Resumo Sociologia
Resumo Sociologia
Resumo Sociologia
A palavra “sociologia” foi criada por Auguste Comte, um filósofo francês. Ele criou
a palavra “sociologia”, “socio” do latim “sociedade” e “logia” do grego, ciência.
Então, a primeira ideia da sociologia foi criar a “ciência da sociedade”.
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QUAL O OBJETIVO DA SOCIOLOGIA?
Compreender os fenômenos sociais, os comportamentos, as representações
ideológicas, religiosas, as maneiras de pensar, de atuar, de sentir dos indivíduos de
uma sociedade.
QUAL O PAPEL DA SOCIOLOGIA?
A Sociologia tem função de estudar as relações sociais, as transformações sociais e as
formas de associação dos seres humanos, estudar as relações humanas que
acontecem no campo social.
O problema da sociologia é que cada pessoa tem a sua própria opinião sobre os
fenômenos sociais, sobre a sociedade. Porém, a diferença com o sociólogo é que
ele é um cientista, e tem que demonstrar de maneira científica os fatos reais, e
não só o que ele pensa.
Podemos enquadrá-la como uma ciência humana e social.
A sociologia não é uma ideologia, não é uma literatura, mas é uma ciência.
O sociólogo se aproxima da realidade social, para dá o seu ponto de vista, ele faz
pesquisas e verifica os fatos antes de falar.
Como disse Peter Berger, “O sociólogo estuda grupos, instituições, atividades que os
jornais falam todos os dias. A sedução da sociologia provem dela nos fazer ver sob
uma outra luz o mundo da vida cotidiana no qual todos vivemos”.
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O QUE FAZ O SOCIÓLOGO?
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ONDE PODE TRABALHAR UM SOCIÓLOGO?
O sociólogo pode ser professor nos cursos do ensino Médio ou coordenar cursos no
ensino superior em função do seu nível de ensino. Pode publicar seus resultados em
revistas especializadas, colunas de jornais, sites, etc. Os mesmos podem trabalhar
também, nas funções relativas à política local, regional e nacional, nos ministérios,
nas instituições sindicais, associativas e patronais, nas gestões de empresas públicas,
nas ONGs e nas empresas privadas, geralmente para trabalhar sobre projetos sociais.
Pode exercer funções como assessoria e prestação de consultorias, mediação de
conflitos, levantamento de dados para o diagnóstico e análise de programas de
educação, trabalho, elaboração e edição de textos para material didático na área da
Sociologia.
A sociedade é cada vez mais complexa, então existem, cada vez mais, fenômenos
sociais que não são tratados, a sociologia é uma ciência sempre necessária para poder
analisar os novos fenômenos sociais, para ajudar as instituições, os grupos, a
conhecer melhor as desigualdades, a vida social, as normas, a cultura, as
crenças, as representações, etc.
Os sociólogos são encarregados de fazer as perguntas-chaves a fim de tentar
encontrar soluções para baixar os problemas sociais como a violência, a exclusão
social, etc. Para melhorar o mundo, temos que lhe compreender.
A sociologia está aqui também para isto. A um nível mais individual, a sociologia
permite ter crenças e visões mais justas sobre o mundo, mais próximas da realidade
social, porque são justificadas.
A sociologia nos permite ter cuidado àquilo que podemos assistir na televisão, por
exemplo, também permite ter um melhor conhecimento sobre si próprio.
Por exemplo, com o estudo da sociedade, podemos compreender nossas crenças,
comportamentos, escolhas e até mesmo razões de nossos comportamentos que
costumamos ter, etc.
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SOCIOLOGIA DO DIREITO
A Sociologia do Direito ou Jurídica, “É um ramo da Sociologia Geral que tem por objeto
uma variedade dos fenômenos sociais jurídicos ou fenômenos do Direito”
O objeto de estudo da Sociologia do Direito é o fenômeno jurídico compreendido em
suas ligações com o campo social como um todo.
Há uma diferença de perspectiva: a sociologia jurídica observa o direito como um
observador externo.
“O sistema jurídico é o campo, simultaneamente espacial e temporal, em que se
produzem os fenômenos jurídicos. ”
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A QUE SE DEDICA A SOCIOLOGIA JURÍDICA?
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A RELAÇÃO ENTRE DIREITO E SOCIEDADE
(Força maior são os fenômenos da natureza)
Vale saber que esses estudos partem de um fio condutor que, de maneira geral, visa
compreender a interação entre direito e sociedade. Dessa interação o que se quer
compreender é justamente como a evolução da sociedade, e transformação dos
costumes e dos princípios éticos influenciam a legislação de uma sociedade, a
instituição de penas, e os debates acerca de legalidade e ilegalidade, entre outros
debates.
Um exemplo dos debates que podem integrar facilmente as discussões da alçada
da Sociologia Jurídica é a polêmica em torno da possibilidade da legalização da
maconha. É um exemplo que mostra de que forma as mudanças na sociedade
impulsionam mudanças jurídicas, e que de fato a dissonância entre as práticas sociais,
a moral e a ética da sociedade e a legislação e aplicação das leis invariavelmente
geram esses debates.
Essas transformações não ocorrem de modo repentino ou instantâneo. O processo que
leva as mudanças no comportamento e vivencias de uma sociedade que tem como
consequências transformações jurídicas são lentas, se dão através de gerações, e
são resultados de evoluções em diversos campos e especialmente da relação com
diferentes culturas, vivencias, costumes e mesmo outros sistemas legislativos.
O debate em torno da pena de morte também gera discussão no campo da Sociologia
Jurídica à medida que é uma pena utilizada em muitos países, mas que nem por isso
torna-se universal. A sua não aplicabilidade deve-se provavelmente ao fato de
encontrar muita resistência frente a moral de muitos países, como o nosso.
Mais uma vez o debate entre a ética e a moral da sociedade mostra-se refletido na
aplicabilidade e constituição do sistema legislativo.
SOCIOLOGIA DO DIREITO
A SOCIOLOGIA NO BRASIL
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O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA NO BRASIL
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ORIGEM DO DIREITO NATURAL
O estudo do direito natural teve suas primeiras manifestações entre os filósofos gregos.
Estes ditavam o direito natural enquanto as normas ideias e não-escritas, contituídas
no mundo das ideias. Para os Romanos, era a ordem natural das coisas, determinadas
pelas leis da natureza.
Durante a Idade Média, a relação entre Estado e Igreja influenciou a concepção de
direito natural, sendo reconhecido como as leis de Deus. Enquanto que ao chegar o
Iluminismo, a fonte do direito natural se torna a razão.
Para o pensamento iluminista, o direito natural seria a descoberta da razão por trás da
natureza. Ou seja, a percepção de que as ações até então entendidas como instinto
animal, como amamentar o filhote por exemplo, na verdade fazem parte de um
conjunto de normas da natureza racionalizadas por todos os seres. É a razão que faz
com que a fêmea alimente o filhote porque sabe que ele necessita para viver.
A origem do conjunto de normas jusnaturalistas foi discutida ao longo de muitos
séculos, mas seu conteúdo é permanente e absoluto. Suas implicações estão entre as
discussões da Filosofia do Direito enquanto uma abstração da própria disciplina, uma
forma de pensar sobre um tipo de ordenamento ideal.
O Direito Natural antecede todas as outras teorias do direito, deve ser maior até
que o poder do Estado, e nenhuma lei pode ir contra este ordenamento.
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DIREITO NATURAL E DIREITO POSITIVO
O Direito Natural é o conjunto de normas que estabelece pela razão o que é justo, de
forma universal. É anterior e superior a todas as outras teorias do Direito.
Já o Direito Positivo é o conjunto de leis instituídas por um Estado, considera as
variações da vida social e dos Estados como influenciadoras das leis criadas pelos
homens, fundamentadas no Direito Natural.
Em síntese, o Direito Positivo regulamenta as questões intrínsecas de uma
determinada sociedade, como por exemplo a brasileira. Mas este mesmo conjunto de
leis não se encaixa na vida social dos argentinos, no caso.
Já o Direito Natural é o mesmo em qualquer lugar e para qualquer pessoa. Por isso
que as leis do Direito Positivo não devem ser superiores às normas jusnaturalistas.
E portanto, as leis reguladas pelo positivismo devem ser subordinadas ao Direito
Natural.
Exemplos de direito natural
Direito à vida Direito à defesa Direito à liberdade
O Direito Natural é o conjunto de normas que estabelece pela razão o que é justo, de
forma universal. É anterior e superior a todas as outras teorias do Direito.
O que é o jusnaturalismo?
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SOCIOLOGIA DO DIREITO NATURAL
O DIREITO NATURAL E AS MUITAS REVOLUÇÕES
O Direito possui como uma das suas naturezas as leis naturais. Denomina-se
jusnaturalista a vertente jurídica e filosófica que considera ser o Direito advindo de
normas, consideradas divinas e presentes desde o advento da sociedade. Tal
pensamento é comum também aos gregos, para os quais o Direito está pautado no
foro íntimo da natureza humana, como ser individual ou coletivo.
Neste contexto, para alguns pensadores, existe um “direito natural permanente e
eternamente válido, independente de legislação, de convenção ou qualquer outro
expediente imaginado pelo homem” Assim, o direito natural se contrapõe ao direito
positivo (baseado na criação de normas pelo intelecto humano e considerado o direito
em sentido próprio), sendo intrínseco aos indivíduos.
A partir dessa concepção de direito natural dos homens, destaca-se que este conceito
está muito atrelado ao de revolução, sendo o primeiro capaz de impelir a ocorrência do
segundo. Considerada uma mudança brusca, responsável por grandes impactos e
modificações na sociedade, pode-se compreender revolução de diversas formas. Para
Karl Marx a revolução era sinônimo de ruptura, já quanto a Copérnico, a revolução
significava transformação e deslocamento, ou seja, mudança de lugar. Salienta-se que
a ocorrência de uma revolução não significa, necessariamente, pegar em armas,
guerrear, isto é, subverter a ordem através da violência. Exemplo disso é o
emblemático episódio da independência indiana, a favor da qual lutou o líder e pacifista
Mahatma Gandhi, especificamente, Mohandas Karamchand Gandhi, seu verdadeiro
nome. Além de lutar, sem armas, para que a Índia deixasse de ser colônia da Inglaterra
e obtivesse sua independência, Gandhi tinha como objetivo promover a paz entre
hindus e muçulmanos, sendo responsável pela criação do Estado muçulmano do
Paquistão. Não se pode desconsiderar a amplitude de tais feitos, que são expoentes de
uma revolução pacífica.
Conforme enunciado, a busca pelo direito natural tem sido causa de muitas revoluções.
Tomados pelo ímpeto de reivindicar melhores condições de vida, plena liberdade, seja
política, religiosa, entre outras, os indivíduos lutam por direitos que consideram
ausentes na sua prática cotidiana, embora se acredite que tais direitos são intrínsecos
a cada ser humano.
No que tange ao papel do direito natural no contexto das revoluções, pode-se dizer que
aquele engendrou não apenas uma, mas muitas destas. O próprio advento do direito
positivo em oposição ao mencionado direito natural pode ser considerado uma
revolução; a aversão ao que é estabelecido pelas normas jurídicas pode ser
compreendida do mesmo modo; e ainda, a criação de novas leis, disciplinando
assuntos jamais abordados, pode também significar uma revolução. É inegável que isto
depende, substancialmente, da forma de análise adotada e da amplitude das
mudanças provocadas.
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Processo Histórico De Formação
Émile Durkheim; Max Weber; Eugen Ehrlich; Karl Marx e Engels.
Ainda que formado em filosofia sua obra inteira mostra-se voltada para a Sociologia,
área onde de fato tornou-se amplamente reconhecido.
A inexistência do ensino regular de Sociologia na França parecia dever-se ao fato de
conceberem que a Sociologia era a forma científica do socialismo. Durkheim decide-se
então por ir a Alemanha realizar seus estudos nessa área.
Emile Durkheim é um ícone quando o assunto é Sociologia e o próprio pensamento
social. Sendo considerado um dos pais da Sociologia Moderna, Durkheim foi pioneiro
também em combinar pesquisa empírica e teoria sociológica, fazendo com que seu
nome figure também como fundador da escola francesa.
Seu reconhecimento é bastante amplo também dado o prestígio adquirido enquanto
teórico do conceito de coesão social.
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AS REGRAS DO MÉTODO SOCIOLÓGICO
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A IMPORTÂNCIA DE ÉMILE DURKHEIM PARA A SOCIOLOGIA
Seu principal trabalho envolve a teoria de “consciência coletiva” onde ele busca
defender que o homem é na verdade um animal selvagem, e que só pode tornar-se
humano a partir do momento em que tornou-se social e sociável, aprendendo hábitos e
costumes para poder viver coletivamente. Suas reflexões sobre esse processo de
socialização resultam ainda naquilo que hoje é conhecido como teoria do “fato social”.
Emile Durkheim estabelece uma ligação entre fato social e educação dos filhos. Na
verdade, a criança não vê dessa forma, mas a criança internaliza modelos que a
sociedade impõe. Por exemplo, a criança integra os modelos culturais das sociedades.
Os indivíduos são livres para pensar e operar.
De acordo com Durkheim, o crime é normal porque ele existe em todas as sociedades,
em todos os tipos sociais, sem exceção. Uma vez que não há um aumento ou
diminuição da taxa de crime, na verdade, o fato social não pode ser considerado como
sendo patológico. Este fato social é algo normal. Além disso, de acordo com o autor, o
crime é necessário e útil, porque é “indispensável para a evolução normal da moral e
da lei”.
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ÉMILE DURKHEIM E SUAS DUAS PRINCIPAIS TEORIAS
No que conhecemos hoje enquanto teoria do fato social, Durkheim parte do princípio de
que os homens são animais selvagens, igualmente aos demais, e que aquilo que nos
difere, dando-nos humanidade é nossa capacidade de tornarmo-nos sociáveis, ou seja,
aprender hábitos e costumes capazes de nos inserir no convívio de determinada
sociedade.
Ele chama esse processo de aprendizado dessocialização, o que formaria nossa
consciência coletiva, nos dando orientações em termos de moral e comportamento
nessa vida em sociedade.
A todas essas informações ele chamou “fatos sociais”, apontando-os como verdadeiros
objetos da sociologia. Nosso comportamento, moral, noção de coletividade e
sociedade, e tudo aquilo que aprendemos nesse processo de inserção na vida social.
No entanto, nem toda ação humana configura-se num fato social. Para ser fato social
deve atender a três características apontadas pelo sociólogo: generalidade,
exterioridade e coercibilidade.
Generalidade relaciona-se a existência desse fato para o coletivo social, e não apenas
ao indivíduo.
Exterioridade refere-se ao fato desses padrões culturais serem exteriores ao indivíduo
e independentes de sua consciência.
Coercitividade trata da força que esses padrões exercem, obrigando seu
cumprimento.
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Isso tudo então diz respeito a todo comportamento ou ação que independe da vontade
do indivíduo, e que no entanto não lhe fora imposto de maneira particular. Assim, fato
social é toda aquela ação que responde a normas sociais externas e muito anteriores
a sua individualidade, vontade e consciência individual.
Desse modo, percebemos que as instituições sociais como a igreja, escola, polícia e
etc. apenas servem como um aparelho para a constituição dessa consciência coletiva
que mantem a ordem da sociedade.
Durkheim aborda também essa questão, o papel dessas instituições na propagação
das normas sociais e morais que regem o convívio, e inclusive defende suas ações
dentro da sociedade uma vez que ele acreditava que de fato os homens necessitam
sentir-se seguros, regidos e amparados, quando isso falta a uma sociedade certos
fenômenos surgem com maior força, como por exemplo a criminalidade e o suicídio.
Emile Durkheim diz que “temos de considerar fatos sociais como coisas. ” Segundo ele,
um fato social é o conjunto de ações, pensamentos e sentimentos exteriores do
indivíduo impostos ao indivíduo pela sociedade. Um fato social existe fora da
consciência individual, o que não significa que não estamos cientes disso. A ordem
social é imposta ao indivíduo. Pode ser que o indivíduo não viva bem, mas o poder
de coerção está presente (pressão sanção, social).
Ele estabelece uma ligação entre fato social e educação dos filhos. Na verdade, a
criança não vê dessa forma, mas a criança internaliza modelos que a sociedade impõe.
Por exemplo, a criança integra os modelos culturais das sociedades. Os indivíduos são
livres para pensar e operar.
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SOCIEDADE / COMUNIDADE.
EMILE DURKHEIM DESCREVE OS MODELOS DE SOCIEDADE.
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TEORIA DO SUICÍDIO
Emile Dukheim é famoso também por suas descrições dos tipos de suicídio.
Essa inquietação pode ter sido o que impulsionou Émile Durkheim na criação daquilo
que ficou conhecido como teoria do suicídio. Aos longos de seus estudos sobre o tema,
o sociólogo busca provar a tese de que o que as estatísticas apresentam é insuficiente
para compreender a ocorrência e os níveis de suicídio.
Para Durkheim tudo que se tem de informações sobre os suicidas é insuficiente. Aquilo
que figura no obituário, por exemplo, trata-se na verdade da opinião que se tem sobre o
fato, a opinião de uma pessoa aleatória, de modo que não serve enquanto informação
palpável para se compreender o fato.
Sua teoria embasa-se inclusive em observações do âmbito religioso, uma vez que ele
percebe que o índice de suicídio entre protestantes é maior do que entre os católicos,
independente da região do suicida.
Assim, surge uma possível teoria de que há então um menor controle sobre os fiéis,
controle social que para ele é também o papel da igreja e da religião. Dessa forma ele
busca demonstrar como a causa dos índices de suicídio podem ser sociais.
Suicídio Egoísta - Existe o suicídio egoísta, que se explica por uma exclusão a um
grupo. O autor do suicídio se guia sozinho para a confecção do ato.
(ACHA QUE NÃO FAZ FALTA A NINGUÉM)
Suicídio Altruísta - Há também o suicídio altruísta, que consiste em una ação
engendrada pela interiorização das normas e valores. É uma explicação social.
(ALGO NECESSÁRIO PARA ATENDER A SOCIEDADE, EX: HOMEM BOMBA)
Suicídio “Anomique”- Por fim, o suicídio “anomique” que se explica por uma
instabilidade, quando as regras e as normas não dirigem o indivíduo para o ato.
(QUANDO A PESSOA DESACREDITA DA SOCIEDADE, DO FUTURO, EX:
FERNANDO COLOR)
Egoísta: reflete um prolongado senso de não-pertencimento, de não estar socialmente
integrado em uma comunidade. Resulta do senso que o suicida tem de total
desconexão. Esta ausência pode levar à falta de sentido da vida, apatia, melancolia e
depressão.
Altruísta: caracterizado por um senso de estar totalmente absorvido pelos objetivos e
crenças de um grupo.
Anômico: reflete a confusão moral de um indivíduo, e a ausência de direção social,
que são relacionados a distúrbios sociais e econômicos dramáticos
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MAX WEBER
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Nesta obra ele lança sua hipótese de que a religião teria sido uma das razões para que
a cultura oriental e ocidental tenham se desenvolvido de formas tão diversas, e ainda
ressalta inúmeras características especificas e inerentes ao protestantismo que teriam
sido cruciais para a gênese do capitalismo e dos moldes da sociedade ocidental.
Após a década de 1910, Weber amplia seus estudos na área de sociologia religiosa,
mostrando mais uma vez fortes questões de cunho social, aprofundando-se então em
religiões de caráter universal analisando em profundidade o confucionismo, taoísmo,
hinduísmo, budismo, islamismo, judaísmo buscando abranger os maiores sistemas
religiosos da humanidade.
Sua obra foi capaz de influenciar gerações até a contemporaneidade, e estabeleceu
importantes diálogos com outros grandes nomes da sociologia, como é o caso de Kant
e Nietzsche e com grandes nomes de seu tempo.
Suas primeiras obras mostravam-se muito ligadas a sua formação acadêmica, uma vez
que seu primeiro trabalho propriamente dito foi sua tese de doutoramento intitulada “A
história das companhias comerciais da idade média”. Nesta obra já é possível notar
certa tendência do autor em aliar análise jurídica e análise histórica. Esse espírito
ainda permaneceria de algum modo em suas próximas obras.
A partir desse viés de análise presente em suas obras podemos notar que apensar de
ser um autor bastante técnico e preocupado com questão de cunho político e
econômico em grande parte das vezes Max Weber não deixa de preocupar-se com a
contextualização histórica de sua pesquisa, o que faz com que seja vidente o forte
apelo e preocupação social presente em seus escritos. Isso também faz com que esse
seja um autor de suma importância também para a área da pesquisa histórica.
TIPOS IDEAIS
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Necessidade dos tipos ideais: se dá pelo fato de ter no mundo uma infinidade de
ações sociais possíveis. Por isso, há a necessidade de modelos teóricos para fins de
comparação.
A compreensão dos tipos ideais é teórica, abstrata e racional.
A comparação das ações sociais com os tipos ideais é empírica, uma vez que
recorre à prática da observação.
Nunca é demais lembrar que Max weber é um nome extremamente importante não
apenas para a Sociologia, mas para diversos campos do conhecimento. Reconhecido
amplamente enquanto sociólogo, este pensador foi capaz de contribuir para as áreas
da economia, direito, política e muitas outras, através de seus estudos e reflexões que
sempre tiveram uma grande carga de preocupação social.
Suas obras adquiriram importância ao longo do tempo e sua preocupação social e
histórica foi essencial para isso. Essas obras continuam sendo traduzidas e reeditadas,
o que só confirma a sua importância para os mais diversos campos da ciência.
Algumas de suas teorias são conhecidas e estudadas até hoje, e dentre elas podemos
destacar o que é conhecido como a Teoria da Burocracia.
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TEORIA DA BUROCRACIA
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TEORIA DA AÇÃO SOCIAL
Outro de seus conhecidos conceitos é aquilo que ele denomina Ação Social. Para
Weber, a função do sociólogo é justamente compreender o sentido das ações sociais,
encontrando os nexos que as determinem, compreendendo-se a priori que ações
imitativas, aquelas que não possuem um sentido no agir, não são chamadas ações
sociais.
Dentre as ações sociais, Weber as resume em quatro fundamentalmente (tipologia das
ações sociais):
1 - Ação social racional com relação a fins (Ex. trabalhador e patrão, trabalho e salario);
2 - Ação social racional com relação a valores (Ex. respeitos, éticas, comportamentos);
3 - Ação social afetiva (Ex. torcidas organizadas);
4 - Ação social tradicional (Ex. natal).
Ações racionais com relação a fins: ações planejadas e tomadas após avaliado o fim
em relação a outros fins, e após a consideração de vários meios (e consequências)
para atingi-los. Um exemplo seria a maioria das transações econômicas.
Ações racionais com relação a valores: ações tomadas com base nos valores do
indivíduo, mas sem pensar nas consequências e muitas vezes sem considerar se os
meios escolhidos são apropriados para atingi-lo.
Ações afetivas: ações tomadas devido às emoções do indivíduo, para expressar
sentimentos pessoais. Como exemplos, comemorar após a vitória, chorar em um
funeral, seriam ações emocionais.
Ações tradicionais: ações baseadas na tradição enraizada. Um exemplo seria relaxar
nos domingos e colocar roupas mais leves. Algumas ações tradicionais podem se
tornar um artefato cultural.
No centro da teoria weberiana, portanto, está a racionalidade da ação que pode estar
relacionada com interesses ou com valores. Na hierarquia sociológica, a ação social é
mais avançada que o comportamento e é em sequência seguida por contatos sociais
mais avançados, como a interação social e a relação social.
O termo ação social foi introduzido por Max Weber, em sua obra póstuma Economia e
Sociedade. É um termo mais abrangente que o fenômeno social, posto que o indivíduo
executando ações sociais não é passivo, mas (potencialmente) ativo e reativo.
Percebe-se então que o que ele define como ação social, é toda aquela ação orientada
ao outro, tendo sua fonte motivadora pautada em costumes, sistemas de valores e etc.
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Assim, pode-se compreender que esse conceito é extremamente presente em sua obra
denominada “A ética protestante e o espírito do capitalismo” onde sua inserção no
sistema de valores e pensamentos dos protestantes o levou a questionar e
problematizar as relações entres esses comportamentos e ações e o avanço do
capitalismo nessa sociedade.
É perceptível o fato de que suas obras derivam de pesquisas densas, onde ele mesmo
defende a busca da guarda de certo distanciamento e imparcialidade. É extremamente
válido o conhecimento de seus escritos ao passo que são riquíssimos para a
compreensão de metodologias de suas pesquisas além de permitir o conhecimento de
inúmeros conceitos e teorias ainda muito caros às ciências sociais e aos campos
adjacentes como política, direito, economia e até mesmo história.
Émile Durkheim procura formular uma teoria científica geral para a sociologia, para que
a Sociologia e o sociólogo sejam cientistas, e consigam formular uma teoria que seja
válida para toda a sociedade, segundo Durkheim os fatos sociais são visíveis,
Concretos, e prováveis. Já Weber procura respostas nas ações sociais, em como as
ações individuais dos homens influenciam na sociedade, segundo Weber as ações dos
homens são subjetivas com algo que não está visível.
KARL MARX
Nascido na Prússia, mais tarde se tornou apátrida e passou grande parte de sua
vida em Londres, no Reino Unido. A obra de Marx em economia estabeleceu a base
para muito do entendimento atual sobre o trabalho e sua relação com o capital, além do
pensamento econômico posterior. Publicou vários livros durante sua vida, sendo O
Manifesto Comunista (1848) e O Capital (1867-1894) os mais proeminentes.
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publicado em Colônia, e começou a trabalhar na teoria da concepção materialista da
história.
Em 1843, mudou-se para Paris, onde começou a escrever para outros jornais
radicais e conheceu Friedrich Engels, que se tornaria seu amigo de longa data e
colaborador.
Em 1849, foi exilado e se mudou para Londres juntamente a sua esposa e filhos,
onde continuou a escrever e formular suas teorias sobre a atividade econômica e
social. Também fez campanha para o socialismo e tornou-se uma figura significativa na
Associação Internacional dos Trabalhadores.
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Muitos intelectuais, sindicatos e partidos políticos em nível mundial foram
influenciados por suas ideias, com muitas variações sobre o seu trabalho base.
Até 1848, Marx viveu confortavelmente com a renda oriunda de seus trabalhos, seu
salário e presentes de amigos e aliados, além da herança legada por seu
pai. Entretanto, em 1849 Marx e sua família enfrentaram grave crise financeira; após
superarem dificuldades conseguiram chegar a Paris, mas o governo francês proibiu-os
de fixar residência em seu território.
SUA MORTE
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Muitos dos amigos mais próximos de Marx prestaram-lhe homenagem no seu
funeral, incluindo Friedrich Engels, o qual pronunciou as seguintes palavras:
Marx era, antes de tudo, um revolucionário. Sua verdadeira missão na vida era
contribuir, de um modo ou de outro, para a derrubada da sociedade capitalista e das
instituições estatais por esta suscitadas, contribuir para a libertação do proletariado
moderno, que ele foi o primeiro a tornar consciente de sua posição e de suas
necessidades, consciente das condições de sua emancipação. A luta era seu
elemento. E ele lutou com uma tenacidade e um sucesso com quem poucos puderam
rivalizar. Como consequência, Marx foi o homem mais odiado e mais caluniado de seu
tempo. Governos, tanto absolutistas como republicanos, deportaram-no de seus
territórios. Burgueses, quer conservadores ou ultrademocráticos, porfiavam entre si ao
lançar difamações contra ele. Tudo isso ele punha de lado, como se fossem teias de
aranha, não tomando conhecimento, só respondendo quando necessidade extrema o
compelia a tal. E morreu amado, reverenciado e pranteado por milhões de colegas
trabalhadores revolucionários - das minas da Sibéria até a Califórnia, de todas as
partes da Europa e da América - e atrevo-me a dizer que, embora, muito embora,
possa ter tido muitos adversários, não teve nenhum inimigo pessoal.
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O marxismo constitui-se como a concepção materialista da história, longe de
qualquer tipo de determinismo, mas compreendendo a predominância da materialidade
sobre a ideia, sendo esta possível somente com o desenvolvimento daquela, e a
compreensão das coisas em seu movimento, em sua inter-determinação, que é
a dialética.
Marx tornou-se reconhecido como crítico sagaz da religião devido a sentença que
profere em um escrito intitulado Crítica da filosofia do direito de Hegel:
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Em verdade, Marx se ocupou muito pouco em criticar sistematicamente a
atividade religiosa. Nesse quesito ele basicamente seguiu as opiniões Ludwig
Feuerbach, para quem a religião não expressa a vontade de nenhum Deus ou outro
ser metafísico: é criada pela fabulação dos homens.
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A Revolução para MAX
Em geral, Marx considerava que toda revolução é necessariamente violenta, ainda que
isso dependa, em maior ou menor grau, da constrição ou abertura do Estado.
Importante notar que Marx não entende revolução enquanto algo como reconstruir a
sociedade a partir de um zero absoluto. Na Crítica ao Programa de Gotha, por
exemplo, indica claramente que a instauração de um novo regime só é possível
mediada pelas instituições do regime anterior. O novo é sempre gestado tendo o velho
por ponto de partida.
O conceito de mais-valia foi empregado por Karl Marx para explicar a obtenção dos
lucros no sistema capitalista.
Para Marx, o trabalho gera a riqueza, portanto, a mais-valia seria o valor extra da
mercadoria, a diferença entre o que o empregado produz e o que ele recebe. Os
operários em determinada produção produzem bens(100 carros num mês). Se
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dividirmos o valor dos carros pelo trabalho realizado dos operários, teremos o valor do
trabalho de cada operário. Entretanto os carros são vendidos por um preço
maior: esta diferença é o lucro do proprietário da fábrica.
A grande obra de Marx é O Capital, na qual trata de fazer uma extensa análise da
sociedade capitalista. É predominantemente um livro de Economia Política, mas não
só.
Uma obra de difícil leitura, ainda que suas categorias não tenham a ambiguidade
especulativa própria da obra de Hegel, possui, no entanto, uma linguagem pouco
atraente e nem um pouco fácil.
Cabe lembrar que O Capital é uma obra incompleta, tendo sido publicado
apenas o primeiro volume com Marx vivo. Os demais volumes foram organizados por
Engels e publicados posteriormente
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Durante a vida de Marx, suas ideias receberam pouca atenção de outros estudiosos.
Talvez o maior interesse tenha se verificado na Rússia, onde, em 1872, foi publicada a
primeira tradução do Tomo I de O Capital.
Na Alemanha, a teoria de Marx foi ignorada durante bastante tempo, até que,
em 1879, Adolph Wagner, um alemão estudioso da economia política, comentou o
trabalho de Marx ao longo de uma obra intitulada Allgemeine oder theoretische
Volkswirthschaftslehre. A partir de então, os escritos de Marx começaram a atrair cada
vez mais atenção.
Ao final do século XIX, o principal local de debate da teoria de Marx era o Partido
Social Democrata da Alemanha.
Contudo, nos primeiros anos após sua morte, sua teoria obteve crescente influência
intelectual e política sobre os movimentos operários e, em menor proporção, sobre os
círculos acadêmicos ligados às ciências humanas, notadamente na Univ. de Viena e
na Univ. de Roma, primeiras instituições acadêmicas a oferecerem cursos voltados
para o estudo de Marx.
Enquanto que, para Hegel, "da realidade se faz filosofia", para Marx, a filosofia
precisa incidir sobre a realidade.
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lógica do modo de produção capitalista, dando forma a um conflito que se
expressa nos campos econômico, ideológico e político.”
O conflito de classes pode assumir muitas formas diferentes: violência direta, como
guerras travadas por recursos e mão de obra barata; violência indireta, como mortes
por pobreza, fome, doença ou condições de trabalho inseguras; coerção, como a
ameaça de perda de empregos ou suspensão de investimentos importantes; ou
ideologicamente, como livros e artigos.
conflito pode ser direto, como com um locaute destinado a destruir um sindicato,
ou indireto, como com uma desaceleração informal na produção como forma de
protesto contra os baixos salários dos trabalhadores ou uso
práticas trabalhistas injustas pelo capital.
LEGADO DE MARK
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Em contraste com outros filósofos, Marx ofereceu teorias que, muitas vezes,
poderiam ser testadas com o método científico. Tanto Marx quanto Augusto
Comte começaram a desenvolver ideologias cientificamente fundadas durante a
secularização europeia e novos desenvolvimentos na filosofia história e ciência.
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