Atenção Concentração
Atenção Concentração
Atenção Concentração
O Teste de Barragem de Tolouse-Piérron (Tolouse, & Piérron, 1904, 2013 adaptado para a
população portuguesa por Amaral, 1967), avalia a atenção, concentração, poder de realização
e resistência à fadiga. É uma prova de barragem, constituída por uma folha em formato A3,
com 25 linhas. Cada linha tem 40 símbolos (quadrados), semelhantes, no entanto diferenciam-
se através de um traço em diferentes direções. No início da folha estão expostos três símbolos
que o indivíduo deverá procurar entre os restantes símbolos semelhantes. Pode ser aplicada a
sujeitos com idade superior a 10 anos existindo também uma versão para idades inferiores a
10 anos, a prova tem uma duração de 10 minutos, e, é classificada segundo acertos, erros e
omissões presentes em cada minuto da prova (que é apontado ao longo da sua aplicação).
Realiza-se o somatório e os resultados podem ser divididos em: Poder de realização
(resultados inferiores a 80 correspondem a um poder de realização muito lento, entre 80 e 100
lento, entre 100 e 150 normal, entre 150 e 200 bom, e valores superiores a 200 indiciam um
muito bom poder de realização); Capacidade de concentração (resultados abaixo de 5% são
indicadores de muito boa concentração, entre 5 e 10% indicam que o sujeito é concentrado,
entre 10 e 15% indicam dispersão, entre 15 e 20% indicam muita dispersão e valores
superiores a 20% indicam um poder de concentração dispersíssimo); Rendimento (alto
rendimento quando se obtém valores inferiores a 5%, rendimento médio para valores entre 5 e
10%, e um rendimento baixo quando os valores se apresentam superiores a 15%); Resistência
à fadiga é analisada pela curva de trabalho realizada a cada minuto.
Color-Trails Test
O Color-Trails Test (CTT test; D`Elia, Staz, Uchiyama & White, 1996), avalia a atenção visual
dividida e sustentada, velocidade atencional, sequenciamento, flexibilidade mental pesquisa
visual e funções motoras em indivíduos com mais de 18 anos. O CTT encontra-se dividido em
duas tarefas CTT 1 e CTT 2. Cada um é administrado individualmente, tendo uma duração
máxima de 240 segundos cada. Neste teste é pedido ao individuo que com o lápis de carvão, e
sem o levantar do papel, realize e procure a sequência de números de 1 a 25, que estão dentro
de círculos amarelos e vermelhos. Em ambas as tarefas o individuo tem de ligar os números de
1 a 25, o mais rápido possível, sem nunca levantar o lápis do papel. No CTT 1, todos os
números ímpares estão dentro dos círculos cor-de-rosa, e os pares de círculos amarelos. No
CTT 2, cada número é apresentado duas vezes, uma num círculo cor-de-rosa e outra num
círculo amarelo, onde o indivíduo deve ligar os números obedecendo à sequência numérica,
alternando entre as duas cores, o amarelo e o rosa (ex.: 1 rosa – 2 amarelo – 3 rosa – 4
amarelo). O objetivo é que fazer corresponder os números por ordem numérica crescente,
alternando entre cores. A cotação é atribuída consoante o tempo da elaboração da tarefa,
número de erros, quase erros (situações em que o indivíduo quase erra, mas escolhe depois o
número e cor corretos), e através dos alertas (situações em que o individuo não encontra o
próximo número durante mais de 10 segundos, e na qual se deve indicar a resposta). O tempo
de duração das duas provas é cronometrado, calculando-se o índice de interferência a partir da
divisão da subtração entre o tempo total do CTT 2 e o tempo total do CTT 1, com o tempo total
do CTT 1.
A Figura Complexa de Rey Cópia (Rey, 1942; Osterrieth,1945; versão portuguesa desenvolvida
por Rocha & Coelho, 1988) avalia a capacidade percetiva e a memória visual, sendo aplicado a
crianças a partir dos 5 anos (forma B) e adultos (forma A). A imagem aplicada ao sujeito é
composta por 18 figuras geométricas formando uma única imagem que é apresentada num
cartão com formato A5. Ao indivíduo é entregue um lápis de cor para que inicie a sua prova,
que mais tarde será substituído por outro lápis de uma outra cor., e assim sucessivamente, até
atingir 4 a 6 cores diferentes. Após a cópia é realizado um intervalo de tempo que não deve
exceder os 3 minutos, é então pedido ao indivíduo que desenhe numa outra folha o que se
lembra, seguindo a mesma linha de aplicação dos lápis de cores. A cotação da prova pode ser
feita de forma quantitativa e/ou qualitativa. A avaliação quantitativa é feita através de pontos, os
quais variam entre 0 e 2, para cada um dos 18 elementos que constituem o desenho, e que são
cotados quanto à fidelidade de reprodução que pode estar bem-feita, ou ligeiramente
deformada, bem ou mal situada na figura. A figura completa quer na cópia, quer na reprodução
por memória, tem uma pontuação máxima de 36 pontos. Quanto maior a pontuação, maior será
a capacidade visual e preceptiva do sujeito, verificando-se os respetivos percentis nas
respetivas tabelas do manual. A avaliação qualitativa é realizada através do tipo de reprodução
da imagem, bem como a ordem pela qual é executada.
A Beck Depression Inventory (BDI; Beck, Ward, Mendelson, Mock & Erbaugh, 1961; adaptado
para a população portuguesa por Martins, Coelho, Ramos & Barros, 2000) permite avaliar a
sintomatologia depressiva, é um questionário de autoavaliação constituído por 21 itens, em
formato de resposta de escolha forçada de 3 pontos, em que, 0 significa ausência de
sintomatologia e 2 sintomatologia extrema. A amplitude desta prova varia entre 0 e 42, está
aferida para a população portuguesa com os seguintes pontos de corte: pontuação inferior a 10
significa “não depressivo”, 10-19 “depressão ligeira”, 20-25 “depressão moderada”, 26-40
“depressão severa”, acima de 40 “depressão muito severa”.
O Mini-Mental State Examination (MMSE; Folstein, Folstein & McHugh, 1975; adaptado para a
população portuguesa por Guerreiro, Silva, Botelho, Leitão, Castro- Caldas & Garcia, 1994),
esta é uma prova de rastreio utilizada para avaliar o défice cognitivo ligeiro. Esta prova permite
avaliar os seguintes domínios: orientação temporal e espacial, retenção, atenção e cálculo,
evocação, linguagem: nomeação, repetição, compreensão, leitura e escrita, e habilidades
construtivas. O tempo de aplicação é de, aproximadamente, 15 minutos. A amplitude da prova
varia entre 0 e 30 pontos, sendo que pontuações mais elevadas correspondem a um melhor
desempenho cognitivo.
O Teste de perceção visual Poppelreuter (Poppelreuter, 1917) é uma prova que avalia a
(a)nosia visual através da capacidade de identificação dos objetos através da análise visual e o
seu desenvolvimento teve em consideração que todos os sujeitos em situação normativa têm a
capacidade de identificar facilmente os objetos desenhados e sobrepostos. É constituída por 4
pranchas com figuras sobrepostas e sem cor, sendo pedido ao sujeito que diga o mais rápido
que conseguir todos os objetos que identifica em cada uma das pranchas. O examinador
aponta para cada objeto identificado na folha de resposta, bem como o tempo que o individuo
demorou a identificar todos os objetos de cada prancha. A cotação realiza-se através da soma
dos objetos identificados (Alegret et al, 2009; Sells & Laner, 2011).
ANEXO I – Tolouse-Piéron
ANEXO II – Mini Mental State Examination
ANEXO III – Prova de Pesquisa Visual Poppelreuters
ANEXO IV – BDI
ANE