Como Fazer Uma Reclama o Trabalhista
Como Fazer Uma Reclama o Trabalhista
Como Fazer Uma Reclama o Trabalhista
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA,
(Colocar o Rito)
Da Justiça Gratuita
Com a reforma trabalhista = artigo 790 da CLT
§ 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais
do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício,
o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e
instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40%
(quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social.
OU
Dessa forma, requer aplicação do art. 790, § 3º ou § 4º da CLT (ver qual será
aplicado), tendo em vista que a reclamante percebia salário inferior a 40%
(quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social, e que no momento encontra-se desempregada, merece ser
concedido, de plano, o benefício da Justiça Gratuita, dispensando a mesma do
recolhimento de custas, honorários periciais, honorários advocatícios à parte
contrária, em caso de sucumbência, e emolumentos.
DOS FATOS
DO DIREITO
Elaborar a redação jurídica para cada tópico do direito pleiteado. Narração
fática + fundamentação legal = conclusão imperativa. Exemplos:
Aviso prévio indenizado art. 487, § 1°, da CLT – Lei 12.506/11, art.
1º
Férias não gozadas pagas em dobro, art. 146 da CLT
Férias simples todas acrescidas de 1/3, art. 7, XVII, da CF/88, art.
134, da CLT;
Férias proporcionais, artigo 146 CLT
13° salário e proporcionais - ano corrente – art. 7, VIII, da CF
Horas extras acrescidas de 50% por x horas diárias, bem como,
reflexos e integrações em DSR`s e feriados, bem como as suas
repercussões em aviso prévio, férias, 13°s, depósito do FGTS e
multa de 40% dos depósitos.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto acima, requer pela procedência dos pedidos e ainda, que a
reclamada seja condenada a pagar ao reclamante:
Observar se não há um pedido inicial antes de pleitear a condenação, como
por exemplo, que seja decretada a rescisão indireta. Exemplos:
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local...data...
Advogado...
OAB/...nº...
Art. 841 - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito)
horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo,
para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.
§ 1º - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu
recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que
publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo.
§ 2º - O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação ou na forma do parágrafo
anterior.
§ 3º Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não poderá, sem o
consentimento do reclamado, desistir da ação.
§ 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha
conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.
§ 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao
empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à
mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
§ 3º O preposto a que se refere o § 1º deste artigo não precisa ser empregado da parte reclamada.
Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o
não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.
§ 1º Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o julgamento, designando nova
audiência.
§ 2º Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das custas
calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiça gratuita,
salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo legalmente
justificável.
§ 3º O pagamento das custas a que se refere o § 2º é condição para a propositura de nova demanda.
§ 4º A revelia não produz o efeito mencionado no caput deste artigo se:
I – havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação;
II – o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
III – a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei
IV – as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estiverem em
contradição com prova constante dos autos.
§ 5º Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos a contestação
e os documentos eventualmente apresentados.
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo
vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento
sumaríssimo.
Rito sumário é o procedimento previsto na Lei nº 5584/70, para ações cujo valor da causa
não exceda a 2 salários mínimos (art. 2º, §§ 3º e 4º). Também é conhecido como rito de
alçada.
Cuidados com a Litigância de má fé
Ao sedimentar tais princípios, o novo CPC dispõe em seus artigos 5º e 79º o principio da
boa-fé deve ser obedecido por todos que fazem partes do processo:
“Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo
com a boa-fé.”
“Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou
interveniente.”
No mesmo sentido, a Reforma Trabalhista (Lei 13.467/17) previu a preocupação com a boa
fé nos artigos 793-A a 793-D de forma semelhante ao CPC:
Apesar de predominar o entendimento de que "A pena por litigância de má-fé deve ser
aplicada à parte, e não ao seu advogado, nos termos dos arts. 14 e 16 do Código de Processo
Civil.”
Noções complementares
Algumas modificações foram feitas pelo novo CPC em relação à petição inicial. Em
primeiro lugar, modificou-se os dados que devem ser listados pelo autor na inicial,
tanto em relação à sua qualificação, quanto em relação à qualificação do réu. O Novo
CPC acrescentou mais informações que o CPC de 1973. Perceba como ficou a nova
redação da lei, com o acréscimo de informações:
Entretanto, a prática forense demonstra que no mais das vezes não é possível recolher
todas as informações relativas ao réu. As informações do autor são totalmente
acessíveis ao seu advogado. Já em relação ao réu, não há a possibilidade de sabê-las. O
NCPC, já prevendo essa situação, criou um sistema para que o Advogado do autor
solicite ao juiz essas informações, estabelecendo que, o autor poderá pedir ao juiz que
promova os atos necessários para descobrir as informações relativas ao réu. Veja:
Perceba que, caso o juiz julgue que a obtenção das informações seja de difícil acesso
ou tornarem extremamente oneroso o processo, não poderá haver o indeferimento da
inicial.
Outra questão que foi modificada no NCPC é o prazo de emenda da inicial. No CPC de
1973 o prazo seria de 10 dias, conforme art. 284. Já no NCPC o prazo de emenda da
inicial será de 15 dias, conforme art. 319 do NCPC. Uma questão interessante é que o
novo Código determinou que o juiz dissesse precisamente o que deve ser emendado
na inicial. Atualmente, muitos juízes determinam a emenda da petição sem determinar
o que deve ser emendado, o que dificulta bastante o trabalho dos Advogados. Perceba
como ficou:
Salvo nas hipóteses do art. 330 do CPC de 2015 (art. 295 do CPC de 1973), o indeferimento da petição
inicial, por encontrar-se desacompanhada de documento indispensável à propositura da ação ou não
preencher outro requisito legal, somente é cabível se, após intimada para suprir a irregularidade em 15
(quinze dias), mediante indicação precisa do que deve ser corrigido ou completado, a parte não o fizer
(art. 321 do CPC de 2015).
Por fim, o autor deverá manifestar na inicial se deseja ou não realizar a audiência de
conciliação inicial. Esta questão foi inserida como requisito da inicial.
Como se vê, há duas alterações significativas nos incisos do art. 319 do Novo CPC,
vejamos:
Além disso, se houver uma negociação entre autor e réu antes do prazo (a
meu ver decadencial) para requerer a desistência da audiência (10 dias), o
juiz também poderá dispensá-la com base na liberdade das partes (negócio
jurídico processual), conforme permissivo do art. 190 do Novo CPC.
ÔNUS DA PROVA
Por fim, destaca-se outro ponto que afeta diretamente a elaboração da Reclamação
Trabalhista, a previsão já disposta no CPC/15 sobre o ônus da prova:
Para ver um modelo de petição inicial de Reclamação Trabalhista com estas alterações,
clique aqui. Veja também como ficou a Contestação após a Reforma Trabalhista - modelo
aqui.
Há notícias de que estão por vir alterações à Lei 13.467/17 publicada, repercutindo em
novas análises sobre os impactos nos pedidos, sobre o direito adquirido e sobre eficácia
nas relações jurídicas vigentes.