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Universidade Paulista UNIP

Deusilene Simões Sousa Borges

Relatório de Estágio Supervisionado: práticas de ensino: Reflexões

Chapadinha MA

2022
Deusilene Simões Sousa Borges

Relatório de Estágio Supervisionado: práticas de ensino: Reflexões

Relatório entregue ao Colégio Batista


(UNIP), para obtenção parcial de nota.

Professorª Bruno César dos Santos

Chapadinha MA

2022
A PRÁTICA DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA EM SALA DE AULA:
UM RELATO EXPERIMENTAL

Deusilene Simões Sousa Borges 


RESUMO

Relatório de Estágio Supervisionado tem por objetivo analisar minhas


observações como estagiaria no colégio batista chapadinhense localizado na
rua Sebastião Archer n° 681. Iniciado no dia 04/04/2022 a 18/05/2022.

Palavras-chaves: Estágio supervisionado; letras; práticas de ensino; reflexões;

INTRODUÇÃO

O Estágio realizado por mim no colégio batista chapadinhense, situado no


município de Chapadinha-Ma sendo o mesmo realizado desde o dia 04/04/2022 a
18/05/2022, no período matutino na rede privada.
Foram ampliadas atividades de observação, participação e regência da rotina
escolar docente e discente, e meu apoio no auxílio às atividades intrínsecas às
práticas de regência por mim executadas colaboraram o discente na busca pelo
conhecimento e o despertar da aprendizagem.
A metodologia de ensino da língua portuguesa na rede pública passa,
diariamente, por constantes desafios ao professor que só são percebidos quando
vivenciados e experimentados pelo professor, que tem capacidades e habilidades
para analisar suas atitudes e procedimentos de ensino-aprendizagem e, desse modo
realizar uma autocrítica para reavaliar suas atuações pedagógicas.
Enquanto estudantes de nível superior, esse primeiro contato com essa
vivência é oferecido pela experiência do estágio supervisionado, que tem a função
primordial de apresentar o campo real de trabalho ao aluno, apresentando as
possíveis tomadas de decisões que o professor lidará durante toda a sua carreira
profissional.
Sobre essa ótica, o estágio supervisionado torna-se uma pequena amostra daquilo
que está por vir do futuro próximo e dos desafios e provações reais da futura
profissão, possibilitando ao estudante realizar uma reflexão crítica. Para a instituição
de ensino superior, o estágio é uma ferramenta de extrema importância, pois
capacita e habilita o aluno para lidar com as atividades cotidianas da profissão e
desse modo, eleva o nome da faculdade pela qualidade do ensino oferecido, através
das experiências oportunizadas pela mesma.
O compartilhamento das experiências com o professor, mesmo que somente
pela observação, enriquece e fomenta os conhecimentos para as atividades
práticas. A aquisição de conhecimentos teóricos por si só não atribui os valores
necessários que o futuro professor deve adquirir, mas a junção do conhecimento
científico visto e aprendido em sala de aula e a experiência do estágio
supervisionado possibilitam a rápida metamorfose do aluno em profissional, pelo
sistema de crítica, autocrítica e reconstrução de posicionamento crítico que essa
mescla consegue gerar.
A metodologia de ensino da língua portuguesa que não propicia condições
mínimas necessárias para que o educando se torne um leitor hábil, garantindo-lhe
uma performance aceitável na modalidade escrita da língua pátria, fará com que o
seu proveito em outras disciplinas seja impróprio, devido a interdisciplinaridade. Por
exemplo, a compreensão de problema matemático está atrelada a capacidade e
habilidade do aluno em ler e interpretar o significado.
Assim percebe-se a real função da linguagem na vida estudantil, retratada por
Schneuwly & Dolz (2004):

A linguagem exerce um papel decisivo na construção do conhecimento de


crianças e jovens, de modo a funcionar como eixo articulador que permeia a
interação entre todos os atores do processo educativo e entre todas as
disciplinas na escola. Além disso, todo texto oral ou escrito se organiza
dentro de um determinado gênero discursivo, que pode ser considerado
como um instrumento específico do qual os falantes se utilizam para
viabilizar o processo de interação verbal.

Conforme afirma os parâmetro curriculares nacionais – PCN’s (2001, P.23):

O domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena


participação social, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem
acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou
constrói visões de mundo, produz conhecimento. Assim, um projeto
educativo comprometido com a democratização social e cultural atribui à
escola a função e a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o
acesso aos saberes lingüísticos necessários para o exercício da cidadania,
direito inalienável de todos.

Partindo-se deste preceito, procuro relatar neste artigo a minha experiência


pessoal enquanto estudante e futura professora de letras, apresentado os aspectos
nobres que são inerentes à profissão que me foram apresentados no decorrer desta
magnífica experiência. Mostra-se neste artigo o foco das junções teóricas-práticas
sobre a aquisição da educação lingüística pelos alunos que pude observar que
durante o estágio supervisionado realizado no Centro de Ensino José Maria Cabral
Marques, iniciado no dia dezenove de abril e findando em vinte e dois de maio do
ano de 2010, tendo como personagens os professores de língua portuguesa e os
alunos do oitavo e nono ano do ensino fundamental e do primeiro e segundo ano do
ensino médio.

1. ABORDAGEM METODOLÓGICA

O colégio batista chapadinhense possui um comprometimento com o processo


de ensino-aprendizagem, sendo a mesma uma escola de gestão democrática e que
busca auxiliar, orientar, zelar, e suprir a necessidade do aluno inserido no contexto
da comunidade escolar, entretanto que a prática pedagógica da unidade de ensino
está relacionada com a bagagem social e cultural de seu corpo discente, inserindo-
lhes valores para o ingresso na sociedade e exercício da cidadania. Para que a
minha participação no estágio fosse efetivada tive que realizar os procedimentos
formais necessários listados abaixo:

a) Gestor do colégio Batista chapadinhense, sendo o responsável legal; Francejane


M. Gomes, petição verbal do estágio: entrega da carta de apresentação do aluno:
recolhimento da assinatura do termo de autorização.
b) Inspeção Física das instalações sendo 16 salas com 30 alunos cada, 01
biblioteca; 01 laboratório de informática; 01 pátio interno, 01 sala de professores,
quadra, banheiros masculinos e femininos. 
c) Inspeção dos aparatos de mídias em educação (Quadros de acrílico, 01 televisor,
01 aparelho de DVD, 01 projetor de mídia, 01 retroprojetor etc.
d) Apresentação pessoal aos professores de língua portuguesa do 8º e 9º ano do
ensino fundamental e do 1º e 2º ano do ensino médio;
e) Observância e análise de nível de letramento das turmas envolvidas.
f) Percepção das sistemáticas e das metodologias de ensino aplicadas.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ANÁLISE

As pesquisas em educação têm trazido importantes contribuições para a


reflexão em torno da temática da formação de professores de letras e de outras
áreas. Na concepção de Pimenta e Lima (2004), o estágio necessita ser
compreendido como um "campo de conhecimento" e de produção de saberes, e não
como uma "atividade prática instrumental". É um "lugar de reflexão sobre a
construção e o fortalecimento da identidade" docente.
Andrade et al (1989), entendem o estágio curricular como:
A etapa de aplicação do conhecimento reflexivo e do aperfeiçoamento de
habilidades numa situação real; é o momentum de junção do saber com o
fazer, que conduzirá suas dúvidas a um agir profissional mais consciente,
crítico e criativo.

A aquisição da didática, aprendida em tese e vivenciada através da ferramenta


“estágio” é de extrema valia, conforme nos é mostrada essa importância através do
parecer 349/92 do Conselho Federal de Educação fomenta que a mesma:

Compreenderá estudos relativos à metodologia de ensino sob os aspectos


de planejamento, de execução do ato docente – discente e verificação de
aprendizagem, conduzindo à prática de ensino [...] Deverá ainda apreender
técnicas que lhe permitem identificar e dimensionar os recursos
comunitários, bem como estagiar em instituições que desenvolvam
atividades relacionadas com sua futura habilitação. Poderá ser anterior,
concomitante e posteriormente à didática, embora não haja dúvidas de que
a concomitância tem vantagens sobre as outras duas, por manter
praticamente indissociáveis a teoria e a prática - o que se deve fazer e o
que realmente se faz.

Em seus ensaios, Piconez (1998) elucidou a disciplina Estágio Supervisionado


como:

Pertencente ao currículo do curso de formação de professores e deve ser


pensada nesse âmbito. O preparo para o exercício do magistério não pode
constituir-se tarefa exclusiva desta disciplina. Ela precisa estar articulada
com os demais componentes curriculares do curso. Não pode ser
isoladamente responsável pela qualificação profissional do professor, deve,
portanto, estar articulada ao projeto pedagógico do curso.

O Centro de Ensino na qual fora realizado o referido estágio abrange um


público discente mínimo e insuficiente para atender a demanda do alunado, sendo
os alunos de escola privada em maior número; os alunos possuem uma bagagem
social e vulnerável à problemática social que atinge toda realidade mundial: a
violência, as drogas e outros vícios que causam dependência, porém o corpo
docente e administrativo pedagógico da escola contam com o apoio dos pais de
alunos que foram inseridos voluntariamente em uma participação mais ativa
dentro da escola, o que tem contribuído muito para a diminuição da violência e o
rendimento do aluno em seu contexto escolar e social.
Os alunos são a maioria do mesmo bairro, mas também são atendidos alunos
de povoados vizinhos. Problemas rotineiros de indisciplina são encaminhados à
direção da escola, que por sua vez intervém situações-problemas entre professores-
alunos e alunos-alunos, sendo que na maioria das vezes é obtido êxito nas
soluções; casos raros de extrema indisciplina possibilitando uma iminente violência
são tratados em parceria com o Conselho Tutelar local.
Vale ressaltar que é clara e notória a boa relação que a gestora da escola
mantém com os alunos e a comunidade periférica onde está inserida a escola, pois
a mesma mantém uma relação de aproximação com os alunos, sendo uma
referência para o corpo docente na relação educador- educando.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A experiência adquirida no período acadêmico do estágio supervisionado fomenta


a prática de ensino, onde através da observância consegue-se perceber as variantes
que atuam neste cenário, como a diferença entre o real e o imaginário no cotidiano
docente. Esse trabalho abordou questões concernentes ao estágio supervisionado
em do curso de licenciatura de letras. Ainda que a disciplina estágio supervisionado
deva desempenhar um papel de matéria integradora entre a prática de sala de aula
e os conteúdos acadêmicos, cabe indagar se esses elementos têm desempenhado
esse papel, assim como questionar quais tipos de situações podem surgir durante a
concretização dos estágios supervisionados. Ao final dessa experiência, concluo que
a participação do acadêmico no estágio supervisionado é de vital importância para a
sua formação profissional.
A disciplina de Estágio Supervisionado possibilitou-me repensar na ação
docente através da união de experiências vividas por mim com os conhecimentos
obtidos na Faculdade, pois o mesmo ajudou-me a inserir conhecimentos
adquiridos e construídos durante a vida acadêmica que me serão válidos para
aplicá-los em sala de aula como futuro profissional.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, M.N. et al. Estágio curricular: avaliação de experiência. Revista


Brasileira de Educação Brasília. Ano 42, v.4, p.27. jan./dez, 1989.

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução


aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 2001.

______. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua


Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 2001.

FREIRE, Paulo. 1996. Pedagogia da Autonomia : Saberes necessários à pratica


educativa. São Paulo : Paz e Terra, 1996 (Coleção Leitura).

MEC. Conselho Federal de Educação. Parecer 349 de 1992.

PICONEZ, S. A. Prática de ensino e o estágio supervisionado: a aproximação da


realidade escolar e a prática da reflexão. 3a edição. Campinas, São Paulo: Papirus,
1998.

PIMENTA, S.G. LIMA, M.S.L. Estágio e docência. Editora Cortez. São Paulo, 2004. 

SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. Os gêneros escolares: das práticas de linguagem aos


objetos de ensino. São Paulo: Mercado de Letras, 2004.

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