ConstanciaChipimoLino E7com
ConstanciaChipimoLino E7com
ConstanciaChipimoLino E7com
Resumo
O presente artigo tem como objetivo analisar o percurso do ensino especial em Angola,
tendo como fonte de dados os documentos oficiais do governo angolano referentes a
temática. Metodologicamente, trata-se de pesquisa qualitativa, na qual os documentos
oficiais são analisados sob a ótica da análise crítica do discurso. A analise parte da
inexistência de políticas educacionais ligadas à Educação Especial no regime colonial. A
expansão do ensino especial com o fortalecimento de políticas públicas e pela inserção
do país no cenário mundial acerca da discussão dos temas relativos à pessoa com
deficiência com vistas à implementação de uma política educacional na perspetiva da
educação inclusiva. Constituição da Educação Especial com o reacender da guerra civil
entre os anos de 1991 a 2001, denominado como II República. O cenário da Educação
Especial em tempos de paz, com o calar das armas a partir do ano de 2002. Neste mesmo
ano, o governo angolano investiu na elaboração e aprovação de documentos e legislações
voltados ao Ensino Especial e registou, nos doze anos do pós-guerra (2002-2014), um
aumento expressivo de 284% de alunos com Necessidade de Ensino Especial
matriculados. Pode-se afirmar que a efetiva implementação da Educação Especial ocorre
com o fim da guerra civil, com a formação dos professores, com a aprovação de políticas
públicas e a influencia advinda de parcerias com as Nações Unidas.
Introdução
Este estudo tem como objetivo, analisar o percurso do ensino especial em Angola,
tendo por fonte de dados os documentos oficiais do governo angolano referentes a
temática, com o intuito de identificar os significados das formulações sobre a Educação
Especial em relação à conjuntura política e econômica dados os diferentes momentos da
história do país, além das relações políticas estabelecidas com organismos internacionais.
Metodologicamente, trata-se de pesquisa qualitativa, na qual os documentos oficiais são
analisados sob a ótica da análise crítica do discurso (CELLARD, 2008).
O estudo foi dividido em duas seções que se articulam para as análises, além desta
introdução: a) O começo da Educação Especial e o reacender da guerra civil; b) Educação
Especial em tempos de reconciliação Nacional, e por fim, as considerações finais.
matriculados no sistema de ensino em angola entre os anos de 2001 a 2014, essa prova
traz significativas mudanças no ensino especial.
Gráfico 01 – Progresso das matriculas dos alunos com Necessidades Especiais entre 2001 a 2014
Estudantes Matriculados
27,427 28,467
20,282 22,310 23,193 25,226
18,439
11,710 12,661
4,357 7,406 10,342 10,939
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Como mostra o gráfico 01, em 2014 houve o registo de 28.467 alunos sujeitos da
Educação Especial matriculados em 775 escolas ‘regulares/inclusivas’ e 20 escolas
especiais em todo o país. As províncias de Cabinda, Malanje e Uíge não possuem Escolas
Especiais na sua estrutura educacional, já as províncias de Benguela e Luanda possuem
respetivamente 3 e 4 escolas especiais. As demais regiões registam 1 escola especial por
província. Vale recordar que no ano de 1998 havia o registo de apenas 500 alunos
contemplados nos atendimentos do ensino especial, já o gráfico 01 demonstra numa
escala crescente o registo de 7.406 alunos matriculados no ano de 2002, posteriormente
em 2006 o número de 12.661 alunos, e em 2014 o índice atinge o quantitativo de 28.467
alunos. Logo, nos doze anos do pós-guerra (2002 a 2014) verificou-se o aumento
expressivo de 284% dos alunos sujeitos da Educação Especial matriculados no Sistema
de Ensino angolano, o que corresponde a um aumento médio da ordem dos 11,9% ao ano.
Considerações finais
Referências