Geomorfologia Ucm 2022

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GEOMORFOLOGIA

Cuamba, 2022
GEOMORFOLOGIA
1. Conceito de Geomorfologia
O termo Geomorfologia (do latim geo = terra, morfo = forma, logos = estudo) também
é erudito e recente, designando o ramo do conhecimento das Ciências da Natureza que
estuda as formas dos relevos.

Geomorfologia é a ciência que estuda as formas atuais e a genese do relevo terrestre e as


drenagens associadas a padrões morfológicos, buscando a interpretação e origem destas
formas e os mecanismos responsáveis pelo seu modelado.
Geomorfologia é a ciência que estuda e interpreta as formas do relevo terrestre e os
mecanismos responsáveis pela sua modelação. Tem como objecto de estudo as formas
da Terra

Na Grécia Antiga e em Roma, Heródoto e Estrabão deram os primeiros passos no sentido


de uma observação mais racional.

Durante a idade Media, pouca evolução existiu já que a origem da vida e do Mundo eram
atribuídas a obra de Deus.

Com o Renascimento, surgiram novas ideias e pensamentos. Leonardo Da Vici e


Bernard Polissy foram os primeiros a questionar e a compreender os mecanismos da
erosão fluvial. Reconheceu que os vales eram cortados pelos rios e as correntes
transportava materiais um local para outro. Benedict de Saussure estudou a capacidade
erosiva dos glaciares.

Vales é a forma de relevo deprimida resultante da accao erosiva das aguas ou movimentos
tectonicos. Os vales podem apresentar a seccao transversal em V, devido a sua origem
fluvial ou em U se a origem for glacial.

O Escocês James Hutton, no século XVIII, surge a geomorfologia moderna. A ele é


atribuída a expressão ‟ o presente é a chave do passado, que estabeleceu a doutrina do
uniformitarismo em oposição a do catastrofismo.

James Hutton defendia que os princípios e leis que actuam hoje, actuam ao longo de
todos tempos geológico, não com as mesmas intensidades que actuam na actualidade.
Com apoio de Charles Lyell, no século XIX.

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Nos finais do século XIX, surgem muitas publicações de geomorfologia: Jean Louis
Agassias demonstrou a importância da acção dos glaciares; Andrew Ramsay e
Richthofen estudaram a abrasão marinha; Paschel tentou juntar todos os princípios de
formação de relevo; e Penck publicou uma obra sobre a origem das formas de relevo.

William Morris Davis reuniu todos os conceitos básicos desta ciência, recebendo o
epíteto de fundador da geomorfologia, especialmente pela enunciação da teoria do ciclo
de erosão. Ainda no século XX, a introdução de meios inovadores (mapas fotografias
aéreas, imagens de satélite).

A geologia reconstitui o passado a partir do presente, a geomorfologia explica o pressente


pelo passado. Esta é a principal diferença entre as duas ciências.

2. objecto de estudo da Geomorfologia


O objecto de estudo da Geomorfologia é a superfície da crosta terrestre, a qual no
entanto, não se restringe à ciência geomorfológicas, que possui sua forma específica de
análise do relevo.

3. Importância do estudo da geomorfologia


 Através da morfoestratigrafia é possível realizar o estudo sistemático dos registros
geológicos, estabelecendo a sequência dos eventos que lhes deram origem.
 Através da morfotectônica é possível obter subsídios para um melhor
entendimento do arcabouço estrutural de uma área em termos de neotectônica e
tectônica quaternária.
 A morfoclimatologia auxilia na reconstituição da paleoclimatologia de uma área
de pesquisa. a paleopedologia permite realizar estudos pedoestratigráficos.
Geomorfologia estrurural

A Geomorfologia estrutural, mostra a importancia do estudo da disciplina, as relações


que existem com outras ciencias, o seu objecto de estudo e principalmente fornece vários
conhecimentos relativos às rochas e aos minerais, ao tectonismo, ao vulcanismo, às
estruturas geológicas; bem como os subsídios importantes sobre o clima e suas relações
com as formas e evolução do relevo, a ocupação humana, os processos erosivos, Rochas,
Minerais, tectonismo, Vulcanismo, Estruturas Geológica, Clima

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4. Métodos e técnicas da Geomorfologia

Metodos é o conjunto de momentos e técnicas logicamente ordenados, tendo em vista


dirigir aprendizagem ao educando para determinados objectivos.

Geomorfologia recorre diversos métodos assim como técnicas.

As técnicas fundamentais utilizadas no processo de investigação é a observação.


Método cartográfico assim como o método estatístico em qualquer uma das formas em
que se processe.

O Método de observação subdivide –se em observação directa e observação indirecta.

Observação directa é o metodo ideal, porque permite nos um, contacto directo entre
observador e a realidade que se pretende estudar. exemplo: visita de estudo, excursão.

Observação indirecta é o metodo que pode ser realizado através de documentos,


equipamentos Exemplo: fotográfias, imagens de satelites, mapas, globos, videos .

Métodos cartograficos consiste no desenho de mapas e esboços como forma de


representar os resultados de uma investigação geografica.

Funções de mapas: Comunicação, Operacional, Construtiva, Cognitiva e Prognóstico.

Método estatistico é um método que se aplica ao estudo dos fenómenos aleatórios e,


praticamente, todos os fenómenos que ocorrem na natureza são aleatórios. Exemplo: uma
amostragem.

5. Os princípios da análise do relevo;

Vertente é toda superfície terrestre inclinada, muito extensa ou distintamente limitada,


subordinada às leis gerais da gravidade”.
Vertente é lado da elevação por onde se escorrem as águas, encosta.
Declive é o Ângulo de inclinação de uma superfície.

6. Sistemas geomorfológicos

Classificação dos sistemas em Geomorfologia, Conforme sua complexidade


estrutura:

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a)Isolados são aqueles que não mais nenhuma perda nem recebe energia ou matéria do
ambiente que os circundam Ex: Com um soerguimento tem uma energia inicial livre que
vai perdendo força até chegar a uniformidade da área, em que a energia é diminuta;

b)Sistemas não-isolados são aquela que possui relações com os outros sistemas do
universo. Eles podem ser: fechados e abertos.

Fechados quando há permuta de energia não da matéria. Ex: A Terra, que recebe energia
solar, mas não recebe nem fornece quase nada de matéria para outros astros.

Abertos quando há troca de energia e matéria recebe e perde. Ex: Bacia hidrografia,
cidade

c) Morfológicos: são compostos somente pela associação das propriedades físicas dos
fenómenos Ex: as vertentes, as redes de drenagem, os canais fluviais.

d) Em sequência: são compostos por cadeia de subsistemas, relacionados por uma


cascata de matéria ou energia. Ex: no subsistema vertente, a água recebida pode ser
armazenada nos poros das rochas.

e) Processos - respostas: são formados pela combinação de sistemas morfológicos


(forma) e sistemas em sequência (processo).

Ex: aumentando a capacidade de infiltração de determinada área, haverá diminuição no


escoamento superficial e na drenagem, o que reflecte na diminuição da declividade das
vertentes, que facilita a capacidade de infiltração e o escoamento superficial, este
mecanismo é chamado de retroalimentação.

Pode ser retroalimentação directa, retroalimentação em circuito, retroalimentação


negativa e retroalimentação positiva.

retroalimentação directa: relacionamento directo entre ida e volta da acção entre duas
variáveis.

Retroalimentação em circuito: quando envolve mais de duas variáveis;

Retroalimentação negativa: quando uma variação extremamente produzida,


estabilizando o efeito da mudança original;

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Retroalimentação positiva: quando os circuitos entre as variáveis reforçam o efeito da
acção, acção em “ bola de neve”. Ex. Desmatamento-escoamento

f) Sistemas Controlados: são aqueles que apresentam a actuação do homem sobre os


sistemas de Processos-respostas;

O sistema controlado é composto por:

a) Sistema climático – através do calor, humidade e movimentos atmosféricos sustenta


e mantém o dinamismo dos processos.

b) Sistema biogeográfico – representado pela cobertura vegetal e pela vida animal: actua
como factor de diferenciação na modalidade e intensidade dos processos, assim como
fornecendo e retirando energia.

c) Sistema geológico - através da disposição e variação litológica, constitui o factor


passivo sobre o qual actuam os processos.

d) Sistema antrópica – é a acção humana o factor responsável por mudanças na


distribuição da matéria e energia dentro dos sistemas; modifica o equilíbrio dos mesmos.

8.O relevo terrestre.

O relevo terrestre é o resultado da acção de forças que agiram no decorrer de milhões


de anos.

Principais Agentes do relevo

Externos e Internos.

Agentes internos quando as forças ou agentes agem de dentro para fora da Terra, exemplo
tectonismo, o vulcanismo e os abalos sísmicos.

O relevo formado pelos agentes internos sofre a acção dos agentes externos, como a
chuva, o vento, os mares, os organismos vivos e o intemperismo. São os escultores do
relevo, que fazem um duplo trabalho: a erosão ou destruição e a acumulação ou
construção.

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Agentes internos modificadores do relevo

São as forças internas do planeta, causadas pelas pressões e altas temperaturas das
camadas mais profundas)

Tectonismo

Também denominado diastrofismo (distorção), caracteriza-se por movimentos lentos e


prolongados que acontecem no interior da crosta terrestre, produzindo deformações nas
rochas. Esses movimentos podem ocorrer na forma vertical (epirogênese) ou na
horizontal (orogénese).

A epirogénese ou falhamento consiste em movimentos verticais que provocam pressão


sobre as camadas rochosas resistentes e de pouca plasticidade, causando rebaixamentos
ou soerguimento da crosta continental. São movimentos lentos que não podem ser
observados de forma directa, pois requerem milhares de ano para que ocorram.

A orogénese ou dobramentos caracteriza-se por movimentos horizontais de grande


intensidade que correspondem aos deslocamentos da crosta terrestre. Quando tais
pressões são exercidas em rochas maleáveis, surgem os dobramentos, que dão origem às
cordilheiras. Os Alpes e o Himalaia, dentre outras, originaram-se dos movimentos
orogénicos.

b) Vulcanismo

Vulcão é uma elevação cónica terminada em cratera, formada por uma fenda na crosta
terrestre.

Os vulcões são comuns em zonas de encontro das placas tectónicos.

Principais duas áreas de ocorrência de vulcões

 Região do Círculo de Fogo do Pacífico (da Cordilheira dos Andes às Filipinas);


 Região do Círculo de Fogo do Atlântico (da América Central, passando pelas
Antilhas, até Açores e Cabo Verde).
Quando um vulcão entra em erupção, ele expele lavas, gases e material piroclástico.

Lava é a massa de rocha fundida à temperatura média de 600 a 1000ºC. A emissão de


gases é uma forma encontrada pela natureza para aliviar as fortes pressões internas.

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. Principais tipos de materiais piroclásticos

Cinzas: de aspecto arenoso, podem permanecer suspensas na atmosfera por longo tempo.
Ao depositarem-se sobre a superfície terrestre, tornam o solo muito fértil.

Lapílis: fragmentos de lava que podem chegar à superfície na forma sólida ou pastosa.

Bombas vulcânicas: grandes blocos de lava que solidificam no ar.

Principais áreas de vulcões


 Círculo de Fogo do Pacífico: desde a Cordilheira dos Andes até as Filipinas,
onde se concentram 80% dos vulcões da superfície.
 Círculo de Fogo do Atlântico: América Central, Antilhas, Açores, Cabo Verde,
Mediterrâneo e Cáucaso
c) Abalos sísmicos

Abalos sísmicos são movimentos vibratórios provocados pelos desmoronamentos


internos da crosta terrestre

Os abalos sismos propagam-se em todas as direcções em forma de ondas sísmicas, que


chegam à superfície.

A pessoa que regista o sismo chama-se sismógrafo.

Terramotos ou sismos são catástrofes naturais ante as quais não se tem defesa ou
protecção.

Hipocentro é ponto do interior da Terra onde se origina o terramoto.

Foco, é o ponto na superfície terrestre onde ele alcança maior intensidade, epicentro.

Maremotos fenómenos que são frequentes na costa asiática do Pacífico.

A intensidade de um terramoto é medida por uma escala numérica crescente. A mais


utilizada é a escala de Richter, com graus de intensidade que variam de 1 a 9. Do ponto
de vista científico, um ponto na escala Richter é imperceptível, não causando danos nem
é sentido, entretanto a intensidade de 9 graus pode provocar uma catástrofe sem
precedentes.

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Agentes externos ou exógenos

Agentes externos, na superfície terrestre, que modificam o relevo são os vulcões ou


terramotos.

A acção dos ventos, do intemperismo e da água sobre a crosta terrestre determinam a


erosão.

Os dois mecanismos da erosão eólica


A deflação, que é a acção directa do vento sobre as rochas, retirando delas as partículas
soltas.
A corrosão, que é o ataque do vento carregado de partículas em suspensão, desgastando
não só as rochas como as próprias partículas.
O processo de movimentação eólica carregamento de areia até depositá-la nas praias e
nos desertos chama-se dunas

Abrasão marinha
Falésia é acção contínua das ondas do mar ataca a base, os paredões rochosos do litoral
e da origem a costas altas
Este processo causa o desmoronamento de blocos de rochas e o consequente afastamento
da parede.
As formas de relevo

a) Planície

As planícies podem ser:

 Costeiras, quando resultam do levantamento da plataforma costeira


 Aluvionais quando resulta da acumulação de sedimentos
 De Piomente, quando e formada na parte baixa entre as montanhas.
b) Planalto

Esta forma de relevo, considera-se um mínimo de 500 m de altitude.

O planalto é resultado de processos erosivos. Nas bordas dos planaltos geralmente


aprecem as escarpas que são chamadas de serras

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c) Montanha

É uma grande elevação da crosta terrestre. As maiores cordilheiras são as dos Andes e do
Himalaia. Por sua formação geológica recente, apresentam alturas elevadas e cumes
pontiagudos.

A conquista do Everest, a mais alta montanha da cadeia do Himalaia, com 8.848m de


altitude, foi conseguida, pela primeira vez, por Sir Edmund Hillary, 1953.

Grandes altitudes; picos abruptos; actividade vulcânica intensa, datam geralmente do


período Terciário da Era cenozóico;

As montanhas velhas apresentam características como:

 Pequenas altitudes; formas arredondadas, formadas na Era Arqueozóica,


Proterozóica ou Paleozóica

d) Depressão

Relevo situado abaixo do nível do mar ou de terras circundantes. As depressões podem


ser relativas ou absolutas.

 Depressões absolutas as áreas continentais abaixo do nível do mar.


 As depressões relativas encontram-se acima do nível do mar, uma altura inferior
à da superfície vizinha.
Exemplo os vales, definidas como depressões alongadas e estreitas, situadas entre
montanhas, normalmente resultantes da acção de um rio ou de um glacial.

e) Colinas

É o resultado de desgaste na mior parte que ocorreu ao longo de milhares de anos de


forma de relevo anteriormente mais elevado.

Acidentes menores

As cuestas são formas de relevo tabular, onde escarpas íngremes limitam um topo plano,
formado por terras de maiores altitudes, que se contrapõem a terras mais baixas e de
vertentes suaves.

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Chapadas são formações rochosas elevadas acima de 600 metros que possuem uma
porção bem plana na parte superior.

Tipos de estruturas

Tipos de dobras

De acordo com a geometria existe três tipos de dobras

Anticlinais (dobras cujos lados ou flancos inclinam-se em sentidos divergentes),


Sinclinais (dobras cujos flancos inclinam-se em sentidos convergentes)
Monoclinais (consistem numa flexão, em que as camadas mais ou menos horizontais,
assumem, localmente, uma inclinação em determinada direcção).
Três tipos básicos de falhas tectónicas que são: Normais, Inversas e de Desligamento.

Falha normal

Falha inversa

Falha de desligamento

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As Grandes Unidades Estrurais do Globo

Escudos antigos: constituem a porção mais rígida da crosta, formada de rochas ígneas
de consolidação intrusiva (pré-cambriana ou mesmo paleozóico).

Bacias sedimentares: são depressões relativas, preenchidas por detritos ou sedimentos


de áreas próximas. Que deu origem nas eras Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica.

Cadeias dobradas ou Douramentos Modernos: São estruturas formadas por rochas


magmáticas e sedimentares pouco resistentes; foram afectadas por forças tectónico
exemplo: Andes, as Montanhas Rochosas, os Alpes, o Atlas e o Himalaia

Introdução a cartografia geomorfológica


A Cartografia geomorfológica

 Morfotectura,
 Morfoestrutura
 Morfoescultura
Tipos de encadeamento morfoestruturas:

a) Análise das cartas geológicas e tectónicas de áreas em estudo (em escalas pequenas
e grandes), com a transferência dos principais falhamentos para uma determinada base;

b) Análise de cartas topográficas, em iguais escala, com o objectivo de se elaborar uma


carta das rupturas tectónicas e das formas de relevo lineares, e uma carta dos elementos
do relevo segundo seus atributos morfográficos e morfométricos;

c) Elaboração de perfis geológico-geomorfológicos, com a intenção de se definirem


níveis regionais e elaboração de uma estratigrafia das formas;

d) Interpretação de fotografias aéreas procurando especificar a génese dos elementos


do relevo;

e) Levantamento de campo para teste e correcção das interpretações, valorizando-se


itinerários previamente definidos e utilizando-se, eventualmente, de sobrevoos no caso
de áreas de difícil acesso. Nesta fase pode-se incluir colecta de materiais para posterior
análise laboratorial;

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f) Integração da informação obtida em campo. A carta das formas de relevo resultante,
considerando seus aspectos morfográficos e morfométricos, é revista, assumindo um
carácter genético, dada a existência de elementos importantes para explicar a origem das
formas.

União Geográfica Internacional (UGI), a carta geomorfológica de detalhe, em escala


grande, deve comportar quatro tipos de dados:

 Morfométricos
 Morfográficos
 Morfogenéticos
 Cronológicos
a) Morfométricos :

Correspondem às informações métricas importantes, apoiadas em cartas topográficas ou


outras formas de levantamento.

b) Morfográficos :

Correspondem a formas de relevo resultantes do processo evolutivo, sendo sintetizadas


como formas de agradação de degradação.

c) Morfogenéticos :

São processos responsáveis pela elaboração das formas representadas. Assim, na


representação cartográfica do relevo, as diversas formas devem figurar de tal maneira que
sua origem ou sua génese.

d) Cronológicos:

Correspondem ao período de formação ou elaboração de formas ou feições. A


representação cronológica pode ser expressa através de cores, que mesmo que adoptadas
com outro sentido, podem oferecer subsídios dessa natureza. Exemplos são os mapas, as
legendas.

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Proposta de Tricart sobre a Parte de legenda (dados estruturais)

Portanto, nas superfícies geneticamente homogéneas, como no domínio dos chapadões


tropicais interiores com Cerrados e Floresta de Galeria (Ab'Sáber, 1965), tem-se a
presença de formas de relevo representadas por processo de pediplanação (plainos e
cimeira e plainos intermontanos, pedimentos escalonados, onde se constatam tipos de
relevo caracterizados por vertentes com discreta convexização.

Essa unidade taxonómica é condicionada por processos de três origens:

 Os endógenos
 Os exógenos
 Atróficos.
Exemplos de mapeamentos geomorfológico em diferentes escalas

Procurando evidenciar os níveis de informação usualmente contidos nas diferentes


escalas de representação cartográfica do relevo, foram seleccionados três exemplos para
análise:

O primeiro refere-se a uma representação em pequena escala (1:1.000.000), os outros


dois últimos referem-se a representações em escalas média a grande (escalas 1:50.000,

Ordem de grandeza das formas de dissecação

Com relação aos componentes da representação geomorfológica recomendados pela


União Geográfica Internacional entende-se que o exemplo escolhido possui uma boa
correspondência, apesar das naturais limitações da escala (1:1.000.000). Alguns
parâmetros encontram-se contidos de forma directa ou indirecta na representação, como:

a) Morfométrico:
Que pode ser inferido pela tonalidade, onde a mais forte corresponde às superfícies
mais elevadas (relevo conservado como o reverso da crusta) e o mais claro às mais
baixas (como o relevo dissecado correspondente ao nível rebaixado e desdobrado),
dando assim a sensação hipsometria à representação. Também algumas simbologias
lineares expressam unidades métricas, como fronte de crusta , que no exemplo
encontra-se como portadora de desnível acima dos 150 metros
b) Morfográfico:

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Marcado por manchas de modelados de relevo específicos, como os tabulares, os
convexos ou os aguçados nas formas de dissecação;
c) Morfogenético:
Que embora implícito na morfologia representada, pode ser inferido através de
formas específicas, como as planícies fluviais, superfícies pediplanadas, ou mesmo
as diferentes formas de dissecação vinculadas aos processos lineares e areolares;
d) Cronológico:
Que também pode ser inferido através de formas específicas, como a presença de
terraços fluviais, sempre ligados a processos climáticos

A erosão
A erosão é um processo natural de desagregação, decomposição, transporte e deposição
de materiais de rochas e solos que vem agindo sobre a superfície terrestre desde os seus
princípios.

12.Erosão hídrica

É alteração pela acção dos agentes erosivos ou agentes modeladores do relevo Ex: água
das chuvas, o mar, os rios, o vento, o gelo, a temperatura.

Formas de erosão.

Regra geral a acção destes agentes pode englobar três fases:

a) Desgaste - consiste no arranque dos materiais.

b) Transporte - que consiste no transporte, por arrastamento, dos materiais arrancados


para fase de desgaste. Os materiais transportados recebem a designação de sedimentos.
c) Acumulação - consiste na deposição dos materiais transportados em áreas de fraca
altitude.

13.Erosão do solo.

A Erosão é a destruição do solo e seu transporte em geral feito pela água da chuva, pelo
vento ou, ainda, pela acção do gelo, quando este actua expandindo o material no qual se
infiltra a água congelada.
A dinâmica da erosão.

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 Ciclo regressivo: ciclo de erosão e deposição originada pela descida
generalizada do nível dos oceanos, provocando a exposição e
continentalização das regiões oceânica submersas.

 Ciclo transgressivo: ciclo de erosão e deposição originado pela subida


generalizada do nível dos oceanos, provocando a inundação de regiões
costeiras.
Teoria do ciclo geográfico (Willian Morris Davis)

Fases da erosão: A juventude, maturidade e senilidade

Fase de juventude através de movimentos epirogenéticos caracterizando um


processo de rejuvenescimento do relevo. Baseia-se nas temperaturas e humidade

Maturidade ocorre quando todos os traços da superfície inicial desaparecem.

A fase senil é caracterizada pela aplanação generalizada do relevo designada por


peneplanície, completando o ciclo de erosão.

O conceito de peneplanície está fortemente relacionado com os climas temperados.

Etapas de peniplanicies.

 Processo denudacional iniciado pela emersão e surgimento de massas


continentais.
 Actuação do sistema fluvial no entalhamento dos talvegues originando
diversos canyons.
 A partir do entalhamento do talvegue o rio caminha rumo a um perfil de
equilíbrio, caminhando orientado pelo nível de base onde a drenagem não
erode nem deposita.
Teoria da pediplanação (Lester King)

De acordo com Ross (1991) a teoria da pediplanação, se baseia no princípio da


actividade erosiva desencadeada por processos de ambientes áridos e semi-áridos
com a participação dos efeitos tectónicos, elaboradas ao longo do tempo em
diferentes níveis. Nesta teoria, os surgimentos de carácter epirogenéticos são
decisivos.

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O modelo de King não estabelece um nível de base geral, ao contrário, propõem um
nível de base local ou regional

Perfil de Equilíbrio (Surrel)

O perfil de equilíbrio das drenagens. De acordo com Surrel o perfil de equilíbrio


consiste no ponto máximo da acção erosiva. Sendo:

 Tipos de relevos,
 Tipos climáticos
 Cobertura vegetal alterada pelas acções físicos químicas e o consequente
desgaste erosivo pelos factores externos.
A teoria do equilíbrio dinâmico (Hack)

Conforme Christofoletti (1980), a teoria do equilíbrio dinâmico baseia-se num


comportamento balanceado entre os processos morfogenéticos e a resistência das
rochas, e também leva em consideração as influencias diástroficas na região.

Críticas à teoria de Davis

O conceito de peneplanície, embora válido, deve ser adoptado com restrições.

São efectivamente raras as paisagens a que verdadeiramente se pode aplicar o termo


peneplanície. Factores como:

 O controlo litológico e estrutural particularmente em regiões de actividade


tectónica activa) e
 Os tempos são muito relevantes.
Para que um relevo seja considerado uma peneplanície são necessários alguns
milhares de anos de arrasamento, o que torna as peneplanície recentes (do Terciário
por exemplo) muito pouco prováveis

Para além destes factores também o clima deve ser tido em conta pois as Alterações
climáticas podem, através da modificação da cobertura vegetal ou de um eventual
degelo, alterar o decorrer do ciclo.

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10.Referência Bibliográfica

0): “ Geomorfologia “, Univ. São Paulo, 2ª edição, São


Paulo

Précis de Geomorphologie”, 7émeedition, Masson, Paris

10

Erosão e Paisagens Naturais”, Instituto Piaget, Lisboa

SMALL, R.J. ,The study of landforms: a text book of geomorfology, 1992, second
editin, Cambrige University press; Oakleigh; Victoria: Australia

Sparks, B.W. (1986): “Geomorphology”, Third Edition, Longman, Hong Kong

Strahler, A. & A. Strahler (2002): “Physical Geography – Science and Systems


of the Human Environment”, 2nd edition, John Wiley & Sons, Inc., USA

Thornbury, W. D. (1969): “Principles of Geomorphology”, 2nd edition, John


Wiley & Sons, Inc., USA

Tricart, Jean (1965): “ Principes et Methodes de la Geomorphologie”, Masson,


Paris

Tricart, J. (1968): “Précis de Geomorphologie”, tome I, Soc.


d’Editiond’EnseignementSuperieur, Paris

Viers, G. (1967): “ Eléments de Geomorphologie”, Nathan ed., Paris;

WEB: http://www.thomoson rights.com

www.igeograf.unim.mx/ugi/comisioneshttp://pt.wikipedia.org/wiki/historia;

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