumbência.
> pode haver resolução do quadro e reestabelecimento funcional.
Herpesvírus equino 1
Diagnóstico
- Suporte;
- Valacyclovir
. Antiviral que inibe a DNA polimerase viral competitivamente (mimetiza
nucleotídeo).
Herpesvírus equino 1
Profilaxia e controle
- Vacinação.
. Inativadas e atenuadas
. Utilizadas em caso de surtos de abortamento, para minimizar perdas.
- EqHV-4
- Vacinação:
. As vacinas comerciais para EqHV-1 geralmente contam com EqHV-4
também.
Herpesvírus de Felinos
Herpesvírus felino 1
Descrição e epidemiologia
- Clínico;
- Confirmação laboratorial:
. PCR de secreção ocular, nasal ou faringeal
- antihistamínicos
- Vacinação
. Vacina inativada
. Comercialmente, presente na tríplice, quádrupla e quíntupla.
- Entre suínos, ocorre por contato direto, aerosol, gotículas, contato direto,
lambidas, mordidas; além de transmissão venérea.
- Entrada das partículas virais nas terminações nervosas → transporte retrógrado via
axônio para o encéfalo → ganglioneurite e encefalite.
. Também pode ocorrer ganglioneurite de plexos autonômicos cardíacos, além de
degeneração miocardial.
- Matrizes prenhas:
. falha reprodutiva: abortamento, mumificação, maceração, natimortos, retorno ao
cio, nascimento de leitões fracos.
- Em hospedeiros alternativos:
. Incubação de 1 a 6 dias.
. Alteração de comportamento, agitação (ou apatia e letargia), prurido intenso,
automutilação, paralisia de mandíbula e faringe.
. Em carnívoros, uivo lamentoso.
. Fatal.
. Morte pode ocorrer em poucas horas; dificilmente qaudro dura mais de 48h.
Doença de Aujeszky
Diagnóstico
- Sorologia
. Especialmente útil em programas de erradicação em suínos.
Doença de Aujeszky
Tratamento, Profilaxia e Controle
- Não há tratamento.
- Vacinação:
. utilização de vírus atenuado com mutação direcionada ou recombinantes.
. É proibida a vacinação profilática no Brasil.
> depopulação em caso de surto
> uso de vacinas a critério da autoridade sanitária em caso de surto.
- Em hospedeiros alternativos:
. casos indicam enzootia na população suína de contato
. deve-se evitar alimentar cães com carne suína crua.
. cães utilizados na caça ao javali/javaporco estão em risco.
. mesmo em países livres da doença no plantel comercial, há circulação viral em
populações de suídeos silvestres/ferais.
. Não há vacina para estes hospedeiros.
Herpesvírus de aves
Laringotraqueíte infecciosa
Etiologia e Epidemiologia
- Incubação: 6 a 12 dias.
- Laboratorial:
. PCR
Laringotraqueíte infecciosa
Tratamento, profilaxia e controle
- Não há tratamento específico.
- Vacinação:
. praticada em aves de ciclo longo.
. atenuadas ou recombinantes.
. pode ocorrer surto por reversão à virulência da cepa vacinal, especialmente se
diferentes tipos de vacina são utilizados.
. Vacinação ajuda a evitar doença clínica, mas não impede infecção por cepa
virulenta nem estabelecimento de latência.
- Achados de necrópsia/abatedouro
. especialmente espassamento de nervos e lesões cutâneas.
- Vacinação:
. Largamente utilizada.
VIRALZONE.
https://viralzone.expasy.org/ Acesso em 10/09/2022