Fp3 - Modelos Pedagogicos 2

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Os 5 modelos pedagógicos fundamentais

Educar e aprender são conceitos comuns, relativamente fáceis de identificar e que vemos
reflectidos em nossas vidas diárias com frequência e em quase tudo o que fazemos. No entanto,
entender o que significa aprender e que deve ser incutido na educação formal e informal
(especialmente em crianças e pessoas em desenvolvimento), bem como como realizá-la, é mais
complexo do que parece.

As diferentes formas de ver a educação geraram que, ao longo da história, diferentes modelos
pedagógicos surgiram e se aplicaram. Neste artigo, observaremos alguns dos principais modelos
nesse sentido.

Os principais modelos pedagógicos

Existem inúmeras maneiras de conceituar a aprendizagem, cada uma delas com diferentes
repercussões, dependendo dos efeitos práticos dessa concepção. Muitas das ideias sobre como o
processo educacional funciona ou como deve ser realizado foram desenvolvidas e se tornaram
um modelo pedagógico mais ou menos sólido.

Esses modelos são a representação do conjunto de relacionamentos que explicam um fenómeno


específico, neste caso o aprendizado. Ter um modelo pedagógico nos permite não apenas ter uma
explicação a esse respeito, mas também desenvolver uma série de directrizes que nos levam a
educar e aprimorar certos aspectos, dependendo do tipo de modelo escolhido. Há um grande
número de modelos pedagógicos, dentre os quais destacamos abaixo.

1. Modelo tradicional

O modelo pedagógico tradicional, o mais utilizado ao longo da história, propõe que o papel da
educação é transmitir um conjunto de conhecimentos. Nessa relação entre aluno, educador e
conteúdo, o aluno é apenas um destinatário passivo, absorvendo o conteúdo que o educador
derrama sobre ele. O papel principal cabe ao educador, que será o agente activo.

Esse tipo de modelo propõe uma metodologia baseada na retenção de informações, baseada na
repetição contínua de tarefas e sem a necessidade de um ajuste que permita a concessão de
significado ao material aprendido.
Da mesma forma, o nível de aprendizado será avaliado através do produto do processo
educacional, qualificando o aluno em termos de capacidade de replicar as informações
transmitidas. O conceito de disciplina recebe alta importância, sendo o professor uma figura de
autoridade, e o conhecimento é transmitido sem espírito crítico e aceitando o que é transmitido
como verdadeiro. Baseia-se na imitação e no desenvolvimento ético e moral.

2. Modelo comportamental

O modelo pedagógico comportamental também considera que o papel da educação é a


transmissão do conhecimento, vendo-o como uma forma de gerar o acúmulo de aprendizado.
Baseia-se no paradigma comportamental em seu aspecto operante, propondo que qualquer
estímulo seja seguido por sua resposta e a repetição seja determinada pelas possíveis
consequências dessa resposta. No nível educacional, a aprendizagem visa modelar o
comportamento, fixando as informações através do reforço.

O papel do aluno nesse paradigma também é passivo, embora se torne o principal foco de
atenção. O professor ainda está acima do aluno, em um papel activo em que ele emite situações e
informações que servem como estímulo. O uso da memória e a metodologia imamitivo-
observacional são abundantes. Procedimentos e habilidades técnicas são geralmente bem
aprendidos sob essa metodologia em um nível processual, com o aprendizado como mudança de
comportamento.

Ele trabalha através de uma avaliação sumativa que leva em consideração os níveis de
comportamento esperados e a análise dos produtos produzidos durante a avaliação (como
exames).

3. Modelo romântico / naturalista / experiencial

O modelo romântico é baseado em uma ideologia humanista que visa levar em consideração o
aluno como uma parte principal e activa do aprendizado e centralizada no mundo interior da
criança. Baseia-se na premissa de não diretividade e máxima autenticidade e liberdade,
assumindo a existência de capacidades internas suficientes pelo aprendiz para serem funcionais
em sua vida e buscando uma metodologia de aprendizado natural e espontânea.
Sob esse modelo promove o desenvolvimento dos menores deve ser natural, espontâneo e livre,
com foco na experiência de aprendizagem livre e nos interesses do menor, com apenas o
educador uma possível ajuda para isso se necessário. O importante é que o menor desenvolva
suas faculdades internas de maneira flexível. Não é teórico, mas experimental: é aprendido
fazendo.

Nesse modelo, propõe-se que o sujeito não seja avaliado, comparado ou classificado, observando
a importância de poder aprender livremente sem interferência. É proposta, no máximo, uma
avaliação qualitativa, deixando de lado a quantificação para observar como o sujeito se
desenvolveu.

4. Modelo cognitivo / desenvolvimentista

Com base na concepção piagetiana de desenvolvimento, esse modelo difere dos anteriores, pois
seu principal objectivo não é cumprir o currículo, mas contribuir e treinar o assunto de tal
maneira que ele adquira habilidades cognitivas suficientes para ser autónomo, independente e
capaz Para aprender por si mesmo. A educação é vivenciada como um processo progressivo no
qual as estruturas cognitivas humanas são modificadas, modificações que podem alterar o
comportamento indirectamente.

O papel do professor continua a avaliar o nível de desenvolvimento cognitivo e orientar os


alunos, a fim de adquirir a capacidade de entender o que aprenderam. É um facilitador para
estimular o desenvolvimento do aluno, sendo bidireccional interacção aluno professor. Ele está
gerando experiências e áreas em que para desenvolver qualitativamente avaliar o aluno
individual.

5. Modelo educacional-construtivista

O modelo educacional construtivista é um dos mais amplamente utilizados e aceitos actualmente.


Com base como os autores anteriores, como Piaget, mas também com as contribuições de outros
autores proeminentes, como Vygotsky, este modelo se concentra no aluno como o protagonista
do processo educativo, sendo um elemento activo essencial na aprendizagem.

Nesse modelo, a tríade professor-aluno-conteúdo é vista como um conjunto de elementos que


interagem bidireccionalmente entre si. Pretende-se que o aluno possa construir progressivamente
uma série de significados, compartilhados com o professor e com o resto da sociedade, com base
no conteúdo e na orientação do professor.

Um elemento-chave nesta abordagem é que o aluno pode dar significado ao material de


aprendizagem e também para o processo de aprendizagem, actuando professor como guia de
aprendizagem e tendo esta última em conta a necessidade de prestar assistência ajustada às
necessidades do aluno.

Trata-se de optimizar os recursos deste último, tanto quanto possível, de maneira que ele se
aproxime do nível potencial máximo em vez de se limitar ao seu nível real (ou seja, atingir o
nível que ele pode alcançar com ajuda). O controlo é gradualmente dado ao aluno à medida que a
aprendizagem é dominada, de modo que é alcançada maior autonomia e capacidade de
autogestão.

Referências bibliográficas:

Castells, N. & Solé, I. (2011). Estratégias de avaliação psicopedagógica. Em E. Martín e I. Solé


(Coords). Orientação educativa. Modelos e estratégias de intervenção (capítulo 4). Barcelona:
Graó.

De Zubiría, J. (2006). Os modelos pedagógicos. Rumo a uma pedagogia dialógica. Bogotá,


Ensino.

Flórez Ochoa, R. (1999). Avaliação pedagógica e cognição. McGraw-Hill Interamericana SA em


Bogotá.

Vergara, G. e Accounts, H. (2015). Validade atual de modelos pedagógicos no contexto


educacional. Option, Ano 31 (Special 6): 914-934.

https://maestrovirtuale.com/os-5-modelos-pedagogicos-fundamentais/

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