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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE INSTITUTO DE EDUCAÇÃO Á

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE INSTITUTO DE EDUCAÇÃO Á


DISTANCIA
DISTANCIA

O impacto da deposição do lixo doméstico ao céu aberto na vila sede do distrito de


O Monapo:
papel das caso
redesdosociais
BairronodePEA a distância
Topelane Expansão

Estudante: Janete
Estudante: Alfredo.
Janete Código:
Alfredo. 708212723
Código: 708212723

Projecto
Projectodedepesquisa:
pesquisa: cientifico decarácter
cientifico de carácter
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entregueaoaoInstituto de de
Instituto Educação á
Distancia,
Educação na Universidade
á Distancia, Católica deCatólica
na Universidade
Moçambique, recomendado na cadeira de MEC, no
de Moçambique, recomendado na cadeira de
curso de Licenciatura em Ensino de Geografia, 2o
MEC, no curso de Licenciatura em Ensino de
ano. Leccionado pelo docente. Dr. CALISTO dos
Geografia, 2o ano. Leccionado pelo docente.
Muchango
Dr. CALISTO dos Muchango

Nampula, Setembro de 2022


Índic
e
Justificava............................................................................................................................4

Objectivos............................................................................................................................5

Constitui objectivo geral da nossa pesquisa:..............................................................................5

Este objectivo está operacionalizado nos seguintes objectivos específicos:..............................6

Fundamentação teórica........................................................................................................7

2.1. Redes Sociais Digitais..................................................................................................7

O uso de redes sociais como ferramenta de ensino-aprendizagem.....................................8

Metodologia.......................................................................................................................11

3.1. Tipo de pesquisa.........................................................................................................11

3.1.1. Quanto aos objectivos..............................................................................................11

3.1.2. Quanto a abordagem................................................................................................11

3.1.3. Quanto aos procedimentos ou método da pesquisa.................................................11

3.2. Técnica de recolha de dados.......................................................................................12

O questionário....................................................................................................................12

3.3. Universo/amostra........................................................................................................12

Conclusão..........................................................................................................................13

Bibliografia........................................................................................................................14

1
Introdução
As redes sociais podem ser transformadas em um meio para auxiliar no processo de ensino-
aprendizagem na Educação a Distância (EAD), melhorando assim tanto a interacção entre
professor aluno quanto entre os próprios alunos. Além da comunicação e troca de
informações, as redes sociais podem ajudar os professores na mediação do conteúdo com os
seus alunos. O objectivo principal deste trabalho é mostrar como as redes sociais, Facebook,
YouTube, Twitter, Whatsapp e Instagran podem auxiliar no processo educativo na EAD,
fazendo delas uma arma para chamar a atenção do aluno fazendo com que os mesmos fiquem
em constante contacto com o conteúdo estudado. Quando usamos redes sociais na EAD torna-
se possível o uso de novas estratégias e ferramentas para apoiar a aprendizagem, oferecendo
possibilidades inovadoras para servir como apoio para esse processo. Segundo Silva e Cogo
(2007), essas tecnologias estão transformando a maneira de ensinar e aprender, oferecendo
maior versatilidade, interactividade, flexibilidade de tempo e de espaço no processo
educacional. Para Almeida (2001), participar de um ambiente virtual significa actuar nesse
ambiente, expressar pensamentos, tomar decisões, dialogar, trocar informações e experiências
e produzir conhecimento.

2
Resumo

Este presente trabalho tem como objectivo principal analisar a utilização de redes sociais nos
processos de ensino-aprendizagem na educação superior a distância. A sua importância
enquanto meio de interação entre estudantes e professores, qual a melhor forma de unir as
redes sociais com os ambientes virtuais, sem restringir as redes unicamente ao caráter
acadêmico. Ou seja, seu caráter comunicativo e informacional, as redes sociais enquanto meio
de comunicação entre os alunos para debater temas acadêmicos e para a distração. Mas
sempre mantendo as características educomunicacionais necessárias para o crescimento e
aperfeiçoamento do aluno em sua formação educacional. Com o advento da internet, as redes
sociais nos proporcionaram diversos recursos que podem auxiliar nas actividades pedagógicas
em sala de aula.

Palavras-chave: Redes Sociais, Ensino à Distância, Ensino-Aprendizagem.

3
Tema de pesquisa

O nosso tema de pesquisa surge devido a pouca importância dada as redes sociais no âmbito
da educação, particularmente para os estudantes do regime a distância. Assim sendo, podemos
dizer que o nosso projecto pretendera levar a cabo uma pesquisa através do estudo do tema:
“O papel das Redes Sociais no Processo de Ensino e Aprendizagem, caso dos estudantes do
regime a Distancia, Nampula – 2022”

O presente estudo terá lugar na cidade de Nampula, cujo seu maior enfoque serão os
estudantes do regime a distância.

Problematização

Os sistemas de educação à distância enfrentam diversas dificuldades que devem ser


amenizadas de modo que ela venha a existir de forma homogénea com a educação presencial,
sem preconceitos ou divergências nos aspectos técnicos da educação. O que se tem
constatado, nos nossos dias, é que apesar dos meios tecnológicos apresentarem diversos
recursos, a titilo de exemplo «as redes sociais», com os quais os estudantes/alunos assim
como os professores/formadores poderão prosseguir com o ensino/aprendizagem fora da sala
de aulas, o maior numero desses actores o evitam por factores administrativos, sociais ou
ideológicos, ou seja, eles desfavorecem os privilégios que as redes sociais possivelmente
ofereceriam ao sector educativo, como exemplo alastrar o tempo de interacção entre os
actores do processo de ensino e aprendizagem.

Face as acepções acima referenciadas, ligadas ao não favorecimento das redes sociais no
processo de ensino e aprendizagem a distancia, nos surgiram varias questões de reflexão.
Porem, como é critério da pesquisa científica ter uma e única questão de pesquisa, tomamos a
que captou mais a nossa atenção, se descrevendo na proposição seguinte:

Quais são os factores que influenciam os actores escolares a integrarem as redes sociais em
suas actividades curriculares?

Justificava
A motivação para o estudo do tema: o papel das redes sociais no processo de ensino e
aprendizagem a distancia, surgiu no decorrer de nossa formação, com vista a fazer face a
situação pandémica na qual o mundo, o país, a província e distrito de Nampula se encontram
4
mergulhados, pois, devido a esse fenómeno (pandemia da Covid-19), os actores escolares,
particularmente os professores foram obrigados a procurar outras maneiras de continuar com
as suas actividades profissionais (assegurar a continuidade didáctico-pedagógica). Nesse
sentido, para bem elucidarmos as razões da escolha do nosso tema, fazemos menção a três
perspectivas, a citar: perspectiva pessoal, académica e profissional.

Primeiro, na perspectiva pessoal, nasceu em nós a necessidade de compreender os


mecanismos didácticos através dos quais os actores do PEA (professores-estudantes do
regime a distancia da instituição em alusão nesta pesquisa) asseguram a continuidade de sua
formação em plena pandemia.

De seguida, na perspectiva académica, nosso interesse visa essencialmente mostrar aos


actores do PEA a distância da UCM, sobre o quão privilégioso pode ser esse recurso (redes
sociais) no acto de sua formação académica, pois a diversidade de funcionalidade que elas
apresentam, representa meios que poderão promover as competências exigidas aos estudantes,
independentemente da área de formação.

Em fim, na perspectiva profissional, pensamos que, pelo facto de sermos candidato a


professora da disciplina de Geografia, é importante que dominemos os meios tecnológicos,
pois eles estão a disposição de todos os estudantes/alunos com os quais, provavelmente,
iremos trabalhar, logo, com vista a não estar limitado em conceptualizar os conhecimentos só
em uma sala de aulas, pensamos ser necessário desmembrar estratégias didáctico-
pedagógicas, de modo a fazer uso controlado das redes sociais em situação de ensino e
aprendizagem, sem que no entanto, estes recursos sirvam de distracção para os nossos
estudantes.

A nossa pesquisa, de certa forma, não só trará benefícios para a componente pedagógica,
tendo em conta que sugestões serão colocadas com vista a melhoria do PEA, particularmente
das interacções professor-aluno, mas também ela impulsionará a socialização entre os actores
escolares, pois de maneira virtual, até o estudante mais tímido no sistema presencial, pode
conseguir interagir com os outros de maneira virtual.

Objectivos

Constitui objectivo geral da nossa pesquisa:

5
 Analisar o papel das redes sociais no PEA a distância.

Este objectivo está operacionalizado nos seguintes objectivos específicos:

 Descrever os papéis desempenhados pelas redes sociais no sector da educação;


 Verificar se os actores escolares fazem um uso acompanhado das redes sociais com fins
educativos;
 Identificar os pontos negativos e positivos do uso das redes sociais no PEA.

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Fundamentação teórica

2.1. Redes Sociais Digitais

O ciberespaço vem se desenvolvendo e alterando a sociedade, seus pensamentos e


comportamentos.

Segundo Levy, “[...] o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de


atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o
crescimento do ciberespaço.” (LEVY, p.17). Este desenvolvimento tecnológico e
informacional cria novas vertentes à educação tradicional, que durante séculos se
mantiveram como a principal forma de ensino.

A presença de um ciberespaço que aloja informações das mais diversas ordens,


passíveis de serem acessadas através das tecnologias informacionais, coloca em
xeque a educação formal e seu domínio, durante quase dois séculos, das fontes e da
transmissão de conhecimento (SOARES, 2006, p.60).

Novos conceitos foram criados e alguns adaptados a esta nova era cibercultural.
Doravante, o conceito de Educomunicação surge para planejar novas estratégias, com
o intuito de fomentar seja, a educação tradicional, seja a educação virtual.

O conceito de Educomunicação entendido por Ismar de Oliveira Soares é “o


conjunto das ações inerentes ao planejamento, implementação e avaliação de
processos, programas e produtos destinados a criar e fortalecer ecossistemas
comunicativos em espaços educativos presenciais ou virtuais, tais como escolas,
centros culturais, emissoras de TV e rádios educativos”, e outros espaços informais
de ensino aprendizagem. (SANTANA; VITAL, p.2)

Atualmente o mundo vive um “boom” informacional decorrente do uso contínuo de


novas tecnologias, dentre as áreas mais afetadas por este crescimento está a educação a
distância. Contudo, este crescimento somente se deu devido a facilidade de
comunicação entre os usuários destas ferramentas. O que mostra a necessidade de
facilitar a comunicação entre os usuários.

Nas ultimas três décadas o aumento da comunicação humana mediada pelo


computador para fins educativos levou a uma proliferação de tecnologias com o
propósito de oferecer ambientes educacionais on-line. Desde o e-mail até os chats e
as plataformas de aprendizagens educacionais, a comunicação humana mediada pelo
computador tem sido uma ferramenta de uso crescente no ensino superior (TELES,
2009, p. 72).

7
Existe uma necessidade natural do ser humano em ser relacionar com os seus pares.
Esta relação mostra-se importante para o desenvolvimento pessoal e nos demais
patamares da vida.

A configuração em rede é peculiar ao ser humano, ele se agrupa com seus


semelhantes e vai estabelecendo relações de trabalho, de amizade, enfim relações de
interesses que se desenvolvem e se modificam conforme a sua trajetória. Assim, o
indivíduo vai delineando e expandindo sua rede conforme sua inserção na realidade
social. (TOLMAÉL; ALCARÁ; CHIARA, 2005)

Atualmente a forma de relacionamento mais comum do ciberespaço atualmente, são as


redes sociais. Elas possibilitam uma série de interações, uma “proximidade” que não
encontramos em um simples chat ou blog.

No mundo contemporâneo, um espaço público que merece destaque são as redes


sociais, que devem ser estudadas no seu de possibilidade para a formação do sujeito.
(BERGMANN; GRANÉ, 2013, p.30)

Na educação esta forma de agrupamento não é diferente, para que o ser se desenvolva
plenamente é necessária a relação com demais pessoas, não somente para conversar
sobre conteúdos acadêmicos, mas também para a descontração em momentos de
estresse.

[...] uma aproximação à perspectiva crítica da aprendizagem, com a idealização de um


modelo educativo orientado ao desenvolvimento e à transformação do sujeito e de seu
contexto. Partindo do ponto de vista do ensino e aprendizagem, buscamos
compreender como hoje se planejam, pensam e constroem os entornos de
aprendizagem em rede a partir das universidades para a formação superior, além da
mudança do papel dos professores, a adaptação às novas necessidades de
aprendizagem, o desenvolvimento colaborativo e o uso das redes sociais e dos
sistemas online que emergem para potencializar estes processos. (BERGMANN;
GRANÉ, 2013, p.20)

O uso de redes sociais como ferramenta de ensino-aprendizagem

A utilização das redes sociais, em contexto educacional, é uma área de pesquisa que teve
início em meados dos anos 2000, no entanto, teve seu pico de estudos entre 2008 e 2011,
quando houve maior adesão dos usuários a este tipo de plataforma. As pesquisas foram
realizadas e aplicadas nos mais variados níveis educacionais (VERMELHO; VELHO, 2016).
Alguns resultados promissores, são apresentados nos trabalhos desenvolvidos por Dotta
(2011), Minhoto e Meirinhos (2011), Raupp e Eichler (2012), Costa e Ferreira (2013) e ainda
Quintanilha (2017), em sua maioria, citados neste trabalho.

8
A cibercultura foi assimilada pelos jovens e se transformou em um modelo de convergência
de médias (em um primeiro momento guiado pela TV, rádio, jornais e revistas e,
posteriormente, pela internet), meios comunicacionais baseados nas trocas simbólicas
mediadas por signos estritamente vinculados à evolução tecnológica, cuja característica
principal é a interactividade (SODRÉ, 1996). Na concepção de Dotta (2011), o uso de redes
sociais como ambientes virtuais de aprendizagem deve considerar os conceitos de
colaboração, aprendizagem colaborativa e espaços colaborativos.

Patrício e Gonçalves (2010) desenvolveram uma pesquisa com alunos do 1º ano da


licenciatura em Educação Básica, na unidade curricular de Informação e Comunicação em
Educação no Instituto Politécnico de Bragança, em Portugal, que explorou as aplicações e
funcionalidades do Facebook, concluindo que o aplicativo pode ser utilizado como um
recurso/instrumento pedagógico importante para promover uma maior participação,
interacção e colaboração dos alunos no processo educativo, além de impulsionar a construção
partilhada, crítica e reflexiva de informação e conhecimento distribuídos em prol da
inteligência colectiva.

O estudo de Dotta (2011) também apresentou a rede social como um ambiente de


aprendizagem colaborativa e identificou as formas de apropriação do espaço virtual pelos
estudantes, inferindo que as características da interface podem ser responsáveis por estimular
a colaboração.

No estudo realizado por Minhoto e Meirinhos (2011), a rede social digital foi utilizada como
meio para criar um contexto propício à aprendizagem participativa, devido à facilidade da
ferramenta para a partilha de conteúdo em múltiplos suportes. Os autores perceberam que a
familiaridade dos alunos com as redes sociais pode facilitar a sua utilização em contextos
escolares de aprendizagem, tendo em vista que não se faz necessária a ambientação do aluno
com a ferramenta, pois já é familiar. Os alunos assimilaram imediatamente o processo e o
sentimento de que a construção do conhecimento dependia da contribuição de todos e não
somente do professor.

O estudo de Diógenes, Silva e Souza (2020) abordou o papel do tutor na educação


profissional superior em modalidade a distância pela ferramenta Moodle, demostrando que o
tutor necessita estar disposto a aprender com as conjunturas do processo de
ensinoaprendizado, estar atento às alterações e actualizações que podem ocorrer na
9
plataforma, vista 10 como assustadora para alguns estudantes que se envergonham de dizer
que estão com dificuldades em assimilar a modalidade de ensino a distância à sua vida,
achado que corrobora com Minhoto e Meirinhos (2011) que a familiaridade do aluno com a
plataforma facilita o processo de ensinoaprendizagem, eliminando barreiras à comunicação.
Raupp e Eichler (2012) trataram da potencialidade do uso de plataformas online, como: redes
sociais, blogs, wikis e podcasts, e identificaram no Facebook as páginas e comunidades
activas que, de alguma forma, divulgam temas relacionados à química, ampliando e
facilitando o acesso dos estudantes a este conteúdo. Costa e Ferreira (2013) analisaram as
mudanças, tanto nas formas de ensinar quanto nas formas de aprender nas redes sociais,
mediante ao uso da metodologia de projectos educacionais. Os achados evidenciaram que as
redes sociais, Twitter e Facebook, possibilitam diversas oportunidades para a criação de um
ambiente de aprendizagem cooperativo e colaborativo. O ambiente informal do Twitter e do
Facebook está organizado como espaço de integração, comunicação, compartilhamento e
colaboração entre professor-aluno. A tendência é de ambientes de aprendizagem efectivos,
eficazes e envolventes por fazerem parte do quotidiano discente, podendo se tornar
ferramentas pedagógicas. Conforme apresentado por Diógenes, Silva e Souza (2020), o aluno
necessita mais do que sanar dúvidas e correcção de actividades, precisa de apoio e condução
ao caminho da leitura, da persistência, do salto sobre obstáculos do quotidiano, além da
construção reflexiva e crítica, encaminhando-os para o desenvolvimento de um pensamento
crítico acerca da realidade vivida. Quintanilha (2017) desenvolveu uma pesquisa com
universitários da geração Z, utilizando o Facebook e o YouTube, na qual foi verificada maior
participação dos estudantes nas actividades propostas. Além disso, a percepção de que tais
actividades foram eficazes para a construção do conhecimento. O autor sugere que os
professores busquem os meios de comunicação mais utilizados por cada grupo de estudantes e
adaptem o processo de ensinoaprendizagem para que possa auxiliar no engajamento dos
alunos. Percebe-se que o Facebook ajuda a melhorar e ampliar as possibilidades de
aprendizagem, também oferecendo ao educador outras maneiras de se relacionar e interagir
com os discentes. Além disso, estreitam a relação professor-aluno e ampliam o espaço da sala
de aula, permitindo que estes estudantes se tornem mais responsáveis por seu próprio
aprendizado. Com o aumento da responsabilidade do aluno, evidencia-se sua autoria no
processo de 11 geração de conhecimento. Na concepção de Almeida (2014), o aluno constrói
sua autonomia e torna-se autor na construção do seu conhecimento por meio das descobertas,
de forma desafiadora e prazerosa

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Metodologia

3.1. Tipo de pesquisa

O tipo de pesquisa pode ser determinado em função dos objectivos, da abordagem e, dos
procedimentos técnicos.

3.1.1. Quanto aos objectivos

Quanto aos objectivos traçados, a nossa pesquisa será explicativa. A sua escolha deve-se ao
facto da pesquisa tencionar explicar os processos de integração das redes sociais no PEA a
distância.

Segundo GIL, António Carlos (2002:42), a pesquisa explicativa “tem como preocupação
central identificar os factores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos
fenómenos. Este é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade,
explica a razão das coisas.” Nesse sentido, a nossa preocupação será tentar explicar os
benefícios que as redes sociais podem trazer para a componente didáctica, particularmente nos
alunos do regime a distância.

3.1.2. Quanto a abordagem

Do ponto de vista da abordagem ou tratamento de dados, a nossa pesquisa será qualitativa.


Segundo refere o MANUAL DE NORMATIZAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS
DA FAMESC (2012:12), a abordagem qualitativa considera que:
Há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo
indissociável entre o mundo objectivo e a subjectividade do sujeito que não pode ser
traduzido em números. A interpretação dos fenómenos e a atribuição de significados
são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e
técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte directa para colecta de dados e o
pesquisador é o instrumento-chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar
seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de
abordagem.

3.1.3. Quanto aos procedimentos ou método da pesquisa

Esta pesquisa, quanto aos procedimentos será basicamente bibliográfica. Para MARCONI,
Marina de Andrade & LAKATOS, Eva Maria (2003:41), a pesquisa bibliográfica é
considerada como sendo “o método principal de uma pesquisa científica, pois ela nos permite
ter conhecimentos das teorias sobre as quais se centra o tema e a reflexão de alguns autores a
cerca do domínio em estudo.”

11
3.2. Técnica de recolha de dados

As técnicas de investigação são ‟conjuntos de procedimentos bem definidos e transmissíveis,


destinados a produzir certos resultados na recolha e tratamento da informação requerida pela
actividade de pesquisa”, como refere THIOLLENT (apud MORETTI, 2003 p. 85).”

Para a recolha dos nossos dados, optamos pela técnica de questionário. Quanto ao tipo de
questionário, usaremos a do tipo misto.

O questionário

SEVERINO (2007:125) afirma que questionário é:


“Conjunto de questões, sistematicamente articuladas, que se destina a levantar
informações escritas por parte dos sujeitos pesquisados, com vistas a conhecer a
opinião dos mesmos sobre os assuntos em estudo. As questões devem ser pertinentes
ao objecto e claramente formuladas, de modo a serem bem compreendidas pelos
sujeitos”.

O questionário é ‟um instrumento de colecta de dados constituído por uma série de perguntas,
que devem ser respondidas por escrito.”

Segundo a nossa percepção, o questionário é um conjunto de perguntas, que podem ser de


carácter abertas, fechadas ou mistas, usadas para a colecta de dados numa pesquisa científica.

3.3. Universo/amostra

O universo populacional da nossa pesquisa é constituído de estudantes do regime a distância.

O nosso estudo conta com uma amostragem do tipo aleatória simples. BELLO, José Luiz de
Paiva (2005:226) a considera como sendo ‟a selecção que se faz de forma que cada membro
da população sinta-se que tem a mesma probabilidade de ser escolhido. Esta maneira
possibilita compensar erros amostrais e outros aspectos relevantes para a representatividade e
significância da amostra.”

Neste contexto, reagruparemos por um lado, dois (4) professores que leccionam suas aulas
nesse regime, numa instituição de ensino, para responderem ao questionário e, por outro lado,
seleccionaremos trinta (30) estudantes para também os questionar, de modo a verificar se

12
estes têm integrado as redes sociais nas suas actividades curriculares com vista a elevar o
PEA.

13
Conclusão

Com a presença massiva da tecnologia da informação e comunicação no dia-a-dia das pessoas


é inevitável que as culturas sociais se alterem, pois a sociedade encontra novas maneiras de
transmitir informações e gerar conhecimento.
De acordo com Panseri (2009), o modelo de educação que caracterizará a sociedade da
informação e do conhecimento provavelmente não será calcado no ensino, presencial ou
remoto: será calcado na aprendizagem. Consequentemente, não será um modelo de Educação
a Distância, mas, provavelmente, um modelo de Aprendizagem Mediada pela Tecnologia.
Assim, aprender a utilizar as tecnologias da informação e comunicação para mediar a
educação, destacando actualmente as redes sociais, será essencial para as Instituições de
Ensino em todos os níveis, pois as novas gerações de estudantes estão cada vez mais
conectadas a essas novidades.
As redes sociais podem motivar as pessoas a buscar o conteúdo desejado e fazer desses
ambientes, repositórios de objectos de aprendizagem, salas de discussões e trocar
conhecimentos. Contudo, há que se levar as pessoas a reflectirem seus esquemas mentais, a
entenderem a importância e os ganhos que terão ao participarem de processos interactivos
como os proporcionados pelas redes sociais.
Todas as redes sociais apresentadas nesse trabalho possuem características que as permitem
candidatarem-se a serem utilizadas na educação, principalmente se associadas a metodologias
de ensino que enfatizam o estudo auto dirigido, como por exemplo, o Aprendizado Baseado
em Problemas (Problem-Based Learning - PBL), sendo que o estudante sai do papel de
receptor passivo, para o de agente e principal responsável pelo seu aprendizado. Como os
conteúdos trafegam numa velocidade constante, a troca de informações entre os usuários
favorece a disseminação do conteúdo, pois é possível acossá-lo em qualquer local através de
vários dispositivos.
Ressalta-se ainda que aplicativos educacionais já estão sendo implementados para as redes
sociais e poderão ser utilizados como ferramentas de estudo pelos estudantes que acessam
constantemente as redes sociais.
Finalizando, evidencia-se que conteúdos de disciplinas e de cursos, assim como palestras com
especialistas, entre outros materiais educacionais podem ser oferecidos através das redes
sociais, permitindo diversas possibilidades para o estudante aproveitar o tempo na rede para
aprofundar seus conhecimentos. Assim, é sabido, que as instituições de ensino deverão

14
desenvolver modelos para fazer o uso das redes sociais como meio de apoio ao processo
ensino-aprendizagem para atender seus estudantes.

15
Bibliografia

BELLO, José Luiz de Paiva. (2005). Metodologia Científica: manual para elaboração de
textos académicos, monografias, dissertações e teses. Rio de Janeiro. 61 págs.

Faculdade Metropolitana São Carlos: MANUAL DE NORMATIZAÇÃO DE TRABALHOS


ACADÊMICOS DA FAMESC. 2012. Quissamã – RJ.

GIL, António Carlos. Como elaborar projectos de pesquisa. 4ª Edição. Editora ATLAS. São
Paulo. 2002.

LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia


científica, São Paulo, Atlas 2003.

MORETTI, Neuza. (2008). Manual de metodologia científica: como elaborar trabalhos


académicos. Cafelândia. 93 págs.

SEVERINO, António Joaquim, Metodologia do Trabalho Científico, 23ª ed. Revista e


Actualizada, Cortez Editora, São Paulo, 2007.

SILVA, Edna Lúcia de & MENEZES, Estera Muszkat. (2001). Metodologia da pesquisa e
elaboração de dissertação. 3è ed. Florianópolis, 121 págs.

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