A Poesia de Noémia de Sousa: Uma Descrição Da Mulher Moçambicana em "Sangue Negro"
A Poesia de Noémia de Sousa: Uma Descrição Da Mulher Moçambicana em "Sangue Negro"
A Poesia de Noémia de Sousa: Uma Descrição Da Mulher Moçambicana em "Sangue Negro"
São Francisco do Conde (BA) | Vol.2, nº 1 | p.371-388 | jan./jun. 2022 * ISSN: 2764-1244
Mestra em Linguística pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Especialista em Literaturas Africanas de
Língua Portuguesa pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB).
Professora Adjunta de Literaturas em Língua Portuguesa na Universidade da Integração Internacional da
Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB), Campus dos Malês (BA). Doutora em Letras - Estudos Literários pelo
Programa de Pós-graduação em Estudos Literários da Universidade Federal de Juíz de Fora.
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Introdução
O surgimento das literaturas de língua portuguesa em África é o resultado de um
longo percurso que se iniciou com a chegada dos portugueses às terras africanas nos
anos finais do século XV e início do século XVI, durante as grandes navegações, e se
caracterizava por uma literatura assimilada às ideias dos cânones europeus, culminando,
na década de 1940, em um cenário literário de afirmação e de conscientização da
africanidade. Nesse percurso, foi possível assistir ao momento de formação da primeira
geração de escritores cuja produção literária estava alicerçada na afirmação identitária de
uma literatura nacionalista e consciente, notadamente moçambicana, distanciando-se dos
moldes europeus e que cantava a resistência do dominado em face do dominador.
Durante o período de colonização portuguesa em África, Moçambique vivenciou um
momento conturbado de sua história, marcado por intensos e violentos embates sociais e
políticos que assolaram o país durante quase quinhentos anos. Nas palavras de Fonseca
e Moreira (2007), a produção poética dos escritores africanos de expressão portuguesa
durante o panorama da colonização traz subjacente “o momento poético da luta, que se
configura num discurso de resistência e de reivindicação por mudanças” (FONSECA;
MOREIRA, 2007, p. 16-17), pautado por uma escrita poética que tem como
características precípuas a resistência ao colonialismo e a militância em favor da
independência moçambicana, ocorrida em 1975.
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verso que compõe os poemas de “Sangue negro” analisados neste estudo simboliza as
vivências da mulher que sentia na própria pele a exploração colonial; c) Descrever o que
os versos de “Sangue negro” sugerem aos leitores da atualidade.
A hipótese de nossa pesquisa é que a obra “Sangue negro”, por meio de uma
linguagem poética que retrata a angústia e o sofrimento de um eu lírico feminino que
vivenciou os horrores da colonização, é o retrato de um sistema colonial português
marcado pelo preconceito racial e pela violência à mulher moçambicana. Este trabalho
visa aprofundar reflexões sobre o tema em análise e permitir outras perspectivas críticas
sobre as representações da mulher na obra de Noémia de Sousa. Sendo assim, justifica-
se a relevância de se investigar as hipóteses levantadas na pesquisa.
O referencial crítico utilizado nesta pesquisa ancora-se nos estudos literários com
enfoque na literatura de matriz africana de Língua Portuguesa, tais como Padilha (2004),
Fonseca e Moreira (2007), Noa (2008) e Chiziane (2013), bem como no levantamento
sistemático de trabalhos acadêmicos sobre a temática em foco, como Freitas (2010),
Carvalho e Ribeiro (2017), Bonini (2018) e Oliveira e Coelho (2019). Para a compreensão
do objeto de pesquisa, utilizou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica, a partir da
seleção sistemática de trabalhos acadêmicos sobre a temática em estudo, e a abordagem
qualitativa de dados. O corpus da pesquisa é constituído de três poemas selecionados da
obra poética “Sangue negro”, de Noémia de Sousa, que descrevem e analisam a mulher
moçambicana.
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Se me quiseres conhecer,
estuda com os olhos bem de ver
esse pedaço de pau preto
que um desconhecido irmão maconde
de mãos inspiradas
talhou e trabalhou
em terras distantes lá do Norte.
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Se quiseres compreender-me
vem debruçar-te sobre a minha alma de África,
nos gemidos dos negros no cais
nos batuques frenéticos dos muchopes
na rebeldia dos machanganas
na estranha melodia se evolando
duma canção nativa, noite dentro...
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colonial, que deixaram o corpo do eu lírico repleto de chagas que corroem a alma, mas
que conserva “seu grito inchado de esperança” em ver Moçambique liberta das mãos do
colonizador.
Nesse sentido, para sustentar essa ideia, Bonini (2018) explica que antes do
império colonialista fincar raízes em solo africano operava em boa parte da África um
sistema de organização sociopolítica matrilinear que estava ligado à ancestralidade, o
qual concedia à mulher maior poder de participação na organização da sociedade e que o
advento do colonialismo trouxe profundas mudanças nesse cenário favorável ao exercício
dos direitos da mulher. De acordo com a autora:
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Com sua sensibilidade de mulher negra que sofre e sente as dores do outro,
Noémia de Sousa se apodera da literatura escrita na língua do colonizador, a fim de
denunciar as mazelas decorrentes do colonialismo e levar o seu povo a conscientizar-se
sobre sua condição racial e resistir à dominação colonial. Seus versos são de uma
agudeza tamanha, que o leitor chega a sentir o sofrimento do povo africano, em especial
o da mulher, já que o corpo desta personifica a Mãe África que foi cruelmente violentada
pela colonização.
Em acréscimo, Paulina Chiziane, cujas obras fazem parte da literatura
moçambicana pós-colonial, escreveu um emocionante testemunho coletivizado sobre sua
vivência diante da opressão e do silenciamento a que historicamente a mulher é
subjugada. Como forma de desabafo e de denúncia, a primeira romancista moçambicana
começou a escrever “para quebrar o silêncio, para comunicar-me, para apelar à
solidariedade e encorajamento das outras mulheres ou homens que acreditam que se
pode construir um mundo melhor” (CHIZIANE, 2013, p. 201).
Foi neste ambiente que eu nasci, numa família de pai, mãe e oito filhos.
Pertenço a uma família pequena comparada com as restantes onde havia
duas ou mais esposas. [...] Acompanhava todos os passos da minha mãe.
No rio, enquanto me banhava, a minha mãe cantava e lavava roupas e
mágoas. As outras mulheres faziam o coro. Estas cantigas umas vezes
eram suspiros e outras murmúrios de angústia. Já em casa ouvia as
cantigas de pilar milho e as de pilar amendoim. Eram todas tristes. O que
consegui observar é que os homens ouviam-nas com total indiferença. Em
momento nenhum da minha vida me recordo de ter ouvido, da boca de um
rapaz ou de um homem, estas cantigas de mulher. Aos seis anos de idade
abandonei o campo com meus pais e fomos viver no subúrbio da cidade.
Entrei na escola católica. Apesar das grandes diferenças na educação da
casa e da escola, encontrei harmonia na matéria que dizia respeito ao
lugar da mulher na vida e no mundo. A educação tradicional ensina a
mulher a guardar a casa e a guardar-se para pertencer a um só homem. A
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Viemos...
Fugitivas dos telhados de zinco pingando cacimba,
do sem sabor do caril de amendoim quotidiano,
do doer de espádua todo o dia vergadas
sobre sedas que outros exibirão,
dos vestidos desbotados de chita,
da certeza terrível do dia de amanhã
retrato fiel do que passou,
sem uma pincelada verde forte
falando de esperança,
Viemos...
E para além de tudo,
por sobre Índico de desespero e revoltas,
fatalismos e repulsas,
trouxemos esperança.
Esperança de que a xituculumucumba já não virá
em noites infindáveis de pesadelo,
sugar com seus lábios de velha
nossos estômagos esfarrapados de fome,
E viemos.
Oh sim, viemos!
Sob o chicote da esperança,
nossos corpos capulanas quentes
embrulharam com carinho marítimos nómadas de outros portos,
saciaram generosamente fomes e sedes violentas...
Nossos corpos pão e água para toda a gente.
Viemos...
Ai mas nossa esperança
venda sobre nossos olhos ignorantes,
partiu desfeita no olhar enfeitiçado de mar
dos homens loiros e tatuados de portos distantes,
partiu no desprezo e no asco salivado
das mulheres de aro de oiro no dedo,
partiu na crueldade fria e tilintante das moedas de cobre
substituindo as de prata,
partiu na indiferença sombria da caderneta...
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E regressaremos,
Sombrias, corpos floridos de feridas incuráveis,
rangendo dentes apodrecidos de tabaco e álcool,
voltaremos aos telhados de zinco pingando cacimba,
ao sem sabor do caril de amendoim
e ao doer do corpo todo, mais cruel, mais insuportável...
Nesse poema, Noémia de Sousa volta o seu olhar denunciador para os problemas
enfrentados pelas negras moçambicanas prostituídas para sobreviver aos terrores do
colonialismo e, dessa forma, tornam-se objeto sexual de homens que as submetem a
humilhações e usurpam a sua dignidade humana.
O pronome oculto “nós” expresso nos primeiros versos da estrofe que encabeça o
poema – e que aparece também ao longo do poema – remete a uma voz feminina coletiva
de denúncia do sofrimento pelo qual passa a mulher negra moçambicana: “Somos
fugitivas de todos os bairros de zinco e caniço./ Fugitivas das Munhuanas e dos
Xipamanines,/ viemos do outro lado da cidade/ com nossos olhos espantados,/ nossas
almas trancadas,/ nossos corpos submissos escancarados”.
De acordo com Oliveira e Coelho (2019), a voz poética coletivizada denuncia o
lugar de subserviência das mulheres negras no contexto histórico de Moçambique
colonial, levando-as a buscarem a prostituição como um meio de sobrevivência:
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carvão, que outrora tinha por ofício a agricultura, daí a referência ao termo mato em “irmã
do mato”.
Apelo
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Nos versos iniciais do poema, a voz poética questiona à África o sumiço de sua
irmã do mato, a vendedora de carvão, que teve a voz silenciada, não sendo mais possível
ouvir seu grito a anunciar, em língua ronga, a mercadoria que vendia, o macala, que
significa carvão:
A tarefa de garantir a vida à geração que cresce “um filho nas costas” e da
próxima que ainda está no útero “e outro no ventre”, torna-se árdua para a mulher
que tem de sair do seu bairro periférico para ganhar seu sustento como vendedora
ambulante de carvão, já que a agricultura lhe foi roubada. A maternidade agora,
ao invés de realização torna essa mulher “ajoujada de filhos e resignação”.
(BONINI, 2018, p. 81).
Nos versos que finalizam o poema, é por meio de um apelo que o eu lírico suplica à
Mãe África que abrigue em seus braços a vendedora de carvão, a mulher trabalhadora
que andava com “um filho nas costas e outro no ventre” e que teve sua vida extirpada: “ao
menos tu não abandones minha mãe heróica,/ perpetua-a no monumento glorioso dos
teus braços!”. A África torna-se, então, a mãe que aconchega suas filhas resignadas e
exploradas pelo colonizador, mas que ainda encontram dentro de si a resiliência que as
torna fortes e capazes de suportar as adversidades provenientes das condições sociais
menos favoráveis à mulher negra colonial.
Por fim, o poema “A Mulher que ria à Vida e à Morte” tematiza a resiliência da
mulher negra que sofre as duras penas do patriarcalismo e do racismo e mesmo assim
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não teme a vida nem a morte, suportando até o insuportável. Vejamos o poema
supracitado:
A Mulher que ria à Vida e à Morte
Enquanto o dia de se comunicar com a voz do nyanga não chega, ou seja, o dia de
regressar aos ancestrais, o eu poético saúda cada aurora com ar triunfante de vitória, por
ter vencido mais uma longa e cansativa jornada de trabalho: “cada aurora é uma vitória/
saúdo-a com o riso irreverente do meu secreto triunfo”. Os dois últimos versos do poema
enfatizam a ideia de retorno ao mundo onde habitam os espíritos ancestrais, como uma
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espécie de desejo de se tornar imortal: “Oyo, oyo, vida!/ Para lá daquela curva/ os
espíritos ancestrais me esperam”.
Os versos de Noémia de Sousa são simples e ao mesmo tempo de uma
profundidade poética desmedida, a ponto de transportar o leitor para o espaço-temporal
das experiências aterrorizadoras vividas pela voz poética feminina durante a colonização
portuguesa em solo moçambicano e, além disso, os versos de Noémia denunciam as
cicatrizes deixadas pelas violências do colonialismo no corpo negro da mulher africana,
que jamais o tempo poderá curar.
Considerações finais
O presente estudo sobre a descrição da figura feminina durante o contexto colonial
moçambicano no livro “Sangue negro”, de Noémia de Sousa, nasceu da curiosidade de se
pesquisar as representações da mulher na obra supracitada a partir da perspectiva de
que o domínio colonial português em Moçambique revelava-se imbuído de preconceito
racial, violência e centrado em um jogo de aparências que reprimia a mulher negra. Por
conseguinte, pretendia-se alargar a discussão em torno da voz feminina marginalizada na
sociedade moçambicana de então.
Diante disso, a pesquisa teve como objetivo geral analisar os poemas “Moças das
docas”, “Apelo” e “A Mulher que ria à Vida e à Morte”, de autoria da poetisa moçambicana
Noémia de Sousa, e identificar a situação da mulher negra no período colonial em
Moçambique. A partir da análise dos poemas, constatou-se que na sociedade
moçambicana, à época do colonialismo, a mulher negra sofreu fortemente as atrocidades
em decorrência do sistema colonial português e teve sua voz silenciada pelo dominador.
Outrossim, este estudo nos permitiu chegar a algumas conclusões, tais como: A
voz poética e a história moçambicana se entrecruzam na medida em que a literatura
constrói o momento histórico vivenciado pelos moçambicanos no sistema colonial, cuja
representação da figura feminina é tecida a partir da evocação de um passado permeado
de discriminação racial à mulher negra africana, em particular a mulher moçambicana. A
linguagem poética dos versos dos poemas aqui analisados aproxima o leitor do cenário
colonial da época das vivências narradas e sentidas pelo eu lírico feminino negro, que
sofre e luta para sobreviver ao colonialismo, uma vez que o transporta para o momento
histórico ao qual se debruça a narrativa poética, ou seja, à realidade do colonialismo
português imposta à mulher negra. Os versos sugerem aos leitores hodiernos evidências
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Referências
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CARVALHO, Alice Aparecida de; RIBEIRO, Elaine. Noémia de Sousa, a “cantadora dos
esquecidos” na Moçambique colonizada (1948-1951). Revista (Entre Parênteses), Minas
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CHIZIANE, Paulina. [Testemunho] Eu, mulher... Por uma nova visão do mundo. Revista
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FREITAS, Sávio Roberto Fonseca de. Noemia de Sousa: poesia combate em
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Para citar este texto (ABNT): SILVA, Francisca Jocineide de Alencar; NASCIMENTO,
Josyane Malta. A poesia de Noémia de Sousa: uma descrição da mulher moçambicana
em “Sangue negro”. Njinga & Sepé: Revista Internacional de Culturas, Línguas Africanas
e Brasileiras. São Francisco do Conde (BA), vol.2, nº 1, p.371-388, jan./jun. 2021.
Para citar este texto (APA): Silva, Francisca Jocineide de Alencar; Nascimento, Josyane
Malta. (jan./jun. 2022). A poesia de Noémia de Sousa: uma descrição da mulher
moçambicana em “Sangue negro”. Njinga & Sepé: Revista Internacional de Culturas,
Línguas Africanas e Brasileiras. São Francisco do Conde (BA), 2 (1): 371-388.
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